(voltando à normalidade!) A inspiração para esse artigo veio de um comentário do leitor Rony Melo no artigo Atos de investimento, atos de consumo, atos de trabalho ou educação:
“Nunca fui um consumidor compulsivo, mas comigo aconteceu e está acontecendo algo muito estranho, por assim dizer. Sou aluno de doutorado em engenharia, moro com meus pais, não tenho carro, Ipad, smartphone ou o ultimo modelo da Dell, ou seja, consigo poupar 50% de toda a minha renda (a bolsa de doutorado) e o ato de poupar começou a se tornar um tanto quanto compulsivo a ponto de querer ganhar mais grana somente pra investir mais(????)…. Sorte que percebi isso a tempo, pois sim, acho isso ruim, e comecei a voltar com velhos hábitos de ler bons livros, assistir todos aqueles velhos filmes que sempre quis e não “achava” tempo. Em resumo, concordo que o foco deve ser a eficiência do gerenciamento do seu tempo, não somente para evitar o consumo, mas sim a qualquer coisa em excesso…”
Já a motivação para esse artigo veio da intuição de que mais pessoas podem estar nesse dilema: afinal, como consumir sem culpa? Esse tema já foi objeto de outros artigos aqui no blog, tais como: Não economize como se estivesse prendendo a respiração debaixo d’água, O dinheiro nunca deve mudar os valores básicos da pessoa… e O que o dinheiro compra, o que o dinheiro é. Normalmente, as pessoas passam por dois ciclos bem distintos de vida financeira. A fase inicial é aquela que pode ser representada pela frase “só se vive uma vez na vida”, e consiste basicamente em gastar o máximo que puder para “curtir a vida adoidado”. Isso normalmente ocorre no início da vida salarial da pessoa, ou quando ocorre uma promoção com substancial aumento de salário, quando os “hormônios estão a flor da pele”, e a necessidade de consumir como meio de afirmação no contexto social se faz presente, A segunda fase pode ser representada pela frase “o futuro é o que importa”, e então a pessoa passa a ser uma poupadora inveterada, o que quase sempre acaba redundando numa situação de investidora inveterada também. Ela se preocupa, uma vez eliminadas as dívidas e saneadas as contas, em formar reservas para aposentadoria. Isso é salutar. O que não é salutar é a preocupação exagerada com o futuro.
E então, mesmo tendo uma rede de proteção formada pela aposentadoria do INSS ou aposentadoria pública, plano de previdência privada (às vezes mais de um), reserva de emergências, investimento substancial em ações visando o longo prazo, e gastando menos do que ganha, com rígido e absoluto controle do orçamento familiar, ela ainda assim fica bitolada com o futuro, achando que qualquer centavo gasto no dia-a-dia pode ter repercussão negativa na aposentadoria que ocorrerá… daqui a 40 anos (!!!).
Muita calma nessa hora!
Exageros são ruins, tanto de um lado quanto de outro, e a pessoa, talvez você mesmo, precise voltar ao equilíbrio, sabendo consumir sem culpa, e, portanto, tendo a plena consciência de que dinheiro bom é dinheiro bem gasto, desde que o futuro financeiro não fique comprometido. Quer saber como consumir sem culpa? Pois aqui vão 9 dicas bem práticas!
1. Compre com o dinheiro que você tem, e não com o dinheiro que você não tem. Essa é uma diferença clássica entre ricos e pobres: ricos têm inteligência financeira, e compram com o dinheiro disponível, à vista. Pobres não têm educação financeira, sendo presas fáceis das armadilhas do consumo, e, em vez de comprarem o fogão à vista com desconto, com planejamento financeiro, preferem olhar só o valor da parcela e dividirem a compra em 24 prestações mensais. A palavra-chave aqui é planejamento. E o que significa se planejar? Simples: “antes de usar o bolso, use sua cabeça”. Prepare-se financeiramente para a compra de bens e serviços, principalmente daqueles cujo valor é bastante alto, considerando sua renda mensal e seu orçamento doméstico. Preferencialmente, compre à vista. E, mais preferencialmente ainda, não tome empréstimo, seja de quem for, para comprar suas coisas. E por falar em orçamento doméstico…
2. Estabeleça um teto para suas despesas mensais. E respeite esse “auto-compromisso”. A imposição de limites sobre sua própria força de vontade é um exercício que exige hábito, controle e perseverança, mas é o único meio de se certificar de que você está no domínio de sua própria situação financeira. E domínio é a habilidade que mais falta aos endividados e consumidores culpados. Esse papo de gastar no máximo 90% de sua renda ativa para mim não cola. Por quê? Porque é uma faixa percentual de gastos muito elevada! O ideal é limitar as despesas de seu orçamento doméstico a, no máximo, 70% de sua renda líquida ativa anual. Se o orçamento está apertado, o melhor caminho para solucionar esse problema é aumentar sua renda de trabalho. Por quê? Porque as despesas mensais podem ser cortadas até um certo limite, mas as possibilidades de ganho não têm limites.
3. Não compre em estado de abalo emocional. Se você tiver acabo de terminar um relacionamento, não vá ao shopping. Se você tiver acabado de brigar com o patrão, não fique futucando o Peixe Urbano, Groupon, ClickOn e similares. Se você tiver tido um “daqueeeeles dias”, não torre o final de semana vendo vitrines e descontando suas frustrações no restaurante mais próximo. Isso porque as compras daí resultantes terão sido feitas para compensar necessidades emocionais e espirituais, e sempre serão compras desastrosas, em que o raciocínio sobre a utilidade e a necessidade delas terá sido negativamente influenciado sob emoções adversas. Evite, portanto, comprar coisas para compensar carências afetivas. Carências afetivas se compensam com “bens” de igual natureza, ou seja, com novos relacionamentos, com perdão/diálogo, com reflexões sobre o agir, e realização de momentos de espairecimento etc. Portanto, jamais espaireça utilizando o cartão de crédito!
4. Vá empurrando os “desejos” mais para o final do mês. Essa é uma dica essencialmente técnica. Todos nós temos nossas contas mensais a pagar, e despesas de categorias fixas, tais como alimentação, mercado e transporte. Mas somos também seres humanos, movidos pela necessidade de saciar pequenos desejos, tais como uma nova cômoda para a sala, um novo aparelho de jantar, um novo par de sapatos (hello mulheres!), um novo smartphone, um belo almoço numa baita churrascaria, um novo DVD, um novo livro, um par de ingressos no cinema com direito a um mega combo de pipoca + refrigerante (o qual você sempre evita com aquela velha história: “economizar é preciso, comer no cinema não é preciso”). O segredo de ter um orçamento doméstico bem feito é o controle do dinheiro que sai. Tendo as despesas debaixo de pulsos firmes, você verá que gastará não menos do que ganha, mas provavelmente muito menos do que ganha. Então evite comprar os “desejos” logo no começo do mês, pois eles, além de poderem atrapalhar seus planos com despesas mensais já fixas, lhe impedirão de fazer boas compras com liquidação. Lojas de comércio de rua e de shoppings, por exemplo, precisam fechar o mês no azul, sendo, portanto, mais suscetíveis e “abertas” a negociação no final do mês, ou seja, depois do dia 20. Além disso, e independentemente disso, se você perceber que irá fechar o mês com sobras e “folgas” orçamentárias, poderá gastar parte dessas sobras para… consumir sem culpa!
5. Um chocolatinho de vez em quando não vai fazer ninguém mais pobre. Venhamos e convenhamos: se você segue os princípios básicos das finanças pessoais, como ter uma reserva de emergências, não ter dívidas, investir com regularidade para aposentadoria e para construção de patrimônio, gastar menos do que se ganha e por aí vai, qual é a utilidade de se privar de pequenos prazeres, se eles não repercutirão negativamente na formação de patrimônio (exatamente pelo fato de você já ter tomado todas as medidas para se assegurar de que ele está sendo formado)? Nenhuma. São os pequenos prazeres que dão sabor e colorido especial às nossas vidas. Pensar que um capuccino de R$ 3,50, um Nhá Benta da Kopenhagen ou um ingresso para uma sessão 3D no cinema irão “matar” seu plano de aposentadoria, estando você sedento por um capuccino, um Nhá Benta ou uma sessão 3D, irá ter o efeito contrário: você chegará ao final da jornada com remorso, com culpa por não ter consumido, e não com culpa por ter consumido. E mais, por não ter consumido quando podia ter consumido. Perceba as sutilezas e armadilhas do pão-durismo. O que vai repercutir mais negativamente em sua vida são vícios de consumo que não agregam valor à sua vida, associado a maus hábitos financeiros, bem como aquelas grandes despesas mensais e anuais sobre as quais você não fez planejamento adequado, tais como financiamentos de casa própria, carro, e viagens, por exemplo. Saber gastar é tão importante quanto saber investir. Ponto final.
6. Registre no papel os seus desejos de consumo (e enumere os motivos para adquiri-los). Essa tem funcionado bastante comigo, e pode ser que funcione com um grau bastante grande de eficácia para você também. Escreva no papel os seus desejos de consumo, e também anote as razões pelas quais você quer adquiri-los. Quando eu queria comprar meu primeiro iPod, lá pelos idos de 2005 (até então tinha um mp3 “meio genérico”, se é que vocês me entendem…rsrs), eu anotei as seguintes razões: bateria de maior duração; maior capacidade de armazenamento, permitindo ouvir, num só aparelho, e sem ter que ficar trocando cartões de memória ou excluindo músicas para colocar outras (ô dureza aqueles tempos….rsrsr), diversos arquivos de áudio, como coletâneas musicais inteiras, audiobooks, e podcasts; portabilidade,, devido à leveza, design e dimensões, sendo o equipamento ideal para viagens de férias, corridas e academia; qualidade superior de áudio, associado a um bom par de fones de ouvido; melhor gerencialmento de listas de reprodução; tela colorida de alta resolução, dentre outras. A vantagem de colocar no papel os desejos de consumo é tornar a compra um ato de consumo racional, mesmo em se tratando de um item enquadrável na categoria de “desejos de consumo”.
7. Crie e utilize a conta da diversão. Sua passagem pelo planeta Terra não pode ter “sido sem sal”. Como expliquei nesse artigo: reservando um dinheiro todo mês para a diversão, a criação da “conta” serve para que o dinheiro possa ser gasto sem culpa, sem arrependimento, sem remorso, de estar atrapalhando o plano de independência financeira. Isso também não deixa de ser uma maneira de racionalizar o consumo de itens que poderiam desequilibrar o orçamento, caso realizados sem um bom planejamento financeiro. Essa “conta”, separada das demais, pode até ser utilizada para gastar com impulso, mas sem remorso, e, como diz meu amigo Jônatas, gastar por impulso é bom demais!
8. Crie um sistema de metas e associe recompensas a cada meta cumprida. Essa é uma das dicas mais valiosas, porque o consumo com culpa está associado ao prejuízo causado a diversas áreas de sua vida, como a área financeira (vide dica número 1), à área emocional (vide dica número 3), à área racional (vide dica número 6) etc. Ora, o ato de consumo atrelado ao cumprimento de metas de vida vai na contramão de todos esses fatores negativos, pois faz associar as compras a um estado emocional positivo, e, além disso, racionalmente justificado por conquista de objetivos propostos. O consumo não se torna mais um ato que potencializa arrependimentos, mas sim um ato que incentiva a busca por comportamento positivos. Por exemplo: premie-se com um vale-compras imaginário de R$ 500 quando você conquistar o objetivo de poupar R$ 5 mil. Ou então, se dê uma viagem de férias quando conseguir economizar 30% de sua renda líquida anual. Ainda, premie-se com uma cesta de eletrônicos quando concluir seus estudos. Agindo assim, você estará tornando o consumo um objetivo a ser perseguido, e não um comportamento a ser evitado.
9. Gaste uma parcela dos extras de sua renda ativa com luxo. Recebeu o décimo-terceiro? A empresa irá distribuir um bônus que não era esperado? Está com as contas em dia? Não tem dívidas? Já separa uma parte de sua renda para os investimentos de aposentadoria e construção de patrimônio? Então não há problema em gastar uma parte desses e de outros extras com bens e serviços que, na sua categoria salarial e para seus padrões de consumo, se enquadre na categoria de luxo. Afinal, sua vida financeira já está organizada e não será impactada negativamente por esse consumo extravagante. Isso não só servirá para recarregar suas baterias e ver que, sim, você pode fazer isso sem “dar um nó” no seu orçamento, como também ampliará os significados de seu trabalho e de seu esforço de poupança. Também não se trata, aqui, de assumir um comportamento vicioso e de “aumentar o padrão de consumo na mesma proporção em que se aumentar o padrão de salário”, mas apenas o de curtir algumas boas coisas que o dinheiro compra. Lembre-se de que o dinheiro só é útil na medida em que é gasto, mas se lembre também de que não é em todas as áreas de nossa vida que o dinheiro tem utilidade. Não tente comprar com o dinheiro coisas que o dinheiro não compra (e você sabe muito bem o que o dinheiro não compra), mas se permita comprar com o dinheiro as boas coisas da vida que só o dinheiro compra. 😉
Conclusão
Educar-se financeiramente não significa apenas eliminar dívidas e começar a investir. Educar-se financeiramente significa, antes de mais nada, reconhecer que o dinheiro é apenas um meio de troca, e que ele tem serventia como instrumento de circulação de bens e serviços. Saber aproveitá-lo de modo coerente e sintonizado aos seus objetivos de vida é fundamental para não ter culpa nos atos de consumo, bem como transformar esses últimos como meios para incrementar a qualidade de sua vida, por meio de comportamentos positivos que possam dar um sentido proveitoso e útil ao seu dia-a-dia.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
“Qui dilícia” de surpresa!!!! Muito obrigada mesmo!!! Vou me deleitar com seus posts novamente.
Um grande abraço, Deus te ilumina sempre!!!
Sra.AP
#Tamojunto, somos comparsas, possuimos os mesmos desejos e também a semelhança nos pensamentos.
Grato por voltar, segue firma na paçoca, como prego na areia da praia..rsrsrs.
Também achei legal vc ter fechado os comentários dos dois últimos posts, assim concentramos novamente na Educação Financeira.
Sobre o artigo de hoje.
Muito bom ver que temos os mesmos sentidos, direcionado no consumo equilibrado. Nem mas nem menos. O único é nós dar o prazer em comprar. Que seja conscientemente melhor para nós e nosso bolso.
Parabéns mais uma vez pelo maravilhoso texto, didática e ânimo retomado.
Abração ao amigo, que seja uma virada na sua vida e no blog VR.
Valeu Guilherme, seja bem vindo novamente,
Abraços!
Ola Guilherme,
Que alegria ler mais um de muitos posts que virão. E que show de post!!!!
Nessa linha eu estou sempre me baseando no orçamento baseado em metas que vc publicou algum tempo atrás, assim depois de cumprir todas as metas e despesas, o que restar posso gastar sem culpa!!! Aquele texto foi um divisor de águas para mim…
Nesse ponto anotei para reflexão a dica 6: com certeza descrever o motivo do desejo de consumo nos levará a perceber se de fato devemos e precisamos de algo, como vc disse sairá do emocional para o racional!!!
Obrigada Guilherme e parabéns por mais esse gol!
Abraço
Que beleza ver o Valores Reais de volta e em grande estilo! Se fosse na formula 1 poderíamos dizer que você colocou uma volta à frente do seu adversário!
Muito bom esse novo artigo, finanças pessoas não é só economizar é saber tirar proveito das finanças em benefício de uma melhor qualidade de vida
Abcs e sucesso!
Opa olha eu aqui! Ainda bem que você não sucumbiu ao mal falatório alheio. ótimo artigo!!! Continuo com o meu dilema, so que em menores proporções, embora ainda ache um smartphone tão superficial quanto uma boneca inflável. Algumas dessas dicas eu já sigo naturalmente,e tento empurrá-las de “goela a baixo” em que eu conheço.
Corro do crédito como a Maria joaquina corria do Cirilo, embora quando os gerentes são irredutíveis em conceder desconto, compro a prazo para não desembolsar tudo de uma vez e assim, fazer com que a poupança, ou outra aplicação, me dê o desconto almejado. Contudo não tenho certeza se está valendo a pena, estou achando efeito pscicologico contrário, pois quando vejo a prestação penso ” Gerente FDP, nem me deu desconto”.
Outro ponto que sigo é ter a reversa para diversão, aquela churrascaria com aquela vaquinha em forma de picanha…..isso sim é gastar bem, bem melhor que o smartphone!
abraços!
Onde eu assino!?
Parabéns pela volta em grande estilo meu amigo.
Que Deus continue lhe abençoando.
Abração!
Excelente post. Engraçado que nos ultimos dias estava pensando que estava exagerando com a necessidade de ganhar dinheiro no mercado e aumentar a eficiência da carteira…estava achando que estava exagerando e veio este post…me fez refletir e pensar mais em equilibrio!!!!
Valeu!!! òtimo retorno.
Abção.
Mais uma lição do Valores Reais, só para variar: Como administrar crises com bom senso e, consequentemente, solucioná-las com rapidez, obtendo ainda com isso crescimento.
Parabéns Guilherme pela grata surpresa da volta rápida e pelo imenso Valor Real demonstrado.
Ah, e não se esqueça, já que a voz do povo é a voz de Deus, Ele está com você rs!
Aí Guilherme…welcome back!!
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Belo texto. Acho que este texto do blog da Márcia Tolotti possa complementar o que você falou sobre compras impulsivas por mulheres. Ela cita uma pesquisa numa cidade gaúcha onde a média anual de sapatos comprados por mulheres é de 33 contra 3 dos homens e a explicação dada por ela é bem razoável.
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http://tolotti.wordpress.com/2008/11/04/sapatos-faltas-e-marketing/
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Abcs
Seja muito bem vindo!!!!
Parabens pelo excelente blog
Valor é algo inerente da pessoa….. Um dom de Deus….. ninguém tira….
Voce tem valor e um valor real !!!! God bless you
Gostei muito da dica n° 6, eu ainda não tinha pensado dessa forma!
Abraços e muito sucesso,
Atualizando comentários:
Márcia, obrigado! Sra. AP acho que quer dizer (Aquela Passagem)….rs
EvertonRIC, obrigado!
Jane, obrigado! O curioso é que aquele post sobre orçamento baseado em metas também me motivou a seguir as dicas daquilo que eu próprio escrevi….rs
F.I., valeu!
Rony, exatamente, o dinheiro gasto na picanha social vale bem mais a pena……rsrs
Jônatas, thanks!
mstarfire, obrigado!
Uilson, estamos aí novamente!
Willy, gostei do link!
Chang, obrigado!
Rosana, pois é, a dica #6 me ajudou a valorizar mais determinadas compras de valor um pouco acima do usual!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Muito bom post, Guilherme. Ainda bem que desistiu da ideia de encerrar o blog. Ele ocupa um espaço interessante na vida da gente…
Quando você começou a investir? Faço essa pergunta porque já tive essa fase maluca de investir, investir e investir. Poupava dinheiro só para aumentar a meta de poupança, que sempre crescia, crescia, crescia…
Agora estou bem mais tranquilo. Após obter uma certa quantia, que imagino já me dá uma certa poupança para o futuro (na qual não mexo por nada e que vai, pela mágica ds juros compostos, subir gradativamente), me permiti gastar mais com pequenas coisas. Aumentei a incidência de viagens (que é o que eu realmente gosto na vida), mas mantive hábitos econômicos saudáveis (pechinchar sempre). Mas saiba que isso faz um pouco parte da personalidade da pessoa. Certas pessoas consomem por carência, necessidade de afirmação. Fica complicado para elas o hábito de poupar, pois sua vida social está baseada em consumo. Quando se baseia a vida em outras coisas (assumir a fama de pão duro é ótimo pois as pessoas não esperam que você se afirme por meio do consumo) fica muito mais fácil.
Só que as estravagâncias fazem parte da vida. Não faz sentido ficar morando a vida toda num quarto e sala para se aposentar num palácio. Nem faz sentido ficar em casa a vida toda para supostamente viajar quando se aposentar. Temos sempre que lembrar que o corpo humano tem limites e aos 60 anos não temos mais o mesmo pique dos 30. Assim, esperar para fazer tudo na vida numa certa idade, na minha opinião, é tão errado quanto extravasar tudo aos 18…
Abs. e bom retorno,
Leandro, muito obrigado pelas palavras, e também pelos lúcidos comentários sobre a questão de equilíbrio investir vs. consumir!
Eu comecei a investir em 2007, quando verdadeiramente iniciei minha jornada de educação financeira. Todos nós passamos pelos mesmos ciclos: ficamos entusiasmados com os investimentos, deixando de lado o consumo, e, depois de certo tempo, passamos a “calibrar” melhor o uso de nosso dinheiro, optando por melhorar nossas escolhas de consumo. São ciclos, que fazem parte da vida, e de todos.
Gostei muito da sua última frase, que expressa muito bem meu ponto-de-vista sobre a questão: “Assim, esperar para fazer tudo na vida numa certa idade, na minha opinião, é tão errado quanto extravasar tudo aos 18…”
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Conheci o blog em meados de 2011 e lembro quando encontrei esse texto.. estava começando nessa vida de controle financeiro, na época com 18 anos. Esse texto me marcou muito, sempre releio (mais uma vez hoje) e hoje com 24 anos sinto que ainda aprendo com ele… ótimo texto, me ajudou muito, assim como esse blog inteiro.
Muito obrigado por compartilhar essas infos valiosas, abraços.
Luiz.
Muito obrigado pelas palavras, Luiz!