Nos tempos atuais, um dos ativos mais preciosos e desejados ardentemente por milhões de pessoas e empresas é a sua atenção.
Isso porque captar a sua atenção irá fazer com que você concentre seu foco, seus esforços mentais, sua capacidade analítica e possivelmente suas emoções e sentimentos (além de seu dinheiro), no produto ou serviço que certa empresa está oferecendo, ou no conteúdo da ação que a pessoa X ou Y está a lhe dizer.
O problema é que, como vivemos numa sociedade em constante transmutação, com mudanças ocorrendo a velocidades antes inimagináveis, isso tudo pode ter um efeito perverso, na medida em que tirar a atenção de si mesmo, para focar seu objeto de concentração naquilo que os outros estão querendo que você se concentre, pode fazer com que você perca oportunidades de evoluir em diversas áreas de sua vida.
Em outras palavras: roubar sua atenção tem um potencial para arrancar, tirar de você, seu tempo e, com seu tempo, sua energia e, consequentemente, construção de habilidades que você poderia estar desenvolvendo e, assim, crescendo.
O que estou querendo dizer é: não está na hora de você focar mais em você mesmo?
Loucura é esperar resultados diferentes fazendo a mesma coisa
Você certamente deve se deparar, na cidade em que atualmente você mora, com pedintes posicionados em semáforos – e possivelmente no mesmo semáforo de sempre (não confundir com vendedores ambulantes de semáforos, que, esses sim, trabalham, sendo que alguns inclusive tiram seu sustento dessas atividades).
Os pedintes ficam ali, sem trabalhar, pedindo esmolas, comidas, seja o que for, provavelmente há mais de 1 mês, ou há mais de 6 meses, ou há mais de 2 anos.
Pergunto: você sinceramente acha que a vida dessas pessoas mudará se elas continuarem fazendo a mesma coisa todos os próximos dias, ou próximos meses, ou próximos anos?
Qual é a chance dessas pessoas conseguirem um estudo, um trabalho, um emprego, uma melhoria concreta de vida se… elas continuarem no semáforo fazendo o que sempre fazem?
Será que alguém, em algum dia, irá descer do carro, entregar a chave para um desses pedintes, e dizer pra ele(a): pronto, a partir de agora você terá a minha vida, e eu terei a sua…? Qual é a chance disso acontecer?
…………….
Agora, olhe para sua vida. Olhe e analise o que você tem feito com seu tempo ultimamente. Com o que você tem feito com suas ações, com seu trabalho, com seus relacionamentos, com seu emprego, com seus estudos, com seus hábitos alimentares, com sua matrícula na academia, com suas finanças pessoais, com suas oportunidades de trabalho, de estudo e de emprego.
Você tem realmente aproveitado as oportunidades que a vida tem lhe oferecido?
Grave com bastante atenção a frase que você lerá abaixo:
Os resultados sempre falam a verdade.
Nessa pandemia houve incontáveis períodos de lockdown, isolamento forçado e ABUNDÂNCIA de tempo para estudar, para treinar, para fazer coisas novas e diferentes. O que você fez com essas FARTURAS de tempo que lhe foram oferecidas?
O que você quer para a sua vida? Quais são seus planos? Agora, a pergunta mais importante: o que você tem feito de diferente para melhorar a sua vida?
Loucura, como eu disse no subtítulo desse post, é esperar resultados diferentes fazendo a mesma coisa.
Não se sabote: se você quiser mudança, você tem que redefinir seus planos de ação. Mas como?
É o que eu explicarei nas linhas a seguir.
Retome o controle de sua atenção
Como eu disse nas linhas iniciais desse artigo, todos querem a sua atenção. E a atenção pode surgir de duas diferentes fontes: ou ela surge de dentro para fora, ou seja, internamente, com a sua decisão de se concentrar em algo; ou ela surge externamente, “dirigida para” alguma coisa, em direção a alguma coisa, ou seja, de fora para dentro.
Exemplos: quando você decide folhear virtualmente um site de notícias, como UOL, Globo etc., ou quando você decide rolar o feed de seu Twitter, Instagram etc., você está deliberadamente deixando que o controle de sua atenção seja captado por terceiros. A notícia, tweet ou postagem que mais chamar sua atenção é a que você concentrará seu foco nos próximos minutos. E com isso o tempo, seu precioso tempo, escorrerá por entre as mãos, sendo totalmente dominado por terceiros…
Agora, quando você decide se concentrar em realizar uma lista de tarefas que antecipadamente elaborou, se você decide gastar os próximos 20 minutos no estudo de um livro, apostila ou artigo, ou fazendo alguma coisa que você deveria fazer para você, você também, deliberadamente, estará atuando, só que nesse caso em uma posição ativa, controlando os rumos de sua atenção. E o melhor: muito provavelmente fazendo algo de útil que impactará diretamente você.
Então a primeira dica é: retome o controle de sua atenção.
Expanda a sua consciência. Seja seletivo em suas escolhas sobre como passar o tempo. Concentre-se em atividades que possam lhe agregar de alguma forma. Ajude-se a si mesmo.
Não seja como o pedinte que está no mesmo semáforo há 3 anos e não sai daquilo. Se quiser um resultado diferente em sua vida, um resultado que até agora não obteve, faça igualmente algo que até agora não fez. Inove.
Materialize suas decisões
Nas últimas semanas eu estava com dificuldade em cumprir algumas tarefas que eu mesmo tinha designado no meu app de agenda instalado no celular. Sempre que me deparava com alguma atividade que era mais ou menos penosa, eu simplesmente adiava aquela tarefa para o dia seguinte, ou a semana seguinte.
Aí eu percebi que precisa mudar, pois aquilo estava me incomodando.
O que eu fiz? Uma mudança de paradigma. Em vez de usar o paradigma do app para agendar e realizar as tarefas, eu resolvi usar o paradigma do bom e velho bloco de anotações de papel, usando a (igualmente boa e velha) caneta para escrever as tarefas, bem como para marcá-las como concluídas.
O resultado? Finalmente a procrastinação, que estava, como eu disse acima, começando a me incomodar, parou.
A sensação de alívio ao conseguir escrever e, claro, cumprir e riscar todas as tarefas concluídas, é algo realmente sem preço. Os ganhos em termos de agilidade e produtividade não precisam ser mencionados, pois foram em proporções até então inimagináveis.
Portanto, a dica nesse tópico é: se quiser ajudar a si mesmo, retomar o controle da sua atenção é um passo necessário, porém não ainda suficiente, nesse processo de melhorias contínuas e incrementais em sua vida.
É preciso dar um passo além, e materializar suas decisões diárias de atividades a fazer.
Conclusão
No filme de sua vida, é necessário imaginar-se como sendo o ator (ou atriz) principal, e não mero espectador de atos e fatos alheios.
A produção de resultados diferentes, melhores e mais robustos requer, implicitamente, um redirecionamento ativo de sua vida, manifestado primeiro por meio da retomada de sua atenção, de seu foco, de onde você coloca energia mental; e, em seguida, por meio de ações concretas que te satisfaçam e que façam você enxergar que está no caminho correto.
Ajudar-se a si mesmo significa recolocá-lo(a) no palco principal, é te reinserir dentro do contexto da lei da causa e efeito, da lei do plantio e da colheita: você obterá os exatos resultados a que der causa, sejam esses resultados bons, sejam esses resultados ruins. Lembre-se do que você leu acima:
Os resultados sempre falam a verdade.
Ajudar-se a si mesmo é muito necessários nos dias atuais, em que as pessoas delegam o poder de decisão sobre suas vidas para terceiros, esperando que alguma coisa caia dos céus. Não vai cair! É preciso você tomar um choque de realidade, acordar pra vida e perceber que, sem plantio, não há colheita; sem esforço, não há resultado; sem ação diferente, tudo – absolutamente tudo – vai permanecer igual!
Aja enquanto há tempo. Faça enquanto você tem energia. Decida enquanto houver possibilidades de ação. O poder de decisão é seu. E o grau dos resultados que obterá, também serão integralmente creditados a você. 😉
Excelente post! Esta é uma grande verdade que cada vez mais é ignorada hoje em dia – absolutamente ninguém está isento da lei de causa x consequência, plantio x colheita.
Realmente estamos delegando coisas demais a terceiros hoje em dia. Antes isso era menos pior, mas agora parece que estamos todos nos acovardando e nos tornando cada vez mais dependentes de terceiros que não se importam nem um pouco com nossas vidas.
Bela reflexão.
Valeu, Mago!
É isso mesmo. Muitas pessoas precisam parar de viver suas vidas no modo piloto automático se quiserem de fato criar raízes de melhoras.
Abraços!
Olá VR, boa tarde
Concordo com o Mago, esse é um ótimo post. E como percebo que muitos são conduzidos através do scroll infinito dos aplicativos da “vida”. Estão sempre a procura de algo, mas não sabem o que.
Eu percebi um lado positivo dessa pandemia, pois com mais tempo livre pude dar atenção a pequenas coisas que sempre estavam lá: Acompanhar o crescimento do meu filho, os primeiros passos, conversar e ficar juntinho da minha esposa, concluir minha pós, fazer cursos diferentes, ler livros, etc.
Essa reflexão é bela e poderosa. Podemos perceber que a liberdade de escolhas pode ser assustadora, mas é o principal caminho para viver uma vida plena.
Abraços,
Excelente, VAR, e parabéns por ter aproveitado o lado positivo da pandemia!
O uso consciente da liberdade de escolha é que faz a diferença entre os bem sucedidos e aqueles que não o serão.
Abraços!
Guilherme, eu aproveitei a ABUNDÂNCIA de tempo que me foi oferecido pela pandemia para finalmente colocar meu projeto de ter um livro publicado. O resultado está aqui: https://www.amazon.com.br/Finan%C3%A7as-lar-sobreviv%C3%AAncia-prosperidade-fam%C3%ADlias/dp/6556251674/ref=sr_1_5.
Adoraria se você pudesse ler e fazer uma resenha no seu site.
Forte abraço!
Excelente iniciativa, Marcelo, parabéns!
Vou comprar o livro e resenhá-lo em breve!
Abraços!
Muito obrigado! Será uma honra!
A honra será minha, grande Marcelo!
São de pessoas como você, que ensinam a educação financeira com exemplos fáceis e bem didáticos, que o Brasil precisa.
Abraços!
A velha e boa lista de coisas a fazer funciona muito bem para mim, melhor do que qualquer apicativo. Talvez o fato de escrever, já ajude a trazer a idéia para o plano da realidade, da concretude.
Trabalho sempre com duas listas. Uma lista de coisas a fazer, sem data definida. E toda semana separo dali o que deverá ser feito na semana que se inicia. Essa é a segunda lista.
Ótima ideia, Vania!
Eu também, antigamente, trabalhava com duas listas separadas, usando a mesma metodologia que a sua: tarefas com datas marcadas iam pra agenda; tarefas “livres” iam para uma caderneta de anotações.
Com o celular no início da década passada as listas se fundiram na agenda.
Mas agora estou achando melhor retomar o velho hábito das listas separadas mesmo.
Abraços!
Guilherme,
Excelente post e comentários.
Em um mundo com tantas distrações e ilusões, precisamos cada vez mais prestar mais atenção ao que realmente é importante para nós.
“Os resultados sempre falam a verdade.”
Sua frase ficou perfeita! É preciso compreender de vez que cada um é responsável por suas ações. E também pelos resultados que mais cedo ou mais tarde chegarão.
A esperança é muito útil e precisamos dela, porém, muitas vezes ela toma o lugar da ação, prejudicando muito qualquer possibilidade de que as soluções ou ideias apareçam na mente.
Parabéns por ter conseguido resolver as tarefas pendentes. Muita vezes, a clássica dupla papel e caneta podem fazer uma grande diferença.
Boa semana!
Obrigado, Rosana! E excelentes também as suas reflexões.
O ser humano precisa combinar esses diversos ingredientes – fé, esperança, ação etc. – para dar um “up” na vida, mas, de fato, muitas pessoas acabam sobrepondo a esperança aos demais valores.
Abraços e boa semana também!