As ferramentas criadas pelo ser humano são valorativamente neutras. Não são inerentemente boas ou inerentemente ruins. Tudo vai depender do uso que se dá a elas.
O celular é bom? Ele causa dependência mental? Depende. Depende do uso que se dá a ele. Usado em excesso, pode ser ruim. Usado com moderação, pode ser útil. Não é possível avaliá-lo de modo isolado, ex ante. Só o uso e a experiência com o objeto é que irá definir a sua valoração – e isso, evidentemente, irá variar de pessoa para pessoa.
Passemos ao campo das finanças pessoais.
Nessa seara, fértil em discussões sobre ferramentas – produtos e serviços -, há acalorados debates sobre o uso de certos produtos ligados ao consumo e aos investimentos, se eles seriam o mal causador de desorganização e desestruturação financeira de milhares de famílias.
Pense, por exemplo, no cartão de crédito.
O cartão de crédito é um vilão das finanças pessoais? É ele quem causa dívidas impagáveis? Ou é o uso individual que se faz dele que causa estrago financeiro no orçamento doméstico?

Alguns especialistas, na (boa) intenção de ajudar pessoas que se encontram na situação de endividadas e superendividadas, recomendam, como uma das principais dicas para sair do estado de confusão nas finanças pessoais, abandonar o cartão de crédito. Triturá-los fisicamente. Passar a viver só com o cartão de débito e dinheiro em espécie. Ou seja, passar a comprar só à vista.
Essa medida drástica – tendo como alvo o cartão de crédito – muitas vezes se faz necessária porque o cartão de crédito se tornou uma válvula de escape inevitável para adiar, parcelar, empurrar com a barriga, procrastinar e “rotativizar” pagamentos de compras que a pessoa sabe que não vai ter condições de pagar à vista.
Ou seja, o cartão de crédito acaba dando a ilusão de que seria possível comprar milhares de coisas sem ter o dinheiro para pagar à vista.
Como a maioria das pessoas que faz isso também provavelmente não faz um rigoroso controle das compras parceladas e não tem um orçamento doméstico organizado, o resultado é que, quando chega a fatura do cartão, e, vendo que o salário não cobre todo o seu valor, a pessoa é obrigada ou (i) a aumentar a quantidade de compras parceladas; ou (ii) a fracionar o pagamento da fatura, ou seja, entrar no famigerado crédito rotativo.
O sujeito caiu na armadilha, ou seja, na ilusão, de que seria possível comprar mais do que o seu salário permite. E isso é apenas a ponta da espiral de endividamento que, se não for bem controlada, irá desembocar numa série de consequências negativas para as suas finanças pessoais.
Nesse contexto, a medida mais drástica, de cancelar o cartão de crédito serve para, digamos assim, eliminar o mal pela raiz. É como se dissessem para você: já que você não sabe usar bem a ferramenta, abandone a ferramenta.
Trata-se da criação de barreiras passivas, isto é, de impedimentos físicos que não passem pelo canal da sua força de vontade. Inclusive, escrevemos um artigo detalhado sobre as barreiras passivas, como identificá-las, e como torná-las um aliado para aperfeiçoamento de seus hábitos financeiros, num artigo escrito em agosto de 2016 (link aqui).
Eliminar o cartão de crédito fará com que você não disponha sequer da possibilidade de uso de sua vontade de querer usá-lo ou não, afinal de contas, você não terá a disponibilidade da ferramenta.
Foi exatamente isso que escrevei em 2016, através de um exemplo prático. Confiram:
Outro exemplo, dessa vez radical, de barreira passiva, é quando você não coloca o cartão de crédito em sua carteira quando vai no shopping. A existência dessa barreira, que é ao mesmo tempo física, irá alterar seu comportamento no centro de compras, uma vez que irá dificultar qualquer compra que você queira fazer.
Diversos estudos já demonstraram que temos mais dificuldade de fazer compras quando portamos apenas dinheiro em espécie ou cartão de débito na carteira, uma vez que conectamos, automaticamente, em nosso cérebro, a subtração física de dinheiro com o ato de consumir, conexão essa que é fraca quando temos a posse imediata de um cartão de crédito.
E tudo isso ocorre por um motivo muito simples: nossos cérebros tendem a fazer escolhas que optem pelo caminho da menor resistência. Somos naturalmente instigados a escolher a opção mais fácil, que tenha um custo menor em termos de processamento de dados na esfera da tomada de decisões.
O texto de hoje se propõe a oferecer uma alternativa para ter uma vida mais organizada financeiramente mesmo usando o cartão de crédito nas compras do dia a dia.
Ela tem como premissa fundamental a seguinte ideia: não começar o mês com dívidas do mês anterior. Não começar o mês transportando dívidas realizadas no mês anterior. Começar o mês totalmente líquido, zerado de dívidas, com todo o dinheiro do salário à sua disposição. Ela pressupõe, portanto, o controle financeiro mensal, isto é, a sua capacidade de realizar o orçamento doméstico em bases mensais, a cada virada de mês.
Isso porque a origem do mal uso do cartão de crédito está no famoso “empurrar com a barriga”, ou seja, ficar adiando o efetivo desembolso dos atos de compra. A alternativa que é oferecida foca justamente nesse desembolso – ou melhor, no momento temporal em que esse desembolso é materializado.
Embora o uso da estratégia empregada no texto passe pelo uso do cartão de crédito no dia a dia, ele contém uma pequena “barreira passiva” que fará você usá-lo de maneira mais racional ao longo do mês. 😉
Resumidamente, a estratégia consiste no seguinte:
Colocar a data de vencimento do cartão de crédito no começo do mês, preferencialmente entre os dias 2 a 5, pagar a fatura assim que ela for disponibilizada para pagamento (que deve ocorrer lá pelos dias 18 a 25 do mês anterior), e também pagar novamente a fatura no último dia do mês anterior, quitando, assim, as compras que foram feitas entre a data de fechamento da fatura e o último dia do mês anterior.
Ou seja, todas as compras do mês anterior que seriam pagáveis somente no mês subsequente têm que ser necessariamente pagas também de forma antecipada.
Vou dar um exemplo, para facilitar a explicação: suponha que você tenha um cartão de crédito cuja data de vencimento ocorra amanhã, 1° de outubro. A fatura desse cartão deve ter fechado lá pelo dia 18 de setembro, sendo disponibilizada para pagamento a partir do dia 19 de setembro.
Suponha que essa fatura, com vencimento em 1° de outubro, tenha somado R$ 1.500,00. Suponha, também, que, entre 19 de setembro e 30 de setembro, você também tenha usado o cartão de crédito, cuja fatura parcial, com vencimento em 1° de novembro, tenha dado mais R$ 500,00.
Em termos puramente de matemática financeira, a estratégia mais vantajosa, se você tiver, é claro, os R$ 2 mil disponíveis para pagamento pré-alocados em investimentos, seria a de pagar os R$ 1.500,00 da fatura com vencimento em 1° de outubro exatamente no dia do vencimento, 1° de outubro, bem como pagar as compras efetuadas entre 19 de setembro e 30 de setembro somente no exato dia de vencimento, ou seja, em 1° de novembro.
Não tenho dúvidas quanto a isso, e inclusive esse costuma ser o mote das operadoras de cartão de crédito para incentivar você a adquirir um cartão de crédito: se você tiver feito uma compra em 19 de setembro, poderá pagá-la, no exemplo dado, somente em 1° de novembro, ganhando os famigerados “até 40 dias para pagar”.

E por quê você está sugerindo então agir contra a matemática financeira, ou seja, pagar as faturas, inclusive a fatura parcial, já de forma antecipada?
A resposta é simples: porque na maioria das vezes a pessoa não tem dinheiro para pagar à vista, se tivesse que desembolsar o dinheiro no ato. Daí usa o cartão de crédito como um meio de pagar com o dinheiro do mês seguinte, quando efetivamente for cair o salário.
Faça um teste com você mesmo: se você tiver um cartão de crédito que está para vencer nos próximos dias, provavelmente a fatura do cartão já fechou. Porém, além da fatura que já fechou, você provavelmente deve ter também compras realizadas nos dias seguintes ao do fechamento da fatura.
Então, você tem dois débitos pendentes: a fatura do cartão que já fechou (por exemplo, a fatura de 2 de outubro), e mais a fatura parcial que vai vencer no mês seguinte (a fatura de 2 de novembro).
Some o valor dos dois débitos. Agora, verifique se você já tem dinheiro disponível em conta-corrente (ou em investimentos), e se faça a pergunta: se eu tivesse que pagar as duas faturas hoje, antes de ter recebido o salário, eu teria condições de quitá-las? Ou eu teria que necessariamente esperar o dinheiro do salário cair para poder pagar as faturas?
Esse é precisamente o mal de milhões de famílias brasileiras: a maioria das pessoas só conseguem pagar as contas de cartão de crédito quando o salário cair na conta. Elas não conseguem viver “à vista”, não conseguem viver somente com cartão de débito. Elas não têm investimentos suficientes para poder maximizar a regra dos 40 dias para pagar. Elas simplesmente usam o cartão de crédito porque… se tivessem que pagar à vista, não teriam como comprar.
Não estou querendo aqui criticar os benefícios do crédito, não só do cartão de crédito, mas também de outras formas de crédito, como o crédito estudantil, o crédito imobiliário etc. Penso que o crédito é mesmo necessário para viabilizar e dinamizar a economia, gerar empregos e fazer “girar a roda” da sociedade.
Contudo, é preciso refletir se você, em sua esfera individual, está de fato usando com sabedoria o cartão de crédito, ou melhor, se você tem condições efetivas de controlar o uso do dinheiro.
Pessoas que usam o cartão de crédito e não têm dinheiro suficiente para bancar as compras à vista compram com um dinheiro que não têm, e se compram com um dinheiro que não têm, se expõem a um risco muito grande de perderem o controle financeiro e caírem na classificação de pessoas endividadas, isto é, pessoas com patrimônio líquido negativo, em que o passivo (as dívidas) é maior que o ativo (os investimentos).
Conclusão
Não há nada melhor do que a liberdade financeira proporcionada por uma vida livre de dívidas. E, trazendo essa frase para o contexto do dia a dia, particularmente para o contexto das viradas de mês, não há nada melhor do que começar o mês sem transposição de dívidas do mês anterior, ou seja, com disponibilidades financeiras as mais líquidas possíveis.
O texto de hoje não é propriamente dirigido a aquele grupo de pessoas que conseguem transportar as dívidas de cartão de crédito para o mês seguinte com racionalidade e controle, isto é, mantendo o dinheiro nos investimentos a fim de liquidar as faturas com o acréscimo patrimonial decorrente dos juros dos investimentos mantidos durante o período em que o cartão de crédito foi usado (embora esses juros estejam cada vez menores nos atuais patamares da renda fixa).
O texto de hoje tem caráter mais pedagógico, orientado e dirigido a aquele grupo de pessoas que faz a transposição de dívidas do cartão de crédito para o mês seguinte porque literalmente não teria como comprar à vista, no cartão de débito ou em dinheiro. Ou seja, para as pessoas que compram acima de suas possibilidades, para as pessoas que comprar sem dinheiro, para as pessoas que têm a necessidade de cair o salário para poderem pagar suas contas, para as pessoas que dependem e vivem de contracheque em contracheque.
Experimentem mudar essa tática: não é preciso, por óbvio, assim que uma compra for feita no cartão de crédito, ir lá no Internet Banking, pegar a fatura do cartão, e já quitar a compra. Não é isso.
A tática consiste em vislumbrar se você tem a habilidade e a capacidade de começar o mês limpo, sem dívidas, zerado de dívidas, sem usar o dinheiro do próximo salário para pagar suas faturas de cartão.
E isso pode ser feito de uma forma bastante simplificada: se o cartão vence no dia 1° de outubro, por exemplo, você pode pagar, no dia 30 de setembro, não só o valor da fatura que vence no dia 1° de outubro (a fatura fechada), mas também as compras realizadas depois que a fatura foi fechada, ou seja, aquelas realizadas entre 19 de setembro e 30 de setembro.
Isso lhe dará uma boa ideia de como você se comportou durante o mês, particularmente, se você conseguiu efetivamente controlar os gastos, gastando menos do que ganhou em termos de salário ou rendimentos naquele específico mês, e ver quanto efetivamente você conseguiu economizar ao final de um ciclo inteiro de 30 dias.
Essa tática, por fim, mostra que é possível conciliar as ideias de viver “à vista” e, ao mesmo tempo, desfrutar dos benefícios do cartão de crédito, transformando-o parcialmente numa espécie de cartão de débito – e ainda por cima cartão de débito “antecipado”. 😉
Uma alternativa é aumentar a reserva de emergência pra incluir o valor do cartão. Se o limite do cartão for de 5k, aumente a reserva em 5k.
Sua reserva pode ficar aplicada em algo rentável. Eu vejo os gastos do cartão num horizonte de tempo maior, 3 meses…., assim é possível compensar um gasto maior com restrições no mês seguinte.
Sua reserva pode ficar aplicada em algo rentável. Eu vejo os gastos do cartão num horizonte de tempo maior, 3 meses…., assim é possível compensar um gasto maior com restrições no mês seguinte.
Ótima dica, MJC! É um raciocínio análogo ao da franquia do seguro do carro: se a franquia for de R$ 2 mil, provisione R$ 2 mil para preencher esse valor.
Para algumas pessoas somente terapia psicológica pode, não é certo, resolver esse ‘vicio’ .
Tem razão, Adri. A questão é muito mais mental do que material.
Interessante, gostei da matéria, pensarei assim antes de fazer dividas em cartão de credito !
Valeu, Alexssandra!
Eu particularmente sinto que o cartão de crédito é uma “bengala” acho muito difícil deixar de usar, parece que se usar no débito não vou ter dinheiro pra tudo, mas nunca deixo de controlar e pagar a fatura total, ou seja, vai ter dinheiro pra tudo…
Ainda não descobri como mudar isso na minha cabeça. Acho ruim porque no final das contas estou sempre pagando contas do mês anterior.
Glau, uma técnica para eliminar a sensação ruim de usar dinheiro novo para pagar contas velhas consiste em usar dinheiro velho para pagar as contas velhas.
Explico em detalhes essa técnica aqui => http://valoresreais.com/2016/03/28/os-4-principios-do-sistema-de-controle-do-orcamento-domestico-do-ynab/
No meu planejamento mensal está incluído uma parte do contrache para gastos com cartão. O vencimento das faturas são logo após o recebimento, assim com antecedência sei se naquele mês que passei ou não do previsto,,como contrabalançar isto durante o decorrer do mês.
Mas como foi dito na matéria pago o cartão com o salário do mês seguinte. Embora tenha uma valor de controle para os gastos com o cartão mensalmente.
Assim observo o saldo do meu extrato mensal…….se houve ou não como contrabalancear as despesas durante o mês. Mas tudo com atraso de 40 dias.
E não faço reservas para voltar ao saldo zero. Porque vejo num horizonte de 3 meses. Consigo equilibrar. E não mexer em reservas aplicadas para render e aumentar.
Excelente estratégia, Gabriel.
Ter o controle absoluto das contas, das entradas e das saídas, é fundamental nesse contexto.
No meu planejamento mensal está incluído uma parte do contrache para gastos com cartão. O vencimento das faturas são logo após o recebimento, assim com antecedência sei se naquele mês que passei ou não do previsto,,como contrabalançar isto durante o decorrer do mês.
Mas como foi dito na matéria pago o cartão com o salário do mês seguinte. Embora tenha uma valor de controle para os gastos com o cartão mensalmente.
Assim observo o saldo do meu extrato mensal…….se houve ou não como contrabalancear as despesas durante o mês. Mas tudo com atraso de 40 dias.
E não faço reservas para voltar ao saldo zero. Porque vejo num horizonte de 3 meses. Consigo equilibrar. E não mexer em reservas aplicadas para render e aumentar.
você me deu uma outra ideia:
pagar o cartão adiantado, como se fosse uma recarga, e ajustar o limite dele para o valor que foi carregado.
dessa forma, você só gasta o que já pagou 🙂
me ocorreu isso enquanto lia o texto
Caramba, nunca tinha pensado nisso!!!
Ótimo lampejo de criatividade!
Guilherme, esse conceito de barreira passiva é, de fato necessário a pessoas que não conseguem agir com racionalidade. Porém, o uso dessas barreiras impedem cada vez mais de cada um possuir o domínio da situação e os exclui de tirar proveitos do uso de um cartão de crédito. Não só como milhas ou outras vantagens, mas como controle financeiro mesmo (o saldo devedor do meu cartão é um “farol” para ver como está minha despesa mensal, se posso gastar mais ou tenho que dar uma segurada até a próxima fatura). Enfim, pode ser mesmo necessária, mas acaba sendo uma faca de dois gumes no protagonismo pessoal.
Quanto à estratégia, ela também possibilitaria que, com o salário “livre”, a pessoa possa investir automaticamente em algo. Talvez seria um complemento da estratégia: comece o mês sem dívidas e aloca um % de seu salário para investimentos, já que você não possui a dívida do cartão.
Mas, não sei… penso que uma pessoa que tivesse a consideração e a prudência de seguir esses passos, deveria também ter o conhecimento de como usar “bem” o cartão de crédito. É um debate bem interessante!
Abraço e boa semana!
Realmente, VL, não tinha pensado sob essa perspectiva.
Se as barreiras passivas funcionam para cortar o mal pela raiz, por outro lado elas impedem o desenvolvimento de habilidades cognitivas para lidar com os problemas relacionados ao uso do cartão.
Concordo que essa barreira passiva seja usada apenas de modo temporário, a fim de que, no futuro, seja reaprendido o uso da ferramenta.
Bom final de semana!
Durante algum tempo no incio da minha fase adulta (dos 18 ao 22) utilizava o cartão de forma desordenada e com isso contraia dividas achando que quando o salario caisse tava tudo certo.
Hoje aos 26 utilizo cartão como forma de controle pessoal financeiro, passando tudo no cartão de crédito e consigo saber tudo o que compro e além de usufruir de alguns benefícios do cartão como salas vip em aeroporto acumulo milhas da categoria (categoria black).
O dinheiro para pagar a fatura do mês assim que recebo na conta corrente transifro para uma conta digital que paga 100% do cdi com liquidez diaria, assim quando chega a data de pagar a fatura retiro com alguns jurinhos acima.
Ótimo depoimento, Felipe.
Ter o controle dos gastos usando como ferramenta de auxílio o cartão pode redundar em vários benefícios.
Excelente texto, vou adaptar e usar na minha realidade.
Uso o cartão de crédito pra absolutamente tudo, desde a água de 1,50 até a mensalidade escolar no meu filho, tudo é concentrado no cartão, isso possibilita acumular milhas e as últimas viagens que fiz com a família foram somente por milhas. Muitos colocam a culpa no cartão, pra mim é o melhor controle financeiro que existe.
BG
Sniper
Compartilho do seu pensamento.
O cartão de crédito em si é uma ótima ferramenta de controle financeiro e possui alguns benefícios, cabe ao usuário saber usá-lo da forme correta.
Já fui totalmente contra ter cartão de crédito (por mal uso da minha parte) e já até quebrei alguns que tive, porém hoje percebe que ele é um aliado sabendo usar.
Exato. Tudo na dosagem certa, pq até água de mais mata a planta.
Concordo, Felipe, é uma ferramenta que pode ajudar bastante no planejamento financeiro.
Faço o mesmo, inclusive usando Mercado Pago, Recarga Pay e o recém chegado e maravilhoso AME com limite de 5K. Do mês passado, do presente, do futuro, não tem essa. Do picolé á TV de LED. É tudo no cartão. De preferência que pontue acima de 2 por dólar gasto.
Daí surge o lounge no aeroporto, o chip internacional de graça, os descontos em lojas, garrafas de vinho com 50% de desconto, seguro viagem grátis do antigo SCHENGEN, e etc.
É só ir no site da BANDEIRA do cartão e ver as vantagens. Óbvio que não é divulgado. Vc tem que correr atrás e solicitar.
Todo ano viajo e me hospedo com milhas.
Além disso saem todas as compras como se fosse um relatório mensal.
Tem coisa melhor?
O problema é com o brasileiro médio que não tem educação financeira e parcela em 64x.
Ótimas dicas, Ynvest!
Obrigado, Sniper.
Isso mesmo, é o uso do cartão que vai classificá-lo como ferramenta boa ou ruim.
No seu caso, o uso é acima do bom, é excelente.
Abç!
Já passei pela fase de ter cartão de crédito para clientes especiais onde se paga um absurdo de taxas.
Já tive a fase de quebrar cartão de crédito e somente utilizar o cartão de débito.
E vejo que está fase foi necessária para melhorar meu controle financeiro.
Hoje compro tudo no cartão de crédito, do picolé a material de construção.
Tenho dois que não me cobram nenhum tipo de taxa e me recompensam em programas de pontos, somente uso o débito caso eu ganhe um desconto para pagamento a vista.
Gosto de começar o mês com meu dinheiro completamente livre nas minhas mãos. Odeio conta fixa e sou muito controlado com minhas contas desde minha infância o que me deu condições de adquirir o patrimônio que tenho hj. Quanto ao uso do cartão, mesmo tendo dois com um limite duas vezes acima do meu salário, raramente eu faço uso. Não tem nada melhor do que comprar e pagar a vista, e dependo da compra ainda se consegue um desconto. Cartão de crédito foi uma ilusão que criaram para encher o bolso das operadoras.
Parabéns, Anderson, pelo controle financeiro!
Concordo com você de que não há nada melhor do que ter disponibilidade total do salário.
Ótimo texto
Obrigado, Marcos!
É uma questão mental, mais do que puramente financeira. Eu uso o cartao de credito pra tudo, sempre dentro dos valores previamente estipulados para cada tipo de gasto.
Pra mim, mais do que milhas ou supostas vantagens, o que conta mesmo é a facilidade de controlar as despesas. Está tudo ali, onde gastei, quando, quanto. Realmente facilita muito. Claro que não fico esperando a fatura chegar pra ver quanto deu. Acompanho pelo app ou pelo site da operadora, e semanalmente vou migrando os dados para minha planilha de orçamento. Funciona bem direitinho, e com muita simplicidade.
Mas as pessoas são diferentes umas das outras, e tenho observado que muitos não deveriam ter cartão de credito mesmo, pque de fato não conseguem controlar. Essas suas dicas podem abrir caminhos para essas pessoas.
Muito bom, Vânia, realmente, ao menos temporariamente, ter meios de controle mais rigorosos sobre o uso do cartão de crédito pode funcionar muito bem na etapa inicial de reorganização financeira.
Abraços!
O salário cai na minha conta no 5º dia útil, já retiro 50% para meu aporte e esses outros 50% ficam lá na conta, não mexo nele. Durante todo esse mês vou utilizando o cartão de crédito, assim que a fatura fecha já pago com o dinheiro que estava na minha conta, nunca com o dinheiro do mês seguinte. Ou seja, eu já deixei separado o dinheiro do cartão de crédito mesmo antes da fatura fechar, claro que tenho um controle de saber até onde posso gastar,
Recentemente estive desempregado, e num certo momento,fiquei sem renda por um ano.
Nesse período me mantive com três cartões de crédito, girando um pra pagar o outro, claro que utilizando pra despesas fixas e básicas, e deu super certo, até eu voltar a trabalhar e quitar o último deles.
E atualmente continuo utilizando cartão de crédito, com total controle, claro.