Quem é leitor antigo e assíduo do blog sabe que eu defendo que um dos pilares para ter êxito nos investimentos consiste na diversificação, o famoso “colocar os ovos em diferentes cestas”.
Mas como diversificar? Quantos ativos devo escolher? Como ter uma diversificação de qualidade, que realmente proteja meus investimentos? Que riscos devo calcular? Que estratégias devo adotar?
Para responder a essas e a outras perguntas, o nosso parceiro de conteúdo Mais Retorno produziu esse artigo inédito, feito sob medida para o tema em questão.
Acompanhem!
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“Para quem busca correr riscos menores no mundo dos investimentos uma carteira bem diversificada pode se tornar uma melhor amiga.
Afinal, amigos acompanham todas as suas escolhas e momentos, não é mesmo?
Por isso, diversificar sua carteira de investimentos é essencial. Com uma carteira bem diversificada você reunirá ótimos ativos e os melhores rendimentos, visando sempre o melhor para você segundo seu perfil de investidor.
E pensando nisso procuramos contar como é fácil obter uma carteira diversificada com qualidade, investindo em mais de uma opção de ativo, além de todos os benefícios que ela pode trazer para os seus investimentos.
Para saber como você pode iniciar a diversificação com todas as suas aplicações, continue acompanhando:
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Cuidado com a diversificação em excesso!
Diversificar uma carteira de investimentos é o ato de aplicar em alguns ativos, partindo do seu perfil de investidor e seus objetivos traçados, para que corra menos riscos.
Afinal, aplicar em somente um ativo poderá acarretar prejuízos muito maiores em sua carteira, sendo assim, o ato da diversificação baseia-se em dividir seu dinheiro em mais de um ativo, e balanceá-los entre eles.
Mas é preciso ter muito cuidado com a quantidade de ativos que escolherá investir, porque de nada adianta aplicar seu dinheiro em 100 ativos diferentes somente para diversificar – até porque seria realmente complexo acompanhar o andamento desta quantidade de investimentos.
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Devo aplicar em ativos correlacionados?
Andando por este caminho da diversificação, você já pensou em investir em franquias que seguissem o mesmo ramo? Por exemplo, franquias de sorvetes e de milk shake?
Mas você chegou a pensar que, quando mudasse a estação, talvez o rendimento destes dois estabelecimentos pudesse cair ao mesmo tempo?
Pois é, a diversificação está bem neste ponto, onde sua escolha entre os ativos que investirá será decisivo.
Ou seja, de nada adianta investir seu dinheiro em locais que partem do mesmo ramo e possuem picos de rentabilidade somente em alguns períodos do ano. Assim também acontece com aplicações em investimentos.
Por isso é importante que saiba aplicar em ativos distintos, mas que se complementam. Afinal, investir em sorvetes e em um estabelecimento de sopas fará muito mais sentido, pois são ativos de diferentes setores, e, assim, você poderá obter altos rendimentos durante o ano todo.
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Atenção aos riscos!
É fundamental saber que independente de sua diversificação você não estará livre de riscos em seus investimentos. E entre eles existem dois riscos principais, conhecidos como:
Risco diversificável: que está relacionado a qualquer fato que leve aquela aplicação a não ter uma performance esperada. Ou seja, ele é o risco daquele ativo específico.
Risco de mercado ou não diversificável: como é conhecido, possui relação com eventos que afetam a economia, como inflação, crescimento não tão elevado, mercado externo com um desempenho não tão bom, entre outros.
Ao iniciar suas aplicações e diversificar sua carteira, você já terá o risco não diversificável, ou seja, qualquer ativo em sua carteira poderá ter uma performance não esperada.
Por exemplo, se você tiver uma carteira com títulos públicos, renda fixa, fundos imobiliários e ações, e o governo alterar a taxa Selic, todos os ativos da sua carteira serão impactados de alguma forma.
É verdade que, quanto maior a quantidade de ativos em sua carteira, menor será o risco diversificável, entretanto, é importante que saiba a quantidade correta para que possa investir.
De um lado, se você investir em somente um ativo correrá um risco maior, pois todo o seu dinheiro estará em um único lugar.
Por outro lado, se você investir em 100 ativos, por exemplo, possivelmente não conseguirá acompanhar o andamento de todos eles.
Por isso a diversificação deve ser feita com ativos de qualidade e de forma inteligente, para que você obtenha os melhores resultados.
Provavelmente se você tiver entre 10 e 15 ativos, sua carteira estará bem diversificada.
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Planeje uma estratégia
A diversificação de sua carteira tem como objetivo reduzir os riscos de mercado, mas isso não significa que você deverá aplicar em qualquer ativo que encontrar.
É necessário que trace uma estratégia e planeje o caminho que terá que trilhar para conquistar as melhores vantagens.
E montar uma carteira de investimentos inteligente fará com que você se beneficie e obtenha cada vez Mais Retorno positivo.
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Saiba os melhores ativos para você!
Por último, mas não menos importante, é inevitável que para iniciar no mundo dos investimentos, diversificando sua carteira com qualidade, você identifique seu perfil de investidor.
E para isso existem ótimos testes que avaliam você diante de suas aplicações, como o que realizamos no Mais Retorno. Você pode descobrir o seu clicando aqui.
Dentre as opções existem 3 perfis principais que são:
Conservador: aquele que não aceita perder nada e pretende encontrar seu patrimônio sempre protegido e em crescente evolução.
Moderado: onde o equilíbrio é a chave para os negócios acontecerem. Ou seja, visa muitas vezes correr pequenos riscos para receber em troca mais retorno.
Agressivo: está sempre sedento por retorno e disposto a correr riscos maiores em busca dos seus objetivos.
A partir dessa identificação será possível entender quais são os melhores investimentos para você e as formas que poderá utilizar para balancear sua carteira da melhor forma e receber os melhores retornos.
Conclusão
Como vimos, a diversificação é uma das técnicas mais utilizadas entre os investidores do mercado, buscando sempre correr menos riscos com suas aplicações.
Por isso é importante levar em conta todas dicas dadas neste texto, todos os planos e estratégias traçadas para seus investimentos, como também o seu perfil de investidor, e o que melhor se adequa para você.
E lembrar que não há problema em arriscar em alguns ativos de renda variável, por exemplo, mas sempre adequando seu perfil e a quais riscos busca passar com seus investimentos”.
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Mais Retorno é uma fintech que tem como objetivo informar, ensinar e desmistificar o mundo dos investimentos e finanças pessoais para investidores de todos os níveis, com isenção e uma linguagem divertida, interessante, prática e acessível.
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Guilherme,
Assim como em muitas áreas da vida, nos investimentos menos também pode ser mais.
Diversificação em excesso acaba se transformando em algo semelhante a uma pulverização, o que prejudica as outras áreas da vida, pois demandará frequentemente muito mais tempo para a leitura de relatórios e informações sobre os ativos. Estudos nesse sentido afirmam que o retorno com tanta diversificação não é muito maior do que o de uma carteira com menos ativos.
Boa semana!
Bem lembrado, Rosana!
Realmente, é melhor controlar bem a quantidade de ativos a serem incluídos na carteira, a fim de que o gasto de tempo monitorando cada um deles não seja excessivamente oneroso.
Boa semana também!
Faço uma ressalva em relação ao item 1. Com ETF você consegue uma boa diversificação e sem o trabalho de ficar rebalanceando entre essa classe de ativo.
Bem lembrado, MJC!
Bom texto, gostei da dica prática: de investir entre 10 e 15 ativos.
Você poderia escrever (minha sugestão) sobre investimentos para o público com perfil conservador (um artigo), investimentos para o público com perfil moderado (outro artigo) e um sobre investimentos mais agressivos, que possuem mais risco, contudo podendo ter um maior retorno.
Outra dica que sinto falta aqui no blog e que tenho lido em outras fontes é sobre o minimalismo na vida das pessoas, nas finanças pessoais. Um abraço!
Sobre minimalismo, recomendo o minimalizo.com.br
Ótima sugestão de pauta, Isabela!
MJC, muito legal a sugestão do site!
Abraços!
Realmente o maior desafio de todo o investidor, superar a ganância e diversificar para reduzir os riscos. A tentação é sempre enorme de concentrar tudo naquele investimento mais rentável, tanto é que hoje em dia ninguém quer mais saber de renda fixa, chama até de perda fixa. Espero que não tenhamos que aprender da pior maneira possível…. eu mesmo durmo mal a noite pq acho que não diversifico o suficiente por conta do risco Brasil.
Sr. IF365
Blog do Sr.IF365 | Acompanhe meus últimos 365 dias antes da IF e Aposentadoria Antecipada
http://www.srif365.com
Pois é, Sr, o tal do efeito da mera exposição acaba induzindo muitas pessoas a quererem entrar num ativo, que já pode ser tarde demais, justamente pelo fato de ele já ter se valorizado muito.
Exemplos não faltam ao longo desses últimos 10 anos:
– Maio de 2008: entrada na Bolsa ou em PETR ou VALE em seus respectivos topos históricos;
– 2011/2012: entrada nos fundos imobiliários no topo histórico;
– Final de 2015: entrada no dólar a R$ 4.xx;
– 2018: entrada em MGLU no seu topo histórico.
Você abordou a questão bem interessante sobre a diversificação internacional, que faz bastante sentido, para se proteger do risco Brasil.
Abraços!
Existe uma outra corrente sobre esta frase da cesta de ovos, é até mencionada no livro Axiomas de Zurique: “Coloque os ovos numa cesta, e cuide dela!” Não sou tão arrojado assim, mas o livro aborda um ponto interessante, excesso de diversificação minimiza seus riscos, inclusive o risco de ficar rico. A chave é diversificação com moderação, quanto à pulverização que muitos fazem o excesso de ativos numa carteira faz com que você não tenha tempo ou simplesmente deixe de ter cuidado e aquele investimento que está performando mal passa despercebido e continua por lá.
Sim, xará, existe um ponto ótimo na diversificação, em que ela ajuda a, ao mesmo tempo, diminuir o risco e maximizar o retorno.
A questão está em achar o tal do “ponto ótimo”…..rs
Uma diversificação de qualidade, com menos ativos, mas mais bem selecionada, como a pregada pelo livro Axiomas, faz todo o sentido, e pode ser bem útil para aqueles que se dispõe a monitorar de perto esse tipo de carteira.
Abraços!