A partir de hoje, o blog Valores Reais tem o orgulho de passar a contar com mais um escritor de altíssimo nível em seu time de colaboradores, o que significará qualidade extra na informação que passamos aos nossos leitores. Trata-se de Henrique Carvalho, autor do blog HC Investimentos e uma das figuras mais brilhantes da Internet brasileira, no campo de investimentos. Aqui, o Henrique sempre trará artigos de excelente qualidade, seja sobre investimentos, seja sobre nutrição, corrida e outros aspectos relacionados à conquista de uma melhor qualidade de vida. Os leitores só tem a ganhar com a adição dele ao nosso time de escritores. Seja bem-vindo, Henrique!
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Primeiramente, gostaria de agradecer a oportunidade cedida pelo meu grande amigo Guilherme para escrever um artigo para o excelente Valores Reais. Meu objetivo será escrever uma matéria que atenda a qualidade do blog e, quem sabe, até supere suas expectativas, caros leitores.
O título deste artigo pode parecer provocativo, mas a estratégia de investimento que vou mostrar aqui é realmente excelente e reveladora, pois ela está baseada nos 5 princípios fundamentais da avaliação de uma estratégia vencedora.
1. Facilidade de Implementação. Nossa estratégia usará apenas dois ativos. Não será feita nenhuma venda, apenas compras mensais, minimizando os custos de transação e imposto de renda.
2. Disciplina. Ao ter de investir religiosamente todo mês para a estratégia ter poder de fogo, criamos uma disciplina para estarmos sempre guardando dinheiro e investindo mensalmente.
3. Bom Retorno. Os retornos desta estratégia superam tanto o retorno da taxa Selic como a rentabilidade da Bolsa numa avaliação histórica desde o período pós-plano real, em julho de 1994.
4. Risco Controlado. Apesar da máxima maior retorno = maior risco ser verdadeira, eu irei lhes mostrar a “mágica” da alocação de ativos neste artigo. Veremos como reduzir o risco da Bolsa pela metade e ainda conseguir aumentar o retorno de nossa carteira.
5. Foco no Longo Prazo. Toda estratégia sensata tem foco no longo prazo, apoiada na disciplina e paciência do investidor. Deste modo, é possível evitar os diversos ruídos de curto prazo que tanto atrapalham os investidores amadores.
Simulação com Dados Históricos. Para comprovarmos a eficiência desta estratégia que irei lhes mostrar faremos uma simulação com retornos históricos no período de Julho de 1994 até Setembro de 2010, resultando em aproximadamente 17 anos de análise. Utilizaremos também um capital incial de R$ 10.000 e aportes mensais de R$ 1.000 para mostrar a evolução destes valores ao longo da implementação da estratégia.
Evolução de rendimentos para a taxa Selic e o Ibovespa. Antes de conhecer a fundo nossa estratégia, vamos analisar como se comportaram os principais ativos do mercado financeiro. De um lado temos os juros pagos pela taxa Selic e de outro, a valorização do índice de ações da Bolsa brasileira. Vamos ver como eles se comportaram neste período histórico?
Um simples investimento de R$ 10.000 com aportes mensais de R$ 1.000 durante 17 anos levaria um investidor a ter um patrimônio no final do período de mais de R$ 1 Milhão, tanto ao investir na taxa Selic como no Ibovespa. Entretanto, existem 2 problemas ao investir somente em 1 destes ativos.
1. Taxa Selic – Antigamente, era comum você ter rendimentos de superiores a 30% ao ano ao investir na taxa Selic. Entretanto, com o amadurecimento da economia brasileira e estabilização da inflação após o plano real, os juros entraram em uma clara tendência de queda. Hoje, a Selic Diária está em 10,66% [fonte] e é esperado que mantenha-se neste patamar até o final do ano. Porém, a perspectiva de longo prazo para as taxas de juros sugere menores níveis do que os encontrados hoje em dia. Veja os detalhes no gráfico abaixo:
Surpreso com os valores? Conforme podemos observar, o período incial de nossa análise (de 1994 até meados de 1999) a taxa Selic teve uma alta rentabilidade com relativo baixo risco, o que turbinou sua curva de crescimento na simulação feita acima. Entretanto, não devemos investir somente na taxa Selic pois sua tendência é de queda, reduzindo seu retorno esperado no futuro, o que, por consequência, tende a favorecer o investimento em Bolsa. Falando nele:
2. Ibovespa – O problema de investir somente em Bolsa é que a volatilidade (risco) dela é muito alta. Veja como no gráfico da evolução de R$ 10.000 o patrimônio, que estava em R$ 1.300.000 antes da crise de 2008 caiu para R$ 650.000, portanto, uma perda de -50% em apenas 5 meses. Além do alto risco, existem uma série de fatores pelos quais não é recomendável investir todo o seu patrimônio em ações.
Agora que já vimos a evolução destes dois importantes ativos, que tal conhecer nossa estratégia vencedora no longo prazo?
A implementação da Estratégia
Visando melhorar a relação entre retorno e risco através da diversificação, nossa carteira será composta de 50% em investimentos atrelados à taxa Selic e 50% em investimentos indexados ao Ibovespa. Hoje, esta carteira poderia ser montada com 50% em LFTs ou Fundos DI com baixa administração e 50% em Fundos de Índice (ETFs – Exchanged Traded Funds) atrelados à Bolsa. Investimentos indexados são uma forma muito simples e inteligente de investir nosso dinheiro. Baixo custo, ótima diversificação e grande potencial de retorno, fazem destes os ativos escolhidos para implementar nossa estratégia.
Após definir que a divisão entre Renda-Fixa e Renda-Variável será igual (50% para cada), precisamos definir como serão feitos os aportes mensais de R$ 1.000. Bastante atenção! pois é nesta parte que lhes mostrarei o pulo do gato da gestão de uma carteira. Todo mês, religiosamente iremos aportar os R$ 1.000 no ativo que estiver com uma alocação menor do que 50% da carteira total. Deste modo, buscaremos estar sempre equilibrando a carteira, alocando no ativo que teve um menor retorno, buscando trazer com os aportes mensais a carteira novamente para sua alocação inicial de 50% em RF e 50% RV.
Equilibrar a carteira somente com aportes é um método muito barato e eficiente, principalmente para carteiras em fase de crescimento. Esta simples decisão será fundamental para capturarmos os melhores momentos para se investir na taxa Selic ou na Bolsa. Vamos analisar os resultados?
Os resultados da Estratégia
Notem no gráfico acima como a nossa estratégia (Carteira, na linha azul) apresenta menor volatilidade que a Bolsa e tende, na grande maioria das vezes, a proporcionar um retorno acima da Bolsa.
Carteira em piloto automático. O equilíbrio feito com os aportes mensais faz com que paremos de colocar dinheiro na bolsa nas grandes altas (como em 2007) e coloquemos mais dinheiro nas grandes baixas (como na crise de 2008). Sem precisar fazer extensas análises sobre a situação sobrevalorizada ou subvalorizada do Ibovespa, esta estratégia ,naturalmente, faz este trabalho para nós. Deste modo, sobra mais tempo para o que realmente é importante: Viver!
Patrimônio Final
É através desta “mágica” da alocação de ativos e do equilíbrio da carteira que faz nossa estratégia terminar com um valor de aproxidamente R$ 1.300.000 contra os R$ 1.278.523 do investimento no Ibovespa e R$ 1.219.119 do investimento na taxa Selic.
Risco
Falando em números, nossa carteira teria um risco (medido através da volatilidade) de 16,82% contra os 33,39% observados na Bolsa. Logo, temos uma maior retorno com uma redução de risco em 50%, ou seja, metade do risco.
O investimento na taxa Selic teria um risco de apenas 3,09%. Mas lembre-se dos problemas citados anteriormente no artigo.
Evolução da Alocação da Carteira
Se você também é como eu e quer saber todos os detalhes por trás uma estratégia, deve ter ficado curioso para saber como se comportou a alocação da carteira entre Renda-Fixa e Renda-Variável em todo o período analisado. Veja este detalhe no gráfico abaixo:
Notem que a maior dispersão da alocação de nossa carteira ocorreu em setembro de 2002, com uma alocação de 66,72% em investimentos atrelados à Selic e 33,28% investimentos indexados ao Ibovespa. Este período sucedeu 3 anos de queda consecutiva na Bolsa (2000-2002). Notável também são os períodos de 1998 (crise cambial) e 2008 (crise subprime), anos em que a alocação em Bolsa na carteira despencou.
Lembrete Importante
É sempre importante lembrar que a rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Porém, a idéia nessa matéria é passar conceitos de diversificação e equilíbrio de carteiras, que terão maior probabilidade de sucesso no longo prazo.
Conclusão
Minha missão neste artigo foi mostrar que para implementar uma estratégia vencedora no longo prazo não precisa ser nenhum gênio das finanças. O necessário é apenas diversificar a carteira, escolher ativos indexados com baixo custo e equilibrar a carteira mensalmente.
Se você nunca ouviu falar disso antes é porque as corretoras não querem que você saiba disso. O que importa para eles é a corretagem gerada pelas negociações. E é por isso que divulgam carteiras com diferentes ações recomendadas todo mês, cursos de análise técnica com foco no day-trade (fazer mais de uma operação no mesmo dia) entre outras técnicas “pega-amador” e “gera-corretagem”.
Você tem plena opção de escolher seu destino. Quer ser um investidor de sucesso de longo prazo ou ficar refém do conflito de interesse entre você ,seu gerente e seu corretor? Às vezes, as coisas são mais simples do que imaginamos. Mas antes, é preciso tirar todo esse ruído que nos é enviado diariamente. Focar somente no que é importante! O simples, muitas vezes, é o mais eficaz.
“Make things as simple as possible, but not simpler”
– Albert Einstein
Sobre o autor: Henrique Carvalho, 22 anos, estudante de economia na UFRJ, é sócio do Clube de Vienna – Análise Financeira Independente – e trabalha no site Fundo Imobiliário. É apaixonado pelo tema investimentos, sendo autor do blog HC Investimentos. Assine o feed/rss de seu blog e siga-o no twitter e facebook.
Parabéns Henrique e Guilherme pela dobradinha. Muito interessante e simples a estratégia. A mesma pode ser replicada para os índices de renda fixa de longo prazo como o IRF-M (títulos prefixados LTN e NTN-F) e IMA-B (NTN-B). Cumpre ressaltar duas questões: a tendência de queda das taxas de juros reais e nominais em curso e a ausência do Tesouro Direto (começou em 2001) não permitiu que os poupadores (via fundos ou depósito a prazo) conseguissem rentabilizar 100% do CDI, uma vez que as taxas de adm. dos fundos (mais de 2%aa) e o IR era altos (20%), além do efeito perverso do come cota.
Obrigado, Flávio, agora os créditos são todos do Henrique!
Bem lembrado quanto aos custos da transação. Com a crescente sofisticação do mercado financeiro, é um bom momento para o investidor brasileiro olhar para as alternativas que aos poucos vão se colocando no mercado, tais como as debêntures, letras de crédito imobiliário, CDBs de bancos de segunda linha (com as devidas cautelas), além dos próprios títulos do TD.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Grande Henrique,
os elogios são mais que merecidos, assim como Guilherme disse, um dos melhores atualmente…
Guilherme, parabéns por agregar ao blog as análises do fantástico Henrique,
HC, parabéns por mais um brilhante artigo, racional, objetivo e o melhor de tudo, simples de entender e gerenciar.
Adorei essa parceria, tenho aprendido muito com vocês dois ao longo desses últimos meses. O que não aprendi em muitos livros e muito menos na universidade estou tendo a oportunidades de aprender neste blog e no HC Investimento.
Obrigado
Abraço!
correlação negativa da bolsa e selic hein….
fazer aportes mensais em ativos que renderam menos,
equilibrando a balança novamente….
é uma estrategia que eu ja tinha em mente….
agora pude comprovar que boa mesmo!
como sempre…
Henrique, nota 10!
Parabens Guilherme e Henrique!
Otimo artigo!
Fiquei com duvida somente na forma com que foram feito os aportes na simulacao.
Voce poderia postar uma tabela com todos aportes e em que foram feitos?
Outra duvida é se o valor final mostrado no grafico, esta descontando o IR e no caso da estrategia se esta sendo descontado a Taxa de Administracao do fundo!
Abracos e sucesso.
Erico
Que Beleza!!! o HC no Valores Reais…..eba!!!!rs..rs…
Henrique, suas idéias e suas grandes análises de investimentos só tende a brilhar nesse poderoso site de financas pessoais…
só uma pergunta para os dois???
Quando o Valores Reais se tornará tambem um clube de investimento….hummmm?????
sucesso na nova parceria
forte abraço
Luciano
@Flávio
Excelente observação Flávio!
Grande Abraço!
@Jônatas
Grande Jônatas!
Fico feliz que tenha gostado do artigo!
Procurei simplificar bastante a simulação para a explicação ser da forma mais clara possível.
É impressionante como atitudes simples podem trazer retornos tão significantes!
Abraços!
@HELISON
É isso aí Helison!
Regrinhas básicas e simples mas com enorme poder de resultados!
Alocação de Ativos é justamente isso!
Grande Abraço!
@Erico
Olá Erico!
No caso dos aportes, por exemplo:
Começamos com um portfólio de R$ 10.000 e aportes de R$ 1.000.
Já no primeiro mês, o Ibovespa teve rendimento de 15,95% e a taxa Selic de 6,68% (que tempos hein!).
Portanto, como a metade do Ibovespa rendeu mais, o aporte iria para a Selic. Ao longo do tempo, bastava comparar a alocação em cada ativo e fazer os aportes no que tivesse uma alocação menor do que 50%. Veja o exemplo no gráfico da evolução da alocação.
Visando simplificar esta simulação, nenhum custo foi considerado (corretagens, IR, taxa de adm, etc.) Keep it Simple!
Qualquer dúvida estou a disposição amigos!
Grande Abraço!
@Luciano
Obrigado pelos elogios Luciano!
Eu fico realmente impressionado com a qualidade da escrita do Guilherme!
Muito melhor do que muitos escritores “profissionais” por aí.
Grande Abraço!
Rapaz, mania essa de conservadores de comparar renda fixa com ibov, quem compra açoes pensando em ibov e seu retorno anual, é um mero plebeu no mercado acionario, pelo amor de deus, qualquer day-trader inteligente, tira 2% ao mes na bolsa fazendo day-trade
Henrique,
Esse artigo pode levar as pessoas a pensar que adicionar renda-fixa em um portfolio aumenta o retorno devido ao bônus de rebalanceamento, quando, na grande maioria dos casos, você diminui a expectativa de retorno e diminui proporcionalmente mais o desvio-padrão.
Portanto, se a alocação de ativos proposta no artigo tiver um retorno acima da bolsa no longo prazo eu ficaria muito, mas muito surpreso.
Abraços,
VR.
@Viver de Renda
Olá VR!
Este artigo está baseado em uma simulação histórica. Por este motivo coloquei o gráfico da Selic Diária Histórica mostrando que, daqui para frente, não será nada fácil obter retornos astronômicos investindo em Renda-Fixa.
Acho que esta alocação 50% Ibov e 50% Selic é muito adequada para um grande número de investidores que se preocupam com o risco da Bolsa e desejam maior facilidade em implementar uma estratégia de diversificação.
É sempre bom lembrar: “Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura!”
Muito obrigado pelo seu comentário!
Grande Abraço!
@alguem
Deve ser por este motivo então que você encontra Day-Traders na lista dos 100 mais ricos do mundo…Acho que não né?!
Respeito qualquer estratégia de investimento (Não acredito que o caminho para a riqueza seja de mão-única). Porém, neste excelente espaço (Valores Reais), nós investidores temos preferências por estratégias que proporcionem tranquilidade ao investidor. O mercado financeiro é uma renda passiva, que dá mais liberdade ao investidor para aproveitar o tempo com o que realmente é importante: Viver!
Grande Abraço!
Excelente artigo Henrique! Esta interação entre bloguistas é muito positiva. Todos nós só temos a ganhar. Destaco esta frase que é um grande incentivo para o investidor adotar a alocação de ativos:
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“Deste modo, sobra mais tempo para o que realmente é importante: Viver!”
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Abcs
Ótimo artigo. Só reforça ainda mais a minha estratégia adotada ! Quero um pouco de tranquilidade!
abs
@Willy Fog
Valeu Willy!
Essa frase é para realmente pensarmos. Por que estamos estudando tanto diferentes formas de investir?
O domínio de uma estratégia nos permite ter maior tranquilidade na implementação e manutenção da estratégia, nos dando mais tempo para aproveitar as belezas da vida!
E nada melhor do que esta carteira em piloto automático, não é mesmo?!
Grande Abraço!
@investidordefensivo
Valeu ID!
O objetivo final é este! E quanto mais estudamos sobre alocação de ativos, mais forte a percepção de tranquilidade fica em nossos investimentos. E isso não tem preço!
Abraços!
Cuidado!
Até começar a parecer ordem, o caos não é preigoso!
O comportamento do ser humano não é previsível.
Pensem nisso.
Abcs!
@Pedro Henrique
Desculpem, o correto seria:
“Até começar a parecer ordem, o caos não é perigoso!”
Abcs!
É sem dúvida uma boa estratégia e até recomendada. Mas não podemos esquecer que o “timming” certo pode ajudar aumentar a rentabilidade das aplicações também. Muito bom o artibo
Abraços
HC, você citou em um dos comentários as debêntures. O que acha das debêntures da BNDSPAR que abriu novamente as inscrições? É melhor que CDB ou tesouro direto?
Jônatas, Érico, obrigado!
Luciano, legal a ideia do clube de investimentos! 🙂
Fábio, daqui a algumas horas estarei publicando um artigo comentando exatamente essa nova emissão de debêntures da BNDESPar. Na minha opinião, vale a pena, não como substituto do CDB ou Tesouro Direto, mas como complemento deles, principalmente em relação aos prefixados.
O artigo do Henrique nos mostra um fato incontestável: o declínio da SELIC no longo prazo.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Henrique, obrigado pelo retorno.
Na realidade após pensar um pouco mais sobre esta estratégia, fiquei com a sensação de que balanceando sempre em 50% e 50% o que acaba se fazendo eh nivelando o lucro da bolsa a um patamar da Selic, certo? Pois sempre se compra a que estiver abaixo de 50%… nunca estudei isso a asset allocation a fundo mas tenho esse presentimento…
Acho que seria interessante comprar o que percentualmente menos subiu (ou mais caiu) durante o mes… desta forma eu posso vir a ter percentuais maiores que 50% versus 50%, mas sempre comprarei aquele que esta mais barato em relacao ao mes anterior…
Teria que pensar melhor essa ideia para testar num cenario como o seu…
Valeu!
Absss
Erico
Henrique, obrigado, a recíproca é verdadeira!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Prezados,
Achei muito boa a estratégia, mas surgiram algumas dúvidas:
1 – O percentual 50/50 é o melhor ou outros percentuais também podem funcionar?
2- Na mesma linha de raciocínio: e se pensarmos em uma alocação variável ao longo do tempo, com maior exposição às ações no começo e menor no futuro? Pensando-se em aposentadoria, o que quero dizer é que um jovem pode se expor mais ao risco do que alguém que está para se aposentar.
3- Quão realista são esses dados? Eles consideram, por exemplo, taxas de custódia e administração?
Enfim, são apenas algumas idéias para podermos discutir.
Abraços
@Finanças Inteligentes
Olá Finanças!
Só lembrando que o timing é uma faca de 2 gumes. Pode tanto ajudar como atrapalhar.
O jeito é estudar sempre e aprimorar sua estratégia. Usando timing ou não.
Abraços!
@Guilherme
Que rapidez hein Guilherme!
Parabéns pela rápida elaboração do conteúdo!
Queria ter essa agilidade ao escrever posts…rsrs
Abraços!
@Erico
Olá Erico!
No artigo, o equilibrio da carteira se dava justamente desta forma que você citou.
Ao invés de vender o que mais subiu para comprar o que mais caiu (ou subiu menos) você simplesmente ia adicionando R$ 1.000 neste último. Portanto, houve momentos em que a alocação chegou a ficar 65% Selic e 35% Ibovespa.
A outra opção seria trazer sempre a carteira para 50% Selic e 50% Ibov em um determinado período de tempo. Exemplo: A cada ano rebalancear a carteira.
Alocação de Ativos é um assunto fascinante! Vale a pena dar uma estudada. Veja as excelentes resenhas recentes do Guilherme para escolher melhor os livros. Vale a pena o investimento!
Abraços!
@Lucas Costa
Olá Lucas!
Primeiramente, ótimas perguntas!
1. O exemplo no artigo é apenas teórico. Não é o patamar ótimo (otimizado) não.
2. É uma excelente idéia sim! Existem livros nos US que falam somente desta estratégia de “downshift”. Seria uma diminuição da marcha conforme se aproxima o início da aposentadoria.
3. Para facilitar nosso modelo, não foi considerado nenhum tipo de custo.
Poderíamos ir além nesta análise. Mas acho que foi um começo bem satisfatório, não é mesmo?! As opções de modelagem são extensas. O limite é a criatividade de cada um.
Grande Abraço!
Prezado Henrique, obrigado pelas respostas.
No ponto 3, embora entenda que este é um exemplo teórico, acho que algumas considerações devem ser feitas. Embora discutir taxas de custódia seja praticamente irrelevante, inclusive por incidir dos dois lados da balança, a questão da tributação, por exemplo, deve ter mais destaques.
Se falarmos de fundos DI, por exemplo, teremos que falar dos famigerados e temíveis come-cotas. Se optarmos pelos títulos da dívida pública não teremos este problema, mas teremos menos liquidez e continuaremos tendo que pagar imposto.
Já se falarmos em ações, teremos que considerar a isenção de IR para vendas até 20k e a ausência de qualquer tributação até o momento da venda. Por esses motivos penso que, eventualmente, esta estratégia, embora seja bastante empolgante, pode ter aspectos escondidos que a tornam insatisfatória.
@Lucas Costa
Olá Lucas!
Concordo com sua opinião. Só vejo um pequeno problema na prática para modelar tudo isso. O IR para alguém com portfólio de R$ 1 Milhão será diferente para quem possui R$ 10.000.
Custódia. Existem corretoras que não cobram, outras que sempre cobram e outras que só cobram se não operar no mês.
Corretagem. Diferente para cada corretora.
Taxas de Administração. Cada fundo cobra diferente. No Tesouro Direto, cada corretora cobra diferente. Algumas nem cobram.
Portanto, nós não conseguiríamos generalizar essa simulação se levássemos em conta todas estas variáveis. Entretanto, é sempre bom lembrar que elas devem sim ser consideradas em casos de estudos particulares.
No caso da estratégia do artigo, você só teria de considerar taxas de adm na aplicação indexada à taxa Selic (além do IR de 15%) e IR de 15% em ações no último mês, já que o investidor só comprou, nunca vendeu. Apenas acumulou.
Grande Abraço!
Henrique,
Obrigado pelas resposta e novamente parabéns pelo artigo.
Que venham novos artigos no VR para aumentar ainda mais o conhecimento da populacao!
Abracos,
Erico
Henrique, e eu queria ter a agilidade de escrever múltiplos posts em múltiplos blogs!…..rsrs
Lucas, existe um tipo de investimento em que é possível fazer rebalanceamentos sem pagamento de imposto de renda: planos de previdência privada, na transferência intra-fundos, durante a fase de contribuição – acumulação de capital.
Porém (sempre tem um porém), nesses casos o problema é encontrar fundos de ações e fundos de renda fixa com baixas taxas de administração. Ademais, os fundos de ações são gerenciados de forma ativa por terceiros, e não pelo participante, e, como se isso não bastasse, a exposição em renda variável nunca é superior a 49% do capital do fundo, e essa proibição decorre de lei. Na verdade, não são fundos de ações “puros”, mas sim fundos multimercado com RV.
É uma alternativa para fazer rebalanceamentos periódicos, sem pagamento de IR no ganho com ações, e sem pagamento de IR também no ganho com juros de títulos públicos/privados. Porém, os custos embutidos com taxas de administração e de carregamento de quase 100% dos planos praticamente anulam o benefício dos rebalanceamentos sem pagamento de impostos.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Atualizando amigos:
Saiu recentemente um artigo muito bom escrito pelo Portinho no Blog do INI cujo tema é semelhante ao abordado neste artigo do Valores Reais. Confiram:
http://blogdoini2011.wordpress.com/2010/11/11/o-metodo-dos-aportes-dobrados-tecnicas-para-gestao-de-aportes-em-carteira-propria-e-em-fundos-de-acoes/
Aproveitem e conheçam os diversos artigos do blog. Alta qualidade. Recomendo!
Abraços!
Realmente muito interessante esse artigo, Henrique!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Olá.
Gostaria de publicar este texto na íntegra na revista InvestMais.
Com quem eu poderia falar a respeito?
Um abraço,
Francisco
Olá Francisco!
Acabei de lhe enviar um e-mail com todas as informações necessárias! Qualquer dúvida estou a disposição.
Abraços!
Obrigado, Henrique.
Você poderia me enviar uma foto sua para publicarmos na revista?
Um abraço,
Francisco
@Henrique Carvalho
@Francisco Tramujas
Já lhe enviei por e-mail.
Agradeço o contato.
Abraços!
Henrique
vc poderia enviar seus leitores para a fonte de suas ideias B Grahan no Investidor Inteligente um pouco de deontologia nao faz mal a ninguem
Vinícius, acredito que o Henrique tenha fundamentado esse excelente artigo não só nas ideias de Benjamin Graham, mas também na de outros autores!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
@viniCius
Como meu amigo Guilherme frisou, o artigo foi baseado em diversas leituras sobre o mercado financeiro. Você pode acessar minhas leituras sobre alocação de ativos neste link abaixo:
http://hcinvestimentos.wordpress.com/2010/02/07/a-importancia-da-leitura/
http://astore.amazon.com/hcinve-20
Além disso, outra ótima fonte de consulta de livros (e ainda mais completa) é a do Guilherme, aqui mesmo no Valores Reais. Veja através do link abaixo:
http://valoresreais.com/resenhas/
Abraços!
Olá Henrique, ótimo post,
Sua estratégia me lembrou um tipo de value averaging mas permutando entre RF e RV em vez de somente RV. Sou novo por aqui, por isso sou ignorante em alguns conceitos.
Minha dúvida é: como você escolheu exatamente aonde aplicar seus R$1000 do mês? Se a Ibov cresceu 12 % e a Selic 6%, você põe tudo do mes na Selic? Se a bolsa caius de 2000-2002, você não deveria ter alocado mais na Ibov?
Abraço
Olá Denis!
Obrigado pela visita.
A conta é simples. Espero o final do mês e veja o quanto você tem de dinheiro em cada cesta (Cesta 1 = Ibovespa e Cesta 2 = Selic). Caso a Cesta 1 tenha menos dinheiro, ou seja, menos de 50% do capital total, o aporte mensal irá para esta cesta. O mesmo se aplica a situação contrária.
Entre 200-2002 o aporte foi sim para o Ibov. Entretanto, a queda foi forte, fazendo com que apenas o aporte não fosse suficiente para buscar traze a alocação no Ibov para perto dos 50%.
Abraços!
Caro Henrique e Guilherme,
achei muito legal esse blog . . . não conhecia. Parabéns !!!
Encontrei o blog, pois estou procurando formas de aplicar meu dinheiro . . . dentre os posts o que me chamou mais a atenção foi este.
Como sou leigo no assunto (vou tentar me dedicar um pouco mais nisso), mas como poderia executar essa sua sugestão, ou seja, como investir na Ibovespa e na Selic ?
Me desculpe se tal pergunta é muito básica, mas como lhe disse seu leigo e estou interessado e executar exatamente isso . . . aplicar R$ 10 mil e depois R$ 1 mil mensais.
Agradeço antecipadamente.
Fábio
Olá Fábio!
Para investir no Índice Bovespa (Ibovespa) você pode investir nos Fundos de Índices, conhecidos como ETFs (Exchanged Traded Funds).
Descomplicando, são fundos que são negociados assim como ações normais (no seu próprio Home-Broker – bastando se cadastrar em uma corretora). A diferença é que eles espelham a variação de um índice. O BOVA11 (um destes fundos) segue a variação do Ibovespa. Logo, se o Ibovespa subir 5% em um dia esse índice subirá algo bem próximo de 5%.
É uma ótima forma de diversificar (o índice bovespa tem mais de 65 ações) e de forma barata, já que você só paga 1 corretagem para comprar este fundo.
Para investir em investimentos indexados a Selic recomendo um título público atrelado a Selic, no caso a LFT. Conheça os títulos no site do Tesouro Direto.
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/consulta_titulos/consultatitulos.asp
Grande Abraço!
A CADA DIA QUE PASSA TAMBÉM ME TORNO CADA VEZ MAIS APAIXONADO POR INVESTIMENTOS. MAGNIFICA ESTA PUBLICAÇÃO. ESTUDO CIÊNCIAS CONTÁBEIS, COM INTENÇÕES DE ME ESPECIALIZAR EM ECONOMIA. PARABÉNS!
Parabéns pelo interesse Alexandre!
O assunto é mesmo fascinante!
No que eu e o Guilherme podermos lhe ajudar, estamos a disposição!
Grande Abraço!
Parabéns Henrique por transmitir informações e conceitos de forma clara e concisa !!!
Gostaria de saber se vc utilizou alguma bibliografia de referência.
Sucesso!
Abs.
Olá Glauco!
O Henrique é o mestre da didática!
Para elaborar o artigo, ele provavelmente se utilizou de livros norte-americanos sobre alocação de ativos, para compor a base do artigo; e bases de dados nacionais, que provavelmente estão disponíveis na Internet. Recomendo seguir o excelente blog dele: http://www.hcinvestimentos.com para mais informações.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Caro, estou tentando escrever um artigo sobre risco e retorno e gostaria de utilizar o primeiro gráfico desse seu post. Claro que citarei a fonte. Teria sua autorização?
Com certeza, Diversificador!
Depois nos envie o link do seu artigo!
Muito interessante essa estratégia. Confesso que sou de nível intermediário mas nunca vi algo parecido!