Como eu já disse em diversas outras ocasiões aqui no blog, precisamos “consumir” com certa regularidade algumas ideias a fim de manter nossas mentes em níveis estáveis de sanidade.
Eu digo isso porque somos expostos, diariamente, a uma publicidade violentamente voltada ao consumo sem responsabilidade, ao “ter” em detrimento do “ser”, às aparências em prejuízos da essência.
E quando eu digo publicidade, eu não estou me referindo apenas a aquela mídia tradicional, veiculada formalmente por meio de anúncios publicitários em outdoors, revistas, TV, jornais, rádio e Internet.
Não. Eu me refiro também à publicidade disfarçada, à publicidade ambulante, veiculada pelas próprias pessoas ao nosso redor, que nos instigam, com seu estilo de vida inflacionado, baseado em ostentação e exibicionismo, a também consumir de modo irresponsável. Ou você acha que a maioria das pessoas consomem apenas para elas?
Não! No mundo hiperconectado de hoje, as pessoas consomem principalmente para exibir e ostentar. Nas redes sociais, o que mais vemos são pessoas ostentando viagens de luxo, coisa e bens materiais, como roupas da última coleção, gadgets que acabaram de adquirir, comidas em restaurantes de luxo… e, é claro, isso gera o efeito “bola de neve” pois, como os seres humanos também aprendem por imitação, os seguidores dessas pessoas tendem naturalmente a ter vontade de terem, experimentarem e ostentarem as mesmas coisas e as mesmas “experiências”.
Nós nos importamos demais com coisas que nos importam de menos
Mas isso não se restringe ao mundo online.
Olhe – ou pense – na garagem do prédio onde você mora ou do edifício onde você trabalha, ou, ainda, do shopping que você frequenta. Você se sente incomodado ao ver somente carros full size, SUVs, e veículos de marcas europeias de luxo rodeando… seu modesto Honda Fit?
Se você se sente realmente incomodado, você é um potencial candidato para imitar seus colegas/vizinhos/desconhecidos, e comprar um carro equivalente ao deles. Afinal, como eu nunca canso de repetir, se a propaganda – oficial ou a ambulante – puder envergonhar alguém, ela terá um consumidor em potencial.
Você se sente envergonhado ao ver que todos os seus colegas de escritório já adquiriram o iPhone 7 Plus de 256 GB, pelo qual pagaram a bagatela de R$ 4.899, e você ainda com o Moto G de segunda geração, que custou menos de R$ 500? Pois eu digo uma coisa: vergonha deve ter quem dilapida o próprio patrimônio com produtos descartáveis! E ainda financiado!
A solução para esse estado caótico de coisas
Uma coisa é certa, diante de todos os exemplos acima citados: os desejos humanos são ilimitados.
Por outro lado, temos que conviver com nossos recursos financeiros, que são limitados.
Qual é a solução?
A resposta: contentamento. Contentar-se com aquilo que você já possui. Valorizar aquilo que você já tem. Limitar seus desejos.
O fato é que hoje em dia as pessoas buscam técnicas, dicas e truques para maximizar o orçamento doméstico, e gastar menos em suas compras.
Isso é normal e corriqueiro, não há nada de errado nisso, e, inclusive, esse tema é tópico frequente de posts no blog, como aqui e aqui.
Porém, existe uma estratégia ainda mais poderosa para economizar dinheiro e ter um futuro mais brilhante e com mais opções: é exercer o poder mental que existe dentro de você, mudando a “chavinha” da sua mente, e passando a valorizar mais tudo aquilo que você já conquistou.
É, em suma, reprogramar sua mente, para ter uma mente de milionário, de rico, e não uma mente de pobre. É a mentalidade, acima de qualquer outra coisa, que diferencia pessoas saudáveis financeiramente, de pessoas pobres financeiramente.
A verdade é que as pessoas e as empresas passam pela sua vida, especialmente sobre sua atenção, como um rolo compressor. Eles ficam dizendo a todo instante, de modo direto ou indireto: “você só será feliz se gastar R$ 400 nesse par de sapatos; prove a comida “gourmet” desse restaurante hiper mega chique e veja a maravilha da “experiência” de comer num restaurante estrelado; tenha um carro com motor 3.4, GPS e o escambau, e veja a maravilha que o conforto da tecnologia lhe proporciona”; e por aí vai.
Sua atenção é um de seus ativos mais valiosos, pois é pelo cérebro que as empresas e as pessoas chegam ao seu bolso: te convencendo de que o que você tem não presta, fica muito mais fácil fazer você gastar dinheiro com coisas que você não precisa. Entendeu?
O objetivo das empresas voltadas ao consumo de massa, e das pessoas que exibem um estilo de vida inflacionado, é aumentar as distrações sobre sua mente, pois, fazendo você ficar mais distraído, e, portanto, menos concentrado, fica muito mais fácil diminuir e esgotar sua força de vontade, ou seja, diminuir sua resistência às compras.
Por tudo isso, essa não é uma área para os fracos de cabeça. Você precisa ter uma mentalidade muito forte para conseguir viver e conviver com tanta gente consumindo feito um louco ao seu redor.
E é disso que esse blog trata, e é por isso que você chegou até esse parágrafo do artigo: porque você quer treinar sua mente, porque você quer ser forte mentalmente, porque você quer construir pilares cerebrais capazes de bloquear qualquer tentativa furiosa de consumo partindo seja de pessoas estranhas, seja de pessoas conhecidas.
Publicidade de consumo não é páreo para mentes determinadas: pessoas decididas sabem muito bem o que querem comprar, quando comprar, o que comprar e onde comprar, bem como o que evitar comprar. Elas gastam as coisas, em vez de fazerem gastos com coisas.
Os 3 benefícios da prática da arte do contentamento
Quando você pratica a arte do contentamento, muitas coisas boas acontecem na sua vida.
Primeiro, você realiza uma melhor “alocação de energia”. Em vez de canalizar energia buscando técnicas para economizar com compras, que é importante e útil, mas demanda mais energia (mental e física), você simplesmente não compra, ou seja, gasta menos energia.
Sua energia vital é direcionada para apreciar aquilo que você já tem, ou seja, você maximiza a utilidade daquilo que conquistou em épocas passadas. Sua atenção não é direcionada para novos objetos, mas sim é focada em como melhorar a utilidade das coisas já compradas. Você simplifica sua vida. Você pode até estar adotando um estilo de vida minimalista, sem saber!
Segundo, é claro, existe uma relação de causalidade física concreta na prática dessa arte: quando você se contenta com aquilo que você já possui, você economiza dinheiro. Sobra mais dinheiro na sua conta. Mais dinheiro na conta significa menos stress, menos dívidas, menos preocupações financeiras. Você não é consumido por aquilo que você consome. Você assume o controle do dinheiro, em vez de o dinheiro estar te controlando. Que tal?
Terceiro, e talvez o mais importante, praticar a arte do contentamento, que é um estado de espírito digno somente de mentes mais elevadas, te trará um benefício que muitas pessoas, infelizmente, por culpa delas mesmas, não terão. E o benefício é esse: um futuro brilhante e com muito mais opções.
Não se trata apenas de ter mais dinheiro hoje. Quem valoriza o que já tem, e faz disso um hábito, economiza dinheiro hoje, amanhã e depois de amanhã. Economiza dinheiro nesse mês, em dezembro e em janeiro. Economiza dinheiro nesse ano, no ano que vem e nos anos seguintes. E investe toda essa grana.
O efeito cumulativo dos juros compostos sobre grandes somas de dinheiro economizadas ao longo de vários anos é fenomenal e impressionante: você acaba conseguindo formar um patrimônio de ativos tangíveis bem antes do planejado.
E ter mais opções no futuro não significa apenas “ter mais dinheiro pra gastar lá na frente”, como poderíamos imaginar à primeira vista. Significa também ter segurança financeira em épocas de incerteza, significa ter estabilidade e noites sossegadas de sono, significa ter a possibilidade de gastar seu tempo como bem entender, significa também ter a possibilidade de fazer mais doações, e, assim, multiplicar os efeitos positivos do dinheiro; significa, enfim, ampliar seu grau de liberdade.
Conclusão
Como disse a leitora Vânia certa vez, não existe tema “gasto” ou “batido” demais que não possa ser novamente colocado em pauta, pois a educação financeira também é isso: é alimentarmos nosso cérebro de modo regular com nutrientes mentais que fortaleçam nossas estruturas psíquicas contra a massacrante publicidade voltada à priorização de um estilo de vida baseado em gastos excessivos.
É nesses momentos, aliás, que me vem à mente uma lição do William Bernstein. Perguntaram a ele se não seria entediante ficar repetindo sempre as mesmas coisas – isto é, a necessidade de economizar dinheiro, de investir de modo regular, de fugir das altas taxas de administração e dos altos custos dos investimentos etc. – em seus livros. E ele respondeu que não, pelo simples fato de que uma quantidade muito maior de mentiras sobre finanças circula em nosso meio.
E eu penso que o raciocínio dele se encaixa perfeitamente no contexto do artigo de hoje. A quantidade de pessoas que exibem um estilo de vida inflacionado é muito maior que a quantidade de pessoas que sabem lidar bem com seu dinheiro. Daí a necessidade de lermos constantemente artigos com temas como os tratados hoje: para que reforcemos continuamente a ideia de que se contentar com aquilo que você já tem é uma das melhores e mais produtivas maneiras de viver uma vida plena e com mais significado. 🙂
Créditos da imagem: Free Digital Photos
p.s.: coincidentemente, nessa semana ocorre a famigerada Black Friday Brasil. Se você ficar tentado a comprar algo de que não precisa, volte a ler esse texto: talvez assim você consiga bloquear impulsos de consumo desnecessários, que nada acrescentarão à sua vida, exceto mais uma tralha para se preocupar, e mais uma dívida para pagar. 😉
Guilherme,
Muito bom e apropriado o seu post, ainda mais por ser a semana da Black Friday e pela proximidade com as festas de final de ano e seu desenfreado e rotineiro consumo, que infelizmente tem sido passado de geração em geração de forma cada vez mais intensa.
Gostei da frase inicial do post:
“Precisamos “consumir” com certa regularidade algumas ideias a fim de manter nossas mentes em níveis estáveis de sanidade.”
E como você disse no final, o ponto de vista do William Bernstein é realmente muito coerente, pois com tantas influências ruins nesse sentido, se não prestarmos atenção, a chance de entrarmos no círculo vicioso do consumo pode ser considerável.
Eu também gosto da ideia do minimalismo, viver mais com menos, ter o que realmente importa, pois o não excesso acaba nos tirando o estresse da organização, manutenção, ânsia por mais compras, etc. Eu acredito que é uma técnica muito boa, mas com equilíbrio.
Em relação ao consumo, ao longo dos anos consegui desenvolver uma estratégia que para mim funciona bem na maioria das vezes. Sempre penso se o produto vai realmente me trazer algo que anseio muito, como felicidade, senso de realização, dignidade, paz, felicidade, tranquilidade, harmonia, etc. Enfim, analiso se aquela compra vai me proporcionar algo bom de acordo com meus objetivos ou se vai me distanciar ainda mais dele. E a grande maioria das coisas que eu gostaria de talvez ter não passa nesse teste.
Depois de algum tempo, percebo que foi melhor mesmo não comprar, pois o custo x benefício não valeria a pena. Além disso, muitas vezes acabamos comprando muitas coisas que acabam nos prejudicando no alcance dos objetivos prioritários ou mais significativos.
Além disso, o planeta não aguenta mais tanto excesso de consumo e qualquer diminuição nesse sentido é sempre bem vinda.
Gostaria de compartilhar 2 videos que postei no meu blog sobre isso:
http://simplicidadeeharmonia.blogspot.com.br/2013/05/a-historia-das-coisas-annie-leonard.html
http://simplicidadeeharmonia.blogspot.com.br/2016/11/a-historia-das-solucoes-annie-leonard.html
Boa semana!
Oi Rosana, excelentes comentários!
Gostei bastante dos critérios que você usa para avaliar a compra de um produto. É muito importante ser racional, objetivo e até um tanto quanto “frio” na hora das compras, para tirar o melhor proveito possível delas – ou da falta delas.
Gostei muito dos vídeos que você compartilhou!
Abraços!
🙂
Bacanas os videos!
Guilherme, faço minhas as suas palavras.
E por coincidência, há meia hora publiquei um texto no meu blog que tem tudo a ver com o assunto desse seu artigo.
Será que a semana da BlackFriday nos fez pensar nos mesmos assuntos rsrs?
Grande abraço!
Obrigado, André!
Realmente, gosto bastante dessa “sintonia de pensamentos” entre os diferentes blogs, discorrendo sobre os mesmos assuntos. Isso demonstra haver uma identidade cerebral que nos une e nos fortalece.
Abraços!
Excelente post!
Eu falo isso sempre com minha esposa. Meu celular vai completar 3 anos e eu não penso em comprar outro tão cedo. O meu anterior durou mais ou menos isso.
Eu só troco se der defeito e tenho o maior cuidado para ele não quebrar.
O mesmo se aplica a tudo. Meu notebook eu comprei em 2007 e está funcionando bem. Para que eu preciso de um notebook novo se passo a semana no trabalho e acesso a internet mais pelo celular?
Tento esticar ao máximo a vida útil das coisas que compro. Eu quero comprar uma TV 4k, assisto muito filme e série e gostaria de um TV melhor. Mas minha TV tá funcionando bem e atende as minhas necessidades. Já decidi que só irei comprar outra quando, e se, a minha der defeito.
Uma dica que eu dou para quem quer gastar menos é se livrar de cartão de crédito. Já tem uns 2 anos que decidi ter somente um cartão de crédito e combinei com minha esposa de que usaríamos somente o meu, assim fica mais fácil controlar com o que estamos gastando e ficamos limitados pelo limite do cartão.
A uns 4 anos atrás eu pagava em média de 3,5 a 4k por mês nos cartões. Ficando com um cartão só, minha parte na fatura fica sempre em torno de 2,5k.
Obrigado, Dedé, e parabéns pelos exemplos!
Você é mais uma prova fantástica de que é plenamente possível viver conservando ao máximo os recursos e bens que já possuímos!
Abraços!
Simplesmente formidável, é exatamente um retrato da nossa sociedade quanto à relação que se tem com o consumo. Quiça todos pudessem internalizar todos os conselhos que estão distribuídos nesse artigo, assim, tenho certeza que até os preços cairiam. Tenho saudades de quando se fabricava bens de consumo realmente duráveis. Lembro do ferro de passar que havia manutenção e durava, durava…do liquidificador, da TV, do rádio, inclusive do carro…rs…rs… Hoje nada dura, em nome da tecnologia as pessoas trocam de celular, de tablete, de computador e etc, a cada seis meses, aonde vamos parar?????
Bom, parabéns pelo artigo, tomara que possamos sempre lembrar de cada conceito sobre consumo e consumirmos somente o necessário.
Obrigado, Clerton!
Você disso tudo:
“Tenho saudades de quando se fabricava bens de consumo realmente duráveis.”
Vivemos numa sociedade que preza o descartável. Triste isso.
Abraços!
Quem me dera ter um “modesto Honda Fit”…meu Ka 2002 ta me servindo firme e forte rs
rsrsrsrs…. melhor ainda, Gustavo, parabéns!
Rs…somos em dois e por enquanto está tudo ok. Quando começar a dar insegurança e problemas aí não vai ter jeito.
Belo site e belo post! Valeu, abraços!
A inveja é a inimiga principal da educação financeira. Que Honda Fit que nada! Estou muito satisfeito com meu Gol 2014 e com meu Redmi de 500 reais. Parabéns pelo artigo.
Obrigado, Claudinei, e parabéns pelo exemplo, também!
Gulherme, ótimo post!
Além do relato dessa questão de “ser consumido pelas coisas”, há de se atentar à questão de que os preços das coisas em nosso país são absurdamente caros, diferente da maioria dos países desenvolvidos – e quando o custo de vida é alto, lá, o salário tende a ser mais alto ainda. Então, não é inteligente endividar-se para comprar bens fora do bom senso.
Enfim, temos que ser vigilantes quanto à vida que levamos, não cair na “Matrix”.
Abraço!
Obrigado, Anderson!
Você abordou um ponto muito importante: os preços aqui já são caros por natureza, o que nos exige cuidado redobrado no consumo.
Abraços!
Ler isto na semana de black friday é mesmo um MOTIVADOR para gastar menos 🙂
Obrigado, Carolina!
Parabéns pelo artigo de hoje! Muito apropriado com a semana de descontos que vamos vivenciar. Muitas vezes, descontos falsos…
Amei sua frase: “Você precisa ter uma mentalidade muito forte para conseguir viver e conviver com tanta gente consumindo feito um louco ao seu redor”. Perfeita!!!!!
É isso exatamente o que sinto diariamente.
Acho que o mais difícil não são as propagandas das empresas em si, mas os nossos familiares e amigos. Consomem realmente feito loucos…
Dedé, também penso como você! Se quiser gastar menos, livre-se dos cartões de crédito! A gente sente mais se pagar no débito ou com dinheiro do que se pagar no cartão de crédito. Minha fatura do cartão está altissima, em torno de 3,5k e penso muito se não tivesse esta fatura, no quanto de dinheiro sobraria para investir mensalmente.
Uma das decisões que tomei foi que a partir de janeiro/2017 só comprarei com débito. Já estou antecipando todas as compras parceladas para pagar tudo em dezembro e entrar no ano que vem sem débitos e sem cartão de crédito. Eles não deveriam existir…
Obrigado, Isabela!
E parabéns pelas atitudes, principalmente a de priorizar o cartão de débito, e diminuir o uso do cartão de crédito, tal como fez o Dedé!
Gostei dessa estratégia de antecipar as compras parceladas, e quitá-las todas nesse ano.
Isso me lembrou um velho artigo, que talvez sirva para te inspirar também, por quê não!? => http://valoresreais.com/2011/01/01/iniciar-2011-sem-dividas-melhor-comeco-de-ano-impossivel/
Abraços!
Guilherme, mais um excelente texto. Parabéns!
Ele segue o mesmo estilo de um texto que publiquei no meu blog https://funcionariopublicoinvestidor.blogspot.com.br/2016/10/como-eu-diminui-minha-vontade-de-gastar.html
Visite, veja se gosta!
Espero que você continue com o trabalho neste ótimo blog, que sempre nos brinda com reflexões muita válidas para toda uma vida.
Abc
Olá, FPI, muito obrigado!
Seu artigo é excelente, e vem a calhar nessa época da Black Friday!
Parabéns, e vamos continuar assim, alimentando nossa audiência com nutrientes mentais da mais alta qualidade! 😀
Abraços!
Excelente post, Guilherme! Parabéns pela mensagem clara e direta. Depois que adotei um comportamento no sentido de ter somente as coisas que preciso e que posso arcar, minha vida ficou mais leve e mais tranquila.
E, realmente, é sempre bom bater nessa tecla do consumismo, pois somos bombardeados o tempo todo com estímulos ao consumo irresponsável, como vc bem disse. Se não tomarmos cuidado, acabamos adotando esse comportamento sem nem nos darmos conta.
Obrigado, Rodrigo, e parabéns por ter mudado de vida também!
Abraços
Mais um ótimo artigo para refletir
Obrigado, Marcos!
Perfeito!! Semana passada fui repassar minhas planilhas de gastos desde janeiro e descobri que comprei apenas 1 peça de roupa esse ano (ironicamente uma compra por impulso, uma camiseta do led zeppelin que nunca usei e já passei pra frente). Não tive gastos com roupas, sapatos, coisas para casa, nada. Ao contrário, resolvi fazer um inventário de tudo o que eu tinha e descobri o absurdo de coisas guardadas que havia na minha casa (inclusive presentes do meu casamento que ganhei 10 anos atrás e estavam intocados nas caixas). Doei uma quantidade absurda de coisas e ainda sigo fazendo isso com o objetivo de ter apenas o essencial. Ainda nessa linha, analisando a rotina de casa, cancelei meu combo da oi (tv, internet, fixo) pois não estava sendo usado (nem sabia o número fixo da minha casa e assistia somente a 3 canais da tv fechada). Resolvi ficar com netflix + internet por enquanto e diminuí meu plano do celular. Me reeduquei mentalmente e financeiramente esse ano, e mudei radicalmente. Antes, trabalhava igual uma condenada, fazendo mil plantões e as contas nunca fechavam. Agora, reduzi meus plantões pra menos da metade, não trabalho mais à noite, pago todas as contas e ainda sobra um bom dinheiro pra investir. Vivo mais leve, tranquila e feliz! Quero agradecer à você por ter me ajudado tanto!! Obrigada!!
Nossa, Livre e Leve, excelente depoimento, fiquei bastante contente por ter escrito essas palavras, e pela maravilhosa mudança na sua vida.
Parabéns, e continue assim!
Abraços!
é isso ai! concordo plenamente com o post!
E veio em boa hora visto que a black-fraude é uma ótima oportunidade de comprar oque não precisamos a um preço mais alto! rsrs
Abraços e sucesso!!
Isso mesmo, Riquinho, obrigado e abraços!
Parabéns pelo seu artigo!
Acho muito válida reflexão, principalmente nessa época em que o consumo é tão explorado. E além de tudo que vc expôes, temos que pensar também sobre sustentabilidade, sobre qm fez e em q condições, sobre não só o consumo de itens, mas pq não de calorias….
Esses artigos me fizeram pensar mto também, compartilho com todos
https://www.papodehomem.com.br/quantos-escravos-trabalham-pra-voce/
http://www.insectashoes.com/blog/vida-com-significado-proposito-alem-do-consumo/?utm_source=Insecta+Shoes+Newsletter+-+BR&utm_campaign=f90275bdfb-EMM_Conte%C3%BAdo_07_09&utm_medium=email&utm_term=0_d37e7f3823-f90275bdfb-48636605&mc_cid=f90275bdfb&mc_eid=b276e7df74
http://mmminimal.blogspot.pt/2016/04/porque-precisamos-de-uma-revolucao-na.html
http://revistatrip.uol.com.br/trip/saudavel-coisa-nenhuma
https://blog.gustavotanaka.com.br/hora-de-aceitar-que-o-capitalismo-n%C3%A3o-deu-certo-ce0ab6125049#.lql58g7j9
Obrigado, Luana!
Você disse bem, temos que pensar em termos ambientais a respeito dos impactos do consumo sobre o meio ambiente. Gostei muito dos links!
Abraços!
Então, excelente reflexão Guilherme. Também percebo muitas pessoas que prezam pelo acúmulo de bens materiais. Isso me entristece principalmente quando se trata de pessoas da minha geração (entre 20 e 30 anos) quando os valores já deveriam ter melhorado.
No entanto, podemos fazer um contraponto. Já há muitas pessoas que estão priorizando as experiências em detrimento da posse. É o caso do uber e do airbnb por exemplo (com certeza existem muitos outros exemplos ainda). Por que ter carro se posso andar muito mais despreocupadamente de uber sem me preocupar em ter o carro, guardar o carro, fazer a manutenção, dirigir, abastecer, etc? Por que ter uma casa (ou pelo menos uma segunda casa nesse caso) se posso desfrutar de uma residência em qualquer lugar do mundo como se fosse morador sem me preocupar com todos os inconvenientes que a posse da casa trás?
Vejo com muita alegria esses exemplos que vão surgindo de fininho e torço muito para que se propaguem nas mais diversas esferas.
Verdade, Adriana, ótimos os exemplos citados por você!
Felizmente, há espaço para essas ideias criativas na nossa sociedade, e quem sabe elas um dia não prevalecerão?
Obrigado pelas palavras!
Abraços!
Livro relacionado:
https://www.amazon.com.br/Menos-É-Mais-Francine-Jay/dp/8563277774
Já li esse livro, não gostei muito não. Muito repetitivo.
Assistam o filme “The Joneses” ou no Brasil “Amor por Contrato”.
Valeu pela dica, Uender!
Valeu Guilherme.
Como sempre, mais um belo post.
Muita coisa na vida se aprende por repetição, releitura, ler novamente e imprimir e guardar e ler.
Esse tipo de informação tem que girar em carrossel e ser apresentada de tempos em tempos, até porque “todo dia alguém faz 18 anos” então os conceitos têm que ser reapresentados.
Me sinto muito feliz em exatamente saber que não preciso comprar nada (além do habitual do dia a dia). Sem desejos, sem sofrimento.
Abraço!
Excelente, Frugal, gostei da metáfora de girar o carrossel!
Forte abraço!
Complementando,
Um dos pilares do estoicismo é exatamente o que trata esse post.
1 – Ser feliz com o que já tem.
2 – Visualizar, imaginar como seria a sua vida se você perdesse o que já tem (e assim alegrar-se com o que já tem).
3 – Nós já temos muito mais do que o básico para viver
abraço guilherme!
Isso mesmo, Frugal, lições do estoicismo na prática!
Abraços!
Para variar, mais um excelente artigo amigo. Acompanho o blog a pouco tempo mas o considero uma dos meus favoritos. Como grande parte dos leitores que escrevem nos comentários vivo não em busca de riqueza mas de satisfação pessoal, profissional e afetiva. Os temas que você aborda sempre me interessam bastante já que dois dos meus interesses pessoais, minimalismo e financa pessoal, sempre são abordados de forma direta ou indireta.
Parabéns pelo ótimo trabalho.
Valorizar o que temos! é isso,
Tenho certeza de que todos nós já temos tudo o que precisamos. Temos onde dormir, onde sentar, temos os eletrodomésticos necessários, e mais roupas do que conseguimos usar. Mais coisas não vão nos fazer mais felizes.
A partir de um certo ponto, nossos bens materiais não acrescentam nada ao nosso nivel de bem-estar. Eu me lembro de quando comprei meu primeiro carro. Era um carro popular e bem usado, que comprei com meu proprio dinheiro, aos 22 anos. Ele me trouxe grande alegria, grande felicidade, uma genuina sensação de bem-estar a cada vez que entrava nele e girava a chave. Essa sensação de bem-estar durou um longo tempo. Depois desse, comprei outros carros, melhores, mas já não se repetiu a sensação de felicidade. Ter um carro novo e mais chique não é tão diferente de ter um carro modesto que funcione direitinho.
O mesmo acontece com as outras coisas que temos.
O mercado vai sempre arrumando jeitos de nos convencer a gastar. O ultimo jeito é falar de “experiencias” e não coisas. Ora, experiencias são consumo tbem.
Isso mesmo, Vânia!
A modinha agora é falar das tais “experiências”, compradas no lugar das coisas propriamente dita.
Porém, como você disse acertadamente, experiências também são atos de consumo, então, no fundo, é quase a mesma coisa. 🙂
Fala Guilherme,
Parabéns pelo ótimo texto, mas gostaria também de parabenizar a todos que comentam.
Os leitores do blog dão sempre um show de conhecimento e experiências!
Grande abraço e vida longa ao Blog…
Realmente, Ronaldo, os comentários de pessoas altamente qualificadas contribuem ainda mais para enriquecer as discussões no blog!
Abraços!