Rafael Nadal e a incrível superação das dores para novamente ser o melhor de todos

Como eu costumo dizer aqui no blog, nós testamos se temos valores que dizemos carregar não quando as coisas vão bem, mas sim quando as coisas vão mal.

Além disso, como diz Barack Obama, as melhores coisas da vida geralmente exigem sacrifício e dedicação. Tudo o que vale a pena na vida requer um esforço acima da média.

Se você esperar as circunstâncias ideais para começar a agir, adivinha… você jamais irá começar qualquer coisa, pois o mais provável é que essas circunstâncias ideais nunca cheguem. Você tem que ir atrás de suas metas com as ferramentas de que você dispõe hoje.

Não olhe se a grama do vizinho é mais verde.

Evite ficar dizendo para si mesmo: “… se eu tivesse isso, se eu tivesse aquilo, se não tivesse me acontecido aquilo outro…”.

Enfrente as circunstâncias do jeito que elas se colocam para você. A mudança não começa quando as circunstâncias mudam. A mudança começa quando você é quem muda. Esse é o ponto.

E se você achar que, quanto mais desfavorável for seu quadro atual, mais longe parece que está de conquistar aquilo que você quer, lembre-se de Rafael Nadal.

Nadal foi diagnosticado com uma síndrome rara, a de Müller-Weiss, que causa problemas justamente no pé. Trata-se de uma doença que, pasmem, foi diagnosticada no remoto ano de 2005, antes mesmo dele começar a ganhar os torneios e, que pode, se não for adequadamente tratada, levar a sérios problemas nas articulações.

Para complicar mais ainda, em meados desse semestre, ele ainda havia sofrido fraturas nas costelas, o que só tornava ainda mais incerta não só sua participação em Roland Garros, mas também na própria continuidade de sua carreira.

Em entrevista após a final, ele disse que jogou o torneio inteiro com o pé anestesiado, o que torna a conquista do título ainda mais inacreditável. Logo me lembrei da surreal vitória do Ayrton Senna em Interlagos em 1991, sem dúvida a mais sensacional de todas do piloto brasileiro, onde ele correu a parte final da prova somente com a sexta marcha disponível; fez um esforço sobre-humano em razão disso, e – inclusive – teve muita dificuldade para erguer o troféu no pódio.

Grandes esportistas conseguem superar as dores porque, dentre outros, têm motivos bem internalizados para tal, e canalizam todas as energias na superação dos obstáculos.

Assim foi com Senna em 1991, assim foi com Rafael Nada em Roland Garros 2022.

Desse modo, Rafael Nadal mais uma vez se superou. Tratou de lutar contra todas as adversidades, acreditou, e foi construindo, jogada após jogada, partida após partida, dia após dia, com as dores e apesar delas, aquela que seria a conquista de mais um Grand Slam, o décimo quarto só em Roland Garros, mas também o vigésimo segundo de sua brilhante carreira.

E quais lições o tenista espanhol deixa para todos nós?

Que é possível vencer as dores e as limitações físicas daí decorrentes, e novamente se tornar o melhor.

Não use suas dificuldades como argumentos de desculpas para não dar um passo a mais: use-as como tijolos para construção da realidade que você quer.

Esteja pronto para o que der e vier. Problemas à vista? Trate de superá-los.

Rafael Nada prova, uma vez mais, que você pode subir um degrau a mais em sua escala de vida, independentemente de onde você se encontre no atual momento.

Conclusão

É possível vencer apesar das limitações.

É possível transformar sonhos em realidade apesar das dores.

Com objetos bem internalizados, e com uma mente obstinada pela vitória, tudo é possível.

Expanda as fronteiras da sua realidade, e vá até o máximo de sua capacidade.

Você pode chegar muito mais longe do que imagina. 😉