Eis uma boa notícia para os investidores que aplicam no Tesouro Selic: isenção de taxa de custódia (que até então era de 0,25% a.a.) para investimentos até o valor de R$ 10 mil.
Vale lembrar que essa isenção não se aplica para investimentos no Tesouro Prefixado nem no Tesouro IPCA, para os quais continua vigendo a taxa de custódia de 0,25% a.a., nem para investimentos no próprio Tesouro SELIC acima de R$ 10 mil, mas a taxa de custódia, nesse último caso, só incidirá sobre o montante excedente a R$ 10 mil. Por exemplo, se você tiver R$ 15 mil no Tesouro SELIC, sobre R$ 5 mil será cobrada a taxa de 0,25%, e sobre os R$ 10 mil que estão dentro da faixa de isenção você não paga nada.
Segue a notícia oficial:
Nos investimentos realizados no Tesouro Selic, a taxa de custódia, de 0,25% a.a., será cobrada sobre os valores que excederem o estoque de R$ 10.000,00, por investidor (CPF).
Para ilustrar a alteração, considere um investidor que tem R$ 11.000 aplicados no Tesouro Selic, neste caso o investidor só terá custo referente à taxa de custódia sobre o valor de R$ 1.000,00, ou seja, o valor acima do limite de isenção de R$ 10.000,00. Neste exemplo o investidor pagará aproximadamente R$ 2,50 ao ano dado a incidência da taxa de custódia (0,25%) sobre o valor de R$ 1.000,00.
Em outro exemplo, caso o investidor tenha R$ 5.000,00 investidos no Tesouro Selic, ele não terá a incidência da taxa de custódia sobre o seu investimento, uma vez que o estoque do seu investimento no Tesouro Selic está abaixo do limite de R$ 10.000,00.
A tabela abaixo exemplifica os ganhos de acordo com o montante investido:
A nova regra de cobrança da taxa de custódia beneficia mais de 690 mil investidores (53%) dos quase 1,3 milhão com investimentos no Programa Tesouro Direto.
Informamos que essas alterações são válidas apenas para os investimentos no Tesouro Selic. Para os demais títulos do programa não há alteração na cobrança da taxa de custódia”.
Conclusão
A notícia é boa para os pequenos investidores que investem no Tesouro SELIC visando à composição da reserva de emergências, mas poderia ser melhor, com a isenção total da taxa de custódia ao menos para o Tesouro SELIC, haja vista que, com patamares de taxas de juros cada vez mais baixos, outras alternativas tais como as contas digitais que rendem 100% do CDI e os fundos referenciados DI que aplicam em títulos públicos pós-fixados acabam tendo rentabilidades levemente superiores.
Vale registrar que, nos últimos tempos, o Tesouro Nacional vem implementando uma série de melhorias para tentar fazer com que o Tesouro Direto, e em particular o Tesouro SELIC, fique mais atrativo para o investidor.
Dentre essas medidas, citamos a possibilidade de resgates do Tesouro Selic a qualquer momento, mesmo que as negociações dos demais títulos seja interrompida, a redução do spread na compra (diferença entre o valor de compra de um título e o valor de venda do Tesouro Selic), e, agora, a isenção da taxa de custódia para investimentos de até R$ 10 mil.
Para ficar melhor, o Tesouro Nacional deveria zerar definitivamente a taxa de custódia para qualquer faixa de valor investido no Tesouro Selic, bem como diminuir a taxa de custódia para os demais títulos (Prefixado e IPCA), que atualmente está em 0,25% a.a., para algo em torno de 0,05% a 0,10% a.a.
Aguardemos as próximas novidades que serão implementadas.
Olá Guilherme!
Sem dúvida, é uma boa notícia, mas ainda insuficiente para ele ficar mais atrativo que os fundos de investimentos com taxa zero.
Seja pelos pontos que você citou (limite de R$10.000,00, somente pós-fixados) como também pelo spread que existe entre a compra e a venda. Se você gosta de fazer uma gestão mais ativa e não apenas deixar seu investimento “dormindo” no TD, você acaba perdendo mais nesses spreads do que na taxa de administração direta.
Abraço e boa semana!
Verdade, André, ótimos pontos, bem pontuados!
Também acho que existe ainda muito espaço para o TD melhorar, vamos aguardar!
Abraços, e boa semana!
Guilherme, tem um email no qual eu poderia contatá-lo?
Obrigado e abraço!
Sim, claro, André!
Está aqui o endereço nesse link => http://valoresreais.com/contato/
Abraços!
Belo texto, Guilherme.
Como sempre, o que faz o mercado se mexer é a concorrência.
Não à toa a B3 segue cobrando os R$12,00 mensais de custódia, apesar de já ter afirmado que esta taxa seria extinta e da maior parte das corretoras não repassá-la aos clientes.
Abraço!
Obrigado, LL!
Realmente, a concorrência é fundamental para termos um mercado financeiro mais forte para os consumidores.
Abraços!
Enquanto vocês focarem nessas taxas nunca evoluirão como investidores.
O que enriquece é trabalho, aporte e tempo.
O fator tempo é o mais importante, por ser exponencial.
Complementando… À medida que seu patrimônio cresce, essas taxas tornam-se cada vez mais insignificantes.
Gostaria de saber se o CDB 100% CDI ainda é mais vantajoso que o Tesouro Selic, pensando na reserva de emergência
Kleysiana, há pontos prós e contras nessas escolhas.
Em termos puros de rentabilidade, há uma rentabilidade maior do CDB a 100% do CDI.
Contudo, há a questão do risco, que tende a ser maior.
Olha a minha torcida mesmo é que as taxas de juros de financiamentos caiam na economia real.
4 anos atrás a Selic era 14,25% a.a.
Hoje está 2,25% e praticamente as taxas de juros para os tomadores de crédito não baixaram.
Com isso os investidores perderam a rentabilidade.
Como o crédito não acompanhou essa queda na taxa básica de juros, não se estimulou a economia real.
O investidor sai perdendo.
A população que precisa de crédito sai perdendo.
Só os bancos saíram ganhando, pois aumentaram o spread e sua margem.
Bancos, financeiras e afins não são intituições de caridade.
Verdade, Eng, sem crédito melhor, a economia fica mais difícil de se recuperar.
Otima lista de melhoramentos necessarios., Guilherme!
Eu colocaria nesta lista, assim como ja foi bem lembrado por Andre, o seguinte:
– Reduzir drasticamente os spreads com operaçoes dos titulos Prefixados e de Inflaçao. Continuam sendo gigantescos. Como voce bem lembrou, ja fizeram isso com os spreads dos titulos Posfixados.
So vao efetuar este reajuste com a devida pressao dos investidores e da finansfera!
Abraço!
Muito bem lembrado, Michael!
Obrigada Guilherme