O blog Valores Reais não se destina apenas a discorrer sobre investimentos e finanças pessoais. Dentre seus propósitos, encontra-se um objetivo maior, que é o de abordar questões práticas diretamente relacionadas ao cultivo de uma vida mais sadia, uma vida mais ética, enfim, de uma vida onde os verdadeiros valores possam ser construídos e solidificados. Afinal, de que adianta construir patrimônio financeiro, mas ser lembrado como uma pessoa que desprezou os valores éticos mais profundos? Como eu já falei em outro post – No que você quer crescer quando ser? – você jamais poderá comprar o que as pessoas dirão a seu respeito. O que as pessoas dirão a seu respeito dependem única e exclusivamente de suas atitudes e de seu comportamento, e não do tamanho de sua conta bancária. E, ainda assim, se você acha que é possível enganar os homens, tudo bem. Mas é impossível enganar a quem controla o destino de todo e qualquer homem.
Uma das fontes que inspiraram a construção desse site foi o blog Aquela Passagem, do meu amigo Rodrigo Purisch. Como eu não canso de repetir aqui no blog, se você está em busca de dicas sobre viagens, milhas aéreas, cartões de crédito e assuntos correlatos, o AP é o que há nesse segmento. Sou, inclusive, colaborador do AP, e com muito orgulho e muita honra posso dizer isso, pois escrevo, por lá, periodicamente, uma série sobre cartões de crédito.
Pois bem.
Todos sabemos que o conteúdo dos blogs publicados na Internet não é “terra de ninguém”. Eles têm dono, e o dono, o autor, dos blogs, tem direitos sobre eles, que podem ser exercidos dentro das formas previstas em lei. Alguns, como é o meu caso, optam por licenciá-lo sob os padrões da Creative Commons, para uso não-comercial. Nessas situações, o conteúdo produzido pode ser compartilhado, desde que se respeitem algumas condições, dentre elas a citação da fonte original.
Outros optam por autorizar a publicação de conteúdo próprio somente mediante pedido escrito, para preservar os direitos de quem tanto se esforçou em construir material intelectual novo. É o caso do meu amigo Rodrigo.
Eu fico muito orgulhoso quando vejo algum artigo meu sendo citado em outros blogs, e em outras mídias, e mais ainda quando são dados os devidos créditos, ou seja, quando se cita a fonte original. Isso é sinal de maturidade e inteligência de quem reproduz o conteúdo, não só meu, mas também de qualquer outro blog licenciado sob as mesmas condições.
O problema é quando isso não acontece…
E foi justamente sobre isso que o Rodrigo escreveu ontem, um longo desabafo onde ele expressa a dor de ter todo o seu material, criação intelectual sua, sendo plagiado, de forma estúpida e infantil, por terceira pessoa.
É preciso respeitar o trabalho alheio!!!
De que adianta um blog ter “sucesso” à custa de manipulação de número de seguidores no Twitter, cópias descaradas de posts sem citação da fonte original, e alteração de datas de posts, só para aparentar que foi o primeiro a publicar a matéria? Será que vale a pena ter sucesso sacrificando-se a ética e o bom senso, passando por cima das leis e das pessoas honestas, trabalhadoras e cumpridoras da lei? Aliás, que “sucesso” é esse, assim mesmo, entre aspas?
Rodrigo, eu já falei nos comentários ao referido artigo, e reforço aqui: receba a minha irrestrita e incondicional solidariedade! E tenho certeza que meus leitores, mais de 20 mil por mês, os leitores da incipiente (mas também muito bem qualificada!) “Comunidade Valores Reais” também nutrem o mesmo sentimento por você. Não desista de continuar escrevendo textos tão lúcidos, criativos e inteligentes sobre um tema tão sensível e tão carente de informação de qualidade, que é o transporte aéreo no Brasil (e suas diversas nuances). Você é maior do que qualquer pedrinha de areia que surja no meio do caminho.
O sentimento de dor que você sente é compartilhado por seus leitores e também por seus colaboradores, afinal, não é preciso dizer que textos que eu escrevi sobre cartões de crédito foram igualmente violados em sua integridade.
Como autores de sites que recebem visitação frequente, temos um papel duplo, que consiste não só em informar pessoas acerca de temas de seus interesses, mas também formar cidadãos/clientes/consumidores acerca de seus próprios direitos e deveres. É uma função da qual não podemos nos furtar, e sobre a qual temos que nos empenhar diuturnamente.
Dificuldades existem, mas elas estão aí para serem superadas. Conte comigo conosco para o que for preciso!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Isso infelizmente acontece com os melhores blogs, tem que postar o link pra chover comentários, geralmente a pessoa deleta o blog.
Sem palavras, só posso me solidarizar com o ocorrido.
Já vivi situação semelhante lecionando. Entreguei um estudo de caso para os alunos e um determinado aluno perguntou se a escola não tinha material novo, pois ele havia resolvido o mesmo caso num curso que realizou numa outra escola. Só que o estudo de caso é de minha autoria, uso-o com meus alunos somente e nunca autorizei ninguém e muito menos outra escola a utilizá-lo.
Abraço!
Gente, se vocês já entraram em contato com os infratores e não obtiveram resposta, então a única forma de ensinar aos infratores o jeito certo de fazer as coisas certas é entrar na justiça! O tribunal de pequenas causas é bom porque não se precisa de advogado! Já pensaram nisso?
Meu apoio e solidariedade.
Ainda bem que nunca tive problemas com isso. Ainda.
Muito pelo contrário, já tive a grata surpresa de ser citado algumas vezes e descobrir ao acaso. Uma vez foi bastante interessante. Nos idos de 2002 eu tinha uma página sobre programação. Minha tia, que não sabia da página e que morava a mais de 700km de distância, disse que descobriu a página quando uma colega sua apresentava um seminário sobre um assunto. No último slide, tinha as referências, e a página com meu nome estava lá. Mundo pequeno.
A Ética precisa ser promovida pelas pessoas e entre as pessoas. Contudo, com as divulgações de comportamentos antiéticos que vemos pela mídia, passa-se acreditar que é algo raro cada dia mais, e, quem a pratica é um alienado.
Certa vez escutei a seguinte frase, mas não sei a autoria: “O mal prevalece quando as pessoas boas deixam de agir”.
A verdade é que devemos combater estas atitudes sem valores, onde se promove a vulgaridade, promiscuidade, consumismo exarcebado, e o sempre ter, ter e ter sem saber para o quê, e, o pior, a qualquer custo. As pessoas sem Ética são pessoas que acreditam na impunidade, que nunca serão punidas. Precisamos mudar este Brasil.
A charge publicada ontem no charges.com.br foi bem interessante. É meio que uma divagação sobre o troll na internet: http://charges.uol.com.br/2011/01/13/cotidiano-evolucao/
Acho que é bem adequado a esse post.
Caraca Guilherme,
Tbem quero expressar meu apoio a vocês autores independentes de blogs/site, estamos com vocês , ok, e que um dia a justiça se cumpra neste Brasil tão grande e solidario.
Pessoas sem capacidade de criar, copia e a critica elogia os verdadeiros autores, porque no fundo todos sabemos diferenciar a copia do genuino, a pirataria do original, e etc….
Diz uma musica do Raul Seixas: “…ela não cria nada, mas é boa em copiar…”
Estamos contigo
Forte abraço
Infelizmente nesses casos não há o que fazer. Depender da jusitça pode esperar sentado. Se fosse no meu caso eu não postaria mais, emitiria um aviso do ocorrido, daria um tempo para quebrar a pessoa (pois não terão mais posts a serem clonados) e depois voltaria a postar novamente. É o único jeito.
Abcs,
Obrigado a todos pela solidariedade! Tenho certeza de que essa energia positiva também está sendo repassada ao Rodrigo!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Qual a vantagem de alguém pegar algo escrito por outrem e divulgar como seu? Não vejo honra e nem graça! E outra… Um dia este cidadão é solicitado para defender ou comentar aquilo que ” escreveu” por alguém. Será que o mesmo não gaguejará na hora que for instigado?
Repudiu total ao plágio!!!
Sugador do trabalho alheio sempre teve, mas com a Internet eles multiplicam-se igual bactérias num caldo de cultura. É tão fácil dar um CTRL+C e um CTRL+V, mudar algumas palavras (isto, quando se dão a este “trabalho todo”) e publicar como se fosse de autoria própria. Também deixo aqui minha solidariedade ao Rodrigo, reforçando a dica: ameace de processo, pra ver se ele continua.
Resumo de um diálogo que vi estes dias nos comentários do excelente blog meiobit:
– (comentário do participante)
– ei, mas este texto não é seu, é do (fulano)
– está na Internet, eu posso usar como quiser
– não pode não, tem que citar a fonte
No fim, os outros participantes acabaram convencendo-o, e acabou tudo bem 😀 . Mas podemos ver por este exemplo a mentalidade de certas pessoas, que devem achar que as idéias na Internet surgem por geração espontânea, e estão lá pra quem precisar usar, sem nem mesmo citar a fonte.
Meio fora do contexto, mas existe também exatamente o contrário: alguém bola um texto (muitas vezes até muito bom) e dá a autoria dele para autores famosos, como Arnaldo Jabor, Clarice Lispector, Luis Fernando Verissimo ou Mario Quintana. Ou pega o texto de um autor e o divulga como sendo de outro. São os textos apócrifos que rolam nos blogs menos cuidadosos e nas insuportáveis correntes de e-mail.
Guilherme,
Eu já havia lido o post do Rodrigo sobre esse “problema”… Tristeza é saber que nós blogueiros corremos esse risco o tempo todo e que gente de má índole existe em todos os recintos, inclusive o virtual.
Aproveito para manifestar por aqui o meu apoio ao Rodrigo e a você, como colaborador do Aquela Passagem.
Não desanimem, pois sempre haverá mais gente boa do que ruim… Pelo menos é um mundo assim que eu tento construir para os meus filhos. E que Deus nos ajude!
Guilherme e demais leitores,
Estou meio atrasado nos agradecimentos, pois resolvi responder pessoalmente e por email todos comentários no AP. Além disso tentei colocar o site de volta a normalidade.
Meu muito obrigado de coração pelo apoio.
Hoje a coisa não é mais control C, control V. Copiam-se frases, conceitos e análises dos outros e as inserem em textos a fim de agregar densidade, coisa que alguns altores não conseguem produzir por não conhecer direito o que falam.
Acabei tendo contato com uma série de histórias recentes que envolviam cópias de teses e monografias em instituições de nível superior, cópia de textos por jornais e de material por órgãos públicos. Uma parte dos integrantes dessas instituições tem crescido em um meio onde parece que tudo é livre, até que alguém apodere do que é dele.
Mais uma vez obrigado!
saiu altores …é duro, leia-se autores… Isso é que dá tentar escrever textos em celulares…
Grande Rodrigo Purisch, saiba que todos admiramos muito seu trabalho, e sempre contará conosco, principalmente nesses momentos em que mais se requer a solidariedade!!!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!