Quem não tem muito tempo de investir ou simplesmente quer que seus investimentos acompanhem certo índice da economia encontra, nos investimentos indexados, uma alternativa bastante prática e inteligente de aplicar.
Como o próprio nome diz, são investimentos que acompanham determinado índice da economia.
Na renda fixa, modalidade pós-fixada, um exemplo típico de investimento indexado é o título do Tesouro Direto chamado LFT. Vejamos o que sobre ele diz o próprio site do Tesouro Direto:
O que temos visto e ouvido ultimamente é que existe uma forte chance de a taxa SELIC aumentar no decorrer do ano. Aumentando a taxa SELIC, automaticamente o investidor que aplica em LFT verá a rentabilidade nominal de sua aplicação também aumentar, em termos percentuais.
Já no ramo da renda variável, temos como exemplos perfeitos os fundos de índice passivos negociados em Bolsa, como o PIBB11 e o BOVA11. Sobre o PIBB, vejamos o que diz o site do próprio:
Os PIBBs (Papéis de Índice Brasil Bovespa) são quotas do fundo PIBB Fundo de Índice Brasil – 50 – Brasil Tracker, o primeiro fundo de investimento em índice de mercado, regulado pela Instrução 359 de 22 de janeiro de 2002 da Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
O PIBB Fundo de Índice Brasil – 50 – Brasil Tracker – é um fundo de investimento constituído sob a forma de condomínio aberto e destina-se à aplicação em carteira de títulos e valores mobiliários que visa a buscar resultados semelhantes à performance do IBrX 50 (IBrX 50).
Cada PIBB representa uma fração ideal da carteira do Fundo da qual farão parte, na medida do possível, todas as ações que compõem a carteira teórica do IBrX-50, além de outros ativos, em menor proporção. Desta forma, ao investir em PIBBs, o investidor estará também investindo, indiretamente, nas mesmas ações que compõem a carteira teórica do o IBrX 50, quase que na mesma proporção em que estas compõem a carteira teórica do IBrX-50.
Os PIBBs são admitidos para negociação na Bovespa do mesmo modo que qualquer outro valor mobiliário nela negociado. Os PIBBs serão emitidos exclusivamente sob forma escritural e as negociações de PIBBs serão compensadas e liquidadas através da CBLC. Não serão emitidos certificados de PIBBs.
Já o BOVA11 é outro fundo de índice passivo, cuja descrição podemos ler aqui nessa página da iShares:
O iShares Ibovespa Fundo de Índice busca obter retornos de investimentos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, do Índice Bovespa. O Índice Bovespa é um índice de mercado que mede o retorno de um investimento em uma carteira teórica calculada pela BM&FBovespa, composta pelas ações emitidas por companhias que respondam por mais de 80% (oitenta por cento) do número de negócios e do volume financeiro verificados no mercado à vista (lote-padrão) da BM&FBovespa.
Este Fundo de Índice apresenta diferenças em relação às disposições da Instrução 359/02, permitindo maior flexibilidade na gestão da carteira, o que pode possibilitar maior liquidez e maior erro de aderência ao benchmark.
A compra de cotas de fundos de índices é uma maneira inteligente de diversificar, pois esses fundos contém ações que integram o Índice Bovespa. Vários estudos, tanto aqui quanto no exterior, comprovam que os fundos de índice passivo bateram a rentabilidade da maioria dos fundos de ações diversificados existentes no mercado.
Já os investimentos em LFT, indexados à taxa SELIC, embora sejam conservadores, como está indicado na página do Tesouro Direto, costumam ser mais vantajosos que os papéis de renda fixa prefixados quando há tendência de alta da taxa de juros básica da economia, por uma questão natural: aumentando a taxa do índice (SELIC), automaticamente aumenta a rentabilidade do investimento que está indexado a esse índice, enquanto os juros dos papeis prefixados, justamente pelo fato de a taxa de juros ter sido pactuada de antemão, tendem a ter rentabilidade inferior à taxa pós-fixada da SELIC.
É claro que existem dezenas de outros investimentos indexados a determinado índice, portanto, tome cuidado e seja criterioso na escolha do índice que estará indexando seu investimento, bem como o prazo de aplicação, riscos envolvidos etc. Fundos cambiais indexados ao euro e dólar, por exemplo, apresentam grandes riscos e jamais devem ocupar a maior porção no portfólio de um investidor, já que eles não protegem dos riscos da inflação, apresentam baixa rentabilidade a longo prazo, dentre outros fatores.
Escolhendo bons índices, seus investimentos terão grande probabilidade de apresentarem bons retornos, com um baixo esforço do investidor, como, aliás, escreveu Richard Ferri, em livro a ser lançado no final desse ano: The Power of Passive Investing: More Wealth with Less Work.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
Hotmar, referente aos fundos de indices eu percebi que o PIBB tem uma taxa de adm um pouquinho menor que o BOVA11 verdade?..outra ponto interessante é a diversificação que o PIBB proporciona investindo tambem em outros ativos como vc falou…esses ativos seriam o tesouro direto? Sabe Hotmar eu sempre fico na duvida referente a esses dois indices.. pq muitos analistas de mercado falam que o BOVA11 tem mais liquide,na sua opinião Hotmar, sendo um fundo de ações aonde o horizonte seria a longo prazo, vale mais a pena arriscar uma rentabilidade melhor no PIBB?
Forte abraço uma vez parabens pelo texto
Luciano
Gostei da sua pergunta, Luciano, porque representam os critérios que o investidor deve adotar na hora de tomada de decisão quanto a qual fundo de índice passivo investir.
Sobre a taxa de administração: é verdade, o PIBB11 é mais barato que o BOVA11, a taxa de administração do PIBB11 coloca esse fundo, segundo o Mauro Halfeld, como o fundo com a menor taxa de administração do mundo. Taxa de administração menor impacta diretamente a rentabilidade líquida, de forma inversamente proporcional, ou seja, quanto maior a taxa, menor a rentabilidade.
Sim, títulos públicos. Verificamos, por meio desse link: https://www.pibb.com.br/PIBB/carteiraFundo.do que existem aplicações tanto nas LFTs quanto em prefixados.
De fato o BOVA11 tem mais liquidez no mercado e, quanto à questão da rentabilidade, acredito que o investidor deve ter uma postura adequada ao objetivo. Em outras palavras, ele deve focar sua atenção naquilo que se alinhe aos objetivos dele. Se o objetivo é rentabilidade maior, ele deve priorizar o foco no maior rendimento, e não na maior liquidez.
Resumindo: minha escolha é o PIBB11, basicamente porque tem menor custo, e menor custo = maior rentabilidade. Escrevi tanto que isso vai gerar um post completo, previsto para entrar no ar terça-feira. Continue acompanhando! 😀
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Brigadão hotmar, vou continuar acompanhando para estudo,,,provalvelmente logo logo devo fazer uma aplicação de PIBB11 para diversificar…verificar outras formas de investimentos é uma coisa que nunca fiz e estou tentando aprender aqui no blog…ta me ajudando muito..rs.. tenho umas cotas de ações num clube de investimento.. mas acho que no atual momento terei que aceitar um risco muito grande apostando um aporte diretamente em ações..o fundo tem varios ativos ..sinto que devo mudar a estrategica…Hotmar,em tempos aonde a gente sente duvidas e insegurança nos investimentos voce acha que a diversificação é o melhor caminho?
Grande abraço e obrigado pela paciencia..rs..rs..
Luciano
Luciano, obrigado! A diversificação em ações por meio da simplificada estratégia de compra de um fundo de índice passivo de baixo custo, como o PIBB11 ou o BOVA11, é uma das melhores estratégias para ter sucesso nos investimentos em Bolsa a longo prazo. No caso do PIBB11, p.ex., é como se vc comprasse ações das 50 empresas integrantes do IBRX50, só que de uma só vez.
O investimento em índice passivo é muito recomendado nos EUA, onde o mercado de ações é bem mais maduro, e, aos poucos, começa a ganhar corpo aqui no Brasil também.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!