Essa é a continuação da resenha do livro The Shallows – What the Internet is doing to our brains, de Nicholas Carr.
A primeira parte pode ser lida aqui.
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Problemas em nível bioquímico: como o uso da Internet está danificando fisicamente o cérebro
O cérebro é um órgão singular, e é singular não só porque é invisível aos nossos olhos, mas também porque os danos a ele ocasionados são praticamente imperceptíveis aos nossos sentidos.
Por exemplo: percebemos, de forma imediata e automática, quando temos uma dor de dente; detectamos instantaneamente quando nossa visão fica turva; ficamos angustiados logo quando sofremos uma torção no tornozelo, sentimos uma dor terrível quando nossa garganta pega um resfriado, percebemos logo de cara quão dolorida pode ser uma pancada no tornozelo direito.
Mas os danos ao cérebro não emitem sinais exteriores tão claros e rápidos. Você não consegue perceber assim tão facilmente quando começa a perder a concentração, quando a memória começa a falhar, quando a capacidade de raciocínio fica turvada. São processos que, além de não ocorrerem instantaneamente, não causam dores físicas, como quando você reage a uma pancada no joelho.
Os danos ao cérebro não se manifestam por meio de dores físicas instantâneas, mas sim por meio de efeitos que ocorrem de modo mais lento e imperceptível, como discutimos na primeira parte dessa resenha. Ou seja, eles se manifestam quando sentimos uma perda da capacidade de concentração em razão da fragmentação lenta e contínua de nossa atenção, provocada pelo uso intensivo da Internet.
Durante muito tempo, pensou-se que o cérebro era um órgão imutável, que a quantidade de neurônios, sinapses e circuitos cerebrais era fixa, e que, com o decorrer do tempo, essa quantidade diminuiria de forma implacável, provocando uma degeneração certa das funções cognitivas.
Porém, diversas pesquisas na área da Medicina, relatadas e detalhadas de forma minuciosa no livro, descobriram um fato surpreendente: que isso não é verdade, ou seja, que o cérebro é capaz de se adaptar a novas situações, por meio de uma reorganização dos sistemas neurais.
Não só isso. Há, inclusive, a possibilidade de o ser humano criar novas células cerebrais, por meio principalmente do aprendizado, da aquisição de novas habilidades, da expansão do vocabulário, da memória, e do exercício contínuo da leitura concentrada e profunda – veja só, você pode estar criando novos neurônios, sem saber, nesse exato instante! 🙂
A esse fenômeno, de adaptação e remodelação do cérebro em função de seu uso (ou desuso), deu-se o nome de neuroplasticidade, ou simplesmente plasticidade, que, aliás, não é estranha aos leitores mais antigos do blog.
Com efeito, a plasticidade do cérebro já foi mencionada nas resenhas de dois outros livros bastante comentados por aqui: Por que algumas pessoas fazem sucesso e outras não, de Carol Dweck; e Clube do Livro – ser leitor, que diferença faz?, de Luzia de Maria.
Como o cérebro tem essa plasticidade, é evidente que o uso disseminado da Internet também provocou mudanças na forma como a mente processa as informações, com novos benefícios e novos malefícios.
Os benefícios envolvem a melhora de áreas como a coordenação dos olhos, respostas reflexivas, e processamento de pistas visuais. Ou seja, melhoras de funções mentais primitivas, de mais baixo nível.
Os malefícios consistem numa piora de nossas funções cognitivas mais nobres, daquelas que nos definem como seres humanos: estamos perdendo, pouco a pouco, nossa capacidade de pensar profundamente, de aprender, de sermos mais criativos.
Ansiedade, falta de foco, perda de memória
A Internet é um sistema concebido, por natureza, para ser ininterrupto e, assim, nos interromper constantemente, com um fluxo cada vez mais forte e cada vez mais pesado de cargas de informação.
Sofremos de um excesso de informação, e de um excesso de interrupções. Pense nas notificações automáticas toda vez que você recebe uma mensagem de WhatsApp, um email novo, uma notícia nova, uma postagem nova no Facebook ou nas demais redes sociais.
Nós estamos perdendo também a capacidade de ler de forma concentrada. Muitos de nós fazemos apenas um escaneamento visual de textos, procurando (muitas vezes) de forma ansiosa pelas ideias centrais logo nos primeiros parágrafos, e depois apenas dando uma olhada por cima no restante do texto, uma leitura que foi batizada em forma de “F” – essa própria resenha pode ter sido vítima disso, inclusive, por muitos leitores, que só se deram conta da existência desse parágrafo numa segunda leitura.
Não temos mais paciência de ficar lendo palavra por palavra, parágrafo por parágrafo. Isso é assustador, pois, sem que nós percebamos, nós vamos desativando, paulatinamente, os circuitos cerebrais, bem como os genes, responsáveis pela atenção concentrada, aprendizagem profunda e capacidade de focar durante muito tempo num único assunto.
Além disso, delegamos nossa memória para o Google e outros mecanismos online de pesquisa. Confiamos na Internet como um repositório – ou uma extensão – de nossas memórias. Ao fazermos isso, enfraquecemos as conexões cerebrais responsáveis pelo fortalecimento de nossas próprias memórias, e o custo disso acaba sendo a perda gradual de nossa capacidade de formular pensamentos críticos e profundos.
Delegar nossa memória às máquinas não é um ato trivial, porque, ao fazermos isso, delegamos parte de nosso intelecto, e mesmo de nossa identidade, e de nossa cultura.
Isso sem falar na perda parcial de poderes cerebrais associados à formação de memórias de longo prazo. Isso porque, para o cérebro ter a capacidade de armazenar memórias a longo prazo, é preciso criar e manter ativadas as mesmas sinapses e células cerebrais responsáveis pela nossa capacidade de pensar de modo profundo e concentrado.
Logo, a distração provocada pela Internet não nos torna apenas mais ansiosos e com menos capacidade de aprendizagem e de pensamento crítico e profundo: ela enfraquece também os circuitos cerebrais dedicados à constituição das memórias de longo prazo.
Diz o autor (p. 194): “quanto mais usamos a Web, mais treinamos nosso cérebro para ficar distraído – processamos a informação rapidamente e de modo muito eficiente, mas sem atenção sustentada”.
O que fazer, então?
O que fazer para diminuir os danos ao cérebro?
O primeiro passo você já deu, que foi o de tomar consciência da magnitude do problema. Os demais passos envolvem uma profunda reorganização do modo como você conduz seu gasto de tempo, principalmente no consumo de Internet.
É preciso eliminar velhos vícios, desativando, por exemplo, a maior quantidade possível de notificações de celular, e sair de (ou silenciar) grupos de WhatsApp que adicionam pouco valor à sua já atribulada vida – ou então disciplinar o uso dessas redes sociais, checando novas mensagens apenas em períodos predeterminados do dia.
Paralelamente a tudo isso, é preciso adotar novos hábitos, tais como disciplinar a checagem de emails para, por exemplo, duas vezes por dia.
A tarefa não é fácil, e não se resolverá de uma hora para outra, pois exige que você refaça conexões cerebrais que foram enfraquecidas pelo uso da Internet, particularmente aquelas ligadas à concentração e ao foco em uma única atividade durante largo período de tempo.
Conclusão
No último capítulo do livro, o autor diz (p. 211) que “o preço que pagamos por assumir o poder da tecnologia é a alienação. E o preço pode ser particularmente alto com nossas tecnologias intelectuais – principalmente a Internet. As ferramentas da mente têm o poder de amplificar ou entorpecer as mais humanas de nossas capacidades naturais – aquelas ligadas à razão, percepção, memória e emoções”.
O próprio Nicholas Carr reconhece que teve enormes dificuldades de escrever o livro, a ponto de ter se mudado para as montanhas, numa área onde a Internet só chegava via DSL, para poder concluir seu trabalho.
Não só ele, diga-se de passagem. Para você mesmo estar lendo essa resenha no dia de hoje, eu tive que desligar o celular durante algumas horas, dada a dificuldade de se manter concentrado durante uma atividade cognitivamente tão desafiante quanto escrever uma resenha de livro.
Todos os que têm usado a Internet de modo frequente nos últimos anos, seja no trabalho, seja no celular, seja ainda em casa, tiveram seus cérebros alterados, de forma mais ou menos sutil. Inclusive você. Pode reparar. Uma das primeiras coisas que as pessoas pedem no restaurante é a senha do WiFi. Quando chegam no elevador, sacam o celular. A ansiedade por se manterem conectadas é tanta que muitas pessoas decidem em qual avião irão viajar pelo critério do oferecimento de Internet dentro do avião. A ansiedade de ficar conectado acaba sendo mais importante que muitas outras atividades.
“The Shallows” é um livro brilhante. Não é à toa que ele foi finalista do Prêmio Pulitzer. Ele é um livro, cujo conteúdo eu tanto critiquei cerca de uma década atrás, quando li a reportagem sobre ele na Folha, que se revelou profundamente verdadeiro quanto às suas premissas.
E não foi preciso fazer nenhum juízo de valor quanto à veracidade dessa assertiva: bastou fazer a constatação do que tem ocorrido ao longo dos últimos 8 anos, quando a carga exagerada de informação que chega até nós pelos mais variados canais é inversamente proporcional à carga de conhecimento que recebemos, filtramos, processamos e absorvemos na nossa memória de longo prazo.
É inegável que a Internet não traz somente malefícios: ela representa um avanço indiscutível em muitas áreas da vida humana. Ela proporcionou o surgimento de novas profissões, facilitou o comércio e a comunicação entre as pessoas, difundiu a uma velocidade jamais vista o conhecimento a um maior universo de pessoas etc.
Mas o autor tem um viés cético quanto aos perigos que o uso dela propicia, e é sempre bom ter uma dose de pessimismo ou ceticismo quando determinadas tecnologias intelectuais têm o poder de enfraquecer o cérebro, ao invés de fortalecê-lo, numa proporção tão assustadora.
Essa dose de ceticismo é ainda mais necessária quando praticamente todo o restante do mainstream só vê benefícios para a tecnologia – vide as palestras no TED Talks, por exemplo, que costumam pintar um futuro promissor e maravilhoso com a adoção de tecnologias cada vez mais sofisticadas e, para utilizar um termo da moda, disruptivas. A moda agora é fazer coisas disruptivas.
O livro é em inglês, e a leitura não é das mais fáceis, ao menos em comparação com outros livros escritos em inglês que foram anteriormente resenhados no blog, porque o vocabulário é mais sofisticado. Porém, isso não impede que seja plenamente possível captar suas ideias principais, para quem possui um nível intermediário do idioma.
Por último, vale destacar um fato que talvez você tenha, sim, percebido ao longo da leitura desse artigo, e que eu fiz questão de destacar no começo da resenha: os textos das duas resenhas praticamente não contêm hyperlinks.
O autor diz, apoiado em inúmeras pesquisas detalhadas ao longo da obra, que os hyperlinks são um dos maiores problemas da estrutura da Internet, pois eles causam frequentes interrupções, e essas frequentes interrupções fazem divagar nossos pensamentos, enfraquecem nossa memória, e nos tornam mais tensos e ansiosos. Quanto mais complexo o tipo de pensamento em que estamos envolvidos, maior é o prejuízo causado pela distração.
Dessa forma, procurei preservar a linearidade do texto, ao custo provavelmente de mais tráfego ao restante do blog, já que o objetivo do artigo foi o de maximizar as reflexões sobre como você, caro(a) leitor(a), tem se conduzido diante do uso da Internet, e, assim, possa tomar as medidas necessárias para minimizar os danos que ela possa causar ao seu cérebro – se é que já não está causando.
A mensagem central do livro do Nicholas Carr é perturbadora, e é perturbadora porque as mudanças que a Internet tem causado ao cérebro de todos são mudanças imperceptíveis, sutis, cujas consequências mais nefastas só notamos a longo prazo, provavelmente depois que o problema já foi instalado em nossos cérebros.
Vale a pena prestar atenção naquilo que interfere em sua atenção, e refletir se você também não está exagerando no uso do Twitter, grupos de WhatsApp, chats no Facebook, consumo de timelines no Instagram, e na própria navegação na Internet nas telas de vidro: celular, tablets e computadores.
Como diz o autor (p. 214), “nossa habilidade de aprender pode ser drasticamente comprometida quando nossos cérebros ficam sobrecarregados de informação por meio de um excesso de estímulos online. Mais informação pode significar menos conhecimento”.
No final das contas, menos pode significar mais. Pense nisso. 😉
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Um agradecimento especial ao leitor Henrique Galvão pelas preciosas dicas na correção gramatical e ortográfica dos textos das duas partes da resenha!
Guilherme,
Excelente post, já está na lista dos meus favoritos aqui no Valores Reais. 🙂
Vivemos cada vez mais distraídos, mais ansiosos, mais cansados mentalmente. Muita informação disponível + ânsia por estar “atualizado” = mais superficialidade e menos conhecimento duradouro.
Eu não sabia que as funções cognitivas mais nobres são tão prejudicadas com o uso da internet.
Mas será que não é isso o que o sistema almeja? Pessoas que pensam menos são muito mais manipuláveis.
A distração, através dos inúmeros jogos de celular e outras inutilidades e também a dependência do celular e das redes sociais, são apenas passatempos inofensivos ou úteis para desenvolver somente as funções cerebrais mais baixas? Com que objetivo?
Estamos consumindo ou sendo consumidos?
Jogos de raciocínio são bons para diminuir o estresse, para auxiliar a formar novas sinapses cerebrais, mas sem equilíbrio, torna-se mais prejudicial do que benéfico.
Até que ponto tudo isso não está afetando nossa personalidade e também nossas decisões e memórias pessoais?
Vivemos em uma época de superficialidade mental cada vez mais intensa. Ao mesmo tempo, as pessoas procuram cada vez mais por emoções fortes, através de filmes com excesso de ação e/ou violência e esportes cada vez mais radicais. Percebeu a mudança de foco?
Por que não conseguimos (enquanto sociedade) nos sentir vivos e completos fazendo atividades comuns, como caminhar, ver o por do sol ou andar de bicicleta?
Para quem tiver interesse, encontrei no Scridb o livro em português. Parece que está liberado por completo para leitura. Procure no Google: A Geração Superficial – Nicholas Carr – Scribd
Boa semana!
Pois é, Rosana: a ansiedade é, de fato, o mal do século. Não só pelas suas consequências diretas, mas por tudo o que expõe esse livro…
Abraço!
Rosana, excelentes seus comentários, que levam a uma reflexão ainda mais aprofundada sobre quão perigoso é o rumo que a Humanidade está tomando.
Particularmente, me veio à lembrança, ao ler seus comentários, um trecho em que o autor do livro diz que o Google está no negócio da distração: ele é tanto mais poderoso quanto mais conseguir distrair as pessoas.
Então, respondendo a uma de suas indagações, sim, tornar os humanos mais vulneráveis parece ser um dos objetivos do sistema. Terrível isso.
Abraços!
Diz uma música antiga do Capital Inicial: …inteligência ficou cega de tanta informação…”.
Muito bom saber da existência dessa obra.
Um belo assunto trazido pelo nosso amigo dos Valores Reais.
Obrigado!
Capital Inicial é poesia misturada com filosofia! Ótimo achado!
Abraços!
Bom post.
Receio dizer que eu li ele de forma dinâmica, então eu posso ter perdido alguns detalhes ahhahahaha
rsrsrsrs… ótimo blog, Viralata, não conhecia, já adicionei aos meus feeds RSS!
Parabéns pela segunda parte da Resenha, Guilherme!
A primeira parte me deu um gostinho de quero mais e esta segunda me fez ir a biblioteca para pegá-lo emprestado. 🙂
Obrigado por compartilhar!
Abraços.
Grato pelas palavras, Nilson, o livro realmente vale muito a pena!
ÓTIMA MATERIAL, NAO TINHA CONHECIMENTO DO QUANTO ISSO É PREJUDICIAL ..
Obrigado, Alexssandra!
Excelente post, Guilherme. Ambas as resenhas trazem um conteúdo formidável de como estamos passando por um momento de transição entre mundos, que ainda mal sabemos como isso nos afetará no futuro.
São assustadoras as constatações de como a falta do presente, do “mindfulness”, pode estar prejudicando, em certa medida, até a evolução humana. Por ora não percebemos isso: afinal, o progresso está, cada vez mais, a olhos vistos. Mas será que, com o tempo, não estamos formando uma massa de “alheios” que não conseguirão manter o sucesso da humanidade a longo prazo? Ou será que estamos abrindo o caminho para que a AI prepondere no futuro sobre nós mesmos?
Tantas perguntas, poucas respostas. Vamos ao menos, tentando diminuir esse impacto negativo, né?
Grande abraço!
Realmente, André, a inconsciência sobre o problema é um grande fator negativo que cega as pessoas dos problemas pelos quais estamos passando.
Sobre a AI, esse é um dos grandes perigos que estamos vendo evoluir. A automação, ao mesmo tempo que facilita muitas coisas, nos prejudica em muitas outras. Aliás, vou falar mais sobre isso no futuro…….;-)
Abraços!
Essa resenha traduziu muito do que tenho percebido no dia-a-dia. Nos últimos anos e cada vez mais, as pessoas parecem estar sendo tragadas pelo excesso de informação. Não se tem mais tempo para nada, pois se perde muito com todo tipo de besteira disponível na web.
Vivo essa realidade, pois meu trabalho é totalmente online. São várias horas conectada, sempre com 2 e-mails abertos e mais algumas abas, fazendo várias coisas ao mesmo tempo. Com frequência preciso anotar as tarefas que ainda preciso realizar em um papel (sim, caneta e papel) para não esquecer, pois às vezes parece que se não anotar, “vai dar branco”. No trajeto casa-trabalho tenho percebido que é uma benção as vezes não ter internet no celular. Só assim para conseguir ler um pouco com mais tranquilidade, sem ficar ansiosa querendo olhar alguma coisa. Também larguei mão de assistir noticiário há um tempinho, pois o excesso de informação, muitas vezes irrelevante, acaba não sendo assimilado mesmo.
Enfim, tempos difíceis. A vida é facilitada pela comunicação, mas nos suga bastante…
Verdade, Adriana, é preciso realmente tomar consciência do problema, a fim de tentar controlá-lo.
Abraços
Guilherme,
“O livro é em inglês, e a leitura não é das mais fáceis”
Existe a versão em português:
A Geração Superficial: o Que a Internet Está Fazendo Com Os Nossos Cérebros
Grato pela dica, Marcos!
Parabéns, excelente resenha. Acompanho o blog já há muito tempo mas é raro eu fazer um comentário.
Mas com essa excelente resenha fui obrigado a me pronunciar.
Um abraço.
Valeu, Luiz!
Tem uma expressão em inglês bem conhecida que acho que resume bem a nossa resistência a abrir mão de se desconectar: FOMO, que é um acrônimo pra “Fear Of Missing Out” – ou seja, medo de estar perdendo algo.
Refrear essa nossa tendência a querer sempre saber/ver/participar das últimas tendências, e estar confortável com a ignorância seletiva, parece ser mesmo o caminho. Como você diz, isso nem de longe é uma tarefa fácil. Mas vale muito a pena quando se reconhece o seu valor.
Oi Henrí!
Gostei dessa expressão. Bastante difícil ir contra essa tendência natural, mas acho necessário treinarmos essa parte mental das atitudes.
Abraços!