Num belo final de semana, vem o seu cunhado até sua casa (ô coitado, o cunhado sempre é o culpado, em tom de brincadeira, claro, nas conversas entre Carlos Alberto Sardenberg e a Mara Luquet, na rádio CBN). E o cunhado vem pedir dinheiro emprestado. O motivo é dar “mais gás” para a empresa dele, de venda de ferragens, que vem apresentando lucros “fantásticos” trimestre após trimestre. Ele, inclusive, saca do bolso uma folhas de papel A4 com os últimos balanços, que supostamente demonstrariam a eficiência e a lucratividade das operações do seu parente (cunhado é parente? rsrsrs).
Ele pede R$ 10 mil, e promete devolver em um ano, ou seja, daqui a 12 meses, o capital, acrescido de uma rentabilidade. Como recompensa pelo dinheiro emprestado, ele promete pagar 15%, líquido de impostos e taxas. O que daria um retorno total para seu bolso de R$ 11.500,00 (R$ 10 mil de capital + R$ 1,5 mil de juros). Você diz que vai pensar no assunto. E consulta, à noite, em separado, sua esposa, que funciona como uma agência de classificação de risco. Ela atribui uma nota C.A.I., o que significa risco elevado de ele não devolver o dinheiro. E aí, o que você faria? Emprestaria o dinheiro?
Vamos nos aprofundar no exemplo. Suponha que a empresa dele esteja com ações negociadas em Bolsa, sob o código FERR3 (FERR de ferrAGENS, tá, mentes poluídas?). Você, como bom investidor, analisa uma divergência entre os múltiplos fundamentalistas, positivos, e a cotação que a FERR3 vinha apresentando nesse ano, negativa. E aí, comprar ou não comprar?
Esse simples exemplo nos revela uma verdade universal: nos negócios da vida, seja na Bolsa, seja fora dela, risco e retorno estarão sempre relacionados. Para obter mais retorno, você terá que assumir mais riscos. Cuidado com promessas de maiores retornos com baixo risco; isso é indício de fraude. Fuja. Na renda fixa, os riscos são representados por títulos de crédito privado de empresas de alto grau de risco. Nos EUA, tais títulos são chamados de “junk bonds”, e chegam a prometer rentabilidades de dois dígitos. Na renda variável, por óbvio, os maiores riscos estão atrelados ao investimento em empresas – ações – individuais.
Uma útil analogia com a medicina
O que o seu cardiologista lhe recomenda, para evitar problemas de coração? Elimine os fatores de risco. Fumo, álcool, sedentarismo, comidas gordurosas, tudo o que cientificamente faz mal deve ser eliminado na medida do possível. Já que o objetivo da vida é viver com saúde, e não com doença, seria contraproducente levar uma vida desregrada e no final das contas ter que se hospedar numa UTI. Aliás, você sabe quanto custa a diária de UTI de um bom hospital?
Se na área maior da vida a meta é viver com saúde, no campo menor dos investimentos, o objetivo é não morrer pobre., conforme ensinamentos contidos no livro The Investor´s Manifesto, de William Bernstein. E como se faz para minimizar as chances de não morrer pobre? Ora, simples: eliminando os fatores de risco também, uai! E um dos ingredientes para essa receita da longevidade na saúde financeira passa necessariamente por diversificar seus investimentos, não apostar suas fichas em poucas empresas. Diversificar faz bem ao coração. No caso, ao coração de seu bolso.
Eu avisei… eu avisei…
Ontem, ao discorrermos sobre o assunto, escrevemos o seguinte:
“Lembre-se de que, numa operação de compra e venda em Bolsa, você não sabe com quem está negociando. Vai que, na outra ponta da ordem enviada à corretora, esteja um BTG Pactual, um Lírio Parisotto, ou até mesmo um Warren Buffett da vida…
Mas o pior nem são esses caras (embora, convenhamos, não seja nada agradável negociar a compra/venda de uma empresa justo com o W. Buffett…). O ruim mesmo é você estar negociando com um alto executivo da empresa com a qual você está treidando, que sabe mais sobre a empresa do que os melhores analistas do mercado financeiro. Esse é o pior cenário.”
Hoje, ao abrir a página do jornal Valor Econômico, eis que me deparo com uma notícia que vai ao encontro dessa afirmação (!!!):
“A diretoria do Panamericano vinha vendendo ações do banco nos últimos quatro meses. Mas foi em setembro e outubro que se concentrou a maior parte das transações, conforme apontam os formulários consolidados com os detalhes das negociações enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No total, a diretoria vendeu mais de 120 mil ações preferenciais (PN, sem direito a voto), num total de R$ 1,018 milhão”.
E aí, quer mesmo continuar comprando ações da empresa cujo executivo está na ponta vendedora, sabendo ele que (só ele) está fazendo um bom negócio? Ou então, vender ações da empresa cujo executivo está na ponta compradora, sabendo ele que está (só ele) fazendo um excelente negócio?
A lição aqui é muito simples: para os aventureiros de plantão, a Bolsa é um jogo de soma zero. Não banque o papel de idiota, achando que vai posar de “o super herói investidor em empresas que ganhou ….” Pode parar. Pode parar. O que mais me dá pena é saber de gente que está saindo da diversificação, da visão de longo prazo, e indo se aventurar no perigoso mundo da especulação e da concentração de investimento em poucos ativos. Pobres criaturas…
Numa situação limite, em que você esteja negociando ações de empresas cujos executivos estejam vendendo-as (ou comprando-as) de posse de informações privilegiadas (crime do “colarinho branco”), judicialmente comprovadas, você estará negociando com bandidos. E ainda por cima, perdendo dinheiro. É isso que você quer? É com isso (e com esses caras) que você quer perder horas preciosas, precisos dias, preciosos anos, que jamais voltarão, de sua vida? Assumir o papel de palhaço é burrice, agora, assumir esse papel E AINDA perder dinheiro é……..sem comentários.
Como diz my old friend William Bernstein (nossa, exagerei agora….rsrsrs), a indústria de investimentos, definitivamente, não é sua amiga.
Por isso, lembre-se sempre de que, consoante exposto no título desse texto:
“Você é livre para escolher, mas não é livre das consequências de suas escolhas”.
Conclusão
Se tem um conselho que vale a pena ser dado, com base na minha modesta experiência de 3 anos no mercado de ações, o conselho não é se limitar a gastar o menor tempo possível estudando os investimentos, mas sim utilizar, de modo otimizado, o tempo, para o estudo de investimentos. Ou seja, se você tem 6 horas livres, em vez de gastar (e se estressar) durante 6 horas no home broker, gaste essas 6 horas estudando sobre investimentos.
Aproveite o tempo que você reservou para se dedicar aos investimentos fazendo escolhas seletivas do uso do tempo, em função de seus objetivos. É claro que esse não é um fim em si mesmo, mas uma jornada, em que você vai aprimorando as escolhas ao longo do tempo. E isso é natural, e ocorre em função da experiência adquirida ao longo de anos e anos de estudo.
O aprimoramento das escolhas permite o aprimoramento das ações a realizar. Ser seletivo nas escolhas irá lhe permitir chegar a uma conclusão interessantíssima (se sua filosofia de investimentos for parecida com a que esse site sustenta): à medida que o tempo passar, você vai querer gastar o menor tempo possível fazendo operações no home broker. Você vai querer operar cada vez menos, porque você vai simultaneamente percebendo quão útil pode ser sua vida, quando aproveitada com coisas que realmente agregam valor à sua vida. Você vai querer aproveitar cada vez mais a vida, com valores que de fato importam e te norteiam. Valores reais. 😀
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Meu amigo, hoje você pegou pesado, rs.
O problema é que muita gente se acha esperto e que pode obter lucro fácil com ações. Observo alguns comentários aqui que dá até medo. O Henrique Carvalho perguntou aqui outro dia, não lembro a frase exata, mas foi no sentido de apontar quantos traders ficaram ricos. Isso porque alguém comentou que diversificar era bobagem.
Muito bom o texto e que sirva de alerta aos espertinhos de plantão.
Abraço, bom final de semana.
Bem, há alguns pontos que tenho que discordar. A bolsa não “é um jogo de soma zero.” É um mercado como qualquer outro, em que ambos (comprador e vendedor) podem ganhar ou perder. Bolsa não se compara a um cassino.
O objetivo de “não morrer pobre” também é questionável. Uma ideia mais interessante é acumular uma riqueza tal que, idealmente, ao usufruí-la ao máximo, eu zere a conta exatamente no momento da morte.
Outra coisa: o próprio Warren Buffett é adepto de uma carteira concentrada. As questões de diversificação e risco dependem muito de você saber o que está fazendo.
Jônatas, existem vários traders que ficaram milionários, se não bilionários. Livermore, por exemplo, é considerado uma lenda na história de Wall Street.
Na verdade, o que eu não conheço é Investidor Passivo que ficou rico. Você conhece?
A probabilidade de alguém sem capacidade perder dinheiro ou no máximo não ganhar nada investindo ativamente na bolsa é a mesma caso fosse abrir um negócio próprio. Muitos tentam, mas poucos conseguem obter sucesso!
Jônatas, de acordo. Para cada especulador que tenha ganho algum dinheiro, existem milhões que perderam *MUITO* dinheiro. Veja o caso do Jesse Livermore, p.ex. Esse cara chegou a ganhar U$ 100 milhões. Oohh! Se ele era tão bom assim, por quê morreu deixando um patrimônio 95% *MENOR*, e ainda por cima ter morrido provavelmente de DEPRESSÃO? Sinceramente, jogar a vida na lata do lixo, assim, dessa maneira, não é exatamente um fim nobre para tanto esforço e dedicação…
Ídolo por ídolo, eu sou mais W. Buffett, não só pelo que faz dentro da Bolsa, mas sobretudo *FORA* dela: http://valoresreais.com/2010/09/01/isso-e-o-que-faz-warren-buffett-ser-o-cara/
Aliás, veja que o W. Buffett também está disposto a se desfazer de mais de 90% de seu patrimônio. Só que via doações.
Daí notam-se importantes diferenças. Um gerou riqueza e valor. Outro destruiu riqueza e valor. Um gosta de sua própria vida. Outro morreu porque não gostava de sua própria vida. Triste, não?
Agora, e os investidores passivos? Por quê eles não estão na Forbes? Porque provavelmente eles acham que a verdadeira riqueza está em coisas que o dinheiro não compra. Associar riqueza com dinheiro é inútil e não se presta, do ponto de vista do passive investing, aos fins do tipo de estratégia. Aliás, pra mim a verdadeira riqueza tem a ver com outro sentido da expressão: http://dinheirama.com/blog/2010/10/19/riqueza-ser-rico-sem-ser-milionario-ou-pensar-em-dinheiro/
Fábio, infelizmente, é sim: http://investidordefensivo.blogspot.com/2010/10/investimento-o-jogo-do-perdedor.html Existem vários outros autores que também concordam com isso. O melhor a fazer é não jogar esse jogo.
Qto à W. Buffett, na verdade ele é adepto da diversificação. A menos que alguém considere ter 36 ações como sinônimo de carteira concentrada… http://warren-buffett-portfolio.com/
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Oi Otávio,
Livermore, operou em épocas passadas. Morreu, não digo pobre, mas com perda de mais de 95% de sua fortuna em 1940. Suicídio. Ficou rico aproveitando a quebra de 1929. Em resumo, aproveitou uma única oportunidade e depois se deu mal.
Investidor Passivo é diferente de Investidor Diversificador. O grande problema são pessoas que se acham espertas, que fazer pequenos traders são a fórmula do sucesso.
Particularmente até gosto de arriscar uma graninha, reservo 5 mil reais para especular, mas tal quantia não tem nada haver com meus investimentos pensando na independência financeira, que é a principal proposta do VR, ficar rico pode ou não acontecer, mas ficar pobre não deve acontecer.
Abraço!
@Otávio
Otávio, investidor ativo não é a mesma coisa que especulador. Warren Buffett é um investidor ativo e investidor de valor. Ele não “treida”.
A taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas é de 58% nos 5 primeiros anos.
Jônatas, novamente de acordo com tudo o que vc disse.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
@Guilherme
Guilherme, 36 ações que ele conhece como ninguém. Isso é uma carteira concentrada. A diferença é justamente essa: conhecimento sobre seus investimentos, não quantidade de ações para diluir o risco. E com o patrimônio da Berkshire nem seria possível ser uma holding com poucas ações.
De acordo com o próprio Buffett, o mercado é apenas um mercado como outro qualquer, no qual você vai, dá uma olhada e, se tiver alguma promoção, compra em quantidade. Graham define muito bem a palavra “investimento” e nem menciona a palavra jogo nessa definição. Existem jogadores, investidor e especuladores no mercado de ações, por isso não se pode definir a bolsa como “um jogo”, ainda mais de soma zero. Isso é que nem a falácia da conservação do dinheiro.
http://blogs.advfn.com/2009/01/29/investidor-especulador/
Como disse Rodrigo: “A analogia entre cassino e bolsa não é das melhores, pois a última representa ativos reais cujos fluxos de caixa sustentam de forma concreta as apostas.”
http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2010/01/bolsa-nao-e-cassino-mas-exige.html
Fábio, boas observações e bons links também.
Investir 70% do seu portfólio em 5 açoes acho que não é diversificar… Posso estar errado… Uns tempos atrás li akele livro Bola de Neve e não lembro de ouvir o WB falando de diversificar… Na verdade o contrário… Ele fala que se vc está diversificando é pq nao sabe o que está comprando e não tem como acompanhar as empresas… Concordo em partes com ele…
Comecei a investir agora e estudo faz uns 5 anos mercado financeiro, de capitais etc e tenho plena consciência que ainda não sei quase nada huauhahuauhhuauauhuhahuahu
Vejo mts blogs falando de diversificar… PIBB, BOVA, SMLL… Tem gente até q a carteira de ações só tem PIBB11… Acho legal vc ter uma pequena % nesses papéis, para diminuir o risco,etc… Agora só neles não acho uma boa… Até agora ainda nao comprei…
Se vc perguntar pro cara quais ações do BOVA será que alguem sabe de cabeça?? Será que vc sabe as empresas nas quais está colocando sua grana??? É estranho vc colocar dinheiro em algo que não conhece… Acho que as açoes do Pa Panamericano não estão no IBOVESPA, não sei mas vamos lá… Imaginemos que estejam… Saí esse absurdo dessa fraude e vc continua comprando papéis que possuem Pa Panamericano na carteira??????
É estranho, no mínimo estranho e merece uma pausa para reflexão…
Essa discussão é saudável e acho que deveríamos falar mais sobre isso…
Diversificar é bom mas diversificar em ativos bons eh melhor ainda…
Tenho uma meta de 35% em ações na minha carteira… Estou pensando em diminuir e em crises aproveitar a liquidação… Mais da metade é renda Fixa que tem risco tb…
Se eu não tenho segurança pra investir numa empresa, investir em 100 eu elimino essa falta de segurança???
É isso pessoal… Falei demais já…
VR muito bom seu site cara… animal… Benchmarking pra galera que está querendo montar um tb…
Abraços
@Guilherme
A diversificação é justamente para diminuir os riscos que já são altos na bolsa de valores. Quem entra para o mercado sem conhecimento e estudo acaba se tornando um jogo de cassino mesmo, vira uma aposta e não um investimento.
Existem formas e formas de se operar na bolsa e cada um tem que saber operar de acordo com suas habilidades e preferências. A única coisa que não existe é mágica. Ninguém entra na bolsa com pouco dinheiro pra ficar rico, isso não existe.
Pra fazer muito dinheiro na bolsa tem que entrar pesado, simples assim. 2% de R$ 1.000,oo é uma história, 2% de R$ 1.000.000,oo é outra história.
Abraços
Jônatas, eu falei de Livermore, mas posso te dar mais centenas de nomes de épocas recentes. Embora ache desnecessário e perda de tempo.
Investidor diversificador é o investidor passivo que diversifica. Não se pode confundir POUPADOR de bolsa com quem investe procurando obter retornos acima do mercado.
Eu concordo com você que é um grande problema alguém achar que pode ganhar dinheiro facilmente. Da mesma forma como é errado alguém achar que ao abrir um negócio próprio obterá retorno fácil e imediato. Pórem, o fato da fórmula do sucesso não estar acessível a todos, não quer dizer que ela não exista.
Fabio, ninguém aqui falou em Warren Buffet. Ele é investidor ativo, porém FUNDAMENTALISTA.
Eu não sei o que é especulador.
@Otávio
Concordo plenamente!
@Otávio
Otávio,
A visão sobre a melhor forma de investir é pessoal e mutável. A cada nova leitura, a cada nova discussão, ampliamos conhecimentos e estamos passíveis a reformular ideias.
Na minha visão hoje, para ganhar dinheiro como trader, é necessário gastar tempo no HB, e a grande maioria das pessoas não quer isso. Desejam apenas colocar seu dinheiro e obter ganhos acima da poupança.
O VR (Guilherme) e o HC (Henrique) defendem uma ampla diversificação, eu concordo com eles que é o melhor negócio a via de regra, porém eu me sinto confortável com ações individuais de poucas empresas (entre 5 e 12). Cada um tem sua forma de ver o mercado.
Agora uma coisa a história mostra. Diversificar trás no longo prazo melhores resultados, isso é fato. Como a ideia do blog VR é primeiro não perder, depois ganhar; os artigos aqui expostos e as discussões acontecem em torno dessa ideia. (a ideia do blog é essa mesmo Guilherme??)
Agora existem fóruns que são altamente agressivos, que defendem estratégias totalmente diferentes.
Resumindo. Cada louco com sua mania.
Abraço.
Aceito o fato de que é possível ganhar dinheiro na bolsa sendo cauteloso ou agressivo. Existem pessoas que já ficaram milionárias (ou bilionárias) diversificando uma carteira ou apostando tudo em um único papel (papel da bolsa ou um papel de aposta em mega sena), isso é fato.
No entanto, nessas discussões sempre aparecem os extremos, e todo mundo acha que vai ser um deles. É até interessante isso, porque ninguém acha que pode se tornar o novo Einstein, mas quase todo mundo acha que pode ser tornar o novo Buffet. Estranho, não?
Dito isso, acredito que o autor de um blog tem que partir do presuposto do que é bom para a média. O bom para a média é ser agressivo ou manter uma certa diversificação? O bom para a maioria é deixar a carteira em piloto automático ou tentar bater o mercado? Acho que tem que ter responsabilidade na hora de se dirigir ao grande público (que no mundo dos investimentos é pequeno…), e é por isso que eu gosto de comentaristas como o Mauro Halfeld e alguns blogs, como o VR e o HC, pois eles mostram um bom caminho para a maioria, ou seja, uma forma de ganhar dinheiro de forma devagar e consistente.
Existem formas mais rápidas? Claro que sim, mas infelizmente não funcionam para a maioria.
Certa vez li uma estatística sobre motoristas nos EUA e que se aplica muito bem nesse contexto: 70% dos motoristas acreditam que dirigem melhor do que a média. Não sei qual o valor que corresponderia a bolsa, mas pelo que vejo, provavelmente 99% dos investidores acham que são melhor do que a média.
Bom, para finalizar, cada um investe da forma que achar melhor. Certas coisas a gente aprende com os erros dos outros, outras só com os nosso erros. E nas tentativas e erros pode ser que surja algo novo, quem sabe? Vai de cada um. Eu já aprendi minhas limitações sobre esse assunto.
[]’s
Maxwell
Correto, Jônatas, a ideia é essa mesma.
MJC, endosso seus comentários.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Posts e comentários cada vez melhores. Abraços
Ótima discusão geral, eu adoro tudo isso, sempre aprendo mais e mais aqui neste site
Grato,
Gostei muito deste artigo e dos comentários também.
.
Acho que há uma certa confusão sobre o que o Warren Buffett quer dizer quando fala sobre não diversificar. Existem 2 tipos de diversificação. O 1o referente a classe de ativos (RF, ações, imóveis, FII) e o segundo referente entre a mesma classe de ativos. Buffett tinha o capital concentrado na RV (100% do capital???), mas possuía uma carteira diversificada, ou será que uma carteira com 36 ações não é uma carteira diversificada??
.
Sou adepto também do asset allocation. Quero aproveitar este assunto e perguntar ao Guilherme e outros adeptos da alocação de ativos se ficaram com a mesma impressão que
eu fiquei de que o arquivo de riqueza número 2 do livro “Os segredos da mente milionária” vai contra a allocação de ativos, levando-se em consideração que quem adota a alocação de ativos tem por objetivo não perder.
.
“As pessoas ricas entram no jogo do dinheiro para ganhar. As pessoas de mentalidade pobre entram no jogo do dinheiro para não perder.”
.
Seria então o arquivo de riqueza número 2 do livro uma excessão??
.
Abcs
Willy, provavelmente. Talvez o autor do livro quisesse motivar as pessoas a serem empreendedoras, mas devemos fazer uma leitura do contexto geral, pegando a média da população. Nesse aspecto, o conselho mais importante é a preservação de capital.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Sem a especulação nós investidores de longo prazo, não teriamos liquidez.
Se você diversificar se saber o que está fazendo é besteira.
De 6 ações até umas 12 ações é muito bom.
O montante que Warren Buffet tem é tão grande que não da para colocar em poucas empresas. rs