Há algumas semanas, por indicação de uma leitora no Twitter, eu assisti a um ótimo documentário da HBO sobre a vida de Warren Buffett (disponível no YouTube nesse link).
Dentre as várias coisas que me impressionaram no documentário, uma em particular me chamou bastante a atenção: o fato de ele comprar o café da manhã no trajeto entre sua casa e o trabalho. No drive-thru. Do McDonald’s. 😆
Aí você me perguntaria, se for marinheiro de primeira viagem em assuntos ligados ao Oráculo de Omaha: “como uma das pessoas mais ricas do mundo, que poderia ter um banquete a cada manhã, prefere gastar menos de 3 dólares numa rede de fast food?”
Resposta: porque ele pratica a frugalidade. Não só no café da manhã, mas também em várias outras “facetas” de sua vida, como inclusive já exaustivamente comentado aqui no blog (post aqui).
Por outro lado, se você for leitor antigo e assíduo aqui do blog, ok, eu sei, talvez você já deva estar meio cansado de tanto ouvir falar das frugalidades do Buffett.
Porém, ainda assim isso não é motivo suficiente para afastar a realidade contida na mensagem de hoje: sem praticar a frugalidade em algum nível, você não chegará a lugar algum.
E o que é exatamente a frugalidade?
Ser frugal não é sinônimo de ser pão-duro. Não é sinônimo de ser avarento. Não significa você viver sua vida como se estivesse prendendo a respiração debaixo d’água.
Não, não é nada disso.
Num dos textos clássicos do blog Valores Reais, intitulado O que é frugalidade? eu defini assim esse termo:
“Ser frugal significa ser uma pessoa que valoriza aquilo que já tem, que não desperdiça seus recursos materiais, sejam eles em vasta quantidade ou em baixa quantidade. Significa dar valor a aquilo que já possui, procurando extrair o máximo de utilidade das coisas ao seu redor.
Frugalidade significa então aproveitar as coisas que estão disponíveis para você.
Lembre-se de que ser frugal não é ser pão-duro, mas sim ser virtuoso: apreciar aquilo que tem e investir em sua satisfação, sem desperdiçar seus recursos, evidentemente.”
Praticar a frugalidade, então, adquire um novo significado: consiste em extrair valor das coisas que você já possui. É não desperdiçar seus recursos materiais. É extrair o máximo de proveito das coisas que estão ao seu redor.
Se você, por exemplo, ganha 10 e gasta 9, ou seja, gasta menos do que ganha, então você já pratica a frugalidade, em um nível ainda que mínimo, pois você não desperdiça seu dinheiro. Ou melhor, não usa o dinheiro dos outros para inflacionar seu estilo de vida, o que já é o primeiro passo para viver uma vida de estabilidade e segurança financeiras.
Se você consegue fechar o orçamento doméstico de cada mês sem nenhuma compra parcelada a te atormentar, você também pratica a frugalidade, uma vez que consegue dar conta de todas as despesas do mês sem precisar fracionar os pagamentos, e sem comprometer fluxos futuros de caixa.
A frugalidade é um requisito absolutamente indispensável para ter uma vida com mais satisfação, como também para alcançar um patrimônio financeiro maior, que te permita usufruir da tão desejada independência financeira.
Essa, aliás, foi a conclusão a que chegaram Thomas Stanley e William Danko, no clássico livro O Milionário Mora ao Lado, resenhado aqui no blog:
Os milionários levam uma vida frugal: ou seja, vivem muito abaixo de seus meios. Os autores chegam a dizer que ser frugal constitui a pedra fundamental na construção de riqueza. Nesse tópico, é mostrado que um milionário americano típico tem um estilo de vida surpreendentemente simples: dentre outras coisas, não paga caro por relógios, sapatos e ternos, e planeja muito bem as suas compras, aproveitando sempre que possível as liquidações e os cupons de desconto.
Frugalidade tem menos a ver com pão-durismo em relação à compra de coisas, e muito mais a ver com estilo de vida focado nas conquistas pessoais e profissionais. É sobretudo o foco que diferencia o grupo dos gastadores (e não milionários) do grupo dos frugais (e milionários).
Dito isso em outros termos: enquanto os sub-acumuladores de riqueza – geralmente pessoas de alta renda, mas baixo patrimônio líquido – preferem ser reconhecidos por aquilo que têm (seus símbolos de status), os prodigiosos acumuladores de riqueza preferem ser reconhecidos por aquilo que são, ou seja, por suas realizações pessoais e profissionais.
Se você não pretende praticar a frugalidade em seu âmago, que pelo menos a pratique pelos seus efeitos: o ganho de foco.
E voltamos ao exemplo do Warren Buffett, porque esse exemplo é bastante didático: ele diz que não liga para carros, casas, iates, relógios etc. porque todas essas coisas tiram a sua concentração daquilo que ele sabe fazer de melhor: seu círculo de competências na análise de negócios, de ações, de empresas. A frugalidade, nesse contexto, acaba sendo uma virtude, uma qualidade, qualidade essa adquirida como produto de seu foco total nos negócios, no aprimoramento de suas habilidades.
O exemplo de Buffett é perfeito e cai como uma luva para mostrar que você não veio ao mundo para gastar e ser uma mera peça da engrenagem de consumo produzida pela indústria; mas sim como um ser humano dotado de habilidades específicas e importantes para ajudar a construir um mundo melhor. E a frugalidade acaba sendo mais uma qualidade a lhe moldar o caráter, fazendo com que você foque naquilo que é mais importante: o desenvolvimento do seu “ser”, e não do seu “ter”.
É evidente que se dar ao luxo de fazer algumas extravagâncias de vez em quando não faz mal, aliás, é isso inclusive que Joe Dominguez e Vicki Robin pregam no livro Dinheiro e Vida (resenha aqui). O problema é quando o luxo passa a ser consumido diuturnamente, inflacionando seu estilo de vida, e lhe adicionando mais alguns bons anos na corrida dos ratos.
Como bem disse o Mr. Money Mustache, o luxo é uma droga, e, como qualquer droga, ele vicia, e pode literalmente destruir seu patrimônio financeiro. A vacina para tal vício? Você já sabe, e aprendeu no dia de hoje: praticar a frugalidade, nem que seja em um nível mínimo.
E como começar a praticar a frugalidade?
Com um passo de cada vez. E tudo começa na mente. É no palco do cérebro que se travam as mais árduas batalhas no caminho rumo à frugalidade.
A página de Arquivos do blog contém um manancial precioso de dezenas de artigos e textos que discorrem sobre a frugalidade. Como eu disse semana passada (post aqui), por ocasião da dupla comemoração de 8 anos de vida e 1.000 textos publicados, eu sempre recorro a essa página para fazer os novos textos que alimentam de modo contínuo esse blog; e eu sugiro que você faça o mesmo, para nutrir seu cérebro com os alimentos mentais mais adequados a essa nova filosofia de vida.
Além disso, como um dos mecanismos de aprendizado humano é por meio da imitação de comportamentos, nada mais justo do que colher da vida de outras pessoas de sucesso exemplos de frugalidade que as levaram a um caminho de independência e sucesso profissional.
Mr. Money Mustache declaradamente afirma que a frugalidade foi o principal fator que o levou à independência financeira, e que a frugalidade continua sendo importante na vida atual, na vida pós-independência financeira. Ano passado, o orçamento doméstico dele registrou gastos totais da ordem de USD 22 mil, o que dá cerca de USD 2 mil mensais, conforme ele relatou em seu último post. Vale destacar que, como ele já atingiu a liberdade financeira, todos esses gastos são pagos não pelo trabalho, mas sim pela renda passiva gerada pelos ativos que ele comprou durante sua fase de acúmulo de patrimônio.
Ou seja, mesmo aposentado, ele continua levando uma vida frugal. Não é porque você atinge a liberdade financeira que você precisa mudar seu padrão de consumo.
No Brasil, excelentes blogs têm ajudado a difundir os conceitos corretos de frugalidade e, assim, transmitido conhecimentos de educação financeira da mais alta qualidade. São exemplos dessa safra que vale a pena colher o Frugal Simple, cujo patrimônio financeiro está sendo construído com muita inteligência nos investimentos e com ideias avançadas sobre uma vida frugal; o gauchesco Bolso da Bombacha, cujo autor Valdemar conseguiu a façanha, pelo menos aos olhos de muitas pessoas, de não ter nenhuma parcela correndo na fatura mensal do cartão de crédito (ou seja, ele faz todas as compras à vista); e o Simplicidade e Harmonia, da amiga Rosana, que traz muitas dicas para uma vida mais simples e com mais significado espiritual e emocional.
Praticar a frugalidade é praticar um exercício diário de valorização das coisas que já possui, e, mais do que isso, é você assumir um compromisso consigo mesmo, de que você irá fazer as coisas gastarem, ao invés de fazer gastos com elas.
Conclusão
Se praticar a frugalidade funcionou – e na verdade ainda funciona – tão bem para os outros, é óbvio que ela também irá funcionar para você, desde que você tenha a intenção deliberada de fazer isso acontecer. E mais, de fazer isso com gosto, com vontade, com determinação, com disciplina, com amor, e não com rejeição, com ódio, com tristeza.
Você irá remar contra a maré? Certamente. Você terá que rever planos? Com certeza.
Esqueça aquela ideia maluca de trocar de carro a cada 3 anos – e ainda por cima financiado. Jogue fora essa ideia. Trabalhe sua mente para que esse carro dure no mínimo 10 anos em sua garagem. No mínimo. E nem pense em comprar um carro de R$ 100 mil usado…
Jantar em restaurante “badalado” em cada final de semana de todo santo mês, despejando mais de R$ 400 na conta do garçom? Tsc, tsc, tsc… você não precisa disso para ser feliz. Todo final de semana? Todo mês? ….
Apareceu uma promoção “imperdível” para Londres por menos de R$ 2 mil, parcelado em 6 vezes sem juros no cartão de crédito? Pera lá, mas seu salário também teve uma “promoção” de R$ 2 mil? Aliás, ainda que tivesse, será que a viagem “imperdível” vai custar só R$ 2 mil? E os hotéis? E as refeições? E os seguros de viagem? E os ingressos para os passeios? E os táxis? E as lembrancinhas? E os…? E os…? E os…? Melhor perder a promoção imperdível e salvar a alma das dívidas, do que perder a alma, para as dívidas, e salvar a promoção, que se diz “imperdível”…
Pode ter a certeza de uma coisa: no exato instante em que você terminar de ler esse artigo, e abrir uma página na Internet, atualizar seu Twitter, Instagram ou Facebook; ler uma folha de revista ou jornal, ou ligar a rádio, TV ou celular, a guerra para destruir a sua pretensão à frugalidade irá começar.
Será a guerra de todos contra um. De todos contra você. Eles não darão tréguas e não se darão por satisfeitos até que você comece a quebrar os acordos consigo mesmo, e te convencerem de que “a vida só vale a pena se você gastar”, “que só se vive uma vez na vida”, “que você merece”, e outras frases de efeito feitas sob medida para apanhar e sequestrar mentes enfraquecidas. Não seja mais uma dessas pessoas.
Como eu disse no Twitter, mal acabou o Dia das Mães, e o comércio já está querendo tirar seu dinheiro por ocasião do Dia dos Namorados. E não pense que em julho o comércio irá te dar trégua, pois inventaram recentemente o Dia do Avô. Eis a mensagem que o leitor Leandro me enviou via Twitter:
@ValoresReais Eles têm que inventar datas! Uma vez dei presente de Dia da Avó pra minha avó. Ela me disse “que merda é essa??” Nunca mais comprei nada.
— Leandro Fonseca (@leandrobfonseca) 27 de maio de 2017
A prática mostra claramente – e os exemplos saltam aos olhos – que praticar a frugalidade, ainda que num grau mínimo, é indispensável para conquistar o sucesso financeiro. Lembre-se de que o poder de conduzir seus próprios destinos financeiros não está com os outros: esse poder, na verdade, está dentro de você. Exercite-o, e você construirá uma poderosa fortaleza mental inabalável. Se omita, e você estará condenado para sempre a viver uma vida de escravidão financeira. Não há meio termo possível.
Lembre-se: a guerra para controlar seu dinheiro através da sua mente vai retomar o seu curso assim que você terminar de ler esse artigo. Que você faça bom proveito das armas mentais que lhe foram dadas nesse texto para não se deixar vender por tão pouco. 😉
Fala Guilherme!
A frugalidade é muito importante. Não só antes da IF, mas principalmente nela! Imagina chegar na IF, mudar seu “estilo de vida” e começar a “esbanjar”?
Logo logo a pessoa acaba com seu patrimônio e volta para a “corrida dos ratos”
Abraço!
Verdade, II, a frugalidade é uma constante que deve se manter ativa durante toda a vida de uma pessoa.
Abraços!
Poderosas armas possui este seu blog. Na verdade, ele é a arma. Post perfeito. Mensagem certa para se debater com os verdadeiros amigos. PARABÉNS !!!
Muito obrigado pelas palavras, Fabiano!
O assunto frugalidade e a vida de Buffett deve ser sempre explorado ao máximo, porque é um dos maiores exemplos a ser seguido.
A história dos dias dos namorados realmente é muito interessante, principalmente para o comércio.
“O Dia dos Namorados no Brasil é comemorado no dia 12 de Junho por ser véspera do dia 13 de Junho, Dia de Santo Antônio, santo português com tradição de casamenteiro.
E por não conter uma data relevante comemorativa no mês de junho, foi escolhido este mês para a troca de presente entre os casais.
Segundos fontes, a data provavelmente teve origem no comércio paulista, quando o profissional contratado e comerciante João Dória (pai do prefeito de São Paulo) trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes.” – http://ead.li/dia-dos-namorados
As pessoas são facilmente comovidas por estas datas, porque se todos estão dando presentes, quem sou eu para não fazer o mesmo.
Um tiro no pé para qualquer um que deseja ser frugal.
Oi Cleiton, muito interessante a história por trás da criação dessa data.
Realmente, taí mais um desafio para os frugalistas.
Muito bom artigo Guilherme!
Precisamos sempre repetir essas mesmas coisas.
Fui ver esse documentário do Warren achando que ia aprender alguma coisa sobre investimentos, ganhei foi mais uma lição de vida! Tem ele no próprio Youtube.
A Rosana é uma pessoa muito querida na blogosfera e escreve muito bem
Os frugalistas são atacados o tempo todo pelas pessoas ao redor pq não aderiram o padrão louco de consumo. Faz 13 anos que tenho celular e estou no meu terceiro aparelho (que comprei de segunda mão). A pressão pra trocar o celular ANUALMENTE é grande e totalmente sem sentido.
A bateria do meu celular estava muito ruim. Qnd eu comentava isso o pessoal falava pra trocar. Comprei outra pela internet por apenas 40 reais e o celular está novinho em folha.
Trocar carro é a mesma coisa, o meu já tem 10 anos e completou 100 mil km no odômetro agora e estou feliz da vida.
Saber que não somos massa de manobra do consumo de massas é libertador.
E também, gostaria de falar que migrei a plataforma em português do blog para frugalsimples.blogspot.com.br
O frugalsimple.net estou maturando para entrar na blogosfera internacional.
Um abraço!
Frugal,
Agradeço pelo elogio. 🙂
Guilherme,
Excelente post, me identifiquei muito com suas palavras e agradeço pelo link do Youtube, vou assistir o documentário.
Para mim, Warren Buffet é o maior exemplo de frugalidade. Li o Bola de Neve e lá, percebe-se claramente o quão simples ele é.
Infelizmente, o marketing agressivo da atualidade, que sempre cria tantas “necessidades” acaba fazendo com que as pessoas se sintam inferiores se não comprarem o produto X, se não trocarem o celular por um mais novo.
Por exemplo:
“- Você tem o celular 530? Agora saiu o 530X, você precisa comprar esse, se não vai ficar desatualizado!”
E daqui a pouco sai o 530Y, depois o 530Z e então vem o 540 com poucas mudanças, mas é mais novo e você acha que precisa dele.
Mas realmente precisa?
Necessidades são muito diferentes de desejos – e é aí que a frugalidade começa a se destacar na vida das pessoas.
Para que ter tantas coisas?
Para que gastar tanto tempo para organizar todas essas coisas?
Para mim, não faz sentido. E acredito que para muitos leitores do Valores Reias, também não.
Em um vídeo, o Mário Sérgio Cortella falou que quando a pessoa está no leito de morte, ela não diz:
– Doutor, me deixe viver mais uma semana para eu mandar em mais pessoas, para eu comprar mais um carro.
O que frequentemente é dito?
– Doutor, se eu pudesse viver mais uma semana, iria fazer as pazes com meu irmão. (E coisas do tipo).
Por que essas coisas realmente significativas, não podem fazer parte da nossa vida agora, voltando o foco e a mente de forma mais atenciosa para o que realmente importa?
Eu acho que a frugalidade inclusive proporciona um pouco de autoconhecimento, pois ao estarmos mais em contato com nossa essência, sem os ruídos externos das necessidades criadas pelo marketing, automaticamente saberemos melhor quem somos, quais são realmente os nossos gostos e preferências.
E acima de tudo, para mim, frugalidade é um ato de inteligência e de sabedoria.
Boa semana à todos!
Excelente depoimento, Rosana!
Você acrescentou um aspecto de suma relevância para a prática da frugalidade: o autoconhecimento.
Boa semana também!
Excelentes exemplos e reflexões, Frugal!
Legal que você mantém um blog em língua portuguesa também. Suas ideias são um exemplo a ser seguido na área da frugalidade. Você ocupou com brilhantismo um espaço bastante vazio da blogosfera financeira.
Abraços!
Um belo texto, parabéns. Todavia acho que ser frugal não significa de abdicar de tudo em sua vida. Por exemplo, eu gosto de viajar e disso não abro mão. Todavia, eu não compro por impulso, eu faço um planejamento e encaixo a viagem em meu orçamento, sem comprometer aportes.
Agora, com certeza é possível comer bem sem frequentar restaurantes caríssimos, aliás, o google é uma bela ferramenta para localizar boas receitas. Basta um pouco de vontade e você vai criar belos pratos gastando muuuuito menos que gastaria em um restaurante.
Abraço.
Obrigado, Finan!
É isso mesmo, ser frugal é abdicar daquilo que não interessa na sua vida, e priorizar outras coisas que são relevantes para sua vida. O conteúdo desses conceitos – “interessante”, “relevantes” – varia, é claro, de pessoa para pessoa.
Abraços
Olá Guilherme,
estou lendo o livro Bola de Neve de Warren Buffet. Estou a quase 1/3 deste livro e a impressão que tenho é que ele é pão duro sim em algumas situações, como por exemplo, esperar chover para lavar o carro dele. 😀
Ele é um gênio na arte de fazer o dinheiro trabalhar para proveito próprio, mas até o momento não vejo ele como referência em outras questões: como por exemplo, atenção à família, cuidado com a saúde (essa questão de comer fast food), etc…
Mas esta é a minha impressão em um terço do livro lido… Mesmo assim estou gostando do livro e realmente ele é um gênio!
Exatamente, Warren Buffet para mim é um exemplo APENAS em investimentos…
Quanto ao resto, acho que ele é um cara bem esquisito até….
essa questão de comer fast food então, é um absurdo.
Inclusive a questão da morte da esposa dele: a biógrafa disse que foi a coisa que ele mais se arrependeu em toda a vida dele – não ter se dedicado a ela tanto quanto poderia.
Verdade, Pablo!
Inclusive comentei isso no blog: http://valoresreais.com/2009/10/30/algumas-licoes-de-economia-domestica-ou-seria-pao-durismo-by-warren-buffet-extraido-da-bola-de-neve/
Abraços!
Muito bom, parabéns Guilherme, já havia lido o Livro Milionário Mora ao Lado, sempre que me pedem indicação de livro, eu indico ele, pq c a pessoal quer realmente mudar de vida através das finanças pessoais tem que mudar seu padrão de vida, esse livro bate de frente com quem gosta de esbajar.
Obrigado, Tiago!
Verdade, o livro é excelente!
Abraços!
Olá!
Eu acompanho o seu blog há muito tempo e o post de hoje combina muito com o que estou comemorando nesse momento da minha vida: a compra do meu apartamento.
Com 26 anos comprei um apartamento a vista, estou livre de aluguel e financiamento.
As mesmas pessoas que no passado me acusaram de ser mesquinha e mão de vaca, hoje ficam admiradas com a minha conquista.
Mas eu nunca me privei do essencial, eu apenas vivi uma vida frugal.
Prefiro fazer um jantar elaborado em casa do que ir em restaurantes.
Prefiro comprar poucas roupas e calçados, mas que eu efetivamente vou usar.
Prefiro guardar dinheiro para comprar a vista em promoções do que comprar de impulso em várias parcelas.
Prefiro meu carrinho usado econômico do que um carro novo.
Prefiro meu cabelo natural do que centenas de reais cada mês perdidos no cabeleireiro com tinturas e tratamentos.
Sem gastar desnecessariamente, e investindo o que sobrava cada mês, pude realizar o sonho de ter um cantinho com um modesto salário de professora.
Excelente conquista, Alessandra, parabéns pela vitória!
Certamente isso é fruto de muita dedicação, perserverança, planejamento, e disciplina!
Que venham muito mais frutos dessa sua inteligência financeira aplicada!
Guilherme, tenho acompanhado seu blog há certo tempo e vi que volta e meia você escreve sobre alguma dica/sugestão dos leitores. Que tal um post sobre esses apps de cashback, tipo meliuz e beblue? Penso que têm certa relação com o tema deste blog ou com o de milhas.
Abs
Ótima sugestão, Estevão, anotado!
Guilherme,
Parabéns pelo texto.
E aproveitando o comentário da Alessandra sobre apartamento , penso em algumas alternativas sobre o meu:
1) quitar o débito na Caixa (98K) com o meu Brasil Previ, (118K-15%)
ou
2) Resgastar meu Brasil Previ, aplicar em outro investimento (qual?)que pudesse me garantir um rendimento melhor, com a intenção futura de quitar o financiamento e ainda ter uma sobra.
Nas duas opções, o valor que pago de prestações do financiamento passariam a ser direcionados para construção de renda.
Outra questão; recentemente venceu uma aplicação(20K) LCA do BB, e o banco depositou em minha conta corrente que tem aplicacão imediata em um fundo de renda Fixa CP Estilo, que imagino não ser grande coisa.
Qual seria uma melhor opção para aplicacão deste valor, que preciso ter disponível como reserva de emergências?
Grato pela atenção.
abraço
Antonio
Obrigado, Antônio!
Sobre sua dúvida, é importante saber quais são as taxas de administração, de carregamento e de saída que você está pagando, bem como o saldo líquido que você teria ao resgatar o PGBL. Esses R$ 118k são brutos, é preciso ver uma simulação de resgate, onde provavelmente ele vai cair pra menos de R$ 100k.
Digo isso porque vejo muitas pessoas sacando o PGBL para cobrir outras despesas de curto prazo, e, com isso, podem estar sacrificando uma parcela significativa do futuro.
No caso do PGBL, é importante verificar qual é a alíquota do IR incidente, que pode chegar a 35% do patrimônio.
O ideal é só sacar quando todo o patrimônio investido estiver na faixa dos 10% de IR.
Além disso, tem que ver qual é a taxa de juros que você está pagando no financiamento imobiliário. Pode ser uma taxa subsidiada.
Sobre os investimentos com resgate automático no BB, pelo seu perfil, existe outro investimento melhor, chamado BB Ref DI Estilo, ou algo assim, também com resgate automático. A taxa de administração é de 1% a.a., alta, mas, para fins de reserva de emergência com resgate automático, é a melhor solução.
Valeu, Guilherme!
Gostei do “para casa”. Rsrsrs
Depois te retorno.
Abraço
Sensacional Post,
base pra vida. E traz uma “receita de sucesso” que vem sendo replicada por várias e várias vezes.
O FrugalSImple que sou fã e escreveu por aqui, bem como o MMM, além de tantos outros defendem absurdamente essa bandeira.
E pra minha surpresa, sem tanto “detalhe técnico”, mas com a ímpar experiência de vida, demonstrou-me a importância disso.
Sua aplicação requer treino, é claro, mas estou conseguindo!
Dê uma passada lá no blog,
https://funcionariopublicoinvestidor.blogspot.com.br/
Abc,
FPI
Obrigado, FPI! E parabéns por estar no caminho certo!
Abraços