“Nunca pare de aprender, pois a vida nunca para de ensinar” (Emmily Vara).
Estou lendo o excelente livro O fim do Alzheimer – guia prático, escrito pelo médico e cientista norte-americano Dale Bredesen.
Segue abaixo uma breve sinopse:
“O guia prático e cientificamente comprovado para reverter e prevenir o declínio cognitivo. Do autor de O fim do Alzheimer, best-seller do New York Times, e com prefácio de dr. David Perlmutter, autor de A dieta da mente.
Em O fim do Alzheimer, o renomado neurologista dr. Dale E. Bredesen apresentou a ciência por trás de seu protocolo inovador. Agora, ele descreve em detalhes o programa que usa com os próprios pacientes. Lançando luz sobre hábitos alimentares, sono, exercícios físicos, testes laboratoriais, entre outros, o dr. Bredesen identifica os potenciais fatores que contribuem para o declínio cognitivo e esclarece como agir em relação a eles.
Com histórias inspiradoras de pacientes que reverteram o Alzheimer e agora estão prosperando, este livro muda o paradigma do tratamento e oferece uma maneira nova e eficaz de melhorar a cognição, bem como uma esperança sem precedentes para quem sofre da doença.”
O Capítulo 16 traz dicas sobre o exercício para a mente, e começa com a frase que consta do título desse artigo.
Tudo gira em torno do que é chamado cientificamente de reserva cognitiva. Segue abaixo o trecho do livro a respeito (p. 242-243):
NUNCA PARE DE APRENDER. O grau de instrução de cada um se revelou um bom prognóstico do declínio cognitivo. Pessoas com maior nível de educação têm menos tendência a desenvolver demência. Isso pode ter a ver com um conceito chamado reserva cognitiva. Refere-se à ideia de que pessoas que foram mais expostas ao ensino podem ser mais resilientes contra as alterações naturais que ocorrem no cérebro com a idade. Será que isso quer dizer que você está frito se tem um nível educacional limitado? De jeito nenhum! A evidência sugere que todos podemos extrair benefício cognitivo de aprender em qualquer estágio da vida.
Para formar reserva cognitiva, é fundamental que você reformule seu modo atual de pensar. Muitas vezes, ao enfrentar uma tarefa desafiadora, como o manuseio de novas tecnologias, ficamos tentados a procurar ajuda profissional (ou de alguém mais jovem), sobretudo à medida que envelhecemos. Nunca mais! Encare os desafios cotidianos como uma oportunidade para você expandir suas conexões neurais e ampliar sua reserva cognitiva. É uma das coisas que podemos fazer para gerar uma mentalidade de crescimento conforme envelhecemos, o contrário da mera conservação (ou pior ainda, do encolhimento). Busque de forma ativa maneiras de expandir sua reserva cognitiva.
VOLTE A ESTUDAR. Muitos idosos talvez nunca tenham tido a oportunidade de ir além do ensino médio, mas nunca é tarde demais. pode até haver benefícios em fazer uma faculdade mais tarde na vida. O cidadão idoso em geral não precisa se preocupar com a média das notas do seu histórico escolar nem com vestibular. Muitas faculdades têm aulas especificamente voltadas para idosos, que até podem não ser gratuitas, mas muitas vezes têm desconto. Você pode até deduzir seus estudos do imposto de renda.
Outra alternativa é frequentar aulas como ouvinte, o que significa simplesmente usufruir do benefício de assistir às aulas sem passar pelo estresse de precisar entregar trabalhos e fazer provas. Também há muitas oportunidades on-line para a educação continuada. Além do mais, muitas bibliotecas locais e centros comunitários para idosos oferecem oportunidades de ensino. O aprendizado em idade avançada pode reduzir as lacunas em sua formação e ajudá-lo a aumentar sua reserva cognitiva.”
Conclusão
Se a vida nunca para de ensinar, você nunca deve parar de aprender.
Disso depende não apenas a saúde de seu cérebro, mas também a evolução e o vigor de sua própria vida. 😉
Muito bom!
Obrigado, Leonardo!