O título do artigo de hoje pode parecer muito trivial e um tanto quanto óbvio para aqueles que já tem conhecimentos avançados em educação financeira (certamente a maioria do público mais antigo do blog).
Porém, ainda assim ele carrega um significado muito importante para aquela parcela de pessoas que começa agora a se interessar pelo mundo dos investimentos, pois essas pessoas podem ficar muito ansiosas e, por conta disso, agirem de modo precipitado, investindo em ações, Tesouro Direto, fundos imobiliários etc., sem terem feito antes o “dever de casa”, ou seja, sem terem organizado as finanças sob o prisma do orçamento doméstico.
Exemplos disso não faltam, e muitos de nós nos deparamos com situações assim, seja no passado, seja no presente, ao testemunharmos como as pessoas em geral fazem seus investimentos.
Há muito tempo, eu não sei se contei isso aqui no blog, na época em que a Bolsa estava no auge, lá pelos idos de 2006/2007, a gerente do banco me contou que o cunhado dela estava investindo nas ações da Vale – seria o equivalente mais ou menos da Magazine Luiza de hoje (a ação queridinha do mercado) – mas estava investindo na Vale tomando dinheiro emprestado.
Isso mesmo que você acabou de ler: o sujeito estava fazendo dívida para investir, e para investir em ativos de risco ainda por cima!
Não preciso nem dizer que, me aprofundando na conversa, descobri que ele não tinha a menor condição de fazer qualquer tipo de investimento, pois estava com as finanças pessoais toda bagunçada. Mas era a época da euforia exagerada com as ações, em que o primeiro dia de uma IPO (oferta pública de ações) chegava a fazer a ação estreante na Bolsa valorizar mais de 50%, e praticamente tínhamos alguém que se achava um Warren Buffett em cada esquina desse país.
Esse pensamento de que se “endividar para investir dá certo” muitas vezes deriva do modelo mental associado ao financiamento imobiliário para a compra do imóvel residencial, que também não deixa de ser um caso de tomar uma dívida para se investir (guardadas as devidas cautelas quanto ao fato de imóvel próprio não ser investimento, mas sim redutor de despesas).
Não vou entrar aqui no mérito sobre os pontos prós e contras desse tipo de situação (que inevitavelmente geram debates na caixa de comentários, já estou até prevendo 😉 ), mas as pessoas criam um modelo mental em que consideram bom não ter dinheiro próprio para investir – afinal de contas, na compra da casa própria financiada, o sujeito compra o imóvel com o dinheiro do banco – e, a partir daí, olhando que o imóvel se valoriza com o decorrer do tempo, concluem que foi um bom investimento usar a alavancagem, e passam a querer transferir esse modelo mental para outros tipos de investimentos.
O jeito certo de se investir
O certo é dar um passo de cada vez.
Ou seja, investir com capital próprio, com recursos próprios, e não com recursos alheios.
Por mais fascinante que sejam os investimentos no mercado de ações, de obtenção de renda passiva através da compra de fundos imobiliários, da formação de uma carteira para a aposentadoria etc., você precisa controlar seu estilo de vida. E por controlar entenda-se: estipular um controle numérico sobre seu estilo de vida. Implementar um teto de gastos mensais, que preferencialmente deve ser abaixo do teto de seu salário líquido (e não igual ao seu salário líquido), e não ultrapassar esse teto.
E não adianta vir com a desculpa de que você não gosta de matemática, que fez Direito ou outra faculdade de humanas só para fugir dos números, que lidar com números é uma coisa muito chata, e outras desculpas esfarrapadas.
Lidar com números é preciso, e o gasto de tempo que você terá ao fazer o orçamento doméstico é um gasto de tempo absolutamente essencial, se você quiser manter sua situação financeira saudável e sob controle.
De pouco adianta você comprar livros e cursos sobre como investir em ações, querer comprar criptomoedas (que eu particularmente não gosto e não recomendo), gastar horas com vídeos no YouTube ou notícias no Infomoney sobre qual é a ação quente do momento, se você continuar gastando 130% de sua renda mensal, continuar se entupindo de compras parceladas que comprometem 70% de sua remuneração líquida, e continuar trocando de carro a cada 18 meses.
É simplesmente insustentável no longo prazo, e, se você não gastar menos do que ganha, logo logo se verá na incômoda situação de ter que vender os investimentos para quitar as dívidas resultantes de um estilo de vida nada saudável financeiramente.
A paciência
Uma das virtudes mais ausentes no investidor pessoa física é a virtude da paciência. De saber esperar.
Mesmo que você faça o dever de casa, organizando seu orçamento doméstico de modo a fazer sobrar dinheiro todo mês, de forma consistente, ainda assim você pode ter prejuízos com seus investimentos, se, na gestão de sua carteira de ativos, ficar pulando de galho em galho, em busca do investimento quente do momento, que geralmente é aquele que está constantemente na mídia, e, assim, no seu topo histórico de preços e que, portanto, tem pouco potencial de valorização, tem pouca margem de segurança.
No final do ano passado, eu recebia muitas mensagens de leitores pedindo um artigo sobre Bitcoin. Estava na moda falar sobre ele. Passada a euforia sobre essa moeda digital, hoje em dia ele foi praticamente esquecido pelas pessoas.
Nos últimos 2 anos, a moda era os fundos multimercados, principalmente aqueles da categoria macro, que investem em diversos mercados e que tendem a render mais que a renda fixa e menos que as ações. Agora, nos últimos meses, com boa parte deles andando de lado quanto à rentabilidade, o que se tem observado é uma fuga dos investidores, que aportaram neles, para outros tipos de investimentos.
Entre o final de 2015 e o começo de 2016, praticamente ninguém queria saber de ações e os fundos imobiliários, que tinham cotações cada vez mais baixas. Muitos descobriram que não tinham perfil para a renda variável quando a Bolsa caiu a menos de 40 mil pontos lá no primeiro trimestre de 2016, mas essas mesmas pessoas descobriram que eram investidores de longo prazo quando a Bolsa chegou perto dos 90 mil pontos no começo desse ano.
E assim caminha a humanidade: de impaciência em impaciência, de galho em galho, comprando na alta, vendendo na baixa.
Não queira ser mais uma dessas pessoas, que têm, durante as crises econômicas, uma oportunidade de ouro para exercer a virtude da paciência, mas que preferem o viés de curto prazo, que geralmente aponta para a necessidade de aliviar a dor (temporária), vendendo justamente quando não era hora de vender.
O aprendizado antes de tudo
Para curar os males advindo da ansiedade exagerada de querer investir pra surfar na alta de algum ativo, e da falta de paciência generalizada que induz as pessoas a saltarem de investimento em investimento, o melhor remédio é o gasto de tempo estudando.
Ou seja, ocupe seu tempo e ocupe sua mente trilhando um planejamento financeiro que o faça seguir suas metas de vida em torno de degraus escaláveis numa ordem sucessiva, e não numa desordem.
Aja de forma meticulosa, primeiro estabelecendo parâmetros para diagnosticar sua situação financeira, seu passivo, através do estudo de seu orçamento doméstico, para só depois criar metas para os objetivos de curto, médio e longo prazos.
É a partir do estudo de seus gastos mensais que você irá identificar quais áreas de sua vida você está, ainda que inconscientemente, priorizando. Você pode até não saber, se não fizer o controle de gastos, mas pode estar gastando em excesso com carro, viagens e equipamentos eletrônicos. Mas como saber disso tudo? Só através da anotação e análise dos gastos que você tem.
Estudar sobre o orçamento doméstico é tão importante quanto estudar sobre investimentos, pois é em torno do orçamento doméstico, ou seja, dos seus gastos, que você orbita a sua vida. A roda gira nas coisas que você consome, nos itens que você paga com seu cartão de crédito, boletos, e contas, e com os TEDs que você faz para pagar seus gastos.
Os investimentos são importantes, sim, mas eles orbitam predominantemente em torno do seu “eu futuro”, e, para que eles sejam realizados em consonância com seu “eu presente”, é necessário que você tenha dinheiro suficiente para custear justamente o seu “eu presente”.
Conclusão
Da mesma maneira que um corpo não ocupa dois lugares ao mesmo tempo, uma nota de cem reais não pode ser utilizada simultaneamente para gastar e para investir.
Primeiro você tem que cobrir suas despesas do dia a dia com essa nota; os valores que sobrarem, aí sim, podem ser utilizados e direcionados para investimentos.
É preciso também ter muito cuidado no ato de tomar dívidas para investir. O raciocínio que se aplica ao financiamento da casa própria não pode (e a rigor sequer deve) ser utilizado para investimentos no mercado financeiro. Sempre faça esses investimentos com o dinheiro próprio, jamais com o dinheiro alheio. Esqueça aquela conta margem que as corretoras proporcionam. Sempre mantenha um dinheiro em caixa, na renda fixa, para aproveitar as oportunidades de distorções de preços que o mercado proporciona, além, é claro de investir com regularidade com as sobras do orçamento.
Por fim, paciência é uma coisa que não se adquire lendo, mas sim exercitando: no dia a dia, ao deixar de consumir um produto, no fechamento do balanço patrimonial de um mês, ao não resgatar um investimento temporariamente mal sucedido, acreditando que ele ainda possa se recuperar; e assim por diante.
São pequenas atitudes como essas que, somadas, provam que educação financeira não é apenas ter um controle intelectual aprimorado sobre como investir, mas fundamentalmente ter um controle emocional sobre como lidar melhor com suas finanças pessoais. 😉
Primeiro
Guilherme,
“Da mesma maneira que um corpo não ocupa dois lugares ao mesmo tempo, uma nota de cem reais não pode ser utilizada simultaneamente para gastar e para investir.”
Por isso é necessário foco, persistência e muita clareza de pensamento para saber quais são os objetivos de investimento e também de consumo, não deixando-se levar pelos apelos do marketing.
“endividar para investir dá certo”
Vejo como uma multiplicação ilusória, como recentemente ocorreu também com as criptomoedas. Pode dar certo para algumas pessoas, mas será que funciona para a maioria? Acredito que não.
Boa semana!
Excelentes observações, Rosana!
Os exemplos citados por você bem demonstram que a parte emocional do investidor é sem dúvida o maior desafio no âmbito das finanças pessoais.
Boa semana também!
O investimento em criptomoeda passa a ser sólido quando se tem um gerenciamento correto do investimento
Gostei do exemplo do sujeito que pegava direito emprestado para investir em ações. Me lembrou do que andava acontecendo com as bitcoins até uns meses atrás.
Aliás, cadê aquele pessoal que achava que tinha descoberto o caminho da riqueza fácil? Engraçado como andam quietinhos ultimamente… Já quem seguiu o arroz com feijão da cartilha de investimentos continua aí firme e forte.
Pois é, Swine, nada como a experiência para evitar cair em armadilhas como essa.
Se algum investimento já caiu na boca do povo, melhor ficara de fora.
Excelente texto, Guilherme!
Muda o investimento da moda, permanece a ilusão de que seguir uma dica te deixará rico.
Eu acho incrível o desprendimento que a maior parte da população tem com relação à sua vida financeira. Triste, viu?
Abraço!
Verdade, LL!
Triste realidade. A maioria prefere viver na ilusão.
Abraços!
Muito bom.
Confesso que sou extremamente indisciplinado com o orçamento doméstico. Sei apenas só os grandes números (quanto recebo, quanto vai pra investimento, quantos % para as contas maiores etc).
Vejo alguns orçamentos com certos níveis de detalhes muito bons. Já tentei fazer, mas isso não funciona comigo. Então sigo só no macro mesmo. Eventualmente, faço um mês mais detalhado pra ver como está. Aí tiro as conclusões que tenho que tirar e volto pro macro apenas.
Exato, MJC, para pessoas diferentes há soluções diferentes para o orçamento doméstico.
Talvez para alguém que esteja numa situação de endividamento e de transição para quitar as dívidas, os controles micro e macros sejam necessários.
Agora, para quem consegue equilibrar bem as finanças, como você, uma análise macro é suficiente.
Alguém disse: se você está na sombra hoje é porque plantou uma árvore a muito tempo.
Quem tem condição de poupar e investir hoje e não consegue por falta de disciplina, não será a educação financeira que vai resolver, será educação psicologica.
Conheço pessoas que não poupam, mas fizeram empréstimo, pasmem, para entrar numa “pirâmide financeira ” com promessa de ganharem 20 vezes depois de 3 meses. Se passou 8 meses e nada rece
nada receberam e não receberão.
É a ganância burra.
Se você está na sombra hoje é porque plantou uma árvore a muito tempo.
Conheço pessoas que não poupam, mas, pasmem, fizeram empréstimo para entrar em uma “piramide financeira” com promessa de ganhar 20 vezes o valor de entrada depois de 3 meses. Já foram 8 e não receberam e não receberão.
É a ganância junto com a burrice.
Verdade, Adri, excesso de ganância somada com ignorância financeira resulta numa equação que leva ao empobrecimento de forma inexorável.
Ótimo Texto!
Valeu, AA!
Acho que até quem tem um certo conhecimento acaba caindo nas armadilhas financeiras da vida, já pensei várias vezes em pegar empréstimos aqui fora para investir no Brasil e aproveitar não só os juros altos como também o dólar alto, de tempos em tempos essa ideia ainda me vem à cabeça mas logo volto a colocar os pés no chão e não faço essa besteira, muito arriscado.
Sr. IF365
Blog do Sr.IF365 | Acompanhe meus últimos 365 dias antes da IF e Aposentadoria Antecipada
http://www.srif365.com
Tem razão, SrIF, controlar os nossos impulsos emocionais é tão importante quanto ter cabedal intelectual para lidar com as finanças.
Abraços!
Bom texto, Guilherme.
Acho que a mensagem principal foi a de que estar com o orçamento em dia, sob controle, possibilitará o sujeito a começar a investir. Só assim. Não há outro caminho.
A paciência é algo importantíssimo para quem investe. Investir requer prática. Às vezes temos que errar para aprender, infelizmente. Faz parte do processo de evolução financeira. Estou com duas ações em carteira, duas escolhas que fiz em março e que me arrependi. Não vendi barato. Estou, pacientemente, aguardando o momento delas voltarem ao preço que comprei para poder sair delas sem perdas. Estou deixando de ganhar dinheiro nestes meses, mas, em contra partida, aprendi muito com esses dois erros.
Isabela,
Se você avaliou que fez um investimento errado, não há nada de errado assumir o erro agora (vendendo as ações) e comprar algo que considera correto. A gente tem a tendência a achar que, enquanto não vendemos, não perdemos nada. Mas na verdade não é bem assim.
Vamos lá: Você comprou ações por 2X e hoje elas valem X e você acha que esse investimento foi errado, ou seja, as empresas não são boas. Se as empresas não são boas, porque esperar que elas voltem a valer 2X? Não seria melhor tirar esse dinheiro das empresas ruins e colocar em empresas melhores (ou em investimento mais seguro)?
Na prática, quando você recuperar o dinheiro (voltar a ter 2X), não importa qual a fonte dele, se foi proveniente de uma empresa boa ou ruim. Entretanto, o dinheiro estando alocado em uma empresa boa, provavelmente você voltará a ter 2X antes do que se estiver alocado numa empresa ruim. Em outras palavras, no mesmo tempo, o rendimento provavelmente será melhor numa empresa boa.
Obrigada por suas palavras, MJC.
Você me fez enxergar um outro lado do meu erro…
Olá Isabela, obrigado.
Com relação às ações, são ótimas e bem válidas as ponderações do MJC.
Acrescento ainda que, se você acreditar que as empresas têm bons fundamentos, e que tais fundamentos não se deterioraram no decorrer desse período, pode pacientemente esperar elas voltarem ao preço original, já que o mercado é irracional e muitas vezes ocorre um descasamento entre preço de mercado e o valor das empresas (os fundamentos).
Isso é apenas um contraponto à ideia do MJC, muito bem fundamentada, por sinal.
Temos que lembrar também que estamos num período de volatilidade eleitoral, onde o mercado costuma agir de forma irracional, e ter uma visão e uma atitude de mais longo prazo ajuda a formatar nossas decisões de investimentos quanto a agir ou não agir.
Abraços!
Para muitas pessoas, é dificil dar um passo de cada vez.
Por inacreditavel que nos pareça, sempre tem aqueles que recorrem até a empréstimos para fazer o que acham que é um negócio da China.
Tenho deparado tambem com pessoas que não conseguem ter a paciencia necessária para formar a Reserva de Emergencia. Querem logo partir para aplicações que lhes parecem mais “bacanas”, mais ousadas. Não querem deixar a reserva nas aplicações liquidas e conservadoras, como seria recomendável.
Mas de forma geral, um ou outro erro faz parte do processo de aprendizado.
Boa noite, Guilherme
Peço-lhe uma sugestão.
Tenho um investimento no Banco do Brasil que trato como uma reserva financeira. Mas penso que esta reserva talvez possa ser otimizada. Poderia separar uma parte e buscar alternativas mais rentáveis? Será que do jeito que está é o recomendável?
Atualmente estão aplicados 40k no BB RF Ref DI Plus Estilo, com resgate automático.
Foi uma aplicação que você mesmo me indicou pois antes eu deixava num outro BB RF CP que tinha uma taxa de administração bem maior.
Tenho um perfil conservador, mas, na medida do possível e considerando minhas limitações como investidor, preciso cuidar desta reserva. O que você pode me orientar?
Sua sugestão é sempre muito bem-vinda.
Desde já agradeço a atenção.
Atenciosamente,
Antonio
Antônio, em situações em que existe ausência de conhecimento prévio sobre investimentos, aliado ao fator “insegurança” quando se trata de busca de alternativas mais rentáveis (e que, portanto, implicam em risco maior), a primeira e mais importante recomendação que eu faço é você investir em educação financeira.
Não há como ter uma carteira de investimentos mais rentável sem haver previamente um gasto mínimo de tempo estudando o que você quer com o dinheiro.
E isso não envolve apenas aprender sobre os investimentos em si próprio considerados, mas também “personalizar” os investimentos de acordo com suas circunstâncias e situações particulares, tais como:
– O que você pretende fazer com o dinheiro? Consumir, investir mais…?
– Qual é o prazo do investimento? 1 ano, 5 anos, 25 anos…?
– Você aceita ver oscilações negativas na rentabilidade do investimento, ou prefere saber de antemão quanto irá ter no futuro?
– Você já investiu em títulos privados de renda fixa, tais como debêntures, CDBs de bancos médios e pequenos etc.?
– Liquidez imediata é algo importante para você?
Veja, são perguntas cujas respostas dependem totalmente de você, e sem as quais é impossível traçar uma resposta precisa e que atenda satisfatoriamente suas necessidades.
Abraços!
Obrigado Guilherme pela resposta.
Estou adiando este investimento em educação financeira. Mas não tem mesmo outra alternativa se realmente quero aprender a lidar com as minhas finanças.
Na verdade é um cuidado comigo mesmo, da mesma forma que cuido da minha saúde, da minha família, da minha casa, etc
É um hábito que não faz parte da nossa formação educacional e também a complexidade do mundo atual deixa tudo muito mais complicado.
Tenho muitas atividades das quais preciso me dedicar e muitas situações tanto na vida pessoal quanto na profissional que são muito exigitivas e é muita coisa para se atentar.
Ainda não sei como eu poderia investir em educação financeira. Mas percebo que esta dica coloca um foco numa questão que preciso cuidar.
Por meio de um colega, tive a indicação de um profissional e vou fazer uma tentativa de ter um instrutor financeiro. Adiei isto mas vou retomar. Ele vai traçar um plano, considerando meus objetivos, minha situação atual e ver o que é possível ser feito.
Quando der, também vou sempre continuar acompanhando aqui o site Valores Reais e contar com sua generosidade. Fico muito feliz e esperançoso toda vez que tenho seu retorno. Um grande abraço
Oi Antônio,
O importante você já está fazendo: começar a dar passos concretos rumo a ter as finanças mais equilibradas.
A ajuda externa, toda ajuda externa, é sempre bem-vinda, já que agrega conhecimento, que produz reflexões e dá suporte a decisões que vão ao encontro de seus objetivos.
Estaremos aqui sempre que precisar, para te ajudar nesse caminho!
Abraços!
Antônio, sua dúvida foi selecionada, e também irá gerar um post a respeito.
Legal!
Gostei muito de você ter trazido à tona essa distinção entre o “eu presente” e o “eu futuro”, já que é fundamental dar a devida atenção a ambos.
Não sei se você viu uma palestra TED de um cara chamado Keith Chen, em que ele fala sobre como a língua nativa de uma pessoa pode influenciar consideravelmente na sua predisposição a, dentre outras coisas, poupar dinheiro.
Isso porque as características gramaticais de certas línguas, como o chinês, já induzem uma pessoa a pensar no seu “eu futuro” como parte do seu “eu presente”.
Não sei até que ponto me fiz entender. De qualquer forma, deixo aqui o link pra palestra, que é curta até (tem pouco mais de 12 min):
https://www.ted.com/talks/keith_chen_could_your_language_affect_your_ability_to_save_money?language=pt-br
Oi Henrí, muito interessante essa sugestão de palestra do TED.
Entendi sim seu raciocínio. Acho que essa relação do “eu presente” com o “eu futuro” consiste num eterno dilema interno quando se trata de planejamento financeiro, por isso deve ser objeto de estudos e reflexões profundas.
Abraços!