O post publicado semana passada, A diferença fundamental entre disciplina e motivação, explicada por um leitor, rendeu, como de praxe, excelentes comentários por parte dos leitores.
O fato é que todos nós, em maior ou menor medida, queremos conquistar coisas, atingir metas, obter feitos e, para tal, devemos nos valer de um conjunto de qualidades e virtudes, a serem praticadas corriqueiramente.
Porém, para conseguirmos coisas que vão além do que a média das pessoas conseguem, devemos estar dispostos a igualmente nos dedicarmos acima da média.
O post de hoje é um mosaico e uma justa homenagem à safra de comentários do último artigo, os quais, em conjunto, demonstram: a qualidade de suas palavras é o reflexo de sua inteligência.
Confiram!
Resultados extraordinários e visíveis são frutos de ações diárias invisíveis. Todos querem o resultado, mas poucos querem o processo.
Vejam o interessante comentário do leitor Longe do Limite:
“Uma coisa que aprendi nos anos em que era concurseiro e também nos lugares onde esses concursos me levaram a trabalhar é de que ninguém, além da sua família e dos amigos mais próximos, prestam atenção no seu esforço – até ele alcançar alguma coisa.
Para as demais pessoas, você é um reles figurante nas suas vidas, que só terá alguma relevância quando fizer/ter algo que elas desejam. E aí pouco importa a forma que você alcançou o seu objetivo, porque para elas sempre será mais fácil interpretar essa situação como injusta”.
Muitas vezes, você só é percebido quando atinge determinado feito. O esforço é invisível, e a falta de clareza das pessoas acerca do processo como um todo acaba deturpando, na mente delas, a visão real dos acontecimentos.
Por isso, e justamente por isso, foque no invisível do dia a dia. Nas suas pequenas ações diárias. São elas que, no final das contas, trarão os mais esplêndidos resultados.
Como está escrito no subtítulo: os resultados extraordinários e visíveis são frutos de ações diárias invisíveis. Todos querem o resultado, mas poucos estão dispostos a pagar o preço do processo.
Valorize suas colheitas
É evidente que ação sem resultado indica que algo não vai bem.
E você precisa ter essa sensibilidade para, ao colher um resultado satisfatório, usá-lo como impulso para se motivar e continuar avançando.
Foi o que a amiga Rosana lembrou:
“Motivação sem ação não vai muito longe. Precisamos de resultados para que a própria motivação perdure”.
Ou seja: valorize até mesmo suas pequenas conquistas.
Preencher seu dia com coisas feitas, ainda que imperfeitas, vale muito mais a pena do que não tê-las preenchido.
Como diz o ditado: o feito é melhor que perfeito.
Construir a disciplina no dia a dia é uma luta diária contra nossas resistências e bloqueios
Se você consegue ser disciplinado em alguma coisa – em qualquer coisa – só você sabe o quão árduo, trabalhoso e dificultoso é a luta travada dentro de seu próprio cérebro para vencer as resistências internas e os bloqueios da mente.
A propósito disso, trago o excelente comentário da amiga Valéria:
“Referente o assunto em questão, eu sempre dei peso para a disciplina.
Pra quem acredita, que não é o meu caso rs, dizem que é por conta do meu signo (virgem), mas o fato é que, a minha vida inteira eu lutei com o fato de saber que a disciplina é uma força mais do que poderosa; ela é que determina o sucesso ou fracasso de qualquer projeto nosso, em qualquer esfera das nossas vidas.
Tudo muito bonito, mas só nós sabemos a luta diária para vencer essas nossas batalhas e bloqueios.
Recentemente, conheci um escritor espetacular, que me possibilitou conhecer e deixar esse inimigo nosso diário tangível, que é a nossa resistência.
Você conhece Steven Pressfield? Tive a grata surpresa de o conhecer através de uma palestra do canal Nova Acrópole. O nome da palestra: Como superar os seus limites internos. Foi um divisor de águas na minha vida para me ajudar nessa nossa batalha diária 🙂 .”
Modifique suas crenças, modifique seus hábitos
Visualizar as coisas sob novas perspectivas pode te dar poderosos insights para começar uma grande mudança em sua vida.
Tudo parte das reflexões que você está disposto a iniciar.
Vejam o interessante comentário do leitor Johnny Santos:
“Mudou meu conceito, pois no começo eu pensava que a motivação seria a escolha mais acertada, tendo em vista o fator psicológico de que a motivação pode estar ligada ao desejo de realizar algo, enquanto que a disciplina (sendo ela a escolha) te faria realizar com constância e de forma sistemática mas, nem sempre teria o prazer ligado ao desejo que está relacionado à motivação.
É uma escolha difícil abrir mão da serotonina, mas é como está explicitado no final: “Não dá pra fazer nada de longo prazo à base de motivação”.
Excelente artigo, Guilherme!”
Conclusão
Toda vez que você quiser alguma coisa que poucas pessoas conseguem, mas bater aquele desânimo de “pra quê se esforçar tanto?”, lembre-se da frase do título desse artigo:
Para ter resultados acima da média, você tem que se dedicar acima da média.
As pessoas mais vitoriosas que você conhece certamente pagaram um alto preço pelas suas conquistas.
Junte-se a esse seleto grupo fazendo também aquilo que a maioria absoluta não faz: esforçando-se acima da média. Os resultados vêm, não por probabilidades, mas por certeza. 😉
Guilherme,
“Muitas vezes, você só é percebido quando atinge determinado feito.”
Isso me lembrou muito a música e os esportes: quem vê a glória, quem vê o palco jamais sabe quantas horas e horas de treino foram necessárias.
Bom saber que gostou do meu comentário e também o inseriu nesse post. 🙂
Abraços,
Isso mesmo, Rosana!
Os esportes são um exemplo típico onde a maioria das pessoas não sabe quão dificultoso foi o processo.
Abraços!
Fico honrado pela menção, Guilherme.
Como complemento do que havia postado, contarei uma história.
Quando trabalhava em uma instituição financeira, um dos clientes compareceu para inteirar uma determinada quantia em sua conta corrente, para posteriormente transferi-la a outro banco, como forma de efetuar o pagamento de um imóvel.
Depois que esta pessoa foi embora, um dos responsáveis pela segurança dessa instituição questionou de onde esse cliente teria conseguido tanto dinheiro em tão pouco tempo, por ser conhecido dele.
Basicamente, ele não entendia como alguém que, na visão dele: a) trabalhava de segunda a segunda, praticamente sem folga (não raro arranjava algo extra para fazer num final de semana, ao invés de descansar); b) possuía vida social resumida a família e negócio próprio (nunca tinha tempo para tomar uma cervejinha depois do futebol, por ex); e c) não ostentava luxo algum (inclusive a casa dele estava caidinha, implorando por uma reforma) podia ter juntado tanto dinheiro,
Para ele, o fato do seu conhecido ter esses hábitos demonstrava que ele era um miserável, e não alguém focado no seu período de acumulação de patrimônio.
Parece absurdo, não? Infelizmente, esse tipo de pensamento é mais comum do que a gente imagina.
Para encurtar a história, essa pessoa não só entendeu que seu pensamento estava equivocado com relação ao seu conhecido, mas também foi o gatilho de que precisava para ele também ser alguém mais focado financeiramente. De fato, não há sentido algum em ostentarmos demais nas coisas pequenas se com isso acabamos por sabotar os grandes objetivos das nossas vidas, não é mesmo?
Abraço!
Excelente história, LL!!!!
De fato, a maioria das pessoas ainda pensa como esse funcionário do setor de segurança, com o pensamento totalmente invertido em relação à real natureza das coisas.
Abraços!