Quem disse a frase que inaugura esse artigo foi o Lula, que ontem, em visita a cidade de Maringá (PR), disse que hoje estaria na Bolsa de Valores, para testemunhar:
“Algo que nunca aconteceu na história da humanidade: a maior capitalização de uma empresa na história do capitalismo”.
Como ele gosta de dizer, agora em proporções épicas:
“Nunca antes na história desse planeta…” 😆
O resultado do processo de bookbuilding acabou de sair. Segundo dados do Portal Exame:
“A real dimensão da operação que já faz parte da história do mercado financeiro mundial foi decidida hoje: o preço por ação da capitalização da Petrobras, ficou definido em 29,65 reais para a ação ordinária (PETR3) e 26,30 para a preferencial (PETR4). O deságio para a ordinária ficou em 1,98% e o das preferenciais em 1,86%.
Foram vendidos 2,293,907,960 bilhões de papéis ordinários que captaram 71,237,435,570,75 bilhões de reais e 1,788,515,136 bilhão de papéis preferenciais que totalizaram 49,123,364,470,50 bilhões de reais. Com isso, a capitalização chegou ao total de 120,360,800,041,25 bilhões de reais, a maior capitalização por ações do mundo.”
A pergunta que não quer calar para todos os investidores da Petrobras, seja via ações, seja via fundos:
Será que agora finalmente a volatilidade irá diminuir?
Afinal, até o dia de ontem, a PETR4 amargava uma desvalorização de 25,34% no ano, enquanto o IBovespa acumula até uma leve alta, de 0,30%. A diversificação continua sendo um bom negócio: enquanto a Petrobras PN acumula perdas de cerca de 1/4 do seu valor de mercado, no ano, os papéis do fundo PIBB acumulam uma queda significativamente menor, de 3,4%, enquanto que o BOVA11 acumula uma queda ainda menor, de 0,3%.
Para quem investe em Petrobras, a questão é verificar como ficarão os múltiplos fundamentalistas depois dessa capitalização. Já se sabe de antemão, por exemplo, que o P/L irá aumentar, que o dividend yield irá diminuir, que o endividamento irá aumentar etc. etc. etc.
Bom, eu entrei na capitalização e fiz uma reserva sem limite de preço. Como o peso da PETR4 irá aumentar em minha carteira, como resultado desse processo, e ciente dos dividendos de uma boa diversificação, a questão é parar de comprar Petrobras, e passar a comprar ações de outras empresas, além, é claro, dos ETFs, dentro da estratégia mista citada em artigos anteriores: pensando em uma estratégia mista na Bolsa de Valores: parcela em ações individuais, parcela em ETFs.
Agora, o que eu achei curioso foi o seguinte: teve gente que conseguiu comprar PETR4, nos pregões normais de Bolsa, por menos do que o preço de reserva. Foram os casos, por exemplo, do Investimentos e Finanças, e do Henrique Carvalho. Parabéns! Vamos ver se agora a PETR4 vai, né pessoal!? 😀
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Artigo mais atualizado que isso impossível, rs.
Espero recuperar minhas perdas agora.
Vai PETR, vaiiiiiiiiiiiiiiiiii
Abraço Guilherme
Fica com Deus.
Obrigado pela atualização Guilherme!
Estou curioso para saber quais serão os rumos da PETR daqui para frente.
Grande Abraço!
Pois é…
O governante mais vira casaca de toda história do Brasil!!
Eleito pelo povo por sua história de luta social, de líder sindicalista, de defesa dos direitos dos trabalhadores, de seres humanos… para se tornar um capitalista, defensor do lucro acima de tudo, defensor desse sistema financeiro-monetário concentrador de renda e gerador de desigualdades!!!
A maior “brochada política” nunca antes vista neste país!!
E ai Guilherme,
Realmente acabei comprando por R$ 26,00; um pouquinho abaixo do valor da capitalização. E não entrei na capitalização. O HC comprou até por menos, R$ 25,XX. Agora vamos ver o que vai acontecer.
Valeu pelas informações colega Guilherme! 😉
O MONSTRO4 vai acordar agora.
Abcs
Independente da opção política de cada um, foi a maior capitalização do mundo e maior destruição de valor de mercado também. Todo o processo de capitalização foi muito confuso e acabou prejudicando os minoritários. O Governo terminou embolsando recursos e aumentando a participação na empresa antes da prospecção do óleo. Antes do anúncio do pré-Sal em 2007 (descoberta de TUPI em nov/2007), a empresa valia mais em termos nominais, ou seja, sem correção. Espero que daqui para frente esse petróleo não vire uma maldição. Parece que estão querendo repartir o bolo antes de ficar pronto. Mãos a obra, começem a trabalhar para depois repartirem o lucro.
Obrigado, pessoal.
Flávio, esse é o grande problema de empresas como a Petrobras, Banco do Brasil e similares: o risco político adicional.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!