Pois é, pois é, viver com uma das mais altas cargas tributárias da Via Láctea não é fácil realmente.
Justo agora que as compras no exterior estavam ficando cada vez mais atraentes, dado o declínio consistente da cotação da dólar, eis que nosso governo resolve editar uma medida aumentando o valor do IOF de 2,38% para, pasmem, 6,38%, para compras pessoais no exterior ou para quem encomenda mercadorias pela Internet. Ou seja, um aumento de mais de 200% na carga tributária. 😛
Créditos da imagem: http://www.freedigitalphotos.net
De acordo com notícia publicada no IDG:
“Segundo o governo, o objetivo da medida é conter a queda do dólar ao desestimular o uso do cartão de crédito em importações. Além disso, o aumento do IOF deverá compensar parte da perda de arrecadação causada pela correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física.”
O que fazer para se proteger dessa alta?
Uma das alternativas possíveis é o uso de cartão de débito pré-pago, os famosos Visa Travel Money. Mas tome cuidado que a compra de dólares para carregar no cartão normalmente é feita utilizando-se de uma cotação bem próxima do dólar turismo, que é sabidamente mais cara. Ademais, é cobrada uma tarifa de U$ 2,50 (ou 2,50 euros, no caso de VTM Euro) para cada saque realizado no exterior usando o cartão, fora eventuais tarifas cobradas pelo banco dono do ATM em que você irá sacar o dinheiro.
Para mais informações a respeito, acessem esse ótimo artigo da Denyse Godoy escrito para o portal iG.
Outra alternativa consiste em fazer saque no exterior usando o cartão de débito de seu banco, uma vez que o aumento do IOF não se aplica aos cartões de débito, como deixa bem claro o teor do texto normativo:
“Nas operações de câmbio destinadas ao cumprimento de obrigações de administradoras de cartão de crédito ou de bancos comerciais ou múltiplos na qualidade de emissores de cartão de crédito decorrentes de aquisição de bens e serviços do exterior efetuada por seus usuários, observado o disposto no inciso XXI: seis inteiros e trinta e oito centésimos por cento” (destaque por minha conta).
A vantagem do saque no exterior usando o cartão de débito bancário é que a cotação do dólar se aproxima mais do dólar comercial. 😉
Obrigado ao leitor Gustavo pela dica do link do portal iG!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Argh!!!
Ainda bem que já vinha fazendo umas comprinhas lá fora com o Dólar abaixo de R$ 1,70.
Uma pena este aumento…
Obrigado pela atualização Guilherme!
Abraços!
É isso aí. Nada como morar em um país rico como o nosso, onde todo mundo tem dinheiro sobrando.
É só o poder aquisitivo aumentar um pouco e o câmbio ajudar um pouquinho também para os brasileiros poderem viajar com mais tranquilo que o governo vem e já arruma um jeito de estorquir a população pagadora de impostos.
Enquanto isso, a violência só aumenta, a corrupção é incontrolável e por aí vai… Dá-lhe Brasil.
Vamos driblar o governo, usar cartão de débito e travell cheq…
Quanto ao cartão de crédito, tenho o cartão de crédito Banif Pro Teste(gratuito para associados), a cotação usada para pagamento é o dólar comercial…pena que aumentaram o IOF..
Abs.
Mas, pensando-se nas milhas e em outros benefícios do cartão de crédito, como ter até 40, 45 dias para efetuar o pagamento, não é válido?
Eu, por exemplo, detesto ter que ficar carregando muito dinheiro. Levo o básico e uso o restante no cartão.
Outro ponto: A emissão de uma passagem em business ou first é caríssima. Então, mesmo pagando 4% a mais no IOF, continua sendo vantagem para emitir nas classes citadas. Estou certo?
Até mesmo na econômica, em algumas rotas, acho que pode continuar sendo válida a utilização.
Abraços Guilherme!
Hehe… esse é o Brasil, o país dos impostos. E já aumentaram IOF pra empresas e bancos que captam dinheiro no exterior. O leão está com fome mesmo
Abcs,
Valeu pessoal, pelos comentários!
Gabriel, é certo que o pagamento via cartão de crédito lhe permite ter até 40 dias a mais para efetivamente quitar o débito. No entanto, o dinheiro aplicado em 40 dias numa aplicação que segue o DI não rende mais do que 0,75% líquido, o que é muito inferior diante dos 6% que você gasta a mais pagando de IOF, sabendo que tinha a possibilidade de economizar esse valor.
A emissão de passagens-prêmio em F ou B continua valendo a pena, dado o custo caríssimo de passagens nessas classes. Entretanto, existe um meio financeiramente mais eficiente de acumular milhas: pagando boletos no cartão. O dinheiro economizado com outros meios de pagamento, que não o cartão de crédito, lhe permite uma sobra extra de grana que lhe rende muito mais milhas do que “pagando a mais no cartão de crédito só para acumular milhas”.
Fiz um estudo completo tratando desse problema, e espero publicá-lo em breve no blog.
Repito: entre pagar compra no cartão de crédito apenas para acumular milhas, e economizar pagando no boleto, essa última opção vale muito mais a pena. Você não ganha milhas pelo pagamento no boleto, mas *A DIFERENÇA* entre o valor da compra no cartão e o valor da compra no boleto lhe permite comprar muito mais milhas – via pagamento de contas no cartão – do que as eventuais milhas ganhas na compra com cartão de crédito.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Sobre as maiores cargas tributárias: O valor do imposto sobre combustíveis daqui é maior que nos EUA, mas muito menor que na GB, Alemanha e vários outros países europeus, pensam nisso.
O pessoal aqui não entende que o que é melhor para eles, não é necessariamente o melhor para o país. Se o país começa a aumentar muito a remessa de dinheiro para o exterior, qualquer país senstato aumenta o imposto para tentar inibir tal remessa. Isso não tem nada a ver com o Brasil. Vamos pensar macro-econômicamente pessoal, e não só nos nossos próprios bolsos?
A qual cotação do dólar turismo se torna mais vantajoso pagar o IOF? ( uma cotação muito alta aumentaria o custo mais do que o IOF )