Quando eu era criança, lá no começo dos anos 90, a professora fez uma pergunta que fez a turma toda se alvoroçar.
A pergunta era:
Quem é a pessoa viva mais importante do mundo?
Um disse que era o presidente dos Estados Unidos, pela supremacia militar do mundo.
Outro disse que era o Papa, responsável pela unidade da igreja católica.
Outro, ainda, disse que era o presidente do Brasil.
E assim as respostas foram se sucedendo, uma mais variada que a outra, e todas buscando a resposta que a professora queria e que, pacientemente, respondia com um “não” de cabeça a cada nova resposta errada.
Eu não lembro a resposta que eu dei, mas, considerando que aquela época vivia ainda o rescaldo do fim do socialismo (queda do Muro de Berlin, seguida pelo desmoronamento da União Soviética) e, portanto, a prevalência do capitalismo, provavelmente eu disse que a pessoa mais importante viva do mundo era o Presidente dos Estados Unidos (George W. Bush ou Bill Clinton).
Toda a classe já tinha respondido, e todos estávamos ansiosos pela resposta da professora – afinal, estávamos ali para aprender.
E qual não foi a surpresa de todos quando ela disse que a pessoa viva mais importante do mundo era: você, pois, sem você, o mundo não faria sentido, nada faria sentido.
Ficamos todos perplexos. Um silêncio daqueles do tipo “ensurdecedor” arrebatou a sala de aula. Ficamos boquiabertos. Um olhando para outro, outros olhando para dentro de si mesmos, e todos tentando ainda entender a profundidade da resposta da professora.
Afinal de contas, como é que nós – crianças – poderíamos ser, cada um de nós, as pessoas vivas mais importantes do mundo?
Não sei quanto ao resto da turma, mas a resposta a aquela pergunta ecoa em mim até hoje, a ponto de finalmente fazê-la chegar a esse blog.
Você é a pessoa viva mais importante que existe no mundo.
Sem você, nada faria sentido. Sem você, não haveria vida, pois você é a vida, a vida encarnada num corpo físico, mas que também apresenta dimensões espirituais, emocionais e mentais.
E isso traz uma série de efeitos, atributos e reflexões. Por exemplo: você está dando, através de suas palavras, de suas ações, de seus pensamentos, de seu planejamento e de seus comportamentos, a devida atenção à pessoa viva mais importante do mundo?
Quantas horas por semana você se dedica a cuidar de si mesmo, em suas múltiplas dimensões: física, mental, espiritual e emocional? Você nutre seu corpo físico com alimentos de valor nutritivo? Ou você o intoxica a cada final de semana?
Você pratica exercícios físicos? Você dá o descanso merecido a cada noite, dormindo a quantidade de horas necessárias?
Você cuida de suas próprias finanças, ou “deixa a vida te levar”, de forma irresponsável? Você cuida de sua própria alma e espírito, nutrindo emoções positivas para si mesmo?
Nessa era de distrações e de uso cada vez mais aloprado (e irresponsável) de redes sociais, quantos minutos por dia você dedica para seguir a você mesmo? Quantos minutos por dia você dedica para curtir a si próprio? O tempo que você gasta bisbilhotando a vida alheia é maior ou menor que o tempo que você gasta dando atenção a si próprio, edificando a sua alma, forjando seu caráter, ampliando sua cognição e planejando e executando as suas ações?
Faça a sua vida valer a pena. É hora de você se recolocar no centro de sua própria vida.
Não desperdice a oportunidade única de fazer valer a condição de pessoa mais importante do mundo, e explore todas as boas oportunidades que a vida ainda tem a lhe oferecer. 😉
Boa semana!
Jesus Cristo. Sem ele não somos nada e não estaríamos aqui.
Verdade, Thiago!
Guilherme,
Nessa idade, a professora ensinar para vocês algo tão profundo. Que sorte a sua!
São essas coisas que marcam a vida para sempre.
Fico feliz que você tenha levado esse aprendizado para a vida e compartilhado aqui conosco. 🙂
Muito obrigado, Rosana!
Realmente, coisas assim marcam mesmo.
E veja só: coisas simples!
Abraços!
Nesta idade eu só tinha era o que levasse pra baixo, desanimando
Felizmente as coisas negativas podem ser revertidas!