“”Só quando a maré baixa é que você descobre quem estava nadando nu” (- Warren Buffet).
Bom, pessoal, como todos vocês já devem saber (se não sabem, cuidado, vocês podem estar com algum problema…rsrs), as regras de remuneração da caderneta de poupança foram modificadas na semana passada. Não vou ficar aqui abordando as novas regras, suas vantagens e suas desvantagens etc.
Para isso, recomendo três excelentes artigos que foram publicados pelos amigos blogueiros:
– Mudanças na regra de remuneração da Caderneta de Poupança: escrito pelo amigo Jônatas, do blog Efetividade;
– As novas regras da Poupança: serviço pela metade: do companheiro de labuta Dr. Money;
– Do simples ao complexo, os problemas continuam os mesmos: do amigo Finanças Inteligentes.
Bom, basicamente, a mudança foi a seguinte, explicada com a didática de sempre do amigo Jônatas:
“Os valores depositados até a data de 03.05.2012 continuam a ser remunerados como antes: 0,50% mais TR (taxa referencial) ao mês. Já para os depósitos efetuados a partir de amanhã, dia 04/05/2012, a regra passa a ser a seguinte: sempre que a taxa básica de juros da economia estiver em 8,5% ou abaixo deste valor a caderneta de poupança remunerará em 70% da SELIC mais a TR. Se a SELIC estiver acima de 8,5% vale a regra antiga”.
Com as novas regras, de acordo com notícia publicada na Folha.com:
“Fundos do tipo DI com taxas de administração acima de 1%, CDBs que dão menos do que 90% do CDI e mesmo o Tesouro Direto aplicado em título pós-fixado (as LFTs) com custo acima de 0,5% vão perder para a poupança em caso de resgate antes de seis meses, após descontado o Imposto de Renda de 22,5%”.
Com essas novas regras de cálculo da rentabilidade da caderneta de poupança, duas coisas ficaram ainda mais evidentes. Vamos a elas.
Fundos de investimentos dos bancos de varejo são muito caros
Os fundos de investimentos de bancos de varejo ainda cobram taxas de administração da época em que a SELIC estava na casa dos 40% a.a. Tá, vamos admitir que tenha havido ao longo dos últimos anos uma diminuição nas taxas de administração cobradas nesses fundos. Mas se trata de uma diminuição irrisória, pois esses fundos bancários são incapazes de competir sequer com o Tesouro Direto, conforme demonstramos nesses artigos: A matemática não mente: Tesouro Direto está dando um banho nos fundos dos bancos de varejo. Desde que… e A matemática não mente – Parte 2! Tesouro Direto está dando um banho nos fundos de renda fixa dos bancos de varejo.
Mas perder competitividade para a simplória caderneta de poupança… Convenhamos, isso seria algo inimaginável até há alguns anos. Porém, hoje já é realidade bem presente na maioria dos fundos de renda fixa e referenciados DI. E sabemos todos que grande parcela de culpa pela baixa atratividade dos fundos de investimentos é dos gestores, que ficam cobrando taxas absurdamente altas nesses fundos de investimentos. Exemplo emblemático disso é o Itauvest, do Itaú, que cobra impressionantes 5% de taxa de administração (!!??).
Tributação de investimentos é muito alta
O “custo Brasil” não pesa somente para quem investe em capital produtivo, ou seja, em negócios e empreendedorismo. Também para quem investe, os tributos são uma “pedra no sapato”, e prova clara disso é a tabela regressiva de alíquotas do imposto de renda sobre os fundos de investimentos em renda fixa. Se você investe seu dinheiro num fundo DI, e resolve sacar os recursos antes de seis meses, da rentabilidade total apurada o imposto de renda “come” quase 1/4, ou seja, 22,5%.
Conclusão
Aí você soma uma taxa de administração alta + uma tributação de IR pesada + uma taxa de juros (SELIC) cada vez menor = e você fatalmente terá uma rentabilidade em fundos de investimentos em renda fixa pior do que a poupança.
As modificações nas regras da poupança têm, claro, seu aspecto salutar, na medida em que significam que a “festa dos juros altos” parece estar acabando, mas elas implicam também a necessidade – igualmente salutar – de os investidores reverem seus planos de investimentos, procurando, por um lado, por alternativas mais baratas (a fim de escapar das altas taxas de administração cobradas em fundos de investimentos e Tesouro Direto), e, por outro lado, fazendo um melhor planejamento financeiro (afinal, quanto mais tarde os recursos forem resgatados, menor será a quantia de imposto de renda a pagar).
Finalizo esse artigo tomando emprestada a excelente conclusão do amigo Jônatas, que resume também meu pensamento a respeito desse tema todo:
“Uma economia forte não se faz com taxas de juros tão altas. O Brasil para ser primeiro mundo precisa realmente ter taxas combatíveis com as dos grandes países.
Revise os cálculos para a sua aposentadoria. Se aposentar daqui a 30 anos investindo somente em renda fixa não será possível. Definitivamente o brasileiro precisará se aventurar aos riscos da renda variável e do empreendedorismo para ganhar dinheiro nos próximos anos. Provavelmente a renda fixa apenas garantirá o poder de compra, protegendo os valores aportados do poder corrosivo da inflação.
Com juros menores empresas ganham ao poderem ter um fluxo de caixa menos oneroso. Empreender fica mais barato com empréstimos sendo tomados a juros bem menores”.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Créditos da imagem: Free Digital Photos
Será que os gestores dos planos de previdência privada atuais terão a preocupação de alterar a carteira (se é que é possível) para garantir uma aposentadoria razoável? Tenho minhas dúvidas.
Vida de gestor não é fácil. Tem que cumprir o que está no estatuto do fundo, além de não terem controle sobre o psicológico dos clientes (evitar saques nos piores momentos).
As taxas de administração praticadas no Brasil são realmente muito altas. Se a gente parar para fazer as contas, aquela taxinha de 1% sobre o patrimônio chega a levar cerca de 50% dos rendimentos depois de descontado a inflação. O problema é que o investidor não percebe esses 50%, pois ele apenas deixa de ganhar.
Renda fixa em baixa, imoveis supervalorizados (rendendo portanto baixos yield), bolsa de valores há 4 anos patinando, quero ver como o pessoal vai se virar daqui para frente? Negocio proprio é muito arriscado! Ou voce se educa finaceiramente ou vai ficar feio para o seu lado! Acho que uma das soluçoes é o que o Guilherme vem há anos postando aqui, ou seja, frugalidade meu amigo! Sair da zona de conforto e ganhar mais $$ (mais um trabalho- bico- , concurso publico, se aprimorar, etc) e gastar menos!!!
O governo mexeu na poupança e não aconteceu nenhuma catástrofe eleitoreira como muitos previam. Mas como bem observado neste post ficou mais evidente as altas taxas de administração cobradas pelos fundos bem como a alta tributação de imposto de renda. Isso precisa mudar se o governo tiver intenção de reduzir a SELIC abaixo dos 8% a.a.
Excelente post! Parabéns pela matéria.
Pois bem… como as altas taxas de administração terei que rever minha previdência que cobra exclusivo 2%, sem taxa de carregamento, para proporção de 49% em ações e 51 em RF. O que os amigos podem sugerir, já que utilizo a previdência (PGBL) para abater no imposto de renda??? Alguma dica? Abcs’.
Normalmente os juros de países emergentes tendem a ser mais altos do que os juros de países desenvolvidos, justamente porque as economias emergentes estão em fase de formação/crescimento enquanto as economias desenvolvidas estão em fase de maturação, gerando poucas distorções entre oferta e demanda. Portanto não faz sentido comparar taxas de juros de diferentes tipos de economia. Além do mais as economias desenvolvidas estão em crise, muitas em austeridade fiscal, logo a taxa de juros tem de ser baixa para estimular o consumo (demanda).
O governo gosta de utilizar esta comparação indevida das taxas de juros para forçar a queda “popular” da selic (o que não há necessidade na minha opinião, pois existe espaço técnico para redução da selic), mas sequer toca no assunto inflação. Se querem comparar a taxa de juros (indevidamente), deveriam comparar (indevidamente) também a taxa de inflação. Uma está atrelada a outra. Pelos dados da OCDE que saíram na semana passada, a nossa inflação dos últimos 12 meses é o dobro da média mundial.
Esse é o grande vilão do investidor brasileiro. Por mais que hoje a nossa taxa de juros esteja em 9%, o rendimento real está abaixo dos 3% (descontando taxas, tributos e inflação). Se adicionarmos a renda variável (patinando há mais de 5 anos), os rendimentos das carteiras de longo prazo de investidores brasileiros podem estar abaixo da média mundial (chute meu).
Abcs,
PS: alterar a rentabilidade da poupança foi uma decisão correta e sensata.
Leonardo, tenho um VGBL 45% RV + 55% RF, com taxa de adm de 2,5% e 0% de carregamento, pelo meu orgao de classe. E eu achando que tava bom! Mas este seu PGBL é mais barato! Poderia me dizer qual é? Eu devo manter os meus aportes até completar o tempo ideal de retirada (acho que daqui uns 8 anos) para conseguir um desconto no IR. Hoje em dia eu mesmo administro a minha “previdencia privada”, ou seja, 25% em Smll11, 25% em pibb11, 25% em FII (5 no total) e 25% em TD (ntnb-principal). E fazendo rebalanceamento. Tai um a dica.
É Murilo… acho que vamos ter que mudar de estratégia… talvez pagar IR e administrar a própria “previdência” seria uma alternativa. Porém, não sei até quando seria vantajoso deixar de postergar o IR sobre minhas rendas – com o PGBL – o que me deixa inseguro). Quem sabe em breve vejamos um artigo do Guilherme nesse sentido!
Estou fazendo o seguinte: por ora, pago o PGBL (contribuições mensais) até zerar o imposto… assim eventual excedente eu tento administrar (mais ou menos na forma que você falou). Ou seja, não pago imposto de renda, pois o valor da contribuição mensal eu deduzo até zerar, postergando assim o imposto!
Bom quanto à minha taxa … é do BB (Brasilprev Renda Total Composto 49 D). Estou sempre pesquisando… e questionando a gerentes de outras instituições (portabilidade). Acho que na CEF eles estão cobrando 1,8% (no 51×49%), mas não sei se tem taxa de carregamento.
É isso.
Grande abraço,
Léo.
Olá Leonardo!
Esse ponto da questão – atratividade das previdências privadas – pode ser sim objeto de pauta em um futuro artigo!
Grato pela participação sempre construtiva por aqui!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Pra quem é associado do CREA (qq um), existe um PGBL administrado pela BB Previdência chamado TecnoPrev, cobra 0,5% a.a. de tx adm (q eles chamam de tx de gestão) + 3% de tx de carregamento (q eles chamam de tx de adm, pra deixar a coisa confusa).
O que vcs acham desse plano? Tá barato?
Olá, Antônio!
A taxa de administração está bem abaixa da média praticada pelo mercado. O problema e a taxa de carregamento, bastante alta ainda. Verifique em que tipo de títulos esse fundo aplica, se é só em LFTs, ou existe algum título privado no meio. Verifique, também, se esse fundo se enquadra dentro do perfil de investimento para você, isto é, se você teria ganhos tributários/fiscais com esse plano.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Ops,
Acho q postei múltiplas vezes o msm comentário…
Peço desculpas ao Guilherme e demais leitores pela falha!
[]s
E partir de agora existem aqueles títulos do tesouro ficam mais atrativos?
Abços
ITM
Olá ITM, considero mais atrativos (embora menos que no passado), aqueles de prazo mais longo indexados à inflação, que ainda pagam IPCA + 4% a.a. brutos.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Grande Gui, sempre uma honra ser citado aqui no VR, obrigado.
Vários dúvidas sobre PP dos leitores.
Minha opinião é que antes PP já era ruim, agora então, com taxas altíssimas, ficou um lixo.
O melhor é fugir dos fundos e assumir o controle, sempre defendo a dobradinha PIBB + Tesouro Direto. Escolhendo uma corretora barata é possível ter custo baixo.
Abraço.
Leonardo farei o seguinte: cancelarei os meus aportes automaticos mensais e resgatarei o VGBL apenas quando tiver um bom desconto no IR. Afinal, nele há um boa diversificaçao (55% + 45%). Alem disso, hoje é uma fatia pequena (+- 10% do meu capital investido). O fiz na epoca de ignorancia financeira. To fugindo mesmo, Jonatas, dessa PP.
A pergunta então é: Qual a melhor forma de “fugir” da PP?
Murilo, por exemplo, deixou de fazer os aportes mensais e resgatará quando tiver um bom desconto no IR. Mas não entendi, pois, o VGBL é para adequado para quem não paga IR!? Então acho que ele já pode “fugir”, observando é claro seu regime de tributação (progressivo ou regressivo)?! Se seu regime, Murilo, fosse regressivo você aguardaria os 10 anos (pagando durante esse tempo a taxa de administração) para, ao final, pagar os 10% de IR???
Agora… e para quem poupa no PGBL (que possui o benefício de abater ou restituir, na declaração do IR do ano seguinte ao que aplica, os impostos sobre a renda que foi poupada – até 12% da renda anual tributável) especialmente aqueles que optaram pelo regime tributário regressivo??? Qual a melhor forma de sair da PP???
Antes de mais nada a primeira pergunta seria: valeria a pena assumir o controle e abandonar a estratégia de postegar o pagamento do IR que se tem nos planos PGBL, já que isso era a grande vantagem da PP?
Bom… a justificativa do bancos para as taxas mais altas de administração quando a PP tem parte em ações (Ex.: 49 RV e 51 RF) consiste pelo simples fato de haver ações no plano. Porém, vale lembrar que estamos pagando (no meu caso, por exemplo = 2%) 2% para administração de ambos, sendo que 2% para RF é totalmente inviável no atual cenário!
Então, concluindo, indago: nessas circunstâncias vale apena continuar pagando a taxa (2%) em prol da vantagem de postergar o IR??? Como poderíamos concluir isso??? Que conta poderia fazer???
Eis minha insegurança!
Alguém me indica algum poster ou se habilita a me orientar???
Quero inicialmente parabenizar os mentores deste maravilhoso blog! Ah se meu avô tivesse acesso a tanta informação, gerações estariam garantidas.
É necessário aprneder a lidar com juros baixos, pois não são deletérios ao pais. Entendo isso como como uma nacionalização, algo não muito compreendido pelos brasileiros devido a maneira como vivemos. Maior consumo e fluxo de caixa são bem-vindos!! Só que isso dá trabalho porque aqui a corrrupção ainda é muito forte e a leis existem somente para alguns…
Leonardo,
Previdência Privada nunca vale a pena.
Faça chuva, faça sol, seja o rendimento positivo de 15% no ano ou negativo (-15% no ano), a taxa de administração sempre será cobrada pelo banco. E pior, sobre o valor total investido.
Alguns banco ainda cobram taxa de carregamento. Que em outras palavras significa carregar o seu dinheiro embora para se ter o “direito” de investir… isso é uma piada.
A verdade é que nunca se deve entrar em Previdência Privada.
Para quem já investiu o melhor é sair. Vai ter prejuízo? Sem dúvida vai. Mas é melhor assumir o erro e realizar esse prejuízo, do que permanecer pagando essas taxas absurdas.
Vamos a dois exemplos simples, desconsiderando a taxa de carregamento, para uma instituição que cobre uma taxa de administração de 2% ao ano:
Primeiro exemplo: Digamos que você tenha obtido um rendimento de 10% em determinado ano. Esses 2% de taxa de administração representará 20% do seu lucro. Sem contar que você ainda pagará Imposto de Renda.
Segundo exemplo: Digamos que você obteve um prejuízo de 5% em outro ano. O que vai acontecer? Advininha?! O seu prejuízo real será de 6,9% neste ano, pois o banco não deixará de cobrar a taxa de 2% sobre o seu patrimônio restante. Explicando melhor, você tinha 100%, ficou com 95% após a perda e ainda tem que pagar 2% sobre esses 95%, que representa 1,9%.
Trocando em miúdos, Previdência Privada vendida por instituições abertas nunca, mas nunca será vantajoso para o cliente. Esse negócio de PGBL e VGBL são duas furadas, que só serve para confundir e para diferenciar o tamanho do seu prejuízo no futuro.
Guilherme,
O título do seu post é:
“Duas coisas que ficaram (ainda mais) evidentes com a modificação das regras da caderneta de poupança”
Na minha opinião, o que ficou evidente pra mim é que o pequeno investidor sempre acaba pagando o pato. Principalmente se esse pequeno investidor for desinformado e não tiver educação financeira.
Vou exeplicar:
A Caderneta de Poupança é um péssimo investimento no médio ou no longo prazo, entretanto, devido aos ciclos de altas e baixas das taxas de juros da economia, em alguns momentos ela acaba sendo um investimento interessante para a Renda Fixa.
Para um investidor que não conhece os títulos do Tesouro Nacional e só investe na Caderneta de Poupança, o único momento em que o retorno seria interessante o Governo cortou. Ou seja, se a Poupança já era ruim, agora ficou péssimo.
O principal problema ao meu ver é a falta de educação financeira do brasileiro e o desconhecimento de se investir no longo prazo em títulos do Tesouro Nacional.
Quem tinha um pouco mais de conhecimento investiu há um ano em Títulos como o NTN-B Principal com vencimento em 2035 e está obtendo um retorno nos últimos 12 meses de 43,04% na data de ontem (07/05/2012).
Vai um dica… Esse retorno passará fácil os 50% no acumulado dos últimos 12 meses para os próximos dias. Podem confiar.
Agora, no segundo semeste deste ano a Selic estará no patamar mais baixo da história e a poupança seria um investimento mais rentável. Muita gente que investiu nesse título com vencimento para 2035 venderia e aplicaria na Poupança.
Caberia então ao Governo impedir, limitando o valor a ser aplicado na Poupança em R$ 500 mil, ou R$ 1 milhão, por exemplo ou limitando a Caderneta de Poupança para uma determinada faixa de renda do investidor pessoa física (estou dando alternativas).
O que não poderia era o Governo cortar os ganhos dessa população desinformada e sem educação financeira no único momento onde esse retorno é interessante.
Excelente post amigo. Fico muito feliz por estar rodeado de feras nas finanças pessoais.
Sucesso pra você Guilherme
Um grande abraço…
“…Se seu regime, Murilo, fosse regressivo você aguardaria os 10 anos (pagando durante esse tempo a taxa de administração) para, ao final, pagar os 10% de IR???…”. Este é o meu caso: plano regressivo de tributaçao de IR. Vou finalizar os aportes, o $ vai ficar rendendo e pagarei anualmente a tx de 2,5% de adm e o IR de 10% no final. Uso o VGBL pois a minha declarçao é simplificada.
Acho que as contas para saber se vale a pena ou nao manter a PP são muito complicadas (no meu ponto de vista e pela minha certa ignorancia com numeros). Por isso opto por cancelar os aportes, por enquanto, ate ter uma melhor ciencia. Estou de fato fazendo uma aposta.
Leonardo, assumir o controle das finanças é a melhor atitude que poderemos fazer, pois nao pagaremos tx de adm, poderemos escolher corretoras baratas (Mycap, para operar no lote. Spinelli para operar no fracionario e TD).
No caso de manter a PP, postergamos o pagamento do IR na retirada do $, mas as taxas de adm irão corroer TODO o capital e nao somente da rentabilidade.
Tenho a possibilidade de migrar o meu VGBL para um plano 100% RF, pagando 1% de Tx de adm e continuando pagando 0% de carregamento; mas este seu de 2% de RF + RV considero até nao muito caro.
Acho que um post seria o mais interessante, mas daria um trabalhao para o autor….respondendo a esta pergunta: qual a melhor forma de sair atualmente da PP.
É isso ai Guilherme.
Com taxas de administração de Tesouro Direto zeradas (Spinelli) e conta digital (Itaú, BB etc.) para não pagar DOC nem TED, pode-se ser feliz sim, sim sim.
🙂
Estamos Juntos nessa ideia de melhorar ainda mais o entendimento de nossos leitores. Parabéns mais uma vez!
Abração,
Everton.
Olá, agradeço a todos pelos comentários, que enriquecem sobremaneira o texto!
A questão da previdência privada realmente ficou no limbo, pois, com as altas taxas de administração e de carregamento, é bem provável que a maioria delas passe a ter daqui por diante rentabilidade real negativa, o que é bastante grave. Pretendo, sim, fazer um post em breve sobre isso (quando sobrar um tempinho, coisa difícil nos últimos dias….rsrs).
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Guilherme,
ainda sobre previdência complementar, seria bem legal ter a sua opinião sobre a possibilidade de servidores públicos optarem por recolher apenas sobre o teto do RGPS e administrarem seus recursos, em contraposição a descontar sobre o total da remuneração e torcer para que não haja nenhuma mudança drástica nas regras de aposentadoria.
Não sei se você tem interesse por esse assunto, mas existe a possibilidade jurídica com a Lei 12.618/12 (http://www.atualizacaolegislativa.com.br/2012/05/administrativo-lei-n-1261812.html).
Parabéns pelo seu trabalho no Valores Reais!
Daniela,
Tem que levar várias coisas em consideração para saber se vale ou não optar pelo FUNPRESP e, optando, qual percentual descontar.
Se você tiver na regra antigona, que garante a paridade e a integralidade para a aposentadoria, nem pense no FUNPRESP.
Se você está na regra anterior ao FUNPRESP (atual, pois o FUNPRESP ainda não está valendo), tem que levar em conta que o FUNPRESP pode gerar retornos bem maiores, mas os vários riscos não compensam (risco de corrupção, risco do retorno não alcançar o imaginado pelo Governo, risco de inventarem várias taxas etc.)
Agora, se você está na regra anterior ao FUNPRESP e não pretende se aposentar no serviço público federal, como é o meu caso, com mais de 60 anos de idade, o FUNPRESP vale a pena sim.
Isso porque, mesmo que o retorno não seja muito alto, qualquer coisa é melhor que sair do serviço público, tendo contribuído, sem levar nada.
Se você optar por recolher 8,5% do que exceder o teto da previdência, o Governo vai entar, também, com 8,5%… isso garanter uma rentabilidade instantânea de 100% do capital investido.
O único problema é que eu sou um crítico da Previdência Complementar privada e caso a gente sai do serviço público, a gente vai ter que optar por uma e não poderá sacar o dinheiro. Isso é muito ruim. Entretanto, é melhor do que nada.
Olá Daniela, vou pensar no post sim!
Gostei da opinião do Breno, e estou com ele. Veja que interessante o seguinte trecho:
“Se você optar por recolher 8,5% do que exceder o teto da previdência, o Governo vai entar, também, com 8,5%… isso garanter uma rentabilidade instantânea de 100% do capital investido”.
Grosso modo, é como se houvesse uma previdência empresarial do tipo daquelas em que, para cada real que você aporta, o Governo (o seu patrão) aporta outro real. Tem que saber outros detalhes e tal, mas em princípio me parece interessante.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Guilherme e Breno, obrigada pela atenção.
Como minha área é a jurídica, a parte ‘econômica’ sempre me deixa em dúvida. E, nesse caso específico, há uma estimativa de que o ‘pior momento’ dos gastos governamentais com a previdência do servidor vai ocorrer em 25 anos, mais ou menos na época em que eu poderia me aposentar (com paridade e integralidade, se nada mudasse). E a lei nova trouxe o benefício especial, que é um adicional que deve ser considerado, só que há prazo de 24 meses para decidir pela opção. Enfim, espero que nesse prazo se façam estudos que possam embasar a melhor escolha.
Abraços.
Pois é, Daniela, acredito que em breve teremos estudos projetando as melhores alternativas para os servidores públicos que já estão na ativa.
É preciso ver como será feita a gestão do dinheiro nesse novo modelo de previdência pública complementar, ou seja, se irão investir em títulos públicos federais somente, ou se haveria espaço para compra de Bolsa. Vale lembrar que fundos de pensões estatais de grande porte, como os da Vale, Petrobras, Caixa e BB, têm participação “pesada” em diversas empresas de capital aberto no Brasil. Seria bom, em tese, que mais dinheiro pudesse ser injetado na Bolsa via esses novos fundos de pensão para servidores públicos…
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Vai aí um exercício:
Eu tenho R$10 mil aplicados pela regra antiga da poupança. Hoje, faço uma nova aplicação de R$10 mil. No dia 10/07 terei que fazer um resgate de R$10 mil Qual dinheiro será resgatado? O da regra antiga ou o da nova?
Olá Guilherme,
Penso ser o montante depositado por último. Ou seja, o da regra nova. Pois sempre que se faz uma retirada da poupança, eles (Bancos) sacam dos últimos valores depositados.
Mas valeria a pena perguntar ao gerente de seu Banco. Porém, possa ser que nem ele saberá responder com exatidão.
Abraços.
Pois é, mas infelizmente não é isso que está acontecendo. Acontece que o Governo quer, no menor tempo possível, eliminar o rendimento da Poupança antiga. Uma coisa é o que está escrito. Outra é o que vai acontecer na prática. Então os bancos estão fazendo o resgate do dinheiro da antiga regra e não estamos percebendo.
Estou recomendando que meus clientes abram uma nova poupança. Abrir uma nova Caderneta não tem custo nenhum e é melhor para não arriscar com o dinheiro do cliente.
Por isso, para evitar aborrecimentos futuros, recomende aos seus clientes que tenham Poupanças antigas a abrir uma nova para os novos aportes, para preservar a rentabilidade do que já está lá.
O Banco do Brasil fez algo para facilitar a vida de quem tem poupança no modo antigo e não quer arriscar depositar na mesma variação e perder o rendimento anterior. No BB vc pode depositar na variação 51 q segue a nova regra da poupança. A variação 1 fica quietinha lá rendendo pela antiga.
Legal. Eu não estava sabendo deste detalhe no Banco do Brasil.
Muito obrigado =)
segue o link : http://www.bb.com.br/portalbb/page3,116,19422,1,1,1,1.bb?codigoMenu=1092&codigoNoticia=33628&codigoRet=1943&bread=2
Guilherme,
sei que o leitor do VR não é muito de utilizar previdência privada, mas achei interessante essa notícia para nos manter atualizados com o tema PGBL: http://www.panoramabrasil.com.br/caixa-reduz-o-custo-de-planos-de-previdencia-privada-aberta-id87347.html
abc
Joaquim, grato pelo link! Seu comentário virou post! http://valoresreais.com/2012/06/02/resumao-de-boas-noticias-da-semana-tesouro-direto-bb-e-caixa/
Guilherme, pois é, alguns bancos, como o BB citado pelos amigos, facilitou a visualização de rendimentos, ao destacar uma conta separada. Mas outros parece que continuam misturando.
A melhor orientação é essa mesma que você disse: abrir uma conta separada.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Guilherme,
Muito obrigado pela citação! 🙂 foi uma pequena contribuição e uma forma de retribuição p/seu blog que sempre traz informações atualizadas e úteis!
Abc e bom fim de semana.
Valeu, Joaquim, eu é quem agradeço!
Bom final de semana pra ti também!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Boa noite, sr joaquim,
tenho em torno de 80.000 reais em um fundo de renda fixa, só que é descontado duas vezes ao ano IR, e meu rendimento é de 150,00. e quando desconta IR, não ganho nada. O que o Sr acha se eu abrir tres poupanças e colocar por exemplo ( 30.000,00 ; 30.000,00 e 20.000,00) , não renderia melhor e eu não pagaria IR.
O que o Sr pode me orientar.
Obrigado!!