Em nova reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central, agora há pouco, a taxa básica de juros da economia, a taxa SELIC, foi reduzida em 0,75%, de 9,75% a.a para 9,00% a.a. A decisão foi unânime.
Quais os impactos para o investidor dessa nova redução da taxa SELIC?
Para quem investem em renda fixa, de uma maneira geral, haverá decréscimo nas rentabilidades, principalmente nos fundos referenciados DI e CDBs pós-fixados ao DI, que estão atrelados à SELIC. Quem investe em fundos de renda fixa prefixados, aqueles nos quais as taxas de juros dos títulos são fixadas de antemão, provavelmente terá rentabilidade acima do CDI.
A poupança ficará cada vez mais atraente, já que muitos fundos cobram taxas de administração absurdas, de até 5% a.a. em alguns casos.
Quem deseja buscar rentabilidades melhores deve pensar nos investimentos de maior exposição ao risco, como Bolsa de Valores e Fundos Imobiliários. Nesse cenário de juro baixo, as ações e investimentos no setor imobiliário tendem a ocupar maior espaço na estratégia dos investidores.
Bons investimentos!
É isto aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
Créditos da imagem: Free Digital Photos
É, agora ou o CDB sobretaxa em cima do CDI (101… 105%) para compensar liquidez ou a poupança vai ficar muito atrativa.
Camilo, pois é, quem diria que a velha caderneta voltaria a ficar atraente… e pensar que há exato 1 ano, recomendávamos ficar longe dela, justamente por conta de uma SELIC em alta (12%), combinada com uma inflação preocupante…
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Guilherme,
Existe alguma relação entre a queda da Selic e a das taxas das Ntn’s?
Eu apostei bem mais nas Lft’s do que nas Ltn’s… 🙁
Muito obrigada,
Olá, Rosana!
Existe, sim, essa correlação. Basicamente, SELIC em queda indica previsão de menos inflação no futuro. E previsão de menos inflação no futuro sinaliza taxas menores para as NTNs.
Você fez uma aposta na segurança, ao investir nas LFT´s, e não há problema nisso, porque a LFT não deixa de ser uma proteção contra a inflação no presente, como escrevi em outro artigo. Eu também mantenho maior parcela das minhas aplicações em renda fixa em investimentos atrelados ao CDI/SELIC, do que nos pré-fixados. Melhor se precaver com a maior parcela do patrimônio, pois o dinheiro deve ter essa função de prover segurança em primeiro lugar.
Assim, sob minha perspectiva, você agiu com cautela, e, nesse sentido, agiu bem. 🙂
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Guilherme, não seria o contrário… Maior SELIC, menos dinheiro na praça, menos consumo, menor inflação; menor SELIC, mais crédito, mais consumo, mais inflação?
Caio, depende do ângulo em que a questão é vista….rsrs 😀
Sob o aspecto do objetivo de controlar a inflação, sim, maior SELIC significa tentar frear a inflação, pois o custo do dinheiro fica mais caro.
Agora, pensando no estímulo à economia, a menor SELIC indica que a inflação está mais controlada, e a diminuição dos juros é uma forma de aquecer o consumo, que estaria dando sinais de queda. 🙂
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Já vi esse filme antes, enquanto não forem feitas as reformas estruturais nesse País, não vai ser sustentável mantê-lo nesse patamar por muito tempo, inclusive baixá-lo ainda mais. O interessante é ver o Santander baixar os juros do cheque especial para nada mais nada menos que 4% ao mês, é realmente a queda é só pra alguns! Abraços.
Perfeito, Diogo!
Por falar em Santander, o Itaú, o Bradesco e o próprio espanhol resolveram baixar as taxas de juros, mas, como você bem afirmou, “a queda é só pra alguns”. E ainda ficam condicionando boa parte das novas taxas à transferência de salário. Não que isso não seja correto, mas ocorre que acaba sendo um empecilho a mais.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Acho que agora o Banco Central vai dar uma respirada e interromper o afrouxamento monetário. Mesmo porque se cortar abaixo de 9% vai haver fuga em massa de capital dos fundos para a poupança.
O timming “ficou redondinho” para o governo porque o BC provavelmente deverá carregar esta selic em 9% até as eleições deste ano, com o IPCA folgado deste primeiro trimestre permitindo a “manobra”. A pressão inflacionária só voltaria a incomodar no segundo semestre, então a estratégia para este ano parece estar fechada.
Abcs,
Concordo, F.I.!
Ainda mais porque essa decisão foi unânime de cortar para 9%.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Agora aproveitar fundos com baixas taxas de adm. e fundos de índices de preços (inflação)…é a saída.
Os bancos serão obrigados a cortar, além das taxas de juros dos empréstimos, também as taxas de administração dos fundos. Vamos ver se essa nova rodada de cortes tem chances de se concretizar!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
FI, vc está então supondo q depois das eleições teremos alguma aumento (substancial?) da SELIC??
Gui,
Redução já esperada e quase tudo já precificado.
Agora tem analista dizendo que o comunicado deixou margem para uma possível nova queda em maio: duvido. Queda maior sem mexer na regra da caderneta de poupança fica difícil.
Abraço.
Pois é, Jô, o Governo agora quer pressionar os bancos para diminuírem as taxas dos fundos de investimentos. Com isso, poderia haver nova queda da SELIC sem mexer na poupança. Aguardemos os próximos capítulos.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Boa tarde Guilherme!
Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo excelente site.
Conheci através do Clube do Pai Rico e gostei bastante!
É isso ai, continue sempre postando coisas interessantes e úteis para nosso dinheiro.
Ganhou mais um leitor =D
Abraços
Obrigado, Claucio, pelas palavras!
Guilherme,
Gostaria de um opinião (sua e dos catedráticos em Renda Fixa – leia-se Tesouro Direto): tenho uns títulos NTNF 2017 comprados na crise de 2008 com tx 17%aa, com essa queda da Selic, esses títulos tem dado rentabilidade bem maior que a contratada, seria interessante segurá-los até próximo do vencimento e vendê-los p/ter lucro a preço de mercado, ou levá-los até vencimento mesmo? Grato.
joaquim, excelente compra!
Bem, embora não sendo catedrático em renda fixa …rsrs (título que pertence ao nosso amigo Flavio), penso que poderia carregar os papéis até o vencimento, nao só porque a taxa já é certa, uma vez que prefixada, mas também porque você pagará menos imposto de renda, e terá seu dinheiro rendendo 17% a.a. brutos por mais longos 5 anos, praticamente sem risco algum.
Se fosse eu, manteria até o vencimento, sem dúvida.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Obrigado, Guilherme!
Neste cenário, qualquer fundo imobiliário que pague rendimentos acima de 0,7% a.m torna-se um investimento atrativo, dado que o investidor ainda conta com a valorização da cota.
Comentário editado por violação às regras do blog: é proibida qualquer mensagem que caracterize propaganda comercial.
A “festa” da Renda Fixa, dos retornos altos, baixo risco e farta liquidez está acabando… Nós pessoas físicas, “viciados” em CDI, vamos ter que correr risco em mercados mais voláteis se quisermos manter o rendimento real de mais 5%aa. Os Fundos de Pensão já estão desesperados. Torna-se cada vez mais necessária a disseminação da educação financeira no Brasil. A discussão deste e outros assuntos nesse Blog é um bom caminho.
Assino embaixo, Flávio!
Até 8,75 o governo não precisa mexer na poupança, abaixo disso, a Selic não passa… seria não seria agradável para os candidatos tributar a poupança.. por exemplo…
No meu entender enquanto permanecer a tendencia de queda na SELIC aqueles que investiram, como eu fiz em julho/2011, em títulos do tesouro direto (NTNB corrigida pelo IPCA + 6,74%a.a.) estão experimentando uma rentabilidade muito acima de qualquer outra em renda fixa.
No meu caso até o momento tive uma rentabilidade bruta equivalente a 23,47% a.a. (segundo a calculadora do tesouro direto) e uma rentabilidade líquida, se resgatasse hoje, de 18,12% a.a.!
Acho díficil obter, passivamente e com a segurança oferecida, um rendimento tão alto nesse curto período.
Creio que com a queda na SELIC esses títulos ainda tenderão a apresentar rentabilidade superior a outros investimentos em renda fixa a cada queda na SELIC e, portanto, pretendo manter minha posição nesses papéis.
Na ocasião da compra preferi ir contra a maré que previa um aumento da SELIC, tendo ao invés disso me preocupado com a indexação na inflação e em aproveitar a taxa real de juros 6,74% a.a..
Como diz o Guilherme: que Deus nos ajude.
Parabéns pelas compras, Luiz! Acertou o topo desses titulos!
Oi, Guilherme
Agradeço por sua resposta, agora entendi!
Abraços e sucesso,
De nada, Rosana!
Cdb a 100% do CDI para um prazo de 2 ou 3 anos de aplicação seria melhor alternativa que oTesouro Direto nesse momento?
Alexandre, seria uma opção a considerar sim. Só tome cuidado com o banco em que vai investir, se for de segunda linha, buscando se limitar a R$ 70 mil, que é o valor da cobertura do FGC.
Guilherme,obrigado pela resposta. Seria no Itaú mesmo. Até fiquei tentado com as taxas do Sofisa mas não tenho coragem.
Depois de muito pesquisar, resolvi que seria hora de investir em títulos públicos. Aí, no dia em que é liberado meu cadastro no Tesouro Direto, é anunciada a queda na Selic, fazendo também com que as taxas dos títulos caiam e os preços aumentem. Mesmo os títulos prefixados e atrelados ao IPCA sofreram com isso. Hoje, temos LTN abaixo de 10% e NTN-B Principal abaixo de 5% para compra. Creio que a coisa ficou boa para quem já tinha investido há mais tempo.
Então, estou na dúvida. Seria mais prudente “especular”, deixando o dinheiro na poupança e aguardar uma melhora nas taxas destes títulos? Ou já devo começar agora, mesmo com as taxas baixas?
Finalizando, parabéns pelos textos, Guilherme.
Minha humilde opinião (invisto no TD desde 2006), as taxas estão baixas, mas podem cair ainda mais…se vc pensa em TD como opção de renda fixa de baixo risco e diversificação, invista enquanto as taxas não caem mais! Tenho títulos NTNB principal com tx de IPCA + 5,26%, porém ainda pretendo ter mais títulos NTNB principal por temer pela inflação. Uma opção de curto prazo tem sido LCI do SOFISA. Sobre a poupança, ainda é uma incógnita, principalmente caso SELIC fique abaixo de 9%, especula-se que a regra pode mudar, com a poupança sendo indexada à SELIC; nesse sentido, garantir um dinheiro na poupança (TR+ 0.5%) pode ter alguma vantagem (achismo total). Minha posição atual em renda fixa é : TD, LCI, Debêntures e Fundo DI. Em breve, teremos opiniões de pessoas mais entendidas no assunto que eu, mas espero ter ajudado em algo. Abc
Compartilho do raciocínio do Joaquim,
Invista já.
Abraço.
Joaquim e Jônatas, obrigado pelas opiniões. Meu interesse é pelos títulos prefixados (LTN 010116) e atrelados ao IPCA (NTN-B Principal 150824 e 150535). Pelo visto, a sugestão é investir desde agora, independentemente do variação da Selic e das atuais taxas destes títulos.
Agradeço a participação dos leitores Joaquim, Renato e Jônatas, e concordo com o que eles disseram! 😀
Embora a festa dos juros altos pareça estar acabando, ainda é possível selecionar bons títulos do TD que, apesar de não pagarem taxas tão altas quanto no passado, ainda podem servir de proteção para seus investimentos, ainda que mínima.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Acredito que o Tesouro Direto só seja uma boa ainda para quem invista em papéis de títulos longos (2035, 2045).
A tendência no longo prazo da Selic é de queda. Contudo, é ingenuidade axar que ela não aumentará mais, que agora é ladeira abaixo apenas. Ela sempre foi uma taxa dinâmica, de altos e baixos, ainda que em intervalos de prazo médio/longo se possa observar a tendência de queda.
Dentro do cenário de juros mais baixos, as ações se configuram uma ótima oportunidade. Não sei se este seria um bom momento para entrada, mas tenho uma desconfiança de que a estagnação (ou bolha) no mercado de imóveis, assim como o horizonte raso dos juros, faça com que um bom capital migre para as ações no médio prazo.
Falow, Renato C
Renato, vou praticar uma diversificação básica com títulos públicos (LTN e NTN-B de longo prazo) e ETF. Diante da atual taxa da Selic, estou desistindo da LFT. Vamos ver no que vai dar…
S.C., eu também estou “desindexando” meus investimentos de renda fixa da LFT/CDI. Uma alternativa a considerar são os papéis atrelados à inflação de prazo mais longo. Existe o risco da oscilação no curto prazo, mas podem funcionar como um bom escudo de proteção caso a SELIC caia ainda mais.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!