Esse artigo é uma colaboração do amigo Everton Ricardo, autor do excelente blog Finanças Forever.
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O orçamento doméstico é um modo de controlar e acompanhar as despesas da família. Porém, não basta manter as contas em dia. É preciso também compreender as finanças familiares e cuidar muito bem do dinheiro de todos.
Adotando uma medida simples – criando uma planilha, por exemplo – e fazendo as contas de quanto dinheiro entra e quanto dinheiro sai no mês, conseguimos perceber os seguintes acontecimentos:
– O quanto estamos gastando;
– Quanto dinheiro temos no mês;
– Se podemos gastar mais ou se devemos economizar;
– Se já podemos poupar;
– Programar uma poupança.
Como começar?
Recentemente escrevi em meu blog, de uma maneira simples, como fazer um orçamento doméstico familiar, o que resultou em uma lista de 4 medidas principais:
- Some todos os seus ganhos (salários líquidos e trabalhos extras como: bicos, pensões etc.);
- Escreva todos os seus gastos ao longo do mês, desde as contas de aluguel, água, luz e fatura de cartão de crédito, até gastos com presentes, refeições e passeios no final de semana;
- Separe as despesas fixas (aluguel, financiamentos etc.), as variáveis (conta de luz, contas de água etc.) e também as imprevistas (consertos, reformas, multas, remédios). Obs.: noutro dia escrevi no blog Dinheirama ideias sobre como usar cores e previsões para gerenciar melhor seu orçamento doméstico.
- Some todos os ganhos e subtraia as despesas.
Veja o saldo. O ideal é que exista um equilíbrio entre os ganhos e os gastos. Melhor ainda seria se sobrarem alguns trocados. Entretanto, não espere que haja sobras de dinheiro para começar investir. Conte com pelo menos 10% de sua renda líquida e inicie já sua carteira de investimentos. Recomenda-se partir para poupança de início. Mas, vale lembrar ainda, que só é válido investir se todas suas dívidas estiverem quitadas. Não esqueça: sem débitos! 🙂
Está com dificuldade, precisa ganhar mais dinheiro? O que fazer quando o salário mensal somente paga nossas despesas? É possível pensar em outras formas de ganhar dinheiro. Pode ser um “bico”, trabalho temporário, trabalho no período das férias, entre outros. Mas o que fazer? Utilize seus conhecimentos para ganhar dinheiro com seu tempo livre atual.
Se você entende de elétrica, pode-se fazer pequenos reparos para a vizinhança. Se sabe cozinhar, poderá vender refeições, doces, salgados etc. Gosto muito de fazer pequenos bicos, atualmente gerencio sete projetos de diferentes áreas. Dois deles ainda estão no papel, mas invisto cerca de duas horas semanais em cada um deles. Outros projetos já me rendem alguns trocados (R$ 200,00) mensais, outros ainda não. Porém, estamos na batalha.
Aprenda a poupar
Não importa o tamanho de seu salário, é importante que você faça uma poupança. Poupar é uma questão de rotina. Sou prova viva disso. É questão de hábito mesmo, de verdade, não estou falando “da boca pra fora”. Mas tudo isso exige muita força de vontade e dedicação. Basta perguntar aos outros amigos investidores blogueiros. Por isso, utilize a economia doméstica para turbinar seu orçamento doméstico. Só assim conseguirá manter o ritmo.
Para guardar dinheiro tem que se planejar. Criar metas curtas e objetivos longos. Pense da seguinte forma: as metas são os degraus que te levaram ao topo do edifício.
Sonhar é bom e todo mundo gosta. O sonho da casa própria, faculdades dos filhos, viagens, carro, computador, celular etc., tudo isso é possível. Para que possamos realizar nossos sonhos é importante pensar e se planejar.
Tente organizar seus planos por prioridades, ou seja, o que quer fazer primeiro, ou o mais urgente.
Então:
- Avalie quanto de dinheiro precisará para realizar cada objetivo;
- Calcule a quantia que terá que poupar por mês, relacionada com o tempo necessário;
- Discuta com a família de que forma poderão juntar esse dinheiro todo mês (economizando no supermercado, luz, água, gás etc.);
- Crie um plano para poupar o valor todo mês e siga o planejamento.
Comece a fazer sua poupança. Todos os meses, ao receber o salário, separe uma parte para poupar e faça o pagamento das despesas do mês. Mesmo que seja uma pequena quantia por mês. Com o tempo você se acostuma a guardar um pouco de dinheiro todos os meses e logo desejará mais e mais.
As vantagens de fazer uma poupança são muitas, por exemplo: garantir um futuro tranquilo, pagar os estudos dos filhos, ter uma reserva de emergência, aumentar seu capital com rendimento de suas aplicações etc.
Grande parte das inclusões de nomes nos órgãos de proteção ao crédito por débito se dão por problemas como a perda de emprego, doença na família, ou outros imprevistos.
Para se prevenir dos problemas causados por consequências dessas emergências, é necessário ter uma poupança, que, em regra, é chamada de “poupança de emergência ou reserva de emergência”.
Faça as contas. Você deve criar uma poupança de emergência de pelo menos o valor referente a seis meses do total de suas despesas atuais. Alguns conseguem poupar mais, outros menos, mas na média, o ideal é seis meses. Veja na sua planilha ou planejamento. Você garante, assim, que terá seis meses para conseguir um novo emprego ou custear despesas de saúde, sem entrar em dificuldades financeiras.
Conclusão
Todos sabem que devem poupar, mas poucos conseguem. Li outro dia em algum lugar a seguinte frase: “Quem sonha pouco, consegue pouco, quem não sonha, nada consegue”.
Sonhe, planeje e se supere. Surpreenda você mesmo. É hora de agir. De nada adiantará ficar aqui lendo excelentes artigos sobre finanças se você não colocar a mão na massa.
Mas uma última dica: faça uma tabela no papel (planilha). Inicie com está, logo corra para o computador e baixe todas as planilhas financeiras gratuitas que você encontrar na Web. Acostume-se com uma delas e use-a. Em caso de dúvida pergunte! 🙂
Abração,
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Everton Ricardo de Almeida é empreendedor, investidor, e autor do blog Finanças Forever. Investe em imóveis há 11 anos. Atua como conselheiro financeiro para amigos e parentes. Atende no Twitter como @everton_ric
Créditos da imagem: Free Digital Photos
Eu não tenho o costume de registrar cada gasto que faço, como se fosse um livro contábil, mas tenho um controle macro bastante funcional de minhas despesas. Sendo assim, todo mes, a primeira coisa que faço com o meu salário é separar a parte que vou investir. O que sobra (valor um pouco maior que a média de meus gastos mensais) eu tenho direito (não a obrigação) de gastar. Tem dado muito certo.
Abraços.
Parabéns Invest.de Risco, você é um caso de sucesso.
Sempre recomendo aos meus amigos essas atitude. Primeiro os investimentos e depois o resto…
Abrs.
Everton.
Faço minhas as palavras do amigo Everton. Show de bola essa estratégia!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!