O post da semana passada gerou, como de costume, excelentes comentários, cada qual capaz de, por si próprio, gerar guest posts riquíssimos em qualidade.
Um deles, em particular, me chamou a atenção, a ponto de gerar o tema post dessa semana.
O Poney Investidor abordou um tema muito caro a todos os leitores que acompanham o blog há muito tempo.
Trata-se da nossa necessidade, enquanto ser humanos com existência limitada no tempo e no espaço, de nos valermos de nossa inteligência e de nossa sabedoria, para cultivarmos o valores que verdadeiramente importam em nossas vidas.
Cada vez mais nos convencemos do valor que devemos dar a quem nos relacionamos.
Pegando um exemplo corriqueiro de nossos dias, que talvez inclusive se aplique a você.
Antigamente, era comum iniciarmos ou continuarmos discussões numa espiral ascendente de sentimentos de raiva, nervosismo, necessidade de se afirmar, de que tem a razão – seja lá o que isso signifique – o que, por sua vez, fazia com que prolongássemos debates e discussões. Pra quê?
Hoje em dia, você se vê diante do mesmo tipo de situação, mas simplesmente não leva isso adiante. Bloqueia a pessoa em suas redes sociais. Prefere gastar seu tempo – seu valioso tempo – com coisas que, ao invés de sugarem sua energia, aumentam sua energia.
Em outras situações, principalmente aquelas travadas nas relações de consumo, quando somos mal atendidos pelos prestadores de serviços, antigamente gastávamos um tempo além do necessário para demonstrar que eles estavam errados, que eles deveriam se corrigir etc.
Hoje em dia, quando acontece uma situação assim, boa parte de nós simplesmente deixa de ser cliente dessas empresas, que nunca verão a nós como consumidores. É claro, reclamamos e os deixamos cientes da situação, mas não gastamos mais tempo além do necessário com isso.
O fato é que, com o passar do tempo e com o acúmulo de experiências positivas e negativas, conseguimos evoluir e parar de dar atenção a quem, definitivamente, não merece nossa atenção.
E a mensagem do Poney vai exatamente nessa direção: não há tempo a perder. Gaste sua energia aonde ela merece realmente estar.
Confiram!
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“À medida que o tempo passa, nossa finitude se aproxima.
Ela nos convida a reflexão do que valeria gastar o tempo, cada vez que menos temos.
Se 10 anos atrás eu nem era consumista, hoje sou um cara que só gasta o básico pra viver.
Posso ter um ótimo celular, mas a fase do deslumbramento, passou, eu só preciso de um celular que funcione.
Eu posso fazer outras coisas que 10 anos atrás eu não podia, mas que agora já não são mais importantes.
Hoje eu não posso mais fazer coisas que a 10 anos atrás podia, porquê o que se tornou importante, hoje o corpo já não me acompanha mais no desejo.
Basicamente hoje eu quero apenas ter saúde, um prato de comida e um teto, uma noite tranquila e uma vida simples.
Quando as luzes do palco da vida se apagarem pra mim, quero olhar para trás e ser grato por esta experiência humana, sabendo que com o que foi dado, fiz pra mim e pelos outros, mais coisas boas do que ruins.
Acho que o saldo da reflexão enquanto se faz a viagem astral, é ter um saldo positivo desta experiência.
Sou um ser-humano em construção.
Me perdoe.”
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E você? Está tendo um saldo positivo desta experiência humana?
Grandes e profundas reflexões, Guilherme.
“Basicamente hoje eu quero apenas ter saúde, um prato de comida e um teto, uma noite tranquila e uma vida simples.”
Como mudamos com o tempo, não é? A frase do Ponei Investidor resume bem o que também penso.
Com o passar dos anos, vamos aos poucos e continuamente percebendo que não precisamos de tantas coisas quanto acreditávamos precisar.
Que não precisamos realizar tantas coisas e que não somos multitarefas quanto nos fizeram acreditar.,
E talvez esse seja o principal e o início dessa mudança de consciência: entendemos que nem tudo e nem todos que chegam à nossa vida merecem a nossa atenção. E que por isso, precisamos decidir escolher o que e quem realmente queremos que faça parte da nossa vida.
Deixo aqui para você e seus leitores, o link de um texto que escrevi que tem muito a ver com o seu post:
Um dia você aprende – Simplicidade e Harmonia
Boa semana,
Excelentes comentários, Rosana!
Destaco particularmente esse trecho:
“Entendemos que nem tudo e nem todos que chegam à nossa vida merecem a nossa atenção. E que por isso, precisamos decidir escolher o que e quem realmente queremos que faça parte da nossa vida”.
Perfeito! Resume bem o que eu penso também.
Boa semana!
Boa noite, Guilherme
Ótima reflexão. Com o passar do tempo percebemos que o essencial é amar a Deus e ao próximo, agradecer sempre pela vida e ajudar aqueles que se aproximam de nós. Um forte abraço.
Isso mesmo, Lucinalva.
Abraços!
“Se 10 anos atrás eu nem era consumista, hoje sou um cara que só gasta o básico pra viver.”
não acho que faça muito diferença na prática ser consumista ou não.
no final, quando morrermos (e virarmos comida de bactérias); nosso herdeiros ou (o Estado) vai gastar tudo que sobrar de nossas carteiras de ações em festas, bebidas e drogas
o ideal é morrer à beira da falência econômica (para acompanhar a falência de órgãos, hahaha)
abs!
Considerando que nossa vida é finita, é importante viver a vida de forma completa, tendo experiências realmente profundas e impactando de forma positiva nosso meio. Para quem gosta de espiritualidade, deixo como recomendação um vídeo do Sadhguru: https://www.youtube.com/watch?v=RxIQwCOUHtk