Eu vou confessar uma coisa: eu gosto de comer em bons restaurantes. De preferência, em um ambiente não muito barulhento, para poder conversar, e com pratos de qualidade, para saborear. Se você for como eu, ou seja, gosta também de realizar tal tipo de atividade, você já parou para prestar atenção no custo que isso tem no seu orçamento doméstico?
Dizendo isso em outras palavras: será que você não está exagerando nas refeições fora de casa? Eu não estou falando apenas dos almoços que você faz no restaurante self-service por quilo mais próximo de seu local de trabalho – afinal, muita gente não almoça em casa por pura necessidade, tendo em vista que perderia muito tempo no trânsito entre a casa e o local de trabalho. Eu falo, sobretudo, dos jantares de final de semana, para reuniões sociais com amigos e a própria família – esses jantares, sim, costumam fazer um rombo no orçamento doméstico.
Exemplificando: se você tem cônjuge e dois filhos, uma saída para um restaurante deve custar em torno de R$ 100 a R$ 150, incluindo nessa conta os pratos, as bebidas e os 10%, ou seja, de R$ 25 a R$ 37,50 por cabeça – isso sem contar estacionamento, combustível e gorjetas. Se você sair para jantar fora uma vez por semana, mantendo essa média, seus gastos com restaurantes podem chegar facilmente a algo como R$ 400 a R$ 600. Em um único mês! No ano, mantendo essa média, a conta total vai variar de R$ 5 mil a R$ 7 mil.
Se você é solteiro(a), não pense que essa conta irá fechar tão facilmente. É que os pratos individuais costumam ser mais caros, em termos proporcionais, que os pratos para duas pessoas. E como ninguém, em sã consciência, escolhe um prato sem olhar o lado direito dos cardápios, a conta individual pode variar de R$ 25 a R$ 40, dependendo, é claro, de uma série de fatores. Num mês, a conta pode sair fácil fácil em R$ 100 – ou mais. Quanto mais saídas para almoçar/jantar fora, maior o peso que esse item terá em seu orçamento doméstico.
A solução para diminuir o rombo no orçamento doméstico não consiste apenas em diminuir os jantares fora de casa, mas, sobretudo, a de manter o convívio social com um custo mais baixo. Fazer refeições dentro de casa, ou melhor, aprender a cozinhar para os amigos pode ser uma saída muito útil. A Internet está cheia de dicas de como preparar pratos, a TV passa programas muito legais sobre gastronomia – vide alguns programas do GNT e do Discovery Travel & Living. As bancas de jornal contêm diversas revistas de como preparar os mais incríveis pratos. Será que não estaria na hora de pelo menos experimentar essa aventura na cozinha, para ver como é que é, se realmente o negócio funciona?
Tudo pode sair mais divertido, mais aconchegante e, sobretudo, mais econômico. A diversão será a mesma – ou até maior, visto que, depois dos comes e bebes, vocês ainda podem assistir alguma coisa legal na TV ou então ver fotos da última viagem, jogar games de tabuleiro (existe uma versão novíssima do Banco Imobiliário, até com maquininha de cartão de crédito, que tal?), dentre outras opções interessantes e baratas de passar o tempo.
Se mesmo assim você não dispensa “aquela” saída com os amigos, uma solução intermediária seria a de dividir petiscos e lanches. São mais baratos que os pratos, podem não matar tanto a fome quanto estes, mas, em compensação, proporcionam também o mesmo tipo de convívio social.
No caso de famílias, uma alternativa interessante é criar um “domingo no parque”, com direito a piquenique e tudo o mais. Economize dinheiro nas refeições, mas não economize tempo no convívio com a família/amigos. O segredo é ter atitudes inteligentes que façam você ter mais dinheiro no bolso no final do mês, mas sem se privar de relacionamentos sociais, que são sempre sadios e agregam valor à sua vida.
Boas refeições! 🙂
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Fala Guilherme,
Adoro comer bem. Afinal, quem não gosta?
Eu defino mensalmente o valor a ser gasto em “baladas” . O que sobra é acrescido no valor do mês seguinte.
Confesso que adoro gastar, adoro mesmo, seja com comida, seja com atividades que me dão prazer. Mas tudo dentro do controle orçamentário.
Abraço.
Arrasou de novo!!!! Eu tbem acho, inclusive, “descobri”, que alguns lugares( como a praça de alimentação do shopping por exemplo) tem comida de´péssima qualidade.
Reduzi muito estas saidas, comer fora só se for para um bom restaurante, e como vc mesmo sabe são bem caros. Então, opto por cafés, casas de chá, coisinhas charmosas.
Depois que aprendi cozinhar , parece que tudo ficou mais caro ainda, porque sei o preço de cada coisa, é um horror.
Abraço!!!
Também dou meus “pulos” na cozinha, e às vezes faço algo em casa para a família, namorada, etc. Como vocês, também gosto muito de comer fora, mas reservo bons (caros) restaurantes para momentos especiais. Também estou evitando sair para comer coisas “comuns”, como sanduíches e coisas que podem ser feitas em casa. Prefitro gastar muito em algo que gerará prazer e boas lembranças do que gastar todo dia em algo trivial.
e que rombo isso faz..as vezes vou ver a fatura de cartão de crédito e tá lá, alguns valores de R$ 50,00 e por aí vai..qdo saímos, eu e minha esposa, no mínimo gastamos 30-40 reais em qq self service..tá caro demais, e olhe que moro numa cidade em que o custo de vida não é tão alto – maceio. Imagino o quanto devem gastar no Rio, Sp, Bsb..etc
Obrigado a todos pelos comentários!
As experiências pessoais que cada um de vocês coloca aqui na caixa de comentários enriquece muito o debate e amplia a visão sobre o tema!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Excelente texto!
Obrigado, Scantales!