Uma parcela considerável de brasileiros entrou na Bolsa de Valores de 2018 pra cá e, portanto, nunca tinha presenciado um circuit breaker impactando sua carteira de ações.
Esse dia chegou, e ocorreu ontem, 9 de março de 2020, quando o Ibovespa caiu de 97.996 pontos para 86.067 pontos, com queda -12,17%, a maior queda diária em 22 anos, desde 10 de setembro de 1998, quando o índice recuou -15,82%. Nem em 2008, com aquela loucura toda que foi a crise do subprime, tivemos um dia tão ruim quanto hoje.
Dias históricos como esse – em que o Ibovespa caiu tanto num dia só – já foram objeto de artigos anteriores do blog na década passada, dentre os quais eu sempre gosto de destacar esses:
- Siga o plano (dia do Joesley’s Day);
- Dia histórico para a Bovespa (dia em que o IBovespa caiu 8,08%);
O post de hoje poderia, é claro, falar sobre a importância de ter uma reserva líquida para oportunidades, para comprar agora que as ações estão mais baratas, para você manter o controle emocional etc.
Mas não.
Hoje eu darei apenas um lembrete.
E o lembrete é esse: não desista. Não venda. Não se precipite. Não se afobe.
Tão importante quanto “fazer” algo – p.ex., comprar na baixa – é o que não se deve fazer nesses momentos de pânico.
E o recado é bem claro: mais cedo ou mais tarde as coisas voltarão ao normal.
Quão cedo ou quão tarde é absolutamente impossível prever: pode demorar semanas, pode demorar meses, pode demorar até anos. Mas vai passar.
O mundo não irá acabar, pois mais que tenhamos outras quedas históricas, outros circuit breakers, ou outras notícias ruins, as soluções serão encontradas.
Mas não se apavore, nem faça nada com o emocional abalado. Como dizia o saudoso mestre John Bogle, stay the course. Siga o plano.
Mantenha-se firme, que dias bons também virão. E, certamente quando chegarem esses dias, também faremos posts a respeito. 😉
Editado: não deixem de ler o excelente artigo do meu amigo André, do Viagem Lenta: Como a queda na bolsa de valores pode deixar você rico: 7 ideias.
Isso aí
Obrigado!!!
Valeu, Marcos!
Vlw!
Seguir a jornada e não desistir.
Obrigado pelas palavras de sabedoria.
Obrigado, David!
É verdade, Guilherme! Afinal, o desespero com esse vírus com nome de chuveiro está muito estranho… Meu medo nem é com ele, mas de ter algo de mais grave por aí (como problemas gerados por juros muito baixos por muitos anos).
Mas é verdade, as coisas vão se ajustando, de uma forma e outra. Minha alocação em ações era de quase 30 no final de fevereiro, chegou a cair, comprei um pouquinho, voltou a cair ontem para 27% e comprei mais um pouquinho para voltar aos 28%. Se mantiver a queda, vou controlando essa faixa de percentual.
Dessa forma, acredito que nos posicionamos para aproveitar uma pernada de alta sem se expor demais ao risco de mais quedas.
Obrigado pela citação!
Abraço!
Exato, André!
O negócio é ir aproveitando as oportunidades geradas por essa crise.
Abraços!
A alguns meses rebati alguns comentários, sem embasamento dos reais motivos, da queda dos Fdos de Debent Incent., falaram que as empresas estavam falindo, etc.
E a queda, ocorrida entre set e nov.19 mal chegaram entre 1% e 3%.
O que dirão agora com a bolsa em 2020 caindo até hoje de 115 mil para 89 mil pontos. Mais de 20%.
Aquilo passou e ficou aprendizado sobre perigo de usar como reserva imediata os fdos de credito.
Já com a bolsa a turbulencia quando chega é grande e inesperada e sem prazo para terminar e se recuperar. Por isso mantenho só 8% em RV.
Não estou fazendo nenhum movimento na B3. É um dinheiro que não vou usar a LP, por esperar a recuperação, que até pode ser de meses ou mesmo anos.
Pois é, Adri. E imaginar que, dois dias depois do seu comentário, o Índice despencaria para a faixa dos 68 mil pontos, 51 mil pontos abaixo da máxima até agora registrada.
O momento requer cautela e movimentos cuidadosos dos investidores.