Mais um resumão da semana, comentando os acontecimentos mais relevantes da agitada semana que se passou. 😀
Donald Trump surpreende e vence as eleições presidenciais nos Estados Unidos
Dado como “praticamente certa”, pela mídia tradicional nos EUA (majoritariamente pró Hillary), a vitória da democrata Hillary Clinton, causou surpresa no mundo todo o resultados das eleições presidenciais nos EUA, com a vitória do polêmico Donald Trump.
Dentre as milhares, talvez milhões, de análises sobre o tema, destaco particularmente os comentários feitos pelos amigos da blogosfera financeira Soul Surfer e Finanças Inteligentes, que, de certa forma, se complementam, e que refletem também minha opinião sobre o tema.
O Soul disse que uma das principais razões pelas quais Trump venceu foi a insatisfação dos eleitores norte-americanos com suas vidas. De acordo com ele:
“Mas, por que essas pessoas estão insatisfeitas? Elas não estão insatisfeitas porque estamos piorando o ambiente que deixaremos para nossos filhos, ou porque hoje o número de deslocados e refugiados é maior do que no ápice da segunda guerra mundial. Não. Elas estão insatisfeitas porque a sua qualidade de vida, em que pese termos muito avanço na tecnologia, não vem necessariamente melhorando. Elas querem mais empregos com maior remuneração, vizinhanças mais seguras, aposentadorias melhores, sendo todos estes desejos compreensíveis e naturais.
Um ponto que chama, e chamou, a minha atenção sobre Trump, é que via muitos colegas entusiasmados com a possibilidade de sua vitória, pois ele representaria alguma forma de resgate de valores individuais e de liberdade econômica. Isso é algo que não se encontra nas falas do agora novo presidente americano. Ao contrário, acaso ele realmente venha implementar o que disse, é possível que tenhamos uma nova onda de protecionismo nacional, não a expansão do comércio entre as nações”.
Nesse sentido, aliás, é também o pensamento do amigo Jônatas, expresso no comentário que publicou em seu perfil no Twitter:
Já o Finanças Inteligentes acredita que Hillary perdeu para ela mesma, ou seja, por ser (ou aparentar ser) uma candidata muito fraca e com diversos pontos negativos em seu currículo:
“Apesar da experiência na política, Hillary teve uma atuação considerada desastrosa, mesmo deixando de lado os escândalos dos e-mails. O colapso de países como Síria, Líbano e Egito, por exemplo, além da ascensão de diversos grupos terroristas, em especial o estado islâmico, ocorreram justamente quando Hillary ocupava o cargo de Secretária de Estado no governo Obama.
Suspeitas de corrupção também arranharam a imagem da candidata do partido Democrata. Estima-se que a Fundação Clinton tenha recebido cerca de impressionantes 2 bilhões de dólares em doações ao longo da última década. Tamanha generosidade das contribuições das grandes empresas norte-americanas vai muito além das “causas nobres” apoiadas pela Fundação Clinton, onde, por sinal, as despesas com viagens e salários de funcionários (incluindo a filha do casal) superam enormemente os dispêndios com programas sociais. As doações são indício de que essas empresas querem aumentar sua influência sobre Washington ou, em outras palavras, fazer lobby.
Hillary também tem inegável boa relação com o sistema financeiro norte-americano, fato confirmado através das doações volumosas para a campanha presidencial de 2016. Quando disputava as prévias para o partido Democrata, Hillary chegou a propor taxar negociadores de alta freqüência na bolsa de valores e fundos de investimentos não bancários. Antes mesmo de entrar na campanha, Hillary teria recebido 20 milhões de dólares entre 2013 e 2014 para proferir palestras. Grandes players de Wall Street estão entre seus principais clientes.
Além disso, Hillary Clinton não aparenta ser confiável, transparente e honesta. Seus discursos contra a política externa, desigualdade de renda e o poder de Wall Street, por exemplo, vão justamente na direção oposta de suas atuações no passado”.
Apesar de toda a incógnita e imprevisibilidade que orbita em torno do futuro mandato presidencial de Trump, mesmo que ele queira cumprir algumas de suas promessas políticas, terá muitas dificuldades para fazê-las, uma vez que os poderes presidenciais nos Estados Unidos, ao contrário do que ocorre em outros países também com esse tipo de sistema (o presidencialista), são bastante limitados. Nesse sentido, cabe trazer à tona uma anedota política reportada em um artigo de Maria João Guimarães, publicada no UOL:
“O poder do Presidente é assim, para o académico Richard Neustadt, “o poder de convencer”. Para isso, argumentou no seu livro Presidential Power, conta com a sua reputação e prestígio para negociar, a nível interno e externo.
Há uma pequena história que é repetida para ilustrar o que manda um Presidente. É uma tirada de Harry Truman sobre o seu sucessor, Dwight Eisenhower. “Vai-se sentar ali [na Sala Oval da Casa Branca] e vai dizer: ‘Façam isto! Façam aquilo!’ E não vai acontecer nada.”
Torçamos, portanto, para que ele faça um governo minimamente responsável, e que, paradoxalmente, como disse o colunista da Folha de S. Paulo, João Pereira Coutinho, ele seja uma farsa de si mesmo e passe a agir conforme o cargo.
Bolsa de Valores caindo forte abre oportunidades para compra
É claro que a quebra total das expectativas pró-democratas com a eleição de Trump abriu caminho para o pânico generalizado nos mercados financeiros globais.
No Brasil, não foi diferente: tivemos a cotação do dólar subindo de forma vertiginosa, alcançando patamares de valorização diária que não víamos – pasmem – desde outubro de 2008, e a Bolsa, é claro, seguindo em direção oposta, com quedas igualmente vertiginosas.
O IBovespa fechou a semana perdendo 3,92%, aos 59.184 pontos, e, no mês, a queda já chega aos 8,84%.
A queda forte das ações está abrindo uma “janela de oportunidade” para compras, como bem demonstrou o Frugal Simple em excelente artigo (Ainda bem que a Bolsa está caindo) a respeito do tema.
Nesse artigo, ele escreve:
“Agora sim, por que o título do post é esse?
Bem, PORQUE O HOLDER se BENEFICIA quando o papel CAI. É nas quedas que se abre uma pequena janela para ele comprar um papel que gosta por um preço menor e assim adquirir MAIS ações, e assim, NO FINAL, vai terminar com MAIS PATRIMÔNIO.
Imagine duas situações A e B. Na A o papel SEMPRE SOBE (rentabilidade positiva sempre), na B o papel sobe e cai, sobe e cai, sobe e cai, mas no final o saldo final é positivo e em 10 anos ele está no mesmo preço de A que sempre subiu e nunca caiu.
Considere uma mesma empresa com dois cenários diferentes e o prazo de 240 meses no total. Desconsidere inflação e dividendos para simplificar.
Na situação A ele compra R$1000 por mês do papel, o papel custa 20 reais no primeiro mês e sobe 1 real por mês. O investidor SEMPRE vai ver o seu patrimônio e sua RENTABILIDADE positiva, MAS CADA MÊS QUE PASSA ele vai comprar um pouco menos de ações da empresa, já que os R$1000 para investir são fixos. No final desse período ele vai ter um número de ações X e um patrimônio X1.
Na situação B ele compra os mesmos R$ 1000 por mês, o papel custa 20 reais no primeiro mês e sobe e cai muitas vezes, custando as vezes 9 reais, 8 reais, 6 reais, 10 reais. (Perceba que por exemplo, se ele tiver um preço médio de 15 reais num dado momento e o papel cair e custar apenas 10 reais e ele for olhar a rentabilidade, irá ENXERGAR -33%!!). – QUE DOSE HEIN? PORÉM, no final dos 240 meses ele vai ter UM NÚMERO MUITO MAIOR DE AÇÕES da mesma empresa e um patrimônio Y (MUITO MAIOR do que X)”.
No curto prazo, aquilo que os desesperados veem como perda os pacientes enxergam como ganho, pois esses últimos têm visão de longo prazo.
É nessas horas que eu gosto de lembrar uma frase clássica de Warren Buffett:
“A Bolsa de Valores é um mecanismo maravilhosamente eficiente de transferência de riqueza dos apressados para os pacientes.”
Títulos do Tesouro Direto voltando a ficar atraentes
Bem, mas não é somente a Bolsa que está abrindo oportunidades para a compra. Os títulos do Tesouro Direto mais sensíveis às oscilações e pânicos de curto prazo apresentam enorme volatilidade em períodos de tensão política e econômica, e mais uma vez vemos a história se repetindo: janelas de oportunidades se abrindo.
Confiram a tabela abaixo:
Observem que todos os títulos vinculados à inflação voltaram a pagar taxas prefixadas acima de 6% a.a., com destaque especial para o Tesouro IPCA 2026, que está pagando 6,32% a.a. + IPCA.
Até os prefixados puros voltaram a ficar mais atraentes, com menção relevante para o Tesouro Prefixado 2023, que está pagando 12,13% a.a. brutos – convém recordar que, até poucos dias atrás, todos os prefixados estavam pagando na faixa dos 11.xx% a.a.
Banco do Brasil voltará a oferecer a conta digital, mas com serviços bem limitados
Depois de toda a polêmica envolvendo o fim das contas digitais pelo Banco do Brasil, que foi anunciado aqui no blog em primeira mão, eis que esse banco resolve meio que voltar atrás e relança essa conta, mas de modo bastante limitado.
Serão duas modalidades de contas. Uma conta será gratuita, e a outra será paga, custará R$ 9,90 por mês, conversíveis em créditos para celular.
Embora sejam contas que poderão ser abertas via celular, o problema maior reside no fato de que serão contas basicamente para pagamentos, com limite de movimentação mensal de ridículos R$ 5 mil, e sem serviços de crédito e investimentos associados.
Raul Moreira, vice-presidente de negócios de varejo do BB, disse, em entrevista para a Folha de S. Paulo, de forma expressa, que “não existe a intenção do banco em criar uma gratuita”.
Como bem apontou o leitor Robson em comentário feito ontem,
“Infelizmente só tornaram a conta digital uma conta essencial digital. Se por um lado é bom, o maior benefício da conta digital que era justamente o TED/DOC sem custo foi retirado.
De qualquer forma, é uma oportunidade de ter uma conta sem tarifa. Só que, nesse caso, eu não vejo mais vantagem que a essencial, já que ela não te dá cheques”.
É lamentável, profundamente lamentável, que o Banco do Brasil aja dessa forma, criando severas limitações para esse tipo de conta, a ponto de praticamente inviabilizá-la para o uso cotidiano de milhões de clientes.
Tal como eu disse no Twitter, é como se o banco apostasse na ignorância financeira da maioria da população como forma de garantir a manutenção de seus bilionários lucros trimestrais.
É por essas e outras que o melhor caminho continua sendo o de espalhar a cultura da educação financeira, que tem como um de seus pilares a construção de relações bancárias menos onerosas possíveis para o consumidor. Nesse sentido, não cansamos de divulgar a existência de alternativas de contas bancárias digitais totalmente gratuitas oferecidas pelos bancos concorrentes, como a iConta do Itaú (que parece que também está, lamentavelmente, reduzindo as opções de serviços gratuitos), a DigiConta do Bradesco, e especialmente a Conta Digital do Banco Intermedium.
E você, o que achou dessa atitude do Banco do Brasil?
Agradeço aos diversos leitores que me enviaram a notícia de que o BB estavam “relançando” essa modalidade de conta!
Tenham todos uma ótima semana! 😀
Olá Guilherme, além das ações e títulos do tesouro, outra modalidade de investimento que pode ficar atraente são os fundos de investimentos imobiliários, depois de um longo período de alta.
Um grande abraço.
É verdade, amigo, vale também a pena dar uma olhadinha nos fundos imobiliários!
Abraços!
Olha eu no VR… muito obrigado pela lembrança meu amigo!
6,31% no IPCA 2024, eu estou adorando… é o meu título há anos.
Conta Digital do BB é minha conta corrente, também tenho conta no Santander sem custo, mas com limite de ted/doc. Se o BB criar dificuldade eu mudo de banco.
Gui, abraço e boa semana!
Jônatas,
Que legal seu novo blog, gostei!
Desejo-lhe sucesso,
Rosana
Obrigado Rosana!
Mas o espaço é mais para marcar presença online mesmo do que voltar a blogar.
Abraço!
Jônatas,
Que pena não ter a pretensão de voltar a blogar por enquanto. Mas quem sabe futuramente, não é? Seus textos são ótimos!
Abraços,
Legal, Jô, não sabia que você tinha voltado a blogar, gostei muito do formato, parabéns!
Sucesso pra você!
Oi Gui, não voltei não…
Apenas continuo marcando presença online, realizo palestras e consultorias na área de educação financeira e ter presença online é fundamental.
Fora que às vezes me dá uma vontade de escrever.
Abraço!
Legal, Jô, sua presença digital é muito importante!
Abraços!
Olá Guilherme,
Obrigado pela citação mais uma vez. Nosso BC potencializou o efeito Trump. Com exceção do México, lá fora o ambiente está mais light.
Abs,
Realmente, FI!
Quanto à citação, eu faço questão e gosto de mencionar trabalhos tão bem feitos, quanto os seus.
Abraços!
Esta é a primeira vez desde que invisto que estou vendo TD com rendimentos negativos e isso está sendo muito bom!
Epa, como assim?
Em primeiro lugar, isso serviu para eu saber como iria me comportar ao ver no dia de hoje (14/11/2016) minha carteira do TD desvalorizar em R$3200,00…
Eu fiquei muito calmo e ciente de que isso não impactará dentro da minha estratégia que é de longo prazo (2027).
Já por outro lado, fico triste por não ter mais dinheiro para comprar novos títulos com estes excelentes rendimentos, só vou ter novos valores nesta próxima sexta-feira.
Já os IPCA que comprei em Janeiro de 2016 a 7.51 então indo muito bem, com rendimento acumulado de 19.81 para a minha alegria, hehehehe…
E que venha a sexta-feira.
Forte abraço!
Legal, William, parabéns, essa é a estratégia de longo prazo que se deve adotar!
Parabéns pelos rendimentos acumulados até aqui!
Abraços!
Mas para quem já tem a Conta Digital (leia-se pacote digital BB) no formato antigo, como é que fica????
O BB deve honrar esses contratos, deixando-os inalterados.
Muito legal a análise. Estou iniciando os investimentos no Tesouro Direto, uma parte com vencimento em 2019, que pretendo carregar até o final e outra em Tesouro selic, para poder mexer quando precisar.
Obrigado, Janaína, e parabéns pela atitude de ter começado a investir!
Olá a todos, comecei neste ano a estudar sobre investimentos. Quero ser capaz de tomar minhas próprias decisões neste assunto e espero que elas sempre sejam baseadas em dados e que façam sentido.
Tenho acompanhado o Tesouro IPCA 2019 e, como dito neste post, ele teve uma boa evolução nesta semana, então pensei que seria o momento de comprar.
Entretanto, nesta semana, o Mauro Halfeld disse em sua coluna na CBN: “sinal verde para tesouro Selic, fundo DI e renda fixa com juros pós fixados e sinal vermelho para fundos de inflação, tesouro IPCA, papéis pré fixados e para as ações”.
Ainda nesta semana, ele chegou a recomendar um ouvinte que vendesse a metade do tesouro IPCA 2035 que havia sido comprado no começo do mês e observasse o mercado mais alguns poucos dias para vender a segunda metade. Esse dinheiro, ele recomendou que fosse investido no tesouro Selic e talvez em fundos cambiais.
Já que eu estava pensando em comprar IPCA 2019, gostaria então de saber se alguém saberia explicar essas recomendações dele. Por que evitar o IPCA e priorizar o SELIC?
Agradeço desde já!
Guilherme,
““sinal verde para tesouro Selic, fundo DI e renda fixa com juros pós fixados e sinal vermelho para fundos de inflação, tesouro IPCA, papéis pré fixados e para as ações”.”
Eu também não entendi, pois as taxas dos títulos indexados ao IPCA parecem boas no momento. Ou não?
Em relação ao BB, acho que agora é a oportunidade dos bancos menores como o Intermedium conseguirem essa fatia do mercado que está ficando insatisfeita com os bancos de varejo, que já ganham tanto com empréstimos e com as altas taxas de administração dos fundos. Mas que sempre querem mais…
Abraços,
A análise do Mauro é o que acontece quando se divide o mundo entre o branco e o preto. Ele deve ter colocado o Tesouro IPCA na parte “vermelha” pois a inflação tende a cair e alcançar o centro da meta (4,5%).
Mas pra longo prazo, ter a certeza de ganhar 6,2% acima da inflação é ainda muito bom. Mesmo no curto prazo, é muito bom pra renda fixa de títulos públicos.
O pensamento dele deve ser que se a inflação estiver controlada dentro de uns 5% ao ano pros próximos períodos, então teoricamente o pré-fixado está pagando mais (12,2% – 5% = 7,2% de ganho real).
Se estou satisfeito com o retorno dado pelo Tesouro IPCA pretendido em termos de ganhos reais, compro. Considero essa taxa de 6,2 interessante, principalmente para o balanceamento de carteira que pretendo. Mas a análise das as alternativas do TD cabe a cada um. Façam a de vocês.
Abraço!
Isso mesmo, eu endosso a explicação do Leonardo a respeito do comentário do Mauro Halfeld.
Quanto ao BB, é o que a Rosana disse, tomara que os bancos de menor porte consigam abocanhar essa fatia ou lacuna de mercado criada pelos grandes bancos.
Abraços!
Guilherme e Leonardo,
Agradeço pelas respostas, agora ficou bem claro para mim sobre o TD.
Abraços,
De nada, Rosana, e bons investimentos! 🙂
Também agradeço a ambos pelas explicações!
Abraço
Guilherme, não acha que deveria se expor ao bitcoin? Andei lendo recentemente e fiquei impressionado como ele pode tomar parte do mercado do comércio eletrônico, paraísos fiscais, ouro e demais investimentos. Acho que, para tanto potencial (o pessoal da fintech só fala de bitcoin e blockchain atualmente), um valor de mercado de 11,5 bilhões de dólares é uma poeira ainda.Sem contar a propriedade de não-correlação com os demais ativos.
Qual a sua opinião? Obrigado!
Oi Anônimo, por enquanto, eu não tenho nenhuma experiência com o bitcoin, portanto, não posso opinar sobre.
Abraços!
Minha conta no BB está parada há 6 meses, nada entra e nada sai. Estou tão feliz.
Você poderia dar mais informações sobre a iConta do Itau reduzir o pacote de serviços?
Segundo um comentário de um leitor, ela contemplava uma franquia mensal de folhas de cheque, que agora não existe mais e passou a ser tarifado: https://www.itau.com.br/_arquivosestaticos/Itau/PDF/tar-itau-iconta-gr.pdf
Achei bom o BB fazer uma conta com menos beneficios. Ninguem trabalha de graça. Quando uma TED volta por erro de dados, o cliente gratuito vai lá encher o saco… entao que pague pelo serviço.
O limite de transf. de 5 mil mensal está muito bom pra quem quer uma conta gratis. Se voce ganha acima de 8 mil bruto e deseja um limite maior, acho que pagar 20 reais por mes é bem justo.
Nao sei porque o povo acha que banco tem que ser gratuito.
Se pode ser gratuito, melhor. Sou o cliente, não o banco.
Sou casado e já tenho 37 anos e a cada ano que passa fico mais preocupado com o futuro. Hoje posso resumir assim: tenho uma casa própria, um apto no valor de R$ 136.000,00 alugado mas, que só tem me dado trabalho pois o liquido mensal dele é de apenas 550,00 reais. E uma cota de outro apto comprado através de cooperativa que já paguei 127.000,00 e devo outros 117.000,00 que pago mensalmente 1900,00 reais e corrigidos pelo CUB. Estou pensando em vender o apto e a cota paga de forma parcial para levantar 263.000,00 e começar a investir, sendo parte em Tesouro IPCA (NTN-B principal), parte em algum FI com taxa de administração de até 0,5% e outra parte em CDB a 117% do CDI. Como ainda não aprendi a movimentar ações no Ibovespa, mas estou estudando para ir aprendendo você acha esta minha proposta conservadora? Ah, e teria os 2 mil mensais livres para fazer novos aportes. Se outros colegas quiserem contribuir, toda sugestão é bem-vinda.
Vou dar uns pitacos. Imóvel não tem sido um bom investimento, os especialistas em finanças tem recomendado que não se compre imovel. Mas se a pessoa JÁ TEM o imovel, nem sempre vender é uma boa solução.
Vamos pensar no apto de $136.000,00. Em épocas de pouca demanda como a atual, ninguém consegue vender pelo preço cheio, terá que dar desconto. Vamos dizer que vc consiga vender por $123.000,00. Se tiver contratado um corretor, terá que pagar a ele uma comissão de uns $7.000,00. Sobraram 116.000,00.
Terá que pagar IR de 15% sobre o lucro. Vamos dizer que vc tenha comprado esse apto por, sei lá, $70.000,00. Então o IR sobre a venda será de $7.950,00.
Fazendo todas as contas, vc receberá um liquido de $108.050,00. Esse é o valor que vc terá para investir. Nesse caso, se vc aplicar o dinheiro no Tesouro ou em CDB, a rentabilidade real, descontada a inflação, não será mto diferente dos $550,00 que vc recebe de aluguel. Se o imovel está alugado, e o inquilino é pontual, TALVEZ seja o caso de aguardar uma época de valorização imobiliária para vender. É questão de fazer as contas, com os dados reais que vc possui, e analisar.
Já o apto em construção, esse em tese é bom vender já. Esse vc ainda não pagou, está pagando, isto é, está colocando nele, todos os meses, um dinheiro que poderia estar investindo de forma mais rentável. Está sujeito a atrasos, problemas com a construtora. Qdo o apê finalmente ficar pronto, terá despesas com a documentação, etc. Vc está pensando em vender pelo preço que pagou, então a questão do IR está descartada. Olhando assim de longe, eu diria que sair fora dele é a melhor opção.
Concordo com a Vânia, ótimas ponderações!