Esse artigo não é para todos. Aliás, a bem da verdade, creio que atingirá somente uma minoria do público leitor desse blog.
Mas é uma minoria que precisa urgentemente de ajuda, porque é constituído de pessoas que perderam as rédeas da vida financeira, e estão endividadas. Gastaram mais do que podiam, e agora se veem em apuros, com cartas de cobrança chegando toda semana, emails chegando na caixa postal sugerindo negociação de dívidas etc. etc. etc.
E, embora sejam minoria no blog, são a maioria absoluta no Brasil, que, de acordo com o IBGE, constatou: mais de 60% das famílias brasileiras estão endividadas.
Artigos relacionados aos investimentos em Letras de Crédito Imobiliário, formação do colchão de segurança, viabilidade de investimentos no Tesouro SELIC, multiplicação do patrimônio por 10 com o Tesouro IPCA+, que tantas vezes publicamos aqui no blog, não fazem parte do universo e da realidade dessas pessoas. Por quê? Ora, porque essas pessoas não têm um mísero real para investirem. Estão com patrimônio líquido negativo, completamente comprometido com dívidas e mais dívidas, encargos e mais encargos, juros e mais juros, prestações e mais prestações…
O foco delas é outro: é como administrar e, principalmente, eliminar dívidas. A sua situação não lhes permite esse “luxo” de investir dinheiro, pois gastam mais do que ganham, ficam rolando dívidas nos cartões de crédito, e ostentando um padrão de vida absolutamente incompatível com sua renda familiar. Há pessoas que ganham R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 15 mil e até R$ 20 mil que são incapazes de fazer sobrar um mísero real em sua conta-corrente. Você conhece pessoas assim? Eu conheço. E não são poucas.
Tudo é consumido por dívidas, por 48 parcelas de compras nos cartões de crédito, por 934 prestações de financiamento imobiliário, por 60 parcelas de empréstimo consignado… um horror!
Pois esse artigo foi feito para você, meu caro devedor: tome uma atitude inteligente, a partir de agora, e comece a arrumar sua vida financeira. Tá na hora de “limpar a barra”, parar de gastar tanto, zerar o estoque de dívidas, e principalmente começar uma vida onde você possa respeitar o dinheiro, que ultimamente (mal) chega até você. Abaixo descrevo uma série de 7 passos para você começar a melhorar sua vida financeira e, quem sabe, no futuro, começar a fazer parte do universo das pessoas que comentam – e muito! – nos meus posts sobre investimentos.
7 passos para eliminar dívidas
1. Registre suas dívidas. Coloque no papel e liste todas as dívidas que você possui, desde os valores que você deve no cartão de crédito até as prestações do empréstimo consignado, e estabeleça um plano de parar de fazer novas dívidas.
2. Tente negociar as dívidas. Muitas vezes, só com uma ligação ou visita ao banco, você renegocia a dívida em juros mais baixos, se prometer que dessa vez vai pagar — o que pode ser particularmente importante em dívidas de juros altos (cheque especial e rotativo do cartão), onde o efeito dos juros compostos é especialmente perverso.
3. Priorize o pagamento de dívidas de juro mais alto. Há pessoas que, com uma dívida de R$ 1.000 e 1% de juros a.m., e uma de R$ 10.000 e 10% de juros a.m., prefere pagar a primeira antes para se ver livre dela. Mal percebe que, mês que vem, o saldo devedor da segunda será de R$ 11.000 (afinal, são 10% de juros a.m.), ou seja, você devia R$ 1.000 + 10.000 = R$ 11.000 num mês, e continuava devendo R$ 11.000 no outro, sem ter saído do lugar. Por isso, a primeira dívida a ser paga deve sempre ser aquela que os juros são maiores. Não adianta inventar outro critério (grato ao leitor SwineOne pelo envio das dicas 2 e 3!).
4. Cancele gastos futuros não essenciais. Uma das melhores maneiras de fazer sobrar dinheiro, a curto e médio prazos, consiste em cancelar gastos futuros não essenciais. Uma viagem cancelada, por exemplo, faz com que você não faça novos gastos não apenas com passagens, mas também com gastos futuros de hotéis, refeições, souvenirs, seguros-viagem, moeda em espécie, IOF sobre compras internacionais com cartão de crédito, ingressos e passeios associados a essa viagem. No post A crise apertou? 17 dicas antipáticas (mas eficazes) de economizar dinheiro demos várias dicas de como tornar o orçamento doméstico mais enxuto.
5. Pare de jogar na loteria. Um dos gastos que mais crescem entre os endividados é o relativo às apostas de loterias e títulos de capitalização. É automático: quanto mais a pessoa se afunda, mais dinheiro ela torra em jogos de azar. Isso é problemático não apenas do ponto de vista financeiro, por motivos óbvios, mas principalmente do ponto de vista psicológico, pois, ao aumentar os gastos com loterias e títulos de capitalização, você também alimenta a crença de que a capacidade de criar riqueza está fora do seu controle, e não sob seu controle. Ora, você deve gastar seu tempo (e seu dinheiro) focado em melhorar aspectos de sua capacidade de adquirir controle sobre sua situação financeira, e não ficar delegando esse controle a terceiros.
6. Estabeleça metas mensais de diminuição das dívidas. É importante você definir objetivos mensais de redução das dívidas, não só para se motivar, mas para efetivamente perceber que é possível retomar o controle de sua vida financeira. Se, depois de registradas todos os seus passivos, você perceber que tem um saldo de R$ 25.150,50 de dívidas, tenha como meta fechar o mês de fevereiro com R$ 24.000,00 de dívidas; no mês de março, com R$ 23k de dívidas; no mês de abril, com R$ 22 mil em dívidas, e assim sucessivamente, até zerar completamente o estoque de passivos.
7. Pare de inflacionar seu estilo de vida. Isso é muito comum: a cada aumento de salário, a pessoa aumenta a média mensal de gastos. Se antes ganhava R$ 7k e gastava R$ 6k, com um aumento salarial para R$ 10 mil, a pessoa se acha no direito de aumentar a média mensal de gastos para R$ 9 mil. Quando ganha uma promoção ou troca de emprego e o salário vai a R$ 15k, ela dá um jeito de os gastos aumentarem para R$ 14 mil por mês.
Tudo errado! Inflacionar o estilo de vida é entrar numa espiral ascendente de consumo que em nada te beneficiará, pois só irá aumentar sua preocupação com aparências externas e sobre o que os outros irão dizer a seu respeito. Preocupe-se menos com o que os outros irão dizer a seu respeito é um bom ponto de partida para estabelecer padrões de consumo mais responsáveis e mais aceitáveis para sua vida.
Conclusão
Não se sabote financeiramente e entenda que segurança financeira é muito mais importante do que consumo e gastos, e você só terá segurança financeira a partir do momento em que tomar a decisão certa de gastar menos do que ganha.
O processo de eliminação das dívidas não ocorre da noite para o dia: é longo, doloroso e exige a adoção de medidas chatas e ruins, ainda que temporárias, mas absolutamente necessárias.
Zerar dívidas e começar a economizar dinheiro é importante, sobretudo, porque lhe dará um bem que não se vende nas vitrines das lojas: é o bem da liberdade psicológica, de não ficar preso a terceiros pelas correntes do crédito e do consumo.
Por isso, encerro esse artigo com o mesmo texto com que o comecei. Faça um favor a si mesmo: comece a economizar dinheiro.
Créditos da imagem: Free Digital Photos
Guilherme,
Acho que faltaram duas dicas importantíssimas aqui, para tornar o trabalho de eliminação das dívidas mais produtivo:
1. Tentar negociar a dívida: muitas vezes, só com uma ligação ou visita ao banco, você renegocia a dívida em juros mais baixos, se prometer que dessa vez vai pagar — o que pode ser particularmente importante em dívidas de juros altos (cheque especial e rotativo do cartão), onde o efeito dos juros compostos é especialmente perverso;
2. Prorizar o pagamento de dívidas de juro mais alto: tem gente que com uma dívida de R$ 1.000 e 1% de juros a.m., e uma de R$ 10.000 e 10% de juros a.m., prefere pagar a primeira antes para se ver livre dela. Mal percebe que, mês que vem, o saldo devedor da segunda será de R$ 11.000 (afinal, são 10% de juros a.m.), ou seja, você devia R$ 1.000 + 10.000 = R$ 11.000 num mês, e continuava devendo R$ 11.000 no outro, sem ter saído do lugar. Por isso, a primeira dívida a ser paga deve sempre ser aquela que os juros são maiores. Não adianta inventar outro critério
Obrigado, Swine! Editei o artigo, acrescentando suas duas dicas! 😀
Abraços!
Swine e Guilherme, e se a pessoa tiver duas dívidas, uma que aceita pagamentos de parcelas antecipadas, mas com juro um pouco maior do que a outra, cuja única antecipação aceita é a quitação total?
Seus comentários me fizeram lembrar de uma situação que vivi de outubro de 2013 a junho de 2014, quando comprei um carro e fiz dívidas desses dois tipos. A de taxa de juros um pouco maior (1,2% a.m.) era um empréstimo consignado do fundo de pensão da empresa em que trabalho, e a única possibilidade de antecipação era a quitação. A outra dívida era com o Banco Fiat (0,99% a.m. naquela ocasião, porque consegui uma promoção).
Como seria muito demorado juntar toda a grana necessária para quitar a dívida com o fundo de pensão, fui antecipando parcelas do Banco Fiat até que consegui zerar a dívida com eles. Depois fui paulatinamente guardando um dinheirinho até o suficiente para pedir ao fundo de pensão o boleto para quitação.
Será que fiz bem, ou cometi um erro que seria bom aprender, tanto para eu evitar futuramente (se bem que não tenho muita vontade de voltar a fazer dívidas… :), como para outros que nos leem encontrarem solução melhor, priorizando a taxa de juros?
José, acredito que o valor nominal da dívida conta muito nesse caso. Se sua dívida com a Fiat fosse de R$30.000 e a do fundo de pensão fosse R$10.000 com certeza é mais vantajoso eliminar a de juros 0,99% a.m . Isso porque a parcela de 0,99% sobre R$30.000 é muito maior do que 1,2% a.m de R$10.000
José, concordo com o Gunnar.
Eu penso que você agiu de forma correta.
Quando existem duas dívidas, aquela que gera um valor nominal maior de dinheiro a pagar, ainda que embuta uma taxa de juros menor, deve ser o alvo prioritário para eliminação. E isso vai ao encontro da ideia preconizada pelo Swine, já que priorizar dívida de juros mais altos embute a ideia de priorizar a dívida de valor nominal maior, como regra.
Abraços
Nem sempre a dívida com os juros maiores pode ser a melhor candidata para ser paga primeiro. É bem comum, nos blogs estrangeiros, falarmos de duas estratégias: a bola de neve e a avalanche.
Numa delas paga-se a dívida com maiores juros primeiro. Na outra paga-se a dívida menor antes.
Tanto uma quanto outra tem suas vantagens, desde que o plano seja seguido.
Uma das vantagens de pagar as dividas menores antes é psicológica: você vê resultado mais rápido e fica mais motivado pra continuar.
Mas como já vimos aqui mesmo nos comentários não existe uma única maneira correta. Cada caso é um caso.
Bem lembrado, Daniel.
Excelente post!
Principalmente neste momento em que o Brasil está cada vez mais endividado. Que todos tenham a consciência de que o controle de nossa riqueza está em cada uma de nossas escolhas. A cada real gasto/comprometido com passivos e dívidas ficamos mais pobres; a cada real gasto com despesas e passivos camuflados de ativos permanecemos na classe média e a cada real INVESTIDO corremos em direção à riqueza!
Grande abraço a todos!
Deus abençoe sua semana!
Obrigado, Leandro!!!
Abraços!
E tem ainda os que tem dinheiro mas não tem nenhuma educação financeira e pode chegar nessa situação fácil fácil. Conheço um senhor de idade que disse que a poupança já não estava rendendo nada, que não cobria nem a inflação e portanto resolveu usar o dinheiro para comprar um carro. 🙂
Ou seja, transformou um ativo em um passivo que gera muitos gastos e desvaloriza consideravelmente. Melhor seria ter deixado o dinheiro na poupança, exceto se fosse mesmo necessário comprar esse carro, o que não parece o caso.
Concordo com a Rosana.
Esse senhor de idade teve a vida inteira para aprender educação financeira, mas preferiu comprar passivos. 🙂
Outro ponto que queria comentar, sobre o seu artigo citado: multiplicação do patrimônio por 10 com o Tesouro IPCA+. Fico me perguntando, será que a renda variável vai multiplicar o patrimônio em pelo menos o dobro disso em 10 anos? Se a regra é que a renda variável tende a ultrapassar a rentabilidade da fixa no longo prazo, fico me perguntando se isso realmente vai acontecer. Parece utópico.
Douglas, penso que sim. E digo que é possível até ir além disso, com ações de determinadas empresas ou setores.
Porém, olhando a Bolsa como um todo, e investindo em ETF, considerando o BOVA11 por volta de R$ 40, é muito provável que ele chegue acima de R$ 80 antes de 2026.
Vale lembrar que a bolsa do Japão está estagnada a 15 anos. Nada impede que o Brasil siga o mesmo caminho.
É lamentável que não hajam nas grades escolares disciplinas como economia. Isso sim seria uma aula de Matemática proveitosa e com os alunos vendo que há como valorizarem o estudo.
É verdade. Seria bem mais útil que trigonometria.
As coisas básicas que todo mundo precisa saber eles já ensinam na escola. Por exemplo, toda essa coisa de economia básica caseira etc a gente resolve com adição, multiplicação, subtração e divisão. Isso a gente já aprende na escola.
Talvez falte um pouco mais de aplicação, já que aluno tende a ser preguiçoso.
ps.: Trigonometria é útil pra caramba! E não, não estou sendo irônico!
Você deve estar confundindo trigonometria com geometria. A segunda sim é bastante útil.
É claro que na escola temos a base, mas sem aplicação prática não resolve nada. Da mesma forma que temos a base do idioma: estudamos outro assunto extremamente inútil chamado gramática, e no entanto as pessoas saem da escola sem saber ler, escrever e falar.
A questão não é aprender o princípio das coisas, as origens e sim o prático. Deixa o princípio para a universidade, para os pesquisadores.
Antigamente as escolas públicas ensinavam o latim. Você acha que os alunos de antigamente eram melhores que os de hoje por aprender latim? Eram piores. A educação melhorou muito.
Tem que ir pro lado prático, útil, da vida. Não adianta ensinar religião sem ensinar como usar isso para melhorar sua vida, não adianta ensinar química e biologia se a pessoa não sabe cozinhar um arroz, não adianta ensinar matemática se a pessoa não sabe aplicar isso no dia a dia do dinheiro. Sai da escola sabendo tudo de física e matemática e não sei nem identifica o problema de uma geladeira ou de um carro. Que tal a escola começar a ser útil. Usar os 18 anos que se toma da vida da criança para ensinar coisas da vida? Não é preguiça, é falta de ensinar a aplicação prática na escola, e parar de teorizar tudo fazendo os alunos dormirem.
Recomendo o livro Summerhill de A. S. Neill, leitura que mudou a minha vida.
Douglas,
Infelizmente muito do interesse dos alunos perde-se pelo formato de ensino: muita teoria e quase nada de prática.
Eu posso contar nos dedos de apenas uma mão quantas vezes as aulas de ciências que tive foram ministradas em laboratório. E na primeira delas ficou claro o que é a pressão do ar, pois um aluno não ouviu as instruções da professora e acabou estourando uma seringa de vidro por causa dessa pressão.
Isso faz mais de 2 décadas, mas eu nunca me esqueci.
Claro que não dessa forma que citei, mas o que falta é aliar a teoria à prática, como você disse. E se as gerações anteriores já sentiam isso, imagine os da Geração Z e Alpha…
E talvez isso até explique um pouco o motivo de muitas pessoas serem boas com teorias, planejamentos, planilhas, resoluções de início de ano, mas terem muita dificuldade de colocar tudo isso em prática.
Abraços,
Pegando carona das discussões dos amigos, eu concordo com vocês: a forma como se transmite a educação dentro da sala de aula realmente é equivocada.
Estamos em pleno ano de 2016, e fico estarrecido como noções de educação financeira ainda não são introduzidas na maioria das escolas.
Conversei esses dias com um amigo, que tem um filho de 12 anos, cuja escola começou a levar essas noções para a matemática. Eu elogiei bastante essa iniciativa, e tratei, claro, de incentivar o garoto a continuar estudando essas coisas mais práticas, que farão parte do cotidiano dele pro resto de sua vida.
É por essas e outras que muitas das inovações do mundo foram criadas por pessoas que abandonaram a faculdade, tais como Zuckenberg, Bill Gates, Steve Jobs: porque na faculdade eles não conseguiam enxergar sentido prático para as coisas nas quais estavam gastando tanto tempo.
Abraços
Guilherme,
“Estamos em pleno ano de 2016, e fico estarrecido como noções de educação financeira ainda não são introduzidas na maioria das escolas.”
Olhando de forma mais ampla, eu fico estarrecida ao ver que em 2016 o Brasil ainda está tão atrasado em relação à quase tudo (segurança, infraestrutura, educação, cidadania, etc). Claro que há exceções, mas no geral, o retrato do país não é dos mais agradáveis.
As 3 pessoas citadas por você são excelentes exemplos de como a faculdade poderia ser melhor.
Abraços,
Bem lembrado, Rosana.
O Brasil será, no atual ritmo das coisas, o *eterno” país do futuro.
Abraços
Lendo o que veio depois da minha resposta, parei pra pensar sobre o que eu aprendi na escola e que me trouxe algum utilidade na vida e que tenha sido marcante …olha, o triste foi q eu demorei a achar a resposta. Mas o fato é que pelo menos uma das minhas aulas de Biologia na antiga 6a série me marcou muito: fazer um Herbário (é um catálogo de plantas, em que se recolhe amostras e se estuda as principais características de cada planta). Foi o trabalho mais interessante e divertido q eu já fiz na minha vida. E o melhor foi q eu estudei sem sentir, sem aquela sensação de obrigação, e que certamente vai me ajudar quando eu morar numa casa com jardim ou criar uma horta em varanda de apto. Diferente do que muitos pensam, eu não preciso querer ser bióloga pra aprender sobre plantas. Eu sou do ramo da Arte e aprender sobre elas tbem m ajudou muito,pois se eu tiver q ilustrar alguma,já vou saber onde procurar a tal planta ou lembrar mais ou menos de memória como é seu formato.
Hj em dia eu vejo na minha frente q tem professor que acha q vc está se metendo na vida profissional dele,quando vc sugere mudanças nessa direção. Preferem o tradicionalismo,por estarem acostumados . “Tenho que seguir com o livro didático”. É uma zona de conforto. **Tbem** por isso que essas alterações como educação financeira ainda não entraram nas grades, na minha opinião.
Olá Anna, eu também fiz esse exercício, e igualmente demorei a achar a resposta. Por ser escritor de blog, uma aula de redação me marcou bastante: foi sobre a necessidade de escrever textos com ideias claras, com introdução, desenvolvimento e conclusão, utilizando a linguagem de forma o mais simples possível, sem rebuscamentos.
É claro que essa aula foi direcionada para o vestibular, mas nunca imaginei que iria ter utilidade para escrever um blog.
E, realmente, quanto à sua segunda parte, as pessoas de fato preferem o tradicionalismo, porque é mais confortável para elas.
Anna também lamento muito e não sei como os donos de colégios não investem em aulas de EDUCAÇÃO FINANCEIRA. As crianças tem a seu favor O TEMPO! Se soubessem da importância do tempo na multiplicação do dinheiro, teríamos inúmeros adultos financeiramente independentes…
Assim como vcs, também conheço muita gente que vive de aparência… que gastam mais do que podem… fico impressionada!
Realmente, Izabel!
O que eu já vi de gente que vive em prédios antigos caindo aos pedaços, mas com carros SUV importados na garagem….!!!! Por quê essas pessoas não investem numa moradia melhor, ao invés de comprarem passivos? Fico também impressionado!
Eu ouvi alguém falar esses dias que o carro é sua ostentação móvel, você leva para qualquer lugar para “esfregar na cara da sociedade”, enquanto sua casa fica lá parada e ninguém vê.
Faz sentido.
Ótima observação, Daniel. Impressiona como a vaidade “cega” as pessoas para aquilo que de fato irá fazer bem a longo prazo.
Izabel, sabe o que é, na minha opinião? O novo dá muito trabalho ( vide educação inclusiva, com várias reportagens desde ano passado na mídia – o tamanho da resistência em aceitar) ! E tem pai e mãe que NÃO querem uma escola que fuja do ENEM!
Grande xará, mas uma vez seu blog, de uma maneira de fácil entendimento, ajudando as pessoas menos esclarecidas a serem mais FELIZES. Grande abraço
Ôpa, valeu pelo incentivo, xará!
Excelente post!
Valeu, Scantales!
Ótimas dicas, Guilherme,
A julgar pelas causas do endividamento estarem no cartão de crédito, carnês e financiamento de automóvel, é possível perceber que a causa das dívidas é o excesso de consumo.
A lição número 1 em finanças é não gastar mais do que se tem. Parece que 2/3 da população não tem essa noção ou não a colocam em prática.
Antigamente, quando alguém queria comprar um bem de alto valor era comum dizer: “Hoje juntando dinheiro para comprar tal coisa.” Hoje é assim “Compro tal coisa, parcelo em tantos anos e rezo pra não acontecer nada que me impeça de pagar.”
Criou-se um senso de urgência para o consumo. Todos querem tudo e agora. Há muita gente bem qualificada e empregada suando com financiamentos. Pessoas no limite. Numa época de crise como agora com alta inflação e desemprego, isso poe ter consequências desastrosas em todos os níveis.
No final das contas, responsabilidade é tudo.
Abçs!
Investidor Internacional,
Acredito que a maior parte do senso de urgência é fortemente influenciada pelo marketing agressivo que faz com que as pessoas se sintam inferiores ou que precisam muito ter determinado produto para serem felizes.
Por isso a educação financeira é fundamental e como a Anna disse acima, deveria haver alguma disciplina relacionada a essa questão desde os primeiros anos escolares, de forma a tornar a criança mais consciente do valor do dinheiro e de quão prejudicial para a saúde financeira são os empréstimos e o crédito rotativo.
Abraços,
II e Rosana, é verdade. E são regras tão simples de serem seguidas (gastar menos do que ganha, valorizar o que já se tem etc.), mas mesmo assim o “apelo do consumismo” fala mais alto.
Guilherme, objetivamente, o que é melhor quando se há dinheiro disponível: Quitar antecipadamente uma dívida, com amortização do juro, ou fazer aplicação, especialmente em renda fixa? Creio que essa pergunta sempre aflige uma parcela razoável, ainda mais aqueles que não sabem sequer dessas possibilidades de investimentos.
MGomes, respondendo de forma também objetiva: é melhor quitar antecipadamente uma dúvida, pois os custos da dívida sempre são maiores que os juros dos investimentos conservadores.
Abraços!
A pior parte é conciliar um salário fixo com juros galopantes. Diante de um erro de não negociar o saldo devedor com o banco, fiz um empréstimo para pagar e o resultado foi (continua sendo) catastrófico. Fico trancado dentro de um escritório o dia inteiro e não tenho como ganhar dinheiro extra além do salário. O que vc sugere? tenho visto vários casos de ganhar dinheiro pela internet mas tem muita arapuca.Gostei muito dos comentários aqui. Me serviram de lição.
Abraços a todos.
Gilberto, o primeiro passo é fazer uma “auditoria interna” nos seus gastos, por meio do orçamento doméstico.
Ao registrar todos os seus gastos, e classificá-los por categorias, você terá a exata noção de quanto está gastando em cada área de sua vida.
Feito isso, o segundo passo é refletir sobre esses gastos, agora categorizados, para ver até que ponto eles são essenciais e até que ponto poderão ser eliminados.
Evitar fazer novos gastos futuros é uma ótima saída para “ganhar dinheiro”, já que você não tem condições de fazer novos aumentos de receita.
Minha sugestão é você fazer esse acompanhamento de gastos de forma diária, e ver qual é a quantia máxima que você pode economizar num mês.
Se isso funcionar, repita a tática no mês seguinte, até conseguir dar uma folga no seu orçamento doméstico.
Guilherme, Muito Obrigado pela dica. Doravante vou me precaver de novas dívidas e quem sabe achar uma nova fórmula de aumentar a receita.Continuarei acompanhando suas dicas (que valem ouro).
Um Grande Abraço!
Obrigado, Gilberto, e sucesso pra vc!
Abç!
Acompanho Blog com o objetivo de ir entendendo o assunto, pois quero passar de endividada a investidora… Foi bacana ler o artigo, acalmou meu coração. Estou adotando a tática, e pretendo zerar as dívidas até o fim de 2016.
Quitei o carro 20 meses antes, final de 2015, não eram os menores juros, mas era o procedimento mais simples.
Restaram 2 consignados. Estou atacando o consignado que tem montante e taxas maiores…
Dívidas:
R$ 10.531,90 1.44%
R$ 36.076,60 1.55%
Antecipações:
Mês 01/2016 3 parcelas: R$ 838,88 R$ 2.516,64
Mês 02/2016 7 parcelas: R$ 918,53 R$ 6.429,72
Mês 03/2016 3 parcelas: R$ 1.006,89 R$ 3.020,67
Boa tarde.
Eu comecei uma poupança mês passado, e também comecei a investir no tesouro direto(valor pequeno ainda)
Tenho 25 anos e quero comprar minha casa, porém tenho uma divida de sete mil e pouco (com juros) parcelada, pois fiz um empréstimo no banco. Como tenho outras contas, não consigo nunca amortizar. Minha mãe acha que devo primeiro pagar essa dívida, e ir amortizando, pra depois poupar e investir. Mas não quero perder esse hábito de poupar. O que é mais válido???
Você deve analisar as taxas. Se a taxa de juros é maior do que o que você ganha no investimento, você deve amortizar o mais rápido possível.
Não adianta poupar para ganhar 50 reais de juros, enquanto sua dívida consome 100 reais de juros. Você está poupando mas ao mesmo tempo está ficando cada vez mais pobre.
Com certeza no psicológico é melhor para não perder o hábito. Mas é melhor você pagar a dívida e começar o hábito de economizar, e depois você começa o hábito de investir.