7 anos (ou 6 anos e 7 meses, para ser um pouco mais preciso).
Esse é o tempo que separa o texto de hoje, 3 de abril de 2017, daquele texto publicado na “remota” data de 31 de agosto de 2010. Onde você estava naquela época? Já era leitor do blog? Já investia seu dinheiro? Ou ainda tinha título de capitalização? 😛
Em 2010, publiquei um texto dando nome aos bois, destacando 3 fundos referenciados DI não muito caros, com taxas de administração que variavam entre 0,3% .a.a e 0,6% a.a.
De lá pra cá, muita coisa ocorreu: algumas coisas pioraram, outras coisas melhoraram, o Brasil mergulhou na pior crise econômica de sua história, mas… sobrevivemos. E estamos cá novamente para reescrever a história, ou melhor, reescrever esse interessante capítulo de fundos referenciados DI baratos. Onde estão eles? Do que se alimentam? Como encontrá-los? Pra quê servem? Hoje, no Globo Repórter Valores Reais. 😆
Definição
Esses fundos se caracterizam por serem modalidades de investimento em renda fixa pós-fixada, ou seja, que acompanha a variação do CDI, ou da taxa SELIC. São investimentos, portanto, conservadores.
Como não exigem praticamente trabalho nenhum do gestor (ou seja, são de gestão passiva), tais fundos deveriam, em tese, apresentar taxas de administração inferiores a 1% a.a. Entretanto, o que vemos na maioria dos fundos comercializados no varejo é exatamente o contrário: muitos deles cobram taxas de administração superiores a esse patamar.
Quer um exemplo?
Pois lá vai: BB Renda Fixa Referenciado DI 500.
Esse fundo tem a horrorosa taxa de administração de inacreditáveis 2% a.a., e rendeu, nos últimos 12 meses, só 11,88% brutos, contra um CDI de 13,88%. Ou seja, uma rentabilidade de apenas 85,50% do CDI.
É impressionante que, mesmo com tantos pontos negativos, esse fundo tenha um patrimônio líquido de R$ 2 bilhões.
Você não leu errado: são R$ 2 BI de patrimônio líquido.
Essa é mais uma prova eloquente de que o brasileiro médio, definitivamente, é muito acomodado, e não sabe investir. Não sabe.
……………………
Bom, encontrar fundos referenciados DI baratos, no mercado financeiro em geral, é como tentar encontrar agulha no palheiro. Exige muita pesquisa e dedicação.
De antemão, aqui já vai uma dica: você não irá encontrá-los nos grandes bancos de varejo, ou seja, BB, Bradesco, Itaú, Caixa, Santander e similares. Acho que o exemplo dado acima, do BB Ref. DI 500, já foi suficiente para provar essa afirmação. Esqueça-os.
Vá atrás de corretoras de valores, como XP, Órama, EasyInvest, Geração Futuro, e outras. Elas são confiáveis (pelo menos até o presente momento). E, de quebra, te ajudam a ganhar mais dinheiro.
Pra quê servem os fundos DI?
Em 3 palavras: reserva de emergências. Colchão de segurança. Proteção financeira.
Em uma palavra: liquidez. Diária (ok, são duas palavras).
Ter uma reserva de emergências alocado num fundo referenciado DI é ter a garantia de contar com uma proteção financeira em caso de calamidade pessoal que exija despesas urgentes, com pagamento imediato.
Por exemplo, suponha que você sofreu um acidente de carro e o conserto da peça – ou o seu conserto físico no hospital (bata 3 vezes na madeira) – exija um depósito imediato de R$ 5 mil. Vai fazer isso com o limite do cheque especial?
Pode até ser, mas, quando a dor de cabeça do acidente terminar, vai surgir outra dor, que dói tanto quanto (ou até mais): a dor de pagar juros estratosféricos.
Seja inteligente. Use a cabeça, e construa seu próprio “cheque especial”: deposite uma quantia equivalente de 3 a 6 meses de suas despesas mensais médias, num bom fundo referenciado DI com liquidez imediata. Se você precisar de dinheiro para cobrir alguma eventualidade, o dinheiro estará lá, te protegendo dos sinistros da vida real, e te protegendo dos sinistros banqueiros que estão doidos pra você usar o cheque especial.
E, se você não precisar desse dinheiro, melhor ainda: ele vai estar lá, rendendo juros a perder de vista. E, se você usar sua mente de verdade, ele vai render ainda mais, pois estará num investimento de baixíssimo custo, e de máxima rentabilidade. Afinal, como diz o mestre John Bogle, quanto menos você gastar, mais você irá receber.
Mas e a poupança? Não serve para a mesma coisa?
Aaaaahhhh…. capiau, sabia que você iria chegar nesse ponto…viu como eu te conheço?
A resposta é sim e não.
Sim: ela também serve para a mesma coisa, reserva de emergências.
Não: ela rende bem menos, e só vai render se você deixar o dinheiro aplicado por pelo menos 30 dias.
Lembra do que eu disse acima, parágrafos atrás? Use sua mente: troque um investimento que rende uma miséria (como a poupança) por um investimento que rende dinheiro de verdade. Fazendo essa troca, embora você não acumule rios de dinheiro, pelo menos estará dando ao seu dinheiro uma destinação econômica mais útil, pois estará rendendo mais, com um baixo nível de risco.
Mas e o Tesouro SELIC?
Para os fins pretendidos nesse artigo – busca de investimentos com baixo grau de risco, alta rentabilidade, e com liquidez imediata – o Tesouro SELIC só perde para os fundos referenciados DI em função da ausência do último requisito, liquidez imediata. Normalmente, os resgates no Tesouro ocorrem em D+1, ou seja, no dia seguinte ao da solicitação.
De qualquer forma, ele pode funcionar perfeitamente como uma segunda camada do colchão de segurança, dando uma proteção extra ao seu patrimônio, tendo em vista suas excelentes características – menor grau de risco do mercado, aliado a uma das maiores rentabilidades do mercado.
………………………..
Abaixo, listaremos 3 fundos referenciados DI baratos, que atendem a todos os nossos 3 critérios: taxas de administração iguais ou inferiores a 0,30% a.a.; resgate em D+0; e aplicação mínima inicial igual ou inferior a R$ 5 mil.
XP Tesouro LFT FIRF Simples
Começando do mais recente: esse fundo foi lançado nesse ano de 2017, pela corretora XP, portanto, não há dados históricos de desempenho, rentabilidade e patrimônio.
Porém, ele se enquadra em todos os 3 critérios que preconizamos: aplicação mínima inicial de R$ 3.000,00; movimentação mínima de R$ 500,00; taxa de administração de 0,33% a.a. (grato ao Marcelo pela correção!), e resgate em D+0, com horário limite de resgate às 13:30. Confiram o quadro abaixo:
De acordo com os gestores desse fundo, seu objetivo é “investir, no mínimo, 95% (noventa e cinco por cento) de seu patrimônio líquido em ativos de renda fixa, em especial títulos da dívida pública federal, podendo ser pré ou pós fixados, atrelados ao CDI ou a índices de preços”.
Mais informações podem ser obtidas no site da XP.
Órama DI Tesouro FIRF Referenciado DI LP
Como o próprio nome diz, esse fundo é comercializado pela corretora Órama, uma das pioneiras do mercado em criar plataformas 100% digitais para investimentos em fundos normalmente só acessíveis a investidores qualificados, “trazendo” esses produtos para o pequeno investidor.
Esse fundo se destaca pelo baixo capital inicial para a primeira aplicação: R$ 1.000,00. Sua taxa de administração é de 0,2% a.a. (informação fornecida pela própria Órama, na caixa de comentários) o resgate é feito em D+0, e o horário limite de movimentação é 13:00.
Segue abaixo um quadro com informações complementares desse fundo:
Em 2016, esse fundo rendeu 13,32%, o que dá 95,10% do CDI. Lembra do fundo do BB, do qual falamos acima? Ele rendeu 85% do CDI nos últimos 12 meses (11,88%).
Façam as contas: optando por um fundo mais barato, você ganha cerca de 12% adicionais de rentabilidade, sem correr maiores riscos por essa troca. Viu como está valendo a pena ler esse artigo até o presente momento? 😉
Mais informações podem ser obtidas no site da Órama.
BTG Pactual Tesouro SELIC FI RF
Esse fundo, disponível através da plataforma de investimentos online BTG Pactual Digital, tem como características principais a aplicação mínima inicial de R$ 3 mil, taxa de administração de 0,2% a.a., resgate em D+0, e horário limite de movimentação às 15:30 (o maior dentre todos os fundos pesquisados nessa coleta de dados).
Em 2016, esse fundo rendeu 13,63%, o que dá 97,37% do CDI.
Mais informações podem ser obtidas no site do BTG Pactual Digital.
Mas, ao contrário do fundo da Órama, esse fundo não investe somente em títulos públicos. Conforme podemos ver na lâmina de informe disponível no fundo, que se encontra na página do BTG Pactual Digital, 69,03% da carteira do fundo é investida em títulos públicos, e 30,97% em operações compromissadas, muito provavelmente vinculadas ao CDI.
Abaixo, um quadro-resumo do fundo:
Estou lendo a sua mente, caro(a) leitor(a): “mas e o André Esteves, que foi preso recentemente? E a Lava Jato”?”
É complicado quando a imagem de um banco fica muito associada à imagem de uma pessoa física (principalmente quando a pessoa física em questão vai pra cadeia, e isso é amplamente divulgado pela nossa mídia sensacionalista), e é por isso que a diretoria do BTG tratou logo de tentar desvencilhar essa associação de imagens entre o banco e a pessoa física em questão, associação essa ainda hoje forte no imaginário popular.
Bom, quanto ao fundo em si, não tem nada a ver com esses outros negócios do BTG. Se der alguma zica com o fundo, ou mesmo com o próprio banco, o procedimento normalmente seguido é a realização de uma assembléia geral, com a aprovação de novos gestores.
Riscos existem, e existem em qualquer negócio e em qualquer instituição financeira. Por isso, eu faço apenas uma descrição das possibilidades de investimentos, enumerando seus prós e contras à luz dos critérios e parâmetros adotados e explicitamente mencionados acima.
Cabe a você a escolha final, e só faça o investimento no lugar em que se sentir mais seguro e protegido, mensurando bem a equação risco vs. retorno do investimento. 😉
Conclusão
O barato sai caro? Fique longe desse ditado popular, ao menos quando estiver tratando de investimentos. Nesse ramo, o barato realmente sai barato.
Fundos referenciados DI, em cuja composição predominem o investimento em títulos públicos federais do Tesouro Nacional, são excelentes instrumentos de investimentos para a formação da reserva de emergências, pois apresentam liquidez imediata, resgate em D+0 (o que os tornam vantajosos em relação ao Tesouro SELIC), e rentabilidade diária (o que os tornam vantajosos em relação à caderneta de poupança).
O grande problema da maioria desses fundos, principalmente os comercializados pelos grandes bancos de varejo, é a pesada taxa de administração, normalmente superior a 0,7% a.a., ou o fato de possuírem altíssimo ticket de entrada (normalmente acima de R$ 100 mil), para investimentos em fundos com taxas de administração menores.
Além disso, há também o fato de não contarem com a proteção do FGC, o que, convenhamos, não chega a ser um problema dos mais graves, haja vista que a maioria desses fundos investe em títulos públicos federais, sendo que alguns deles investem 100% dos seus recursos em títulos do Tesouro Nacional.
Os fundos enumerados na lista de hoje apresentam uma relação equilibrada de características positivas: taxas de administração bem reduzidas (de 0,2% a.a. a 0,3% a.a.), baixa aplicação mínima inicial (R$ 3.000,00 ou menos), e resgate em D+0.
Curioso notar que, no post de 2010, os 3 fundos referenciados então nominados apresentavam taxas de administração um pouco maiores, entre 0,3% a.a. a 0,6% a.a., o que significa estar havendo, ainda que de forma bem lenta e gradual, uma diminuição nas taxas de administração praticadas no mercado financeiro, ao menos em relação aos produtos oferecidos ao pequeno investidor pessoa física.
Quem sabe se, daqui a 7 anos, quando formos atualizar essa lista, não encontremos fundos com taxas de administração entre 0,1% a.a a 0,2% a.a., para aplicações iniciais igualmente reduzidas, até R$ 5 mil?
Como os fundos referenciados DI basicamente seguem o Tesouro SELIC, e são, portanto, de gestão passiva, não faz muito sentido você investir num fundo que tenha altas taxas de administração, ainda mais numa época, como a a que estamos presenciando, de redução das taxas de juros e, portanto, redução dos ganhos nas aplicações financeiras (e ainda não mencionei a inflação!).
Por isso, esse texto de hoje reforça um antigo ditado que eu sempre digo: faça o máximo de esforço que puder para jogar seus custos dos investimentos no chão. Pois, quanto menos você pagar, mais você irá receber. 😉
Opa Guilherme!
Post muito importante. Mostra o quanto os brasileiros deixam verdadeiras fortunas e fazem a alegria dos bancos.
Eu tinha aplicações nesse fundo pela Porto Seguro que vende no site deles, era 0,4% de taxa ao ano, acabou que estou só com SELIC agora, mas acho que vale a pena pra muita gente sim.
Olá, Frugal, valeu!
Verdade, cada produto tem seus pontos positivos, então, é analisar e ver o que se encaixa melhor no plano de investimentos de cada um.
Abç!
O grande problema é que a maioria das pessoas não procura opções. Interessante que vivem reclamando que não tem o suficiente. Já usei o fundo mencionado do BB simplesmente porque era para 1 mês, ainda estava estudando o que fazer. Desde então, BB nunca mais.
Bem isso mesmo, Sandro!
Bom dia Guilherme!
Importante quando “damos os nomes aos bois” pois assim podemos comparar o resultado de algumas aplicações e se estamos no caminho certo quando se trata de rentabilidade.
Gostaria de indicar o Sparta Premium Ref DI (http://www.sparta.com.br/sparta-premium-referenciado-di/) um fundo muito bom com valor inicial baixo, valor adicional muito baixo também.
Oi Franci, bom dia!
Bem lembrado, essa também é uma opção interessante de fundo.
Abç!
Estou dando meus primeiros passos nessa área de investimentos.
Estes seus artigos tem me ajudado muito. Além de didático é recheado de boas informações.
Vlw Guilherme.
Abraços e boa semana!
Valeu, Felipe, boa semana pra vc também!
Guilherme,
Sou cliente da XP, e havia visto a propaganda desse fundo no site deles.
Atualmente mantenho minha reserva de emergência em um fundo do Bradesco (herdado do HSBC, de quem era cliente antes da venda), que não consegui nem achar o regulamento no site deles, mas se bem me lembro tinha taxa de 1.10% a.a.
A principal vantagem do fundo que tenho hoje é que a movimentação mínima é de R$ 100,00, e é no mesmo banco onde movimento meu dinheiro, então sempre que sobra um pouquinho de dinheiro na conta corrente, ou quando preciso de um valor pequeno, fica fácil de movimentar. Olhando os últimos resgates que fiz, a maioria foi de valor inferior a R$ 500.
Recentemente (no último ano), a XP aboliu todas as tarifas mensais, e inclusive as de TED. Este seria o maior problema pra mim, pois de que adianta render mais, mas quando precisar de R$ 500, ter que pagar por exemplo R$ 10 para transferir esse dinheiro para um lugar onde possa usá-lo? O que ganhei na rentabilidade extra eu perco na hora de movimentar, mas como disse, agora isso não é mais problema.
Provavelmente vou partir para uma estratégia escalonada. Vou manter uma merreca nesse fundo do Bradesco, apenas para movimentações inferiores a R$ 500, e manter o grosso no fundo da XP, usando-o em situações onde movimente mais de R$ 500.
Excelente estratégia, Swine!
Aliás, acho uma tendência muito boa essa de as corretoras eliminares essas tarifas de saque. Isso facilita muito a movimentação para as reservas de emergências.
Olá,
O fundo da Órama baixou a taxa de administração mínima e máxima para 0,2% a.a.
Obrigado pela informação, atualizei essa dado no post!
É meu caro, mas não julgue…muitos como eu não tem opção de abrir conta em corretora…eles me recusam por ser não residente…moro no UY mas tenho vida ativa no BR tbm…é um absurdo estas leis…e com isto tenho que deixar meu dinheiro – mais de 1 milhao – investido no Banco do brasil em fundos assim…então nao generalize !
Aplique no tesouro pelo BB, acho que pode sendo não residente.
Guilherme,
Acho interessante a ideia de ter o dinheiro imediatamente, mas, será que ninguém aguenta esperar um dia para receber?
Digo: se a peça do carro/moto/geladeira, etc. quebram, raramente a pessoa vai na sua casa ou você leva na oficina e precisa pagar imediatamente. Tem o tempo de execução do serviço e costuma-se pagar após ele estar pronto.
Mesma coisa com um hospital ou o que seja. Sempre paga-se a conta no final. E se você estiver internado e, eventualmente, inconsciente, pouca diferença faz ter o dinheiro em D+0 ou em D+1 como é o Tesouro Selic.
Uma decisão de compra qualquer também pode esperar um dia, nem que seja uma liquidação relâmpago. Se você der um cheque depois das 16 horas ele não será compensado no mesmo dia (única ocasião em que seria necessário ter o dinheiro imediatamente na conta). E, no dia seguinte, você já terá recebido o dinheiro do TD Selic, que normalmente cai na conta entre 13 e 14 horas.
Enfim, não gosto de abrir mão de remuneração por praticidade. Pode ser que eu esteja com uma visão míope, mas esse D+0, em princípio, não parece valer a pena perder 5%, na melhor das hipóteses listadas, além, é claro, do risco, que é consideravelmente menor no TD…
Um abraço!
Não se esqueça que o TD cobra 0.3% a.a., fora eventuais tarifas da corretora, embora hoje seja fácil conseguir taxa zero. Na verdade o fundo da XP, por exemplo, é mais barato que o TD.
Só que no fundo tem come-cotas e no TD não… será que mesmo assim ainda vale a pena?
O Tesouro Selic passa a ser mais vantajoso (em relação aos fundos do post) a partir de 1 ano de aplicação.
E tem os CDBs com liquidez diária, só pra dar um exemplo, banco intermedium com 101% do CDI, rende mais que tesouro SELIC.
OK, mas bancos pequenos/médias apresentam risco não-desprezível, até por isso que pagam porcentagens mais altas do CDI. Existe o FGC, então o seu principal está garantido, mas pelo que sei, é um processo que pode demorar um pouco, e a partir da quebra do banco, você deixa de receber juros. Já fundos que aplicam no Tesouro SELIC possuem risco de crédito basicamente igual ao próprio tesouro nacional, que supostamente é o investimento mais seguro do país, embora fundos não sejam cobertos pelo FGC, pelo que sei.
Enfim, na minha opinião não é a melhor escolha para um colchão de segurança. O colchão de segurança tem que ser algo com o qual você possa contar incondicionalmente, esse tipo de risco é melhor de ser corrido com o seu dinheiro de investimento mesmo.
Excelente artigo, Guilherme!
Mantenho meu colchão de segurança no banco Sofisa (CDB 100% com liquidez diária). Sinceramente, ainda não vi vantagem em investir meu dinheiro em algum fundo DI, pois tenho tudo de que preciso no Sofisa, ou seja, alta liquidez, rentabilidade e praticidade no resgate. Abraço!
Faço suas, as minhas palavras Daniel! Meu colchão está no Sofisa e me sinto muito segura lá. Não gosto de TD.
Obrigado, Daniel e Isabela!
Olá Guilherme!
Já faz um tempinho que uso o TD Selic para fazer esse papel. Sim, claro, temos D+1, mas com algum planejamento, não deve ocorrer problemas. Em emergências emergenciais talvez… mas que bom que nunca estive numa situação dessas rsrs.
Ultimamente tenho realocado uma boa parte em CDBs liquidez diária de bancos menores, com excelentes rentabilidades, que dão de dez a zero nesses fundos e ainda não cobram taxa de administração.
O CDB liquidez diária do Intermedium, por exemplo, para quem está em um grupo de investimento na faixa máxima está em 105% do CDI.
Assim não tem como nem pensar em investir em fundos DI, não acha?
Abraço!
Excelente depoimento, André!
De fato, você está muitíssimo bem servido com a dupla TD + CDBs, de modo que é dispensável o fundo DI.
Abç!
Guilherme,
Bem lembrado sobre os títulos de capitalização e fundos DI com altas taxas de administração.
Inicialmente, por total falta de informação e conveniência do gerente em oferecer esse produto, “investi” um fundo DI com a taxa absurda de 4%!
Gostei desse post, especialmente porque estou pesquisando atualmente o assunto: sair da poupança como colchão de segurança para algum fundo DI. Ela é prática, não dá para negar isso, mas os retornos apresentados aqui demonstram que a médio e longo prazo, ganha-se muito menos. Ou perde-se muito ao continuar com a poupança.
Apesar dos fundos DI pesquisados por você serem atrativos com essas taxas, eu fico com a sugestão do André Azevedo: CBD com Liquidez Diária. Não há come-cotas, taxa de administração e há garantia do FGC. Além disso, por ser do próprio banco e não de corretora, não há necessidade de transferência dos recursos, já que há o cartão do próprio banco que pode ser utilizado como débito. Ou pagamentos pelo próprio site.
E até 100K, a taxa é de 100% do CDI.
Abraços,
Comcordo, tenho um RDC com 98% do CDI, basta pegar o elevador para resgatar. RDC segue as mesma regras do CDB.
Sandro,
Eu ainda não conhecia o RDC, vou pesquisar sobre o assunto. Agradeço pela dica! 🙂
Excelente depoimento, Rosana!
Os CDBs são também excelente alternativa para a reserva de emergências, justamente pelas qualidades citadas por você.
Abraços!
Colegas, tenho uma conta numa cooperativa de crédito do Banco Sicoob que oferece RDB (equivalente ao CDB) a 100% do CDI, com liquidez D+0, para qualquer valor.
Para mim, é a melhor opção do mercado. Além disso, oferece cartão de crédito Master Platinum grátis e com milhagem, além de conta sem tarifas.
Para quem se interessar, procurem no site do Sicoob a cooperativa da região de vocês.
Ótima alternativa, Marcelo!
Aí a tua cooperativa vai a falência e vc, sendo DONO (como elas gostam de dizer) responde com o TEU patrimônio pessoal pelas falcatruas.”Melhor” aonde, pequeno padawan?
Parabéns pelo post!
Obrigado, Paulo!
Guilherme
Olhei o regulamento do fundo da xp e a taxa de administração máxima do fundo deles e de 0,3% a.a e não 0,2 %a.a como eles colocaram no material deles.
O correto seria a xp colocar a taxa máxima do fundo e não a taxa mínima deles.
Se considerarmos a taxa de custódia desse fundo que e de 0,03% a.a, esse fundo custa 0,33% a,a para os clientes.
Grande abraço
Oi Marcelo, obrigado, corrigi a informação no post.
Abç!
Guilherme eu já era leitor do blog na época desse post. Inclusive aplicava em um dos três fundos citados em 2010(GF DI). Me senti feliz por saber que o fundo era bom ao mesmo tempo revoltado pois em um passado não muito distante tinha posições em fundos de previdência com 3,00% de taxa de administração. A vida é um eterno aprendizado.
Tem um fundo DI do próprio BTG com taxa de administração de 0,30% e aplicação mínima de R$3.000,00. Sua rentabilidade histórica é de 102,80% CDI com movimentação em D+0. Superando inclusive o BTG Pactual Tesouro SELIC.
Valeu, TBB, lembro sim, é um grande privilégio ter leitores tão antigos no blog como você!
Realmente, a vida é um eterno aprendizado, e é bom vermos como evoluímos ao longo do tempo quando o assunto é investimentos.
Grato pela informação desse outro fundo do BTG.
Abç!
Sempre achei essa coisa de fundos uma complicação. Parece que nunca fica totalmente claro para onde o dinheiro vai…
Deixo o colchão de segurança em Tesouro Selic. Mesmo em caso de emergências será possível esperar ao menos um dia pelo dinheiro. Se não der, utiliza o cartão de crédito e resgata o Tesouro Selic pra pagar a fatura do cartão. Simples.
Realmente, Adriana, o Tesouro SELIC tem essa vantagem da transparência e simplificação.
Abç!
Excelente dica! Ontem mesmo eu fui ver esse fundo DI do BB e sai de lá desanimada por causa das taxas. Essas operadoras trabalham fora de SP?
Bj e fk c Deus
Nana
http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com
Sim, Nana, trabalham.
Uma pergunta básica:
CDB com prazo máximo de 720 dias tem IR de 15 ou 17,5%?
Ou 15% é somente a partir de 721 dias?
Obrigada,
Imposto de Renda – A alíquota do IR segue tabela abaixo sobre o rendimento das aplicações.
Alíquota
22,5% (até 180 dias)
20,0% (de 181 a 360 dias)
17,5% (de 361 a 720 dias)
15,0% (acima de 720 dias)
Ou seja a partir de 721 é 15%.
Agradeço pela resposta, Rodolfo.
Não entendo por que há CDBs com prazo máximo de 720 dias e não 721….
É curioso esse fato mesmo, Rosana, dá a impressão de que os bancos não querem que o cliente se beneficie com o IR de alíquota menor.
Excelente explanação! Muito boa a sua compilação dos fundos, ajuda bastante na tomada de decisão. Eu mesmo estou com dinheiro no Selic e pensando aonde alocar com todas essas caracteristicas que vc mencionou. Obrigado
Forte abraço e sucesso
Olá, Marujo, obrigado, e parabéns pelo blog!
Ótimo post, como sempre. Só lembrando que a isenção de TED é da transferência da corretora para o banco. Para você que tem o dinheiro no banco e vai passar para corretora o TED será pago do mesmo jeito. Em razão disso, em pequenos investimentos, há que se calcular se a rentabilidade a mais não será “corroída” pelo TED. Abraço.
Verdade, Valter. Uma alternativa é usar bancos que ofereçam TEDs gratuitos, como o Intermedium, e as contas digitais dos bancos de varejo que ainda oferecem tal modalidade de conta.
Deixo sempre a Reserva de emergencia no banco onde tenho conta corrente, a Caixa Federal. Faço isso mais pela praticidade mesmo. Então, dou uma garimpada entre os fundos disponíveis, e procurando bem sempre é possível achar coisas interessantes. FIC ABSOLUTO, rentabilidade ótima, acima do CDI todos os meses (no ano 22%, contra 13,99 de CDI), e tx adm de 1,1%. Tbem tem o FIC IDEAL, rentabilidade entre 90 e 95% do CDI, e tx de 0,4%.
Ambos com aplicação mínima de $1.000,00.
Oi Vania, excelente depoimento!
De fato, para reserva de emergências, a praticidade conta muito. 🙂
Abraços!
Muito bom o post,
Mas nos “bancões” também dá pra achar uma coisa ou outra… por sinal eu tava dando uma olhada em uns fundos DI do BB achei pelo menos três com rentabilidade semelhante aos que você falou:
BB RENDA FIXA LP PREMIUM ESTILO – últimos 12 meses 13,51%
BB RENDA FIXA REFERENCIADO DI LP VIP ESTILO – últimos 12 meses 13,50%
BB RENDA FIXA LP VIP ESTILO – últimos 12 meses 13,45%
Aplicação inicial acima de 100 mil reais, se não me engano.
Exato, Rosa.
Valdir, algumas observações, além daquelas prestadas pela Rosa:
BB RENDA FIXA LP PREMIUM ESTILO: tx adm 0,70% a.a.
BB RENDA FIXA REFERENCIADO DI LP VIP ESTILO: tx adm 0,50% a.a.
BB RENDA FIXA LP VIP ESTILO: tx. adm. 0,50% a.a.
Vc utilizou um marco referencial diferente: últimos 12 meses, enquanto que, no artigo, eu usei a rentabilidade do ano de 2016.
Bom, mas independentemente disso, o que conta mesmo é a parte fixa da coisa, ou seja, a taxa de administração, que é bem mais cara nos 3 fundos BB citados, além, é claro, da aplicação inicial mínima, como a Rosa bem citou.
Guilherme,
Hoje na agência bancária em minha cidade, obtive a informação que o valor mínimo
para aplicação na L.C.I do Banco do Brasil passou para R$80.000,0 (oitente mil reais). Pois tentei fazer uma aplicação via internet banking e o valor mínimo que aparecia em minha conta é de R$65.000,00(sessenta e cinco mil reais), surpresa com tal valor sendo que o mínimo sempre foi R$1.000,00(hum mil reais), após várias tentativas sem sucesso, dirigi-me à agência para entender o que estava acontecendo e fiquei mais surpresa ainda quando informaram o valor mínimo citado acima. Mas o melhor!!!!, rsss foi ser comunicada que eu era uma privilegiada pois tinha o mínimo de sessenta e cinco mil reais, kkkkk informei-lhes que não faço parte da “equipe da lava jato”.
Chego à conclusão que querem os pobres mortais como sempre aplicando na famigerada “poupança”.
Oi Silvia, grato pela informação!
De fato, os grandes bancos estão cada vez menos interessados em facilitar a vida dos investidores.
Abç!
Muito bom se artigo parabéns, e obrigado por compartilhar essas dicas.