“Status é comprar coisas que você não quer, com o dinheiro que você não tem, a fim de mostrar para gente que você não gosta, uma pessoa que você não é.”
– Geraldo Eustáquio de Souza
Talvez nada retrate tão bem o nível (ou a ausência) de educação financeira de uma pessoa quanto a relação dela com seu carro.
Pessoas se endividam para ter carros. Destroem seu patrimônio por não saber comprá-los. Abdicam de estudar, de colocar os filhos em colégios melhores, de investir em ativos que valorizam com o tempo… mas não abdicam de ter seu veículo novinho em folha.
O texto de hoje tem por base os comentários dos leitores, escritos no artigo Jovem casal queria gastar R$ 100 mil para comprar um carro *USADO*. E teve a seguinte resposta do Mauro Halfeld (CBN)…, onde vários casos da vida real foram relatados, para expressar que aquilo que foi narrado ao Mauro Halfeld não é exceção.
É a regra, infelizmente. Num país onde analfabetos financeiros constituem a esmagadora maioria da população, a destruição da riqueza por meio de compras desnecessárias, irracionais e desproporcionais de carros parece ocupar o topo da pirâmide das loucuras financeiras das famílias brasileiras.
Felizmente, num país tão carente de educação financeira, há pessoas responsáveis que valorizam aquilo que têm, e fazem boas escolhas financeiras na compra de um carro.
Por isso, esse texto também trará histórias positivas da vida real, que mostram que é possível, sim, realizar uma boa compra de veículo, que requer, principalmente, atenção aos custos permanentes de manutenção, avaliação da própria necessidade de se ter um veículo, e, sobretudo, força psicológica para resistir às pressões dos familiares que vivem perguntando a toda hora: você ainda não trocou de carro?
Acompanhe. 🙂
1. O porteiro de condomínio que comprou um Chevrolet Cruze de R$ 109 mil
O leitor Douglas relatou essa história:
Eu moro em um condomínio fechado e há uns meses atrás o porteiro trocou o carro dele por um Cruze zero km, de 109 mil reais. Talvez ele tenha outras fontes de renda, talvez não.
Se eu tivesse outras fontes de renda além do trabalho de porteiro, com certeza pararia de trabalhar como porteiro, ao invés de gastar 100 mil reais em um carro.
Coincidentemente, nos últimos meses, o que eu tenho ouvido é um aumento de histórias desse tipo.
Histórias de pessoas que ganham seus R$ 2 mil, R$ 3 mil, R$ 5 mil de salário, que compram seus Honda Civics, Toyota Corollas etc., ZERO QUILÔMETRO, mediante dinheiro emprestado, surgem a todo instante, numa velocidade assustadora.
Realizar desejos de consumo é importante e pode trazer felicidade instantânea, mas isso não pode e não deve ser feito ao custo da destruição de riqueza.
2. O cara comprou uma Pajero pelada, pra economizar com opcionais. Resolveu instalar os opcionais em uma oficina “especializada”. E então…
Outra história assustadora, relatada também pelo Douglas:
“Tenho um exemplo de um conhecido que comprou uma Pajero zero km. Como o carro já é muito caro, optou por não incluir nenhum opcional, como som. Levou então o veículo em uma loja especializada para instalar som, alarme etc.
O funcionário da loja, como deve ser de praxe, cortou fios para ver onde iria ligar o som alternativo e era uma fibra ótica. Nem sequer sabia o que era isso (ou até sabia) e passou fita isolante e cortou outro fio. O som foi instalado e funcionando.
Ele pegou o carro e saiu normal, quando no primeiro semáforo o carro ficou louco. Piscava luzes e não andava mais. Guinchou na concessionária, descobriram o problema.
Valor do conserto? 25 mil reais. Ele vendeu o carro da esposa, arrumou a Pajero, depois vendeu a Pajero e comprou 2 carros populares, 1 para ele e outro para a esposa.
Ou seja, um carro desse pode te afundar na lama”.
É a tal da história de “o molho sair mais caro que o peixe”. Se o sujeito já compra um carro caro, pressupõe-se, no mínimo, que ele tenha dinheiro também para bancar os opcionais.
Afinal, se ele tem dinheiro para o principal (o carro em si), que é mais caro, nada mais lógico que ele consiga também dinheiro para pagar os opcionais de fábrica, que são, obviamente, mais baratos, embora encareçam ainda mais o custo final do produto.
O final dessa história seria cômico se não fosse trágico. Pesquisando rapidamente no Google, vi que uma Pajero zerada custa mais de R$ 160 mil. Considerando – e adicionando – os custos do conserto, da desvalorização do carro na revenda, e a compra dos 2 carros populares, o preço final da lambança passa fácil dos R$ 200k.
Compartilho, pois, das mesmas impressões do Douglas:
“Um carro desse pode te afundar na lama”.
3. A professora de matemática de um Município pequeno e pobre do interior, que comprou um carro de R$ 100 mil
Existe coisa pior do que comprar um carro mais pelo status do que pela necessidade?
Sim, existe: é comprar um carro com um dinheiro que você não tem. Ou seja, comprar um carro com o dinheiro do banco. Ou com o dinheiro dos outros. Em suma, comprar um carro financiado.
Vejam o exemplo relatado pela leitora Adriana:
“Nem vou falar nada… na minha família, minha prima – que é professora de matemática, num município pobre e pequeno no interior do Espírito Santo – acabou de comprar um carro de R$ 100 mil – financiado!!! – junto com o marido. Aquele lance de unir duas rendas e tal.”
Multiplique esse fato – compra de um carro caro e financiado, por uma única pessoa – por centenas de milhares de pessoas, talvez milhões de pessoas, e o que você verá como efeito?
Inflação no preço dos carros. Muitas linhas de crédito disponíveis na praça fazem mais pessoas comprarem o mesmo tipo de bem. A elevação artificial da demanda sobre uma mesma base de oferta provoca, é claro, um aumento nada desejável de preços.
Vejam o comentário do leitor Douglas:
“Depois não sabem porque preço de carro só aumenta. A inflação do mercado automotivo é muito alta. O Jeep Renegade aumentou de preço 3 vezes em 2 meses. Se uma professora de matemática (que de acordo com o conhecimento empírico ganha miséria) pode comprar um carro de 100 mil, quem não pode?
Oferta vs demanda. Ou param de comprar ou o preço só vai subir cada vez mais. E isso com juros altos! Imaginem quando os juros baixarem, o dinheiro vai inundar o comércio nacional”.
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O outro lado da história: a compra de um carro quando você tem educação financeira
As próximas 4 histórias da vida real constituem exemplos positivos: mostram o poder da educação financeira aplicado à compra dos carros.
E esse poder se aplica não somente quando a compra envolve passar de um carro mais antigo para um carro mais novo, ou quando se planeja e se tem dinheiro antes de surgir a necessidade de troca do carro, mas também se aplica quando se decide não ter um carro.
Acompanhe-nos!
4. Depois de 15 anos com um Fusca 86, tive que trocá-lo por questões de segurança. E então comprei um…
Valorizar aquilo que você já tem é um dos principais mantras das finanças pessoais. Isso vale, é claro, também para valorizar o carro que você já tem, e só trocá-lo quando houver uma necessidade imperiosa.
Acompanhe o relato positivo do leitor Claudinei:
“Por rodar muito pouco, cerca de 350 km mês, fiquei 15 anos com um Fusca 86 que atendia perfeitamente as minhas necessidades. Neste meio tempo sofria muita pressão de parentes e amigos para trocar por um mais novo. A única coisa que me preocupava era com a segurança.
Assim que se tornou obrigatório o ABS e o airbag no carro novo, fui lá e comprei meu Golzinho 2014, à vista, e com 8% de desconto. Para surpresa do vendedor, que esperava um financiamento.
Agora, os palpiteiros de plantão tentam me convencer que o melhor é trocar logo o carro antes que desvalorize mais. Isso para um carro com 10.000 KMs rodados!!!”
De fato, quem tem um carro com mais de 3 anos de uso certamente sofre muita pressão dos palpiteiros de plantão pra que seja trocado logo. É preciso ter uma fortaleza mental muito grande para suportar essa chatice!
5. A reviravolta: depois de comprar 7 carros num intervalo de 15 anos, resolvi me educar financeiramente. E aqui está o resultado!
Outra história exemplar vem da leitora Camila, e vem com ingredientes aplicáveis a qualquer um que se encontre numa situação de endividamento com carros, pois ela mesma era uma pessoa que gastava dinheiro desnecessariamente com veículos. O poder da instrução financeira é inigualável. Leiam:
“Ótimo texto Guilherme!! Ele teria sido perfeito pra mim alguns anos atrás, antes de eu me educar financeiramente. Em cerca de 15 anos de carteira, entre 0km e usados, tive 7 carros. E o Mauro está certíssimo: eles destruíram a minha riqueza. OK, não vamos ser injustos e culpar os pobres carros que nada tem a ver com isso. Eles não foram sozinhos para a minha garagem. EU MESMA destruí minha riqueza comprando carros.
Foram rios de dinheiro jogados ao vento, mas hoje, educada financeiramente que sou, me serviu como exemplo do que NÃO FAZER. Atualmente, com a cabeça mudada, dirijo há 2 anos um carro 2011 completíssimo, ótimo e que paguei um preço muito baixo. Fiz investimentos no Tesouro IPCA 2019 para comprar outro à vista quando o título vencer. E mesmo que hoje ele já não seja mais ofertado pelo Tesouro, já tenho valor suficiente para a compra de outro ótimo carro.
Agora que penso diferente, gosto de observar as pessoas, principalmente os moradores do meu condomínio. As coisas aqui parecem reação em cadeia: basta um único morador trocar de carro, que os outros começam, e sempre por carros melhores do que aqueles que trocaram primeiro. Enquanto isso só vejo chegando correspondências de aviso de cobrança, suspensão de fornecimento de serviços por falta de pagamento, carnês de financiamentos intermináveis etc.
E se você olhar nas garagens e redes sociais, só vê viagens internacionais, restaurantes badalados, carrões…. nada disso tem mais valor pra mim, e graças a Deus nunca cheguei ao ponto de deixar de pagar minhas contas!!
Espero que a maturidade e a educação financeira cheguem para essas pessoas!! Abraços!!” (sem destaque no original).
Fiz questão de destacar o trecho referente ao Tesouro Direto para mostrar o poder da educação da mente, pois a Camila não só saiu do vício dos carros, como também hoje pode se dar ao luxo de comprar outro ótimo carro com o dinheiro para pagar à vista.
Embora ela não precise comprar outro carro, ela já tem dinheiro para comprar, se quiser. E isso é o contrário do que a maioria das pessoas fazem: elas compram sem ter dinheiro.
E isso nos conduz a outro ponto essencial na decisão financeira correta da compra de um carro: que tal compra deve ser planejada. Planejada para poder ser comprado à vista, e isso, é claro, requer disciplina, paciência e, no mínimo, um médio prazo de investimentos, para que seu orçamento doméstico mensal não seja prejudicado com essa compra.
Parabéns à Camila pela reviravolta em sua vida financeira!
6. Na ponta do lápis: o custo total de manutenção, em 3 anos (2013 a 2016), de um Uno Mille 1.4 zero quilômetro
O amigo Valdemar, do ótimo site O Bolso da Bombacha, ficou impressionado com o caso do casal que queria comprar um carro usado de R$ 100 mil, principalmente em função dos custos futuros de manutenção que esse carro poderia causar:
“Bueno. Isso é loucura simplesmente. Agora, comprando um carro neste valor e seguindo as instruções do manual, fazendo as revisões e manutenções, onde vai parar o valor????
Tenho carro ano 2013/2013 comprado zero. Quase popular (1.4). Com planilha, e te digo, é um estouro no bolso da bombacha. Basta ler e ver o chasque (postagem) no meu modesto sítio clicando em http://obolsodabombacha.blogspot.com.br/2016/08/atitude-90-nosso-veiculo-e-todos-os.html
Olhando para esta planilha, me dá saudade do meu velho guerreiro – Uno Mille, econômico uma barbaridade e uma manutenção em valores muito mais em conta…. Jamais investiria meus cobres (dinheiro) num carro usado (ou zero km) que me custasse 100 mil reais….”
O texto do Valdemar, cujo original pode ser encontrado aqui, vale a pena ser lido porque toca num aspecto quase sempre negligenciado numa compra de carro: o rígido controle sobre os custos permanentes de manutenção.
E tais custos abrangem principalmente os seguintes itens: combustível, IPVA, seguros, franquias e revisões e manutenções periódicas. Todos esses itens são minuciosamente descritos pelo Valdemar, que mantém inclusive uma planilha onde registra todos os gastos históricos com abastecimentos – eu também passei a adotar esse hábito na ponta do lápis, depois de ler o exemplo do Valdemar. 😉
Na minha planilha geral de despesas, o segmento Transporte ocupa uma parcela dos gastos ao qual eu sempre monitoro de perto, sendo que ainda incluo mais duas linhas, uma de gastos com lavagem e limpeza geral, e outra com gastos de estacionamentos.
No final das contas, as reflexões acerca da compra de um carro devem envolver também uma estimativa de quanto ele custará de forma permanente, principalmente nos itens mais caros, como IPVA, seguros e revisões periódicas. Por isso, uma pesquisa acaba sendo fundamental, a fim de extrair a melhor relação custo/benefício possível.
7. Esperei 10 anos para comprar um carro. Comprei um carro usado, experimentei… e passei a viver sem carro.
Às vezes, e dependendo muito das circunstâncias específicas de cada pessoa, a melhor decisão sobre a compra de um carro acaba sendo… não comprar um carro.
Veja, nesse sentido, o exemplo do leitor Ubu:
“Legal o post!
Esse assunto é muito interessante e às vezes polêmico… Uma coisa importante que você pontuou no texto é que cada caso é um caso, depende muito da pessoa, da situação, do momento da vida, da logística e distâncias envolvidas no dia a dia, se tem que levar os filhos pra escola, da qualidade do transporte público na cidade, se tem Uber etc. A maioria das pessoas não entende isso, e costuma criticar os outros, que não seguem seu padrão de consumo.
Bom, eu esperei quase 10 anos pra comprar meu primeiro carro (mesmo ouvindo muitas críticas de amigos e familiares), e ainda assim, comprei um popular usado (mas completo) em bom estado, e à vista. Paguei pra ver. Achava que daria outro uso para o carro, que faria mais viagens que antes não teria feito por não ter carro, que teria mais comodidade e me deslocaria com mais facilidade pela cidade, mas estava enganado. Usava somente para ir e voltar do trabalho e ir ao mercado nos finais de semana.
Fiquei com ele por pouco mais de um ano e vendi, não fazia sentido ter um carro pra ficar 23 horas e meia por dia parado na garagem ou no estacionamento da empresa (praticamente 98% do tempo, já que morava a 15 minutos do trabalho). Voltei a andar de ônibus para ir e voltar do trabalho, e não economizo no Uber quando tenho algum imprevisto.
Resultado: venho gastando bem menos da metade na categoria “transporte” do que gastava quando tinha o carro (aportando a diferença, claro;), e a sensação de ter uma coisa a menos pra se preocupar é libertadora. Claro que levo mais tempo, na média, pra me deslocar, mas a relação preço/valor está compensando muito pra mim. Agora só volto a ter carro novamente se meu contexto mudar bastante”.
Nas discussões que se seguiram ao comentário, o leitor destacou, a fim de se fazer um sopesamento entre os prós e contras, a importância de se fazer um teste prático para vencer o desconforto de sair da zona de segurança, em relação ao assunto:
“Então Douglas, entendo perfeitamente. Por isso que disse que é sempre uma questão bastante pessoal.
Eu acho que todas essas questões/situações que você disse se encaixam naquelas questões de lifestyle design e de ter a mente aberta pra estar sempre reavaliando nossas escolhas e seus efeitos colaterais.
Por exemplo, morar num lugar onde não tem mercearia/padaria/academia a uma distância que dê pra ir a pé, sempre foi uma escolha fora de cogitação pra mim (farmácia já faz anos que só compro online por preço e comodidade). Ideal mesmo seria morar perto do trabalho E perto dessas facilidades, mas infelizmente nem sempre é possível né…
Sair pra jantar eu já ia de táxi/Uber mesmo quando tinha carro pra poder beber sem me preocupar, então não fez diferença.
Mas sobre viajar concordo com você. Dependendo da frequência e das distâncias vale a pena ter carro mesmo. Eu como faço no máximo uma ou duas viagens curtas por ano, pretendo ir de ônibus/avião e/ou alugar carro… mesmo assim, na média anual, vai sair bem mais barato.
No fim das contas, a gente só sabe se vai se adaptar ao experimentar e se impor certos desafios pra sair da zona de conforto… eu mesmo decidi que ia ficar pelo menos um ano sem o carro pra ver como seria a adaptação. Bom, agora faz quase 6 meses e não penso em comprar outro, já que sinto bem menos falta do que eu achei que fosse sentir. Claro que se a minha realidade mudar muito, tipo uma mudança de emprego ou de cidade, compraria outro carro sem problemas.”
Conclusão
“A melhor maneira de ser pobre a vida inteira é entrar numa dívida eterna sem acúmulo de patrimônio”.
Certa vez, li no jornal que, de cada 100 veículos que saem das concessionárias, 75 são financiados.
Ou seja, a esmagadora maioria das pessoas, além de comprar um carro desproporcionalmente caro às suas reais necessidades de transporte, ainda compram um carro com um dinheiro que não têm.
Às vezes – e você conhece gente assim – o sujeito vende um carro que ainda não terminou de pagar, e já vai em busca de um mais novo, num negócio conhecido popularmente como “rolo”. Pior: muitas vezes ele esquece de transferir a propriedade do veículo antigo, e aí toma na cabeça com multas e notificações de infrações de trânsito praticadas pelo novo dono do veículo.
E cosi la nave va, com pessoas cada vez mais enroladas com suas parcelinhas a perder de vista – é a parcela do automóvel, é a parcela da viagem feita no Carnaval passado, é a parcela do financiamento imobiliário que nunca amortiza o saldo devedor, é a parcela da compra do Dia das Mães, é a parcela do empréstimo consignado … e por aí vai.
Uma das melhores maneiras de resolver um problema é se antecipando a ele, e não criando um novo problema.
Se você já comprou um carro, seja lá por qual motivo, maximize a sua utilidade. Não ache que, revendendo-o em 3 anos, e comprando outro em seu lugar, você irá amenizar o prejuízo, pois o segundo carro já vai sair da concessionária desvalorizado pelo mercado.
Faça como os milionários norte-americanos e as pessoas de bom senso: só troque de carro quando for realmente necessário, quando seu custo de manutenção ficar inviável, ou quando ele começar a dar mais dor de cabeça do que paz, tranquilidade e utilidade ao seu cotidiano.
É incrível como pessoas até bem inteligentes em suas respectivas profissões, ou pessoas com rendas e salários altos, ainda fazem burradas financeiras com a compra desse passivo.
Quer dizer, nem tão incrível assim, pois sabemos que, em se tratando de compra de carro, fatores emocionais, como ego, sensação de “poder” e de “causar inveja a desconhecidos”, quase sempre acabam prevalecendo sobre critérios técnicos e financeiros.
Uma compra bem feita de carro, fundamentada em fatores racionais, evitará muitos problemas financeiros futuros, e, é claro, terá menos chances de destruir a sua riqueza e seu patrimônio financeiro.
Tenha uma ótima semana!
Você tocou no problema número 1 de todos os brasileiros. Infelizmente acho que isso nunca vai mudar.
Porque infelizmente? Cada um paga o preço de suas escolhas. Sinta-se bem por ser fora do padrão, ponto final.
O mundo tem que girar, nem todos conseguirão sair da corrida dos ratos(pior, muitos nem sabem que estão presos).
Tenho 23 anos, nunca tive carro, sequer tenho habilitação(apesar de saber dirigir). Mas tenho ~150k em ações, aos olhos da sociedade sou um perdedor.
Já escutei algumas vezes: com essa idade não tem carro? Nenhuma mulher vai te querer…
Eu tenho 29, não tenho carro e nunca tirei habilitação.
Essa semana pensei em tirar uma habilitação, vi o custo que teria, a dor de cabeça e acabei desistindo.
Sou mais feliz com meus 6 dígitos aplicados também.
Tenho 54 anos. A minha geração viveu uma realidade um pouco diferente: para os jovens das décadas de 70 e 80, ter um carro era uma autêntica “libertação”. Era como emular a liberdade vivida pela geração de 68.
Tremenda bobagem. Não obstante, eu tive dezenas (literalmente) de carros, a vida toda. Muitas vezes, participei da “corrida de ratos” para comprá-los a perder de vista. Já refinanciei o mesmo carro por não conseguir arcar com as parcelas. Enfim: já fui um asno.
Hoje, não mais. Tenho um carrinho muito bom (um “sedã” dos pequenos), com cinco anos de uso, e apenas 60 mil Km. Não pretendo trocá-lo tão cedo. Aliás, ando numa “cruzada” para convencer a minha esposa a vendermos o carro e ficarmos sem. Na verdade, nós não PRECISAMOS de carro: ele é apenas uma comodidade que tira, todo santo mês, um dinheirão dos nossos bolsos. (Já me adiantando: esta é a minha realidade, e eu sei que tem muita gente que precisa, sim, do carro.)
Muito bom o artigo, o tema. Urge (“urra”, como diria o saudoso Ibrahim Sued) elevar a educação financeira à condição de disciplina obrigatória no currículo escolar.
Hahahaha que bom que esse tipo de mulher não te queira não?!
Eu sou mulher e não vejo nenhum problema em sair com um cara sem carro, desde que ele tenha como pagar a sua parte da conta oras!!
Só namorei um rapaz que tinha carro, e durou três semanas,rs.
Meu marido não dirige e eu que tenho carro.
Cada um deve viver como achar melhor, e eu tenho certeza que a sua prometida gostará de você como você for.
Nossa que texto!
Parabéns, faz repensar e muito ..
Obrigada pela oportunidade de ler esse grande ensino para vida
Obrigado, Alexsssandra!
Esse texto é tao bom que dá vontade de imprimir e emoldurar.
Abraços!
Grato pelos comentários, Aportador Frugal!
Não muda porque as pessoas não procuram por educação financeira. Como Guilherme bem colocou no texto: “De fato, quem tem um carro com mais de 3 anos de uso certamente sofre muita pressão dos palpiteiros de plantão pra que seja trocado logo. É preciso ter uma fortaleza mental muito grande para suportar essa chatice!”.
Ótimo artigo! Por mais repetitivo que seja, é sempre bom ler e renovar nossas ideias (amadurecê-las e ver que estamos no caminho certo).
Creio que esse exemplo de veículo também sirva para a compra de imóveis… outro assunto que vez por outra é abordado neste blog com muita propriedade e sensatez.
Confesso que não faço planilha dos gastos com o meu veículo, mas vou começar a fazer para ter noção de quanto gasto com “este filho”.
Um abraço e boa semana a todos!
Bueno! Fiz esta burrada com o meu primeiro popular Uno Mille 2003. Troquei ele e mais doze parcelas por um 2004. Ele tinha rodado apenas 45 mil km. Mas o segundo Mille, este ficou comigo por nove anos. O passei adiante com 215 mil km. E não fiquei mais com ele porque começaram a aparecer problemas com o aumento considerável do custo de manutenção. Ele “estava começando a gostar de uma oficina”. Só que o meu bolso da bombacha não gosta disso….
Em relação à planilha, faça-a. Vou te dar rapidamente o que tenho até agora em valores nominais:
1 – Esta semana fiz a minha 269ª abastecida
2 – Até esta, foram R$ 30.259,36 , num total de 9.701,154 litros, de gasolina, com algumas abastecidas de álcool
3 – As demais despesas (todas) ,tais como IPVA, seguros, manutenção periódica, garagens, pedágios, lavagens, pneus, enfim, TUDO o que foi gasto com o veículo até este momento, dá um montante de R$ 26.660,14
4 – A quilometragem da última abastecida é 124.235 km rodados, o que me dá um custo por km rodado nominal de R$ 0,46, pois o montante de dinheiro gasto (combustível + manutenção) é de R$ 56.919,96
5 – Não está incluída na planilha a real desvalorização do veículo, desde o dia em que ele saiu da concessionária, em 05/07/2013. Conclui-se, que custa muito caro ter um carro – é assustador, como coloquei em chasque – 1 (post) no meu sítio: http://obolsodabombacha.blogspot.com.br/2011/02/atitude-40-custa-muito-caro-manter-um.html. E no chasque – 2 (post): http://obolsodabombacha.blogspot.com.br/2013/03/atitude-69-custa-muito-caro-manter-um.html
Baita controle, Valdemar! Parabéns pela disciplina!
Só realmente colocando na ponta do lápis é que temos a exata noção do custo assustador de manutenção de um veículo.
Abraços!
Resolvi esse problema facilmente. Comprei um com mais de 3 anos. 🙂
Paguei bem menos e tá redondo.
Quando ele virar pó eu compro outro.
Parabéns!!!
Olá, Isabela, obrigado!
De fato, além dos carros, os imóveis são outro grupo de itens sensíveis a compras mal feitas e mal planejadas, ainda mais nessa época de estouro da bolha imobiliária em que vivemos.
Abraços!
Educação financeira e previdenciária infelizmente, é para poucos! Belos exemplos de como ser escravo dos desejos… Dinheiro não compra felicidade, mas transforma nosso meio.
Pura verdade, Sherpa!
A compra de bens de consumo que envolvem status são mais complicados que a de um produto comum. Isso me lembra daqueles jovens estagiários mal remunerados, com celular caros de última geração.
Gostei bastante dos exemplos, principalmente o relato do leitor Ubu, por eu não ter comprado um carro ainda.
Sem dúvida, LI.
E, à medida que aumenta o poder de compra do sujeito, maior é a tentação dele de ostentar um produto ainda mais caro.
Por que todo mundo taxa o cara que quer andar num carro bom de exibir o status? Já pensou que ele pode ser um entusiasta que gosta de carro bom? Que sente prazer ao dirigir um carro potente, completo, com boa pegada? Nem todo mundo que compra coisa boa faz só por status. Pense nisso.
É melhor você ver o mundo pela regra, não pela exceção! Acho pouco provável que esse pessoal que tá andando na rua com um carro que custa mais do que 100 K é entusiasta. Ser entusiasta de carro faz tanto sentido quanto ser entusiasta de máquina de lavar roupa.
Hoje tenho dinheiro para comprar qualquer carro 0km, até um Porsche se quisesse. Resolvi ficar com meu Corolla 2006 por mais alguns anos. No Brasil é uma tremenda burrice gastar com carros, é assinar o atestado de idiota. Deixo que as fabricantes ardam no inferno. Não entro nessa.
Parabéns, Jorge! Concordo com você, no Brasil, infelizmente, existe uma “cadeia alimentar” na indústria automobilística que tira grande proveito da completa ausência de instrução financeira da maioria da população.
Importantíssimo texto, Guilherme, e com excelentes depoimentos! De fato, o carro (ou melhor, como uma leitora comentou – os usuários) destrói a possível riqueza futura de muitas pessoas. Carro deve ser encarado como um parco bem de consumo, para quem realmente precisa, não como ostentação ou muito menos, como investimento (“troca logo para ele não desvalorizar” – são risíveis essas afirmações).
Eu comprei o meu primeiro carro em 1991. Atualmente, estou no sexto automóvel. Mas se fosse possível, teria tido bem menos. Foram sempre as circunstâncias as responsáveis pela venda. No caso do primeiro, tive que vendê-lo para comprar um apartamento – filhota chegando, etc…). No caso do segundo, foi roubado no primeiro ano. O terceiro foi comprado com o dinheiro do segundo. Vendi o terceiro pois fui morar na Alemanha. Chegando ao Brasil e me estabelecendo novamente no Nordeste, comprei o quarto. Quando mudei-me de volta a SPaulo, resolvi vender o carro no Nordeste e comprei o quinto aqui. E daí em 2012, vendi-o novamente pois iria ficar muitos meses fora em outra viagem.
O meu carro atual foi fabricado em 2009 e me atende excepcionalmente bem. Espaçoso, seguro, bom motor, completíssimo de opcionais funcionando perfeitamente (apenas o sensor de chuva é meio burro e às vezes fica funcionando mesmo quando a chuva já parou). E ainda com 51.000km rodados, com tudo em dia. Se eu for vendê-lo será apenas em uma circunstância semelhante das anteriores. Ou então para abandonar de vez o carro, pois rodo com ele menos de 4000km por ano, acredite se quiser. No meu post onde escrevo que carro é muito mais escravidão do que liberdade, eu expliquei porque ainda não troquei para Uber e o resto da patota, acho que vc já leu lá…
Aproveitando: lembra do nosso debate do livro da Ângela? Li-o e já engatei uma das ideias dele no meu texto de hoje. E como não poderia deixar de fazer, deixei um link para sua resenha!
Abraço e boa semana!
Olá, André, excelente o seu depoimento!
De fato, compras ou trocas de carros só em casos de necessidade.
E você realmente pode, hoje, se dar ao luxo de viver sem um. Eu li sim, seu texto, está excelente, e recomendo a todos => http://www.viagemlenta.com/2017/08/seu-carro-nao-representa-liberdade-e-sim-escravidao.html
E grato mais uma vez pela citação do meu blog no excelente Viagem Lenta!
Abraços!
Guilherme,
A frase inicial ficou excelente em seu post, é uma das minhas favoritas.
Como você discorreu no texto, as pessoas exageram em compras desnecessárias, muitas vezes mais para obterem uma certa admiração (e consequentemente alimentar seu próprio ego) do que por necessidade ou desejo próprio.
Gostei dos termos “analfabetos financeiros”, “loucuras financeiras” e ” destruição da riqueza”, pois talvez levem muitos à reflexão sobre o assunto.
As primeiras estórias são até meio assustadoras, cabem muito bem nos 3 termos acima. Parecem até irreais, de tão loucas.
Ainda estou me perguntando como as pessoas podem chegar a tal ponto.
Para que comprar carros tão caros, financiados e com renda incompatível ao custo operacional dos mesmos?
Para que tentar mostrar um status que não tem?
Automóvel parece mesmo ser um dos “pontos fracos” do brasileiro e obviamente todos os participantes de todas as cadeias produtivas relacionadas a esse item sabem disso, e dão sua contribuição para inflacionar ainda mais o preço final (que já é alto devido aos impostos elevados).
Me identifiquei muito com o exemplo do leitor Ubu. Apesar de não ter o privilégio de morar tão perto do meu emprego, penso como ele.
“A sensação de ter uma coisa a menos pra se preocupar é libertadora.”
Faço das palavras dele as minhas também, pois carro além de gastos, dá muito trabalho. Tem seus benefícios, mas para mim também não é algo que compense no momento. Além disso, nunca fez parte da minha lista de desejos.
Abraços,
Olá, Rosana, obrigado!
Também gostei muito da citação que inicia o artigo, cai bem para representar a cultura do automóvel que impera no Brasil, para a maioria da população consumidora desse tipo de passivo.
Realmente, o exemplo do leitor Ubu é muito bom, e demonstra que é plenamente possível viver sem carro, a depender das circunstâncias específicas de cada pessoa.
Abraços!
Em 2013 comprei o meu carro financiado. Novo Uno 1.4 Economy. Quem me alcançou o dinheiro fui eu mesmo. Eu paguei juro pra mim. Cada R$ 1000,00 de devolução pra mim,R$ 800,00 referiam-se ao capital e R$ 200,00 ref. juros – sem muitos cálculos. Toda a história está aqui no chasque (posto) do meu sítio – http://obolsodabombacha.blogspot.com.br/2013/08/atitude-72-comprei-um-carro-parcelado-e.html
Este carro tem planilha com abastecimentos com média de quilômetros por litro, manutenção e tudo que ele necessite pra ficar em dia com ele mesmo (condições de andar). Conclui que ele me custa caro pois ele consome muito na cidade….. a ideia é sair do 1.4 pra migrar num 1.0 nacional, pois não preciso nada muito potente. Financiamento??? Nos mesmos moldes do carro que ainda está comigo….. Baita abraço Guilherme e Valores Reais….. sítio bem bagual (muito bom)….
Grande Valdemar, seu rigoroso controle de custos do carro é muito bom e exemplar, lembrando-me inclusive da frase do Halfeld: “tudo o que é medido é melhor controlado”.
Baita abraço, e grato pelas suas palavras!
Valores Reais,
Muito legal seu blog, acompanho a algum tempo, muito bons seus textos, gosto da franqueza e que você joga a real sem dó.
Começei meu próprio blog de finanças e ele debate um ativo pouco explorado na finansfera.
Já adiconei você no meu blogroll e ficarei contente se fizer o mesmo.
um abraço.
https://umativodiferente.blogspot.com.br/
Um Ativo Diferente.
Buenos dias! O Bolso da Bombacha – http://www.obolsodabombcha.blogspot.com, nasceu com dois objetivos: fazer com que eu não passasse pelas páginas de economia dos jornais, revistas e sítios na internet sem ler e colocar em prática o meu típico sotaque e linguajar gaúcho. Assim, já estou há nove anos com orçamento doméstico implantado e uma boa mas modesta plataforma de investimentos meus, da prenda(esposa) e das filhas, tudo para fins de aposentadoria complementar….
Gostei da tua iniciativa e vai em frente, com os teus objetivos e com o teu galpão (sítio em bom gauchês). Venha tomar um mate (visite) o meu galpão e dá uma camperiada (olhada) por lá ….. baita abraço….
Buenas,
Esse baita blog do amigo Valdemar é uma das grandes preciosidades da finansfera brasileira. Sempre aprendo bastante com a guinada financeira do amigo Valdemar, que, direto dos pampas, sempre nos brinda com material de primeira qualidade.
Abraços!
Olá, UAD, obrigado!
Gostei bastante de você explorar um tema diferente na finansfera. Certamente o blog irá te ajudar bastante a desenvolver sua própria disciplina no caminho de uma maior estabilidade financeira.
Adicionei seu blog ao meu blogroll!
Abraços, e sucesso!
Santana Quantum 92 exercendo perfeitamente sua função.
Investimentos bem distribuídos na Corretora e o fluxo de caixa sempre positivo.
“Para andar na estrada da independência financeira, os veículos de que você precisa não são necessariamente carros! ;-)”
Abraços!
História exemplar, Vagner!
Abraços!
Interessante relatos, sempre de aprendizado
Abraço
Obrigado, DIL!
Tenho um bom e velho uno mille 1995 que atende perfeitamente as minha expectativa; Não tenho 6 dígitos investidos porque ganho pouco e tenho prestações a pagar da casa e das contas do dia-a-dia mas procuro poupar sempre que possível para emergências.
Acho que cada um deve cuidar da sua vida; afinal, cada um sabe no que quer gastar seu rico dinheirinho.
Bj e fk c Deus.
Nana – procurandoamigosvirtuais.blogspot.com
Verdade, Nana, o mais importante é sempre ter as finanças rigidamente sob controle, e não deixar fazer dívidas, que comprometem o orçamento doméstico.
Abraços!
No meu prédio tbém tem muitos que andam com carros de valor alto, acima de $100.000 e devem condomínio, todo mês atrasam e muitos estão fazendo aqueles parcelamentos enormes, pois deixaram atrasar muitas parcelas. Mta raiva, pois o valor do condomínio sobe devido aos belezas!!
o meu gol 2011 esta com problemas no motor, vou ter que mandar fazer, e agora fica a dúvida, pois meu marido falou que assim que fizermos é bom tentar vender, mas estava vendo valores de um toyota ou honda 2014 e ainda são muito caros. Para os meus padrões acho loucura pagar em um carro acima de R$ 50 mil. Alguém tem alguma dica?
Daiana, abaixo de R$ 50 mil (entre R$ 40k a R$ 50k) você consegue provavelmente um bom carro sedã usado.
Tem que fazer muita pesquisa, mas acredito que haja bastante oferta nessa faixa de preços, o que facilita a negociação para obtenção de descontos.
Abraços!
ótimo texto Guilherme, é a famosa “corrida dos ratos””
Obrigado, Anônimo, é isso mesmo, a famosa rat race.
Tenho um 2008. Me atende perfeitamente. Mas devo admitir, a pressão ao redor para a troca é absurda. Não entendo essa sangria para trocar de carro a cada 03 anos. Quantos anos dura um avião?
Quanto ao carro, fazendo as manutenções preventivas (carro zero ou usado merecem atenção) nunca terá dor de cabeça.
Verdade, PF, essa é uma área (carros), onde a emoção muitas vezes acaba prevalecendo sobre a razão.
Olá Guilherme, que legal ver meu comentário publicado em outro post seu!
Agora já faz mais de um ano que vendi o carro, e tanto a economia quanto a sensação de liberdade proporcionada por essa decisão continuam valendo muito a pena.
Um update do meu relato é que, de uns meses pra cá, comecei a utilizar também a bicicleta pra ir pro trabalho. Uma solução simples, barata e que resolve vários problemas: não dependo tanto do transporte público, economizo mais um dinheirinho por não ter que pagar ônibus todos os dias e sei exatamente o horário que vou chegar na empresa. Além de todas essas vantagens, ainda tem o bem estar proporcionando em relação à saúde pela prática da pedalada quase diária. Agora só não vou de bike quando chove!
Olá, Ubu!
Muito legal o seu update de relato! A adição da bicicleta realmente proporciona benefícios extras, tanto em termos de otimização do tempo, quanto em termos de saúde.
Abraços!
Guilherme, sei que não tem nada a ver com texto, mas… Em cenário de juros cada vez mais baixos, você poderia escrever um texto sobre COEs que estão pipocando em sites de corretoras e não dispõem de tanto material assim ainda!
Ótima sugestão, Adriana, já está anotado!
Abraços!
Guilherme, olá.
Um colega meu me relatou que tinha uma moto que valia 28 mil reais. Ele vendeu a mesma, pra comprar outra, uma BMW. Essa nova no valor de 50 mil. Pra isso ele vendeu a moto que tinha, pegou um dinheiro emprestado pra poder pagar UMA PARTE do restante. E o restante do restante ele financiou. Sei que o post é sobre carro, mas eu precisava contar esse caso da moto do meu colega de trabalho, porque se encaixou bem com o post. No mesmo momento que me contava essa história eu perguntei o que ele tinha de bens fora isso, e a resposta dele: Nada! Casa, terreno, nem poupança ele tinha. Mas a moto está lá.
Espero que essas pessoas algum dia percebam.
Um grande abraço e fica com Deus.
Ótimo post
Excelente depoimento, DP!
Eu também já presenciei casos semelhantes: pessoas que compram carros acima de R$ 100k, mas que não têm ativos no patrimônio.
Amigo Guilherme, sou eu novamente, o autor do antigo blog, Um Ativo Diferente, sobre aluguel de temporada. Sou seu fã, teu blog me ensinou muito e também me inspirou.
Agora mudei o meu blog para ficar mais fácil de visualizar seguindo a dica do nosso amigo Uórrem Bife.
viverdealugueldetemporada.blogspot.com.br
Estou adicionando você no Blogroll e por favor, adicione o meu!
Viver de Aluguel de Temporada
Ôpa, beleza, vou fazer também!
Olá Guilherme!! Ótimo texto!! Fico feliz mais uma vez por ver um comentário meu publicado aqui!! De lá pra cá, muita coisa mudou! Após muitos cálculos e um período de experiência, decidi por vender meu carro. Assim, sem dó, sem apego. Ele foi vendido apenas 2 dias após anunciado, pelo valor exato que eu pedi. Hoje, devido à precariedade do transporte público em minha cidade, ando exclusivamente de uber ou carona do marido/pai/mãe quando necessário. Se estou sentindo falta do carro? Nenhuma!! Se foi difícil me desfazer dele? Não!! Pelo contrário, senti e sinto uma felicidade enorme por não me preocupar mais com onde estacionar no trabalho, trânsito, manutenção, seguro, etc etc! Meu marido sempre me apoiou nessa decisão, mas no começo sofri resistência dos meus pais que, mesmo hoje ainda não entendendo e concordando com minha decisão, estão respeitando. Peguei o dinheiro da venda e investi integralmente e hoje fico feliz com a liberdade que tenho e a economia que faço. É claro que isso não dá para todos, mas para o estilo de vida e rotina que tenho hoje, funciona perfeitamente!! Agora, com essa discussão toda sobre transporte por aplicativos, se eles realmente vierem a acabar ou ficarem mais caros a ponto de não valer mais a pena, terei que pensar em outra solução. Pelo menos se precisar comprar outro carro, já tenho dinheiro pra comprar a vista!! Abraços!!
Olá, Camila, excelente, parabéns! Mais um grande passo dado rumo a uma vida com mais qualidade!
De fato, é difícil para as pessoas entenderem essas mudanças de hábitos, pois estão presas a velhos padrões e velhas crenças.
Parabéns, e continue assim!
Comprei o meu primeiro carro junto com minha esposa, um usado em bom estado de um familiar.
Usamos por dois anos aí ela já veio com aquele papo de “precisamos trocar, já passaram 4 anos, carro tá velho”… Tentei argumentar, mas com mulher é MUITO difícil expor.
Simplesmente perdi a discussão e falei: vc quer comprar, ok, mas não dou um centavo. Pois bem, ela trocou e tá pagando financiamento. Vejo o boletinho todo mês…
Uns meses atrás falei pra ela: vc deve querer trocar de carro daqui uns três anos de novo, certo?Por que não compra trezentos reais em TD todo mes? Deve conseguir pagar a vista, sem financiamento. A resposta foi um muxoxo e uma rápida mudança de assunto.
Enfim, mesmo sendo casal, tem certas coisas que precisamos seguir sozinhos.
Verdade, Rogério, é bem difícil mudar hábitos há muito arraigados na mente das pessoas.
Em 2011 fiz um levantamento detalhado e concluí que estava gastando em média 1.750 reais/mês com carro…
O susto foi tremendo e me desfiz dele imediatamente, passando a usar transporte público. Foi uma questão de adaptação.
Desde então aplico este valor economizado e um pouco mais. Consegui comprar o imóvel onde resido e hoje me planejo com meses, e até anos, de antecedência para alcançar meus objetivos de consumo somente à vista!!! Palmas pra mim!!!
Obrigado pelo artigo e por todo o conhecimento disponibilizado em seu blog
Parabéns mesmo, Carlos, excelente iniciativa!
Guilherme,
Eu fico abismado como o “grande público” lida com dinheiro. Faz empréstimos para comprar carro, financiam apartamentos horríveis em 30 anos. Realmente a educação financeira do brasileiro em geral é muito ruim. Infelizmente.
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Dei um tapa nos meus RSSs da blogosfera de finanças. Coloquei os 10 últimos links na barra lateral e fiz uma página que lista todos os sites da finansfera que conheço e acompanho.
Adicionei seu blog lá! Se puder me adicionar no seu também, ficarei muito agradecido!
Dá uma olhadinha pra ver como ficou: http://enriquecendo.club/blogosfera-de-financas/
Abraços
Enriquecendo.club
Ótima iniciativa, Enriquecendo, parabéns.
Vou te adicionar também, obrigado.
Abraços!
Tenho um corsa millenium 2001 muito bem tratado no quesito lataria e mecanica, é um carro economico, relativamente bonito e confiavel!. Sofro demais pressão para trocar, mas nao vejo motivos pois ele me serve muito bem, não é completo, mas a proposta do carro é a simplicidade e confiabilidde mecanica, então para mim ta bom, como uso todo dia prezo a economia e confiabilidade e nisso ele me deixou na mao apenas uma vez com a queima da bomba eletrica, mas considero normal pela idade do carro, fora isso, faço 125 km/l com $50,00 de gasolina a $4.19 o litro, e mesmo com a economia, ja acho um absurdo manter um carro com todos os gastos que tem de ser feitos, como manutenções preventivas, lavagens e enceramentos, gasolina, ipva, estacionamentos e algum imprevistos que sempre aparecem.
As pessoas estão cegas pelo égo e pela necessidade de status, querem preencher um vazio com o consumo mas estão sempre infelizes, pois não é um carro de 100 paus ou um iphone 8 que faz o ser humano realmente feliz.
Excelente depoimento, Giovani!
Concordo com você, quando diz que “a proposta do carro é a simplicidade e confiabilidade mecânica”.
Abraços!
Existe uma grande parcela da população que gosta de ostentar uma vida que não tem. E o carro dá essa impressão do quanto a pessoa tem poder aquisitivo.