Muitas vezes somos “tragados” pelas demandas da sociedade e, nesse compasso, acabamos nos esquecendo de priorizar quem verdadeiramente estará conosco até o final dos tempos: nós mesmos.
Sintomático e emblemático dos problemas gerados pela sociedade que atingem milhões, senão bilhões, de pessoas ao redor do mundo é essa “necessidade” de ficar disponível 24 horas por dia.
A pergunta é: disponível para quem? Para os outros? E quanto tempo você se dedica para ficar disponível para você mesmo? Quanto tempo você se dedica para se auto cuidar?
Quanto mais tempo de vida disponibilizamos para os outros, menor será o tempo de vida que disponibilizaremos para nós mesmos. Isso faz sentido?
Eis mais algumas perguntas para você refletir:
Você é daqueles que, à noite, antes de dormir, coloca o celular na cabeceira da cama, ligado? Você não coloca o celular em modo avião nem mesmo quando vai dormir?
Quando você acorda, no meio da madrugada, para ir ao banheiro, você dá uma espiada no celular pra ver se tem alguma notificação nova?
A última coisa que você vê, antes de dormir, é o celular?
A primeira coisa que você faz, ao acordar, é ligar o celular?
Quando você chega no elevador para subir no prédio, depois de apertar o botão, a primeira coisa que você faz é abrir o celular?
Quando o avião aterrisa, a primeira coisa que você faz é abrir o celular?
Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas – ou se você respondeu sim a todas a essas perguntas – é necessário parar a fim de refletir: as demandas dos outros são mais importantes que as suas? A vida dos outros é mais importante que a sua? Que necessidade é essa de ficar 24 horas online?
Pare.
Respire.
Reflita.
Reflita mais um pouco.
Não está na hora de modificar seus hábitos?
Experimente – nem que seja por alguns dias, ou melhor dizendo, algumas horas – ficar indisponível, inacessível, incomunicável. O mundo vai parar?
Você precisa encontrar um ponto de equilíbrio.
Gaste menos tempo no celular. Aliás, desaprenda a usá-lo.
Ele não precisa ser a primeira coisa a merecer sua atenção, antes de todas as outras, quando você acorda.
E ele também não precisa ser a última coisa a receber sua atenção, quando você for dormir.
E ele também não precisa ser a coisa a receber toda a sua atenção, quando você é acordado no meio da madrugada por alguma notificação qualquer (acredite se quiser: uma quantidade inacreditável de crianças, adolescentes e jovens dorme com o celular ligado… na cama! Fonte: Jean Twenge. Imagine como serão as mentes dos adultos do futuro…).
É preciso não apenas impor limites ao uso das tecnologias, mas é preciso também você se dar mais atenção.
Pense sobre isso!
Boa semana!
Não sei se outros celulares tem isso, mas os Samsung tem a função “Não perturbe”. Meu celular é programado para acionar a função automaticamente as 22 horas e desabilitar ela às 08 do dia seguinte. E também programei ele para receber ligações nesse período só da minha mãe que mora sozinha, para que eu possa ajuda-la se ela tiver alguma emergência a noite e da minha esposa, pois ela dá aula a noite em outra cidade duas noites por semana. Fora isso, à noite, fico incomunicável.
Essa função do celular é fundamental para a sanidade mental no dia a dia.
Ótima dica, Renato!