Semana passada, por ocasião do post sobre a briga entre a Itaú e a XP, a leitura Adri escreveu um excelente depoimento, contando na prática as percepções dela, como cliente, de como os bancos e corretoras lidam com o espinhoso (que de espinhoso não tem nada) tema da educação financeira.
Assim como ocorreu com a Adri, o que eu tenho particularmente percebido também é uma evolução, ainda que a passos muito lentos, na difusão da educação financeira na população.
Antes esse tema era completamente ignorado na relação cliente/empresa, mas hoje, em virtude do crescimento de opções para o consumidor, e na mais rápida difusão do conhecimento por meio de novas tecnologias – YouTube, blogs, redes sociais – fica muito mais acessível ao investidor o conhecimento necessário para diferenciar as boas das más escolhas financeiras.
O grande diferencial dos dias de hoje, comparado com o de outros tempos, é que nós, investidores, temos mais voz para provocar mudanças e alterações no mercado.
Confiram!
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“Bom dia. Sou cliente do Personnalité há uns 30 anos e já fui do Santander Select por uns 15 anos.
Há 6 anos comecei a usar corretoras independentes, a XP e Socopa. Hoje uso a XP e BTG Digital.
Lembro que de 2012 a 2015, quando eu investia só em produtos de bancos, em um CDB, para conseguir uma taxa de 101% do CDI DI, precisava ter um caminhão de dinheiro.
Do contrário, com valor pequeno, eram minguados 80% do CDI.
Já nas corretoras, com o mesmo valor eu conseguia CDB DI a 120% do CDI. Em 2014, 2015, quando o CDI chegou a 14,15% a.a., essa diferença dava 5,66% a.a. que deixava de ganhar aplicando nos bancões.
Também a Itaú Corretora foi uma das últimas a tirar a cobrança de custódia de FII, a cobrança de tarifa de corretagem na venda e compra de FII, de isentar taxa de administração nas aplicações em Títulos públicos.
Claro que ter conta em banco é importante por várias razões. Hoje, mantenho aplicações no banco só para não pagar o pacote de serviços mensais exigido da conta corrente, ainda assim em produtos da asset do Itaú onde os gestores não são dos piores.
Concorrência é salutar, e cada um vai lutar para não perder ou ganhar mais o mercado.
Mas não adianta só marketing, tem que fazer na prática.
Há alguns anos Itaú Personnalité deu um bom passo, quando abriu a plataforma para alguns fundos de terceiros. Isso foi muito bom.
Por falar em fundos, esses também têm que começar a reduzir as taxas de administração e performance. Eu tenho migrado dos fundos de ações para ETF onde a taxa de administração é bem menor e a liquidez melhor.
Nesses últimos meses tenho acompanhado algumas lives que o Itaú Personnalité faz diariamente às 17hs no seu canal YouTube.
Minha opinião é que deveriam mudar o esquema de algumas dessas lives, e focar algumas na “Educação Financeira” do correntista, mas acho que isso não é a intenção do Itaú Personnalité.
É impressionante o nível de desinformação financeira da maioria esmagadora das perguntas que são feitas.
Por quê o Itaú não ensina um pouco de Educação Financeira em suas lives? Só tem conteúdo de interesse do banco, mudança de carteira a cada mês, é ridículo.
Na corretora que uso, não sigo as recomendações do assessor do escritório, que por obrigação tem que ter, a não ser que sejam mesmo boas.
Mas foi através desses escritórios de assessores da Corretora que anos atrás é que comecei a me aprofundar e aprender mais de Educação Financeira, foi o conteúdo grátis que faziam no Facebook e depois no Youtube que me deu mais conhecimento e me seguir adiante com o aprendizado sobre finanças.
Foi isso que fez eu mudar meus investimentos de bancões para as corretoras.
Isso foi e é um trabalho inteligente, de perseverança desses escritórios vinculados as corretoras.
Esses escritórios de assessores fazem lives ao vivo sobre vários temas financeiros e de economia, tudo grátis, isso vai abrindo os olhos do investidor a ir buscar alternativas para rentabilizar mais o dinheiro ganho com muito trabalho”.
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Eu concordo com a Adri.
Educação financeira não deveria ser um tema espinhoso e difícil de ser abordado pelos grandes bancos de varejo. Não deveria, mas acaba sendo. Por quê?
Porque quanto mais educação financeira os clientes desses grandes bancos tiverem, mais eles irão perceber que os melhores investimentos na verdade estão fora do banco em que eles têm conta.
Dá pra conciliar esse aparente insolúvel conflito de interesses?
Eu penso que dá. Basta ver o trabalho de algumas corretoras e escritórios de investimentos (não todos, claro), que conseguem passar conteúdo educacional sem se limitarem a fazer propaganda disfarçada dos investimentos em que eles mais ganham comissões.
No fundo, penso que já passou da hora das instituições financeiras – bancões, corretoras, escritórios de investimentos, agentes autônomos – pararem de tratar os investidores como se eles fossem completamente ignorantes do mercado financeiro, ou seja, pararem de colocar todos os investidores dentro da farinha do mesmo saco.
Hoje em dia, com tanto acesso à informação, aposto que boa parte das pessoas que buscam abrir contas em corretoras e que têm conta-corrente em bancos de varejo conseguem ser tão ou mais bem informados que os próprios funcionários do lado de lá da mesa, sejam eles gerentes, sejam eles assessores de investimentos.
Quem acaba perdendo credibilidade ao passar informação parcial é a instituição financeira. É um risco, para elas, que não vale a pena assumir.
Clientes educados financeiramente, e exigentes, têm um poder enorme nas mãos, de provocar mudanças na forma como o mercado os enxerga.
Portanto, façam como a Adri vem fazendo, assumindo uma postura fundamentada e autônoma diante da informação financeira que é transmitida pelos diversos canais de comunicação, para que mais mudanças para melhor ocorram em benefício de vocês mesmos.
E você, consegue identificar os erros cometidos pelos gerentes e assessores de investimentos quando eles lhe passam orientações e dicas?
Sou educador financeiro, realizando workshops sobre Planejamento Financeiro desde 2012, para a Marinha do Brasil, para empresas e para instituições de ensino.
Infelizmente, essa distorção no ensino da educação financeira vem de muitos anos.
Desde a criação da ENEF- Estratégia Nacional de Educação Financeira em 2010, quando um dos projetos do Governo era tornar a educação financeira uma disciplina de nossa grade curricular; projeto nunca viabilizado.
Desde os muitos cursos de educação financeira que surgiram a partir de 2011no RJ e SP (no Rio fiz
quase todos) em que gerentes de bancos e corretores da bolsa falavam 10 minutos sobre Planejamento Financeiro e o restante do tempo usavam na tentativa de “vender” seus produtos financeiros.
Ainda hoje o problema persiste.
Os bancos tradicionais, quase todos, têm em suas plataformas noções de educação financeira. Entretanto, procure se aconselhar financeiramente com um gerente de banco e verá que todas as noções divulgadas no site não passam de mera teoria. O gerente, invariavelmente, vai lhe aconselhar um investimento no CDB ou no Fundo de Investimento do próprio banco.
Se não, e pior ainda, vai lhe indicar um título de capitalização.
Com relação às iniciativas de instrução pela internet, geralmente coordenadas por bons profissionais, muitas pecam pelas recomendações de Investimento que fazem em caráter geral, para novos investidores de perfis e objetivos de investir distintos.
Com relação às corretoras, temos diversas de bom porte e confiança.
Escolhi a XP e o BTG Patual Digital para meus investimentos, mas há outras igualmente confiáveis.
Em qualquer uma delas, por trabalharem com produtos diversos, você vai encontrar em CDB/LCA/LCI, taxas de rentabilidade superiores às oferecidas pelos bancos tradicionais.
Ainda que eu não recorra aos aconselhamentos dos assessores financeiros, por saber claramente naquilo que quero investir, considerando minha idade e meus objetivos, reconheço a capacidade técnica desses assessores. Não podemos, entretanto, ser ingênuos, esquecendo que todos eles visam também o lado comercial da empresa que os emprega.
Lembre sempre que, em renda fixa, com a SELIC atual, qualquer taxa de administração pode levar a zero a sua rentabilidade real (rentabilidade – inflação).
Concluindo, pois já muito me alonguei no comentário, repito o que prego nas minhas palestras. Instrua-se muito, eduque-se financeiramente, antes de se aventurar nos investimentos.
Palestras gratuitas para órgãos públicos e instituições de ensino, agendar pelo email : lamgcris@gmail.com
Excelentes reflexões, caro amigo Luiz Paulo!
Enriquecem muito o debate, e contribuem para reforçar a importância da construção de um acervo de conhecimento próprio.
Abraços!
Olá, Guilherme!
De fato, o conflito de interesse é enorme entre bancos x educação financeira entre seus clientes. Mais educados, verão que existem melhores oportunidades.
É um risco que as próprias corretoras, como a XP e Genial correm, pois, com a disseminação da educação financeira, podem sofrer com o conflito de interesses dos agentes autônomos também. Ou mesmo quando os clientes souberem que podem ter rebates em taxas de administração em plataformas sem intermediários, como a Pi, Warren ou Inter.
Esse capítulo de “rebates” eu nunca vi na educação financeira dessas corretoras, by the way… :/
Ficou muito com o novo layout do blog. Parabéns!
Boa semana!
Surpreendentemente, podemos colocar na lista de instituiçoes que repassem rebates de volta ao cliente, a Itau Asset, com relaçao ao gestao de fundos de terceiros. Segundo o proprio CEO, no artigo que apareceu hoje mesmo no Valor Investe e no Valor Economico..
Ótima informação, José!
Opa, aleu André, pelo feedback sobre o layout! Testando novas formas de apresentar o conteúdo agora! 🙂
Abc e boa semana também!
Sobre “rebates” eu já ouvi falar com a Luciana Seabra… e também mais recentemente nos fundos da Vitreo.
Ainda sobre a educação financeira… o que achei mais difícil… e o que nunca encontrei:
1) O mais difícil:
Definirmos nossos objetivos financeiros para com base nele… montarmos nossa carteira de investimentos (alocação de ativos). Num primeiro momento até parece fácil mais não é! Pois, devido as características pessoais e ao próprio objetivo financeiro que se altera com o transcorrer do tempo. Certo é que somente após muita reflexão é possível definir nossos objetivos financeiros, objetivo esses que são mutáveis! Todavia, quando melhor detalhado melhor para facilitar a montagem de nossa carteira de investimento (book de ativos financeiros) ideal/adequada para cada investidor que vai fazendo sua alocação de ativos com uma visão estrutural alinhada aos seus objetivos financeiros;
2) O que nunca encontrei efetivamente:
Um método ou ferramenta para administrar essa carteira…. (faço por meio do excel, por não ter encontrado uma ferramenta – ainda eficaz). Contudo, alimentar uma planilha excel lançando saldos dos ativos é um “tormento” (perda de tempo, necessário!?). Por isso, se encontrasse uma ferramenta que atualizasse automaticamente os ativos ganharíamos tempo para outros afazeres. Curiosamente indago: como vcs fazem esse controle amigos??? Automatizado ou não??? Além de buscar automatizar… também não encontro dicas ou ensinamentos efetivos de estratégias/custos para administrar a carteira de ativos variados. Nunca ouvi alguém ensinando (efetivamente) estratégias de administração de carteira, rebalanceamentos (com desvio padrão ou não?), quando fazer, quando deixar de fazer… etc. Enfim… vai ano vem ano… ainda me debruço sobre isso, com muito dificuldade de achar fontes de conhecimento a respeito. Seria um sonho… abrir o computador e saber (automaticamente e de forma eficaz) onde preciso investir, o que preciso resgatar para rebalancear… etc! Seria essa circunstância uma uma utopia???
No mais, por falta de informação, adotei desvio padrão de 20% sobre classe de ativo… mas talvez o desvio no book de ações deveriam ser menores(!?). Tipo de dúvida que vai gerando insegurança ao investidor. Enfim… muitas dúvidas nesses sentido (administrar nossa própria carteira)!
Por causa disso e quiça outros fatores também (acredito eu) que muitos investidores acabam se “rendendo” à indústria dos fundos que cobram taxas exorbitantes não condizentes com a atualidade.
Oi,conheço dois sites que eu uso web.orealvalor.com.br e app.gorila.com.br espero ter ajudado.
Grato pelas dicas, Mirele!
Excelentes reflexões, Leonardo!
Realmente, são dúvidas bastante pertinentes. Nos EUA, já há softwares que conseguem fazer alguns controles de forma totalmente automatizada, como o Mint (salvo engano).
No Brasil, desconheço quem faça essa função. Taí um nicho de mercado a ser aproveitado por alguma startup.
Virou moda culpar o bancão no fracasso do seu investimento financeiro, mas o sucesso ou fracasso depende do cliente e sua educação financeira. Percebo que o bancão assedia menos o cliente, ou indica uma aplicação sem muitas convicção até porque parece-me que falta ao banco um departamento de relacionamento financeiro, não acho que esta seja uma tarefa do gerente. Quanto a minha experiência com corretora confesso que fiquei assustada, o assessor queria que eu transferisse um bom capital para a corretora, só depois é que ele iria gastar “energia” (palavras dele) com as minhas alocações de recursos. Senti um tremendo conflito de interesse. Decidi aplicar na corretora aos poucos, uma ou outra aplicação que acho mais vantajosa na corretora e até mesmo para experimentar se as corretoras são realmente o melhor. O que estou aprendendo que é você que tem que tomar conta do seu dinheiro, se der errado a Corretora nem o banco estarão nem aí, afinal foi você que autorizou ou fez a aplicação financeira, portanto, estude, estude, estude e cuide você mesma do seu dinheiro.
Excelentes conselhos, Adelaide!
Guilherme,
Muito bom e pertinente o seu post, ainda mais com a briga entre o Itaú e a XP.
“Quem acaba perdendo credibilidade ao passar informação parcial é a instituição financeira.”
Isso me fez lembrar dos títulos de capitalização e dos fundos DI com taxas de administração de 4% aa… Precisamos estar muito atentos, pois o que nos vendem como algo bom pode na realidade estar nos trazendo prejuízo…
Gostei do novo layout do Valores Reais!
Obrigado, Rosana!!!! Estou testando novos layouts ao blog, após vários anos com aquela roupagem!
Foi ótimo esse exemplo dos títulos de capitalização e fundos DI careiros, pois mostram uma necessidade urgente de busca por educação financeira ser mais difundida principalmente na classe média.
Abraços!
Fala Guilherme, e parabens pelo novo layout do site!
Falando pessoalmente, eu fui um dos primeiros a aventurar a abrir conta com as corretoras independentes, e realmente valeu a pena! Ajudaram a melhorar o mercado para todo mundo – os seus proprios investidores e tambem o poder de barganha deste mesmo investidor com os bancoes.
Agora, estou no processo de consolidaçao – de volta ao bancao.
Seguramente estou sempre na contramao. Qual motivo da volta?
Para mim, a reinvençao dos bancoes demorou demais, num contra-ataque muito atrasado mesmo, porem com a oferta atual de produtos muito competitivos, pesa a solidez das instituiçoes nestes tempos incertos. Nao apenas a solidez financeira, mas a solidez operacional, quando voce mais precisa efetuar uma operaçao. E as corretoras geralmente nao sao conhecidas pela acessibilidade no atendimento, especialmente em tempos de estresse no mercado.
Ter os investimentos em um unico lugar alivia o onus e o tempo desperdiciado de trabalhar com varias corretoras. Sim, daqui a pouco, vao ter os chamados consolidadores, mas voce quer autorizar a liberaçao de, alem dos seus dados cadastrais, toda a sua historia financeira, para uma infinidade de fintechs intermediarios? Pessoalmente, por motivos obvios de risco, eu prefiro que nao.
Porem, mesmo assim, eu vou deixar uma conta de corretora aberta – para bem assegurar a preservaçao do poder de barganha com bancao. Abraço!
Excelente depoimento, Michael!
Principalmente por mostrar o caso de uma pessoa que está fazendo o caminho inverso – e penso que mais pessoas estão fazendo isso também, pelos motivos citados por você.
Abraços!
Minha prática é ignorar solenemente qualquer recomendação de assessores de banco ou corretora. A internet, seja YouTube, blogs ou algum sites, tem informações de altíssima qualidade que permitem qualquer pessoa estudar e obter conhecimentos por conta própria.
Quanto a guerra entre bancos e corretoras, sempre fui um defensor das corretoras independentes, principalmente por causa dos custos exorbitantes cobrados pelos bancos para negociar ações. Até pouco tempo atrás todos cobravam o famoso tabelamento da B3, que inclui não somente uma taxa fixa mas também uma porcentagem sobre o calor negociado. Isto é um escárnio, fora o fato e cobrarem custódia própria e custódia da B3, algo já abolido pelas corretoras independentes.
Porém, cansei das corretoras. Estava em uma e comecei a ter inúmeros problemas com TED’s que só eram creditadas no final do dia ou um ou dois dias depois do envio. Aí mudei para outra que depois da minha mudança ficou gratuita; resultado: quando a gente precisa usar não funciona. Mais falha que funciona.
Resumo da ópera: estou voltando para a corretora do bancão. Já sou cliente Santander e neste mês o banco eliminou completamente a taxa de custódia, isentando inclusive da custódia da B3. Fora isso, ao negociar pelo app, não há cobrança de corretagem variável, somente um valor fixo. Considero uma condição perfeitamente aceitável e que incentiva o retorno ao banco para quem investe em ações e FII.
Excelentes observações, Renato!
Quem diria que os bancos de varejo tivessem que se reinventar pra poder competir com as corretoras independentes!
Abraços!
Olá Guilherme,
Conheci seu blog há anos atrás quando o banco tentou me empurrar um consórcio que eu não precisava, fiz os cálculos e vi o quão mau negócio que era, e caí no seu artigo sobre “o gerente não é seu amigo”. Desde então, tenho investido por conta própria com base no que estudo.
Agora estou num impasse:
Há anos atrás (antes da história desse consórcio) pus um dinheiro num VGBL progressivo e deixei lá. Nunca fiz novos aportes porque comecei a investir melhor, mas não sinto necessidade de tirar o dinheiro desse VGBL. Fica como “diversificação”.
Recentemente, o gerente me contatou oferecendo a troca do fundo de forma que o rendimento seria um pouco melhor (comparei as lâminas e a composição das carteiras é parecida) e a taxa de administração é menos da metade (ou seja, o banco recebe menos). Exceto por uma nova carência de meio ano caso eu queira sacar, nada mais mudaria.
Não acredito em almoço de graça, então por mais que tudo pareça ótimo, não consigo sentir confiança em dar o ok porque alguma vantagem pro banco deve ter.
Só consigo imaginar duas possibilidades: o gerente receber alguma comissão pela mudança mesmo que pro banco seja ruim, ou tentativa de fidelização porque estão perdendo clientes pras corretoras (e certamente eles devem ver minhas transferências mensais pra corretora).
Qual é a pegadinha?
Olá, Denise, obrigado por nos acompanhar há tanto tempo!
Lendo o seu comentário, percebo que pode haver um híbrido das duas possibilidades, ou seja, o gerente precisa cumprir meta de vendas (ainda que a meta seja uma simples mudança de fundo), aliado ao fato de eles estarem com medo de você, no futuro, também transferir o VGBL para algum fundo VGBL de alguma corretora.
Diante desse cenário, e partindo da premissa de que você não precisa do dinheiro do VGBL para o curto prazo, a primeira opção seria a de fazer a mudança do fundo do VGBL para esse novo fundo proposto pelo gerente.
Seria…
Ocorre que, aproveitando que eles deram a deixa, será que não é o caso de você fazer uma análise sobre a possibilidade de migrar esse VGBL também para algum VGBL de alguma corretora?
Penso nisso considerando a hipótese de você conseguir taxas ainda mais baratas em fundos VGBL de corretoras, por meio da portabilidade.
Certamente haverá, disponível em corretoras, fundos com composição de carteira parecida e taxas de administração menores.
Então, no final das contas, eu sugeriria você avançar um pouco mais nessa questão do VGBL, e analisar a possibilidade de ir para um fundo de alguma corretora que forneça taxas mais baratas.
Abraços!