Já falamos aqui no site, anteriormente, sobre as vantagens que os ETFs apresentam, como, por exemplo, baixo custo e boa diversificação. Vamos, agora, nos concentrar num estudo prático de caso, aproveitando que o ativo a ser utilizado também tem uma história recente no mercado brasileiro. Trata-se do IBovespa Fundo de Índice (código BOVA11), da iShares, cuja negociação estreou na Bovespa no começo de dezembro de 2008.
Por quê o BOVA11? Porque ele espelha o Índice Bovespa, que é o índice de referência mais comentado na mídia. Sua taxa de administração é pequena (0,54% a.a.), se comparada aos fundos de ações comercializados nos bancos (de 2% a 4%), mas, ainda assim, mais cara que a do PIBB (0,059% a.a.) – não se esqueçam da taxa de corretagem, hein, pessoal!? (que, na verdade, pode ser encarada mais como uma taxa de carregamento, conforme expliquei em outro artigo: Pensando as taxas de corretagem como taxas de carregamento, na compra dos ETFs – fundos de índice).
Pode-se dizer que, quem compra o BOVA11, compra a Bolsa brasileira, representada pelo Índice Bovespa. E o que é o Índice Bovespa? A própria Bolsa explica, de forma bastante didática, num material que vale a pena ser lido:
“É o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 2/1/1968 (valor-base: 100 pontos), a partir de uma aplicação hipotética*. Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes. Extremamente confiável e com uma metodologia de fácil acompanhamento pelo mercado, o Índice Bovespa representa fielmente o comportamento médio das principais ações transacionadas e o perfil das negociações a vista observadas nos pregões da BOVESPA”.
Ou seja, quem compra o BOVA11, na prática compra um pacote de ações, das ações mais negociadas da Bolsa, que compõe o Índice. É como se você tivesse em sua carteira de investimentos ações da Petrobras, da Vale, da própria BM&F Bovespa, do Itaú, do Bradesco, da Gerdau, da Usiminas… sem a necessidade de comprar tais papéis.
Se o BOVA11 existisse nos anos 80, você teria em sua carteira ações da Paranapanema, da Sharp, da Transbrasil, da Varig (pois essas eram as ações que integravam o Índice naqueles anos)… e, na década de 90, ações da Telebras, Mesbla, Caemi… com a grande vantagem de não sofrer o risco de compra dessas ações, porque isso fica a cargo do gestor do fundo, que deve replicar o Índice de referência. Assim, se determinada empresa entra no Índice, o gestor é obrigado a comprá-la. E, se alguma empresa sai, ele é obrigado a vendê-la. Tudo para manter a carteira do fundo a mais próxima possível do índice de referência, e evitar o tracking error. Êpa, que bicho é esse?
Calma, a Bolsa explica:
“É o risco de o administrador de ETF não replicar exatamente o desempenho do índice subjacente. Esse risco decorre do fato de a carteira do ETF não ser exatamente igual à carteira do índice subjacente. Além disso, fatores como taxas de administração e eventuais diferenças de tempo no rebalanceamento das carteiras podem reduzir os retornos do ETF em relação ao retorno do índice subjacente”.
Você só tem o trabalho de comprar e acumular as cotas. Seu investimento não sofre o risco de alguma empresa específica, mas sim o risco do mercado como um todo, representado pelo índice de referência. Há, portanto, diluição de riscos.
Pois bem, vamos supor que o nosso investidor disponha mensalmente de R$ 1 mil para investir em ações, e queira investir num fundo de ações com cotas negociadas em Bolsa. Ele escolhe, então, o BOVA11. E, a cada mês, mais precisamente no primeiro dia útil de cada mês, ele abre seu home broker e compra, na abertura – que (os grafistas) dizem ser o pior momento para operar – R$ 1 mil em cotas do BOVA11.
É a mesma quantidade de dinheiro, aplicada todos os meses. No primeiro dia de negociações, em seu primeiro aporte, ele faz a “feira do mês” e arremata 29 cotas, ao preço de R$ 34,51 cada, no dia 5/12/2008.
E assim segue ele, comprando religiosamente, sem se preocupar com as oscilações do mercado, sejam de alta, sejam de baixa.
O histórico dos aportes está na tabela abaixo:
Em 18 meses, foram 18 aportes, rigorosamente realizados no primeiro dia útil de cada mês. Como é impossível comprar todo mês a mesma quantidade de R$ 1 mil em cotas, ele definiu um parâmetro objetivo: comprar o primeiro número inteiro de cotas depois de R$ 1.000,00. Assim, no segundo mês, por exemplo, ao invés de comprar 26 cotas, e, assim, desembolsar R$ 995,28, ele resolveu fazer o pequeno “sacrifício” de gastar R$ 33,56 acima do limite estipulado de R$ 1 mil, e compra uma cota a mais.
Com todos os altos e baixos da Bolsa brasileira, ao longo desse período pós-crash americano, com R$ 18k em aportes, ele conseguiu comprar 357 cotas. Ou seja, adquiriu cada cota do fundo a um preço médio de R$ 51,74.
Como o BOVA11 fechou ontem a um preço de R$ 58,70, vamos calcular os ganhos que ele teve, já descontado o imposto de renda, se ele fosse vender a totalidade das cotas:
Observação: no cálculo acima, não descontei a taxa de administração, que é de 0,54% a.a. Se alguém souber o valor final já descontada a taxa, favor postar na caixa de comentários. Editado: a taxa de administração fica embutida no valor das cotas. O valor que o investidor recebe, decorrente de uma ordem de venda, já é líquido de taxa de administração. Basta pagar o IR, caso haja lucro.
Também não inclui eventuais custos com taxa de custódia, que algumas corretoras cobram – em valores variados (o padrão é R$ 6,90, mas há corretoras que cobram mais) – e outras não.
Em 18 meses, R$ 18.472,49 aplicados teriam acumulado R$ 20.583,39. Rentabilidade líquida, ou melhor, taxa interna de retorno, de aproximadamente 11% – atenção, 11% em 18 meses, e não 11% a.a. Bom? Ruim? Mais ou menos? Vamos aos comentários.
Alguns comentários
18 meses é um prazo pequeno demais para se avaliar o investimento em Bolsa, numa tática de buy and hold. Tenha em mente que, quem investe na Bolsa em longo prazo, pensando num plano de independência financeira, por óbvio não investe somente num prazo inferior a 2, 5 ou 10 anos.
Ademais, não foram computadas as taxas de corretagem, e de custódia nos custos operacionais. Leve isso também em conta. No mercado, é enorme a disputa entre as corretoras, e isso também deve ser considerado. Além desses custos, não se esqueça de computar também o pagamento da tarifa de TED/DOC, caso você opere por uma corretora que não tenha conta no banco em que você é correntista. Essa tarifa também pode inviabilizar aportes de valores pequenos – obrigado ao leitor Daniel pela lembrança desse item!
Por exemplo, todas essas operações de compra foram feitas no mercado fracionário. Algumas corretoras oferecem corretagem menor nesse mercado. Vamos supor que uma corretora cobre R$ 20 por ordem executada, independentemente do mercado fracionário ou integral, e outra cobre R$ 5. Os custos seriam os seguintes:
Corretora de R$ 20 = R$ 360 em corretagens (R$ 20*18)
Corretora de R$ 5 = R$ 90 em corretagens (R$ 5*18)
Não leve apenas em consideração a taxa de corretagem cobrada. Ela deve ser aliada a outros ingredientes, como qualidade dos serviços, atendimento etc. Estamos avaliando apenas os aspectos de custos da operação.
Editado: depois da publicação desse artigo, a Bolsa mudou a forma de negociação dos ETFs, visando dar mais liquidez a esse mercado. Assim, o lote de negociação caiu de 100 para 10 unidades. Confira mais informações sobre o tópico nesse artigo: Os prós e contras da redução do lote de negociação dos ETFs de 100 para 10.
Ontem, por coincidência, saiu uma matéria no Brasil Econômico abordando justamente essa questão do custo, com o sugestivo título: ETF é investimento melhor do que fundo indexado, feita pela competente jornalista Mariana Segala (que, aliás, produzia excelentes matérias no AE Investimentos).
Nessa matéria, a comparação dos ETFs foi feita com fundos de índice passivos comercializados nos bancos de varejo e, por meio de uma metodologia própria, chegou-se à conclusão de que, partindo-se da premissa de ganhos iguais (entre o ETF e o fundo do banco), da ordem de 20%, num prazo de 12 meses, e considerando uma taxa de administração de 2% para o fundo de índice, e considerando ainda taxas de custódia de R$ 6,90 e de corretagem de R$ 20, no ETF, o investimento no ETF passa a ser mais vantajoso para aportes a partir de R$ 6.401,18. As tabelas e as premissas da metodologia estão listadas na reportagem – vale a pena lê-la.
Algumas observações se fazem necessárias, ainda mais porque a simulação do jornal também considerou um aporte de R$ 1 mil, que é exatamente o utilizado nesse artigo.
Nesse caso específico dos mil reais, o custo do fundo seria de apenas de R$ 22, e o do ETF, de R$ 108,74. Porém, foi considerada um aporte único, uma corretagem fixa de R$ 20, e 12 taxas de custódia, uma para cada mês, ao custo de R$ 6,90 cada. 12 x R$ 6,90 = R$ 82,80 + R$ 20 (corretagem) = R$ 102,80 + R$ 5,94 (IR + taxa de administração) = R$ 108,74.
Vamos considerar premissas diferentes.
O nosso investidor conseguiu uma corretora que cobrasse R$ 5 de corretagem + isenção de custódia mensal de R$ 6,90 (e há algumas corretoras que fazem isso). Com isso, ele pagou R$ 5 (corretagem) + R$ 0,00 (custódia) + R$ 5,94 (IR + taxas de administração) = R$ 10,94. Comparado com o fundo, cujos custos totais somaram R$ 22 para o mesmo aporte de R$ 1 mil, houve uma economia de R$ 11,06, ou seja, de mais de 50% nos custos operacionais.
Ou seja, escolher corretoras que cobrem menos taxas fazem até investimentos em quantias menores valerem mais a pena do que nos fundos de bancos.
Ademais, a taxa de administração de 2% deve ser tomada apenas como uma referência. Na tabela de fundos de ações do Banco do Brasil, por exemplo, os fundos indexados ao Ibovespa cobram 4%, e os fundos Small Caps, 3%. O fundo Small Caps do Bradesco também cobra 3%, embora seus fundos indexados ao IBovespa cobrem 2%. Os fundos indexados do Itaú cobram também 2%.
Porém… tem sempre um porém, e na verdade, um grande porém nesses fundos de bancos. A cota de fechamento. Os famigerados D+números. Normalmente, a cota de fechamento é de D+1, ou seja, se você quiser resgatar hoje o dinheiro aplicado num fundo indexado ao Ibovespa, porque ele caiu 2%, a cota só será “fechada”, isto é, vendida, amanhã. E se o Ibovespa fechar amanhã com mais 5% de queda, você terá amargado um prejuízo de 7%, ao invés dos pretendidos 2%.
As cotas dos fundos negociados em Bolsa não. Se você quiser vender hoje, você fechará o negócio pelo preço que aparecer no home broker. Ganha-se agilidade e maior controle sobre o investimento, com o ETF. No fundo de ações, funciona assim: pediu pra sair hoje, você tem que torcer, literalmente torcer, para amanhã não cair mais.
E isso sem falar no grau de liquidez para ter o dinheiro da venda na conta, que é melhor nos ETFs. Vendeu hoje, daqui a 3 dias o dinheiro está na conta. No caso dos fundos, o crédito em conta ocorre 4 dias após a solicitação – D+4. Um dia a mais. Tempo não é dinheiro? Pois então aqui temos um exemplo clássico. Além de torcer, você tem que esperar mais! Haja paciência…
Além disso, há ainda outro fator a ser considerado, que é o tracking error, a capacidade de o gestor seguir o índice, cuja explicação foi feita acima. Por conta desse fator e dos custos com taxas, o fundo indexado ao Ibovespa do Bradesco, por exemplo, rentabilizou, nos últimos 12 meses, 39,80%, já descontada a taxa de administração. Já o BOVA11 apresentou, para o mesmo período, rentabilidade de 42,12%. O índice de referência alcançou 42,80%. Um ganho substancial, que aumenta na mesma proporção em que aumenta o capital disponível para investimento.
Ou seja, o ETF ganhou do fundo de ações até na rentabilidade líquida final, ainda que ambos buscassem espelhar o mesmo índice, justamente por causa do tracking error – além da menor taxa de administração, evidentemente. Ou seja, o gestor do ETF foi mais eficiente em seguir o índice.
Para saber mais sobre os ETFs, leiam essas apresentações em pdf aqui e aqui.
Conclusão
O que essa estratégia – aplicação disciplinada e diversificada – tem de bom é que ela permite que você gaste o menor tempo possível com investimentos. Sem entender nada de gráfico, day-trade, ondas de Elliot, Fibonacci, petróleo, balanço patrimonial, P/L etc., e dando a devida atenção ao fator tempo, deixando ele trabalhar por muitos e muitos anos, é possível construir um patrimônio respeitável tirando proveito do crescimento da economia brasileira.
Isso também não dispensa, por óbvio, uma boa gestão de carteira, focada em alocação de ativos, se possível com metas objetivas de rebalanceamento de carteira. Isso é, se você tem mil reais sobrando para investir todo mês, é prudente que não invista tudo em Bolsa. O mais recomendável é investir alocando seu dinheiro em diferentes classes. Por exemplo, R$ 500 em Bolsa, e R$ 500 em poupança ou fundos DI com baixa taxa de administração. Infelizmente, não é possível investir R$ 500 numa LFT – o valor mais baixo possível de se investir nesse título é de cerca de R$ 840.
O grande mérito de investimentos automáticos, assim como o dos débitos automáticos, é o ganho de tempo que ele proporciona. É claro que ele não é a panacéia para todos os males – há investidores que preferem outras técnicas, como análise gráfica, análise fundamentalista etc. Mas, para muita gente, pode ser um bom caminho – ou, pelo menos, o caminho inicial.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
p.s.: se vocês quiserem, eu escrevo um artigo específico comparando os fundos de ações vs. ETFs. Há ainda alguns detalhes técnicos relevantes que podem ser explanados com mais profundidade.
p.s.2: ontem, foi publicado meu artigo do mês para o Dinheirama: Você compra para compensar ou para recompensar? Não deixem de lê-lo!
p.s.3: ETF lembra diversificação, e diversificação vale para toda e qualquer classe de ativos, hein, pessoal!? Inclusive fundos de investimentos imobiliários. Nesse sentido, indico a leitura do mais recente artigo do HC Investimentos, Diversificação nos Fundos de Investimentos Imobiliário.
p.s.4: acabei de descobrir um blog bacana, o Índice Brasil – IBRX-50, que se destina a fazer análise do P/L médio do índice, que serve de referência para o ETF PIBB11, adotado pelo nosso estimado Viver de Renda. De acordo com os últimos cálculos, publicados ontem, o P/L do IBRX-50 está em 16,111.
p.s.5: com tantos p.s., daqui a pouco isso aqui vai virar um jornal de economia………rsrsrsrsrsr….. 😛
Olá Guilherme, garimpando aqui na net acabei de encontrar seu Blog.
Que grata recompensa, Excelentes posts!!Parabéns!!! Estou há apx 2 meses estudando sobre finanças, pois, após algumas literaturas resolvi dar um destino melhor as minhas economias, e, depois de muito estudar hoje sei que nada sei rsrs. Daí que resolvi iniciar com fundos de ações até ter um entendimento e capital melhor para tentar acompanhar algum índice com minha carteira.
Mesmo sendo da área de saúde o conteúdo de seu blog é de extrema relevância e fácil leitura. Está me ajudando muito. Se possível, gostaria de tirar uma dúvida. Você nesse post falou sobre o fundo BOVA11, mas já vi outras que demonstraram que vc era mais favorável ao PIBB. Eu sei que cada um tem suas vantagens e desv. mas falando a longo prazo (algo entre 10 e 15 anos) vc optaria por qual? O fato de o ser sobre o BOVA11 mostra alguma mudança de pensamento seu ou é apenas para ilustrar o comportamento de um ETF?
E só mais uma pergunta, você acha que para entrar num fundo de ações precisa de marketing time? Por exemplo, vale a pena eu aguardar mais um pouco para avaliar a repercussão da crise da europa e das Coréias para “entrar no mercado”? E em relação aos aportes mensais? Vc aconselha aportes mensais religiosamente tentando fazer preço médio ou ficar de olho nos índices e esperar a melhor hora?
Mais uma ve, parabéns pelo excelente trabalho. Que Deus lhe abençoe!!
Olá Daniel, obrigado pelos comentários!
Bem, essa é uma escolha difícil – PIBB vs. BOVA. O fato de eu ter utilizado no artigo o BOVA se deve a dois fatores: primeiro, porque é um fundo novo, que daria para pegar desde começo de sua existência. E, segundo, porque reflete o IBovespa, que é o índice mais comentado na mídia.
Eu ainda estou na dúvida sobre qual índice utilizar, qual é a minha preferência. No começo, minha preferência era a do PIBB, pelo fator custos de taxa de administração. Hoje, vi que existem outros fatores a considerar, dentre os quais o índice de referência a seguir – o BOVA é mais diversificado, pois abrange 13 empresas a mais que o IBRX50. A taxa de empréstimo para aluguel também é relevante, e o BOVA ganha também nesse quesito. Particularmente na minha carteira, tenho ambos, PIBB e BOVA, mas com quantidade maior de BOVA.
No longo prazo, o impacto da taxa de administração tende a ser menor no PIBB, mas estou inclinado a usar o BOVA. Estou ainda na fase de pesquisas e não tenho uma opinião 100% certa a respeito. No longo prazo, ambos tendem a apresentar desempenho muito parecido também.
Para entrar no fundo de ações, não é preciso marketing time, a menos que vc esteja pensando em especular com os ETFs. O Mauro Halfeld diz que é preciso esperar um pouco para entrar no mercado. De uma maneira geral, eu concordo com ele, porque o investidor iniciante fica muito confuso qdo entra no meio da crise, e tende a ficar desgostoso com o mercado de ações.
Dessa maneira, eu fico com ele: é melhor esperar um pouco. E, qdo for entrar, aportar valores pequenos, para sentir sua reação frente aos mercados. Tem gente que não suporta rentabilidades negativas, isso é fato.
Qto aos aportes mensais, eu recomendo, para iniciantes, o preço médio. Eu acho que ainda funciona bem para quem está entrando no mercado agora. E preço médio com valores pequenos, para sentir a temperatura do mercado.
Eqto isso, é FUNDAMENTAL continuar estudando sobre investimentos, sem esquecer da boa parcela em renda fixa.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Oi Guilherme, a taxa de administração dos ETF (BOVA11 e PIBB11)já está computada no valor da cota. Caso fosse aplicado em um fundo que compre ETF estaríamos pagando mais uma. Como bem falou nosso amigo VIVER DE RENDA, em um dos posts publicados, no caso de aportes abaixo do lote padrão de negociação (100 cotas), ou seja no mercado fracionário, é preferível comprar PIBB11 ao invés de BOVA11 porque tem mais liquidez. Alíás, a menor taxa de administração do PIBB11 permite que a cota do fundo obtenha um rendimento superior ao seu benchmark (IBRX50), sem levar em consideração a diferença entre os índices: Ibovespa e IBRX50. A corretagem funciona como uma taxa de carregamento, ou seja, no curto prazo onera muito o investimento mas no longo prazo é significativamente menor do que a taxa de administração dos fundos que nos suga todo dia útil um percentual do Patrimônio Líquido. Abraços.
Olá, Flávio, obrigado pelos esclarecimentos!
Acredito que vc tenha trocado os sinais nessa frase: “no caso de aportes abaixo do lote padrão de negociação (100 cotas), ou seja no mercado fracionário, é preferível comprar PIBB11 ao invés de BOVA11 porque tem mais liquidez”. Acho que seria o contrário, não?
Quanto a considerar a corretagem como taxa de carregamento, você tem exatamente a mesma ideia que eu a respeito da “natureza” dessa taxa. Aliás, fiz um post detalhando esse fato, que deverá ser publicado nas próximas semanas.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Parabéns pelo artigo Guilherme!
Apenas por curiosidade eu calculei ontem o P/L do Ibovespa (através da ponderação do P/L de cada empresa do índice com sua participação) e cheguei a um valor de 15,14.
Vale lembrar que este valor quando o Ibov estava em 70k era próximo de 18. Portanto, a atratividade está melhorando.
Quanto a discussão PIBB11 x BOVA11 ainda estou a favor do PIBB11 pela melhor liquidez no fracionário, ajudando nas compras mensais. Entretanto, caso haja uma boa melhoria na liquidez das opções do BOVA11 eu pretendo fazer esta mudança, mas acredito que este dia ainda irá demorar…
Grande Abraço!
Ôpa, Henrique, obrigado!
Os cálculos de P/L estão tornando a Bolsa bem atrativa, sobretudo em relação ao pico acima de 70k. Obrigado pela informação!
Também concordo qto ao PIBB x BOVA. A liquidez no fracionário é um elemento importante na hora de decidir qual ação comprar, pois facilita as negociações para os investidores que têm menos capital a investir.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Esse PL de 16 está altíssimo, culpa da Vale e do Itaú principalmente. Se não fosse a questão da capitalização da petrobras, o PL bateria em 20 fácil, que é PL de país desenvolvido como os EUA.
No mais, seria bom ressaltar q o retorno de 11% não é a.a.
Abraços!
Fiz a ressalva, Viver!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Ressalvando a ressalva, como o prazo médio é menor que 1 ano o retorno a.a. é maior que 11%, não 11% com prazo de 18 meses como alguns podem inferir erroneamente do seu texto.
Abraços!
Ok!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Guilherme, não consegui comprovar por indisponibilidade de dados históricos sobre o mercado fracionário, que o PIBB11F é mais líquido, ou seja tem mais negócios, do que o BOVA11F. Meu comentário deve-se a observação do mercado nos dias em que negociei tais ativos. Uma questão é certa, se fores negociar com o lote padrão (no mínimo de 100, ou cerca de R$ 6.100) a liquidez do BOVA11 é significativamente maior. Outro ponto deve-se a melhor aderência do PIBB ao benchmark em função da menor taxa de administração. Frequentemente a cota do PIBB11 é negociada acima do índice IBRX50. Por exemplo, no dia 27/05/2010, a cota do PIBB11 fechou cotada a R$ 86,42, enquanto que o índice IBrX50 fechou a 8.597, indicando uma cota justa para o PIBB11 de R$ 85,97.
Flávio, não sabia dessa boa aderência ao benchmark do PIBB. Bom coletar esses dados na hora de decidir qual ETF comprar/vender.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Há um outro custo, no aporte mensal, que as pessoas costumam esquecer: O do DOC/TED. Por exemplo, suponha que você receba seu dinheiro em uma conta corrente de determinado banco e que negocie ações/ETFs em uma corretora. A menos que a sua conta corrente seja “private” no banco (ou que tenha algum acordo especial de isenção), você terá que pagar o DOC/TED para a corretora. Dependendo do custo do DOC/TED e do valor do aporte mensal, ele pode ser significativo ou não para o seu investimento.
Bem lembrado, Daniel!
Fiz a modificação no artigo, com os devidos créditos a você.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Guilherme, você pode consultar a aderência do PIBB11 em: http://www.pibb.com.br DADOS ESTATÍSTICOS / ADERÊNCIA DO PIBB, e a aderência do BOVA11 em http://br.ishares.com/product_info/index/detail/BOVA11.htm?page=tracking
Enquanto o PIBB11 rendeu IBRX50 MAIS 0,16% em 12 meses o BOVA11 rendeu IBOVESPA MENOS 0,43% no mesmo período.
Flávio, obrigado pelas informações. Vamos acompanhar esses dois fundos ao longo do tempo.
Uma coisa que achei interessante foi a possibilidade de alugar os BOVA11s por taxas de aluguel mais atraentes que as do PIBB11. É um ponto a se considerar, uma vez que se constitui em receita adicional para o investidor.
Ademais, a própria iShares coloca as cotas para aluguel, e a receita decorrente dilui os custos do investimento.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Colega Guilherme, tenho uma palavra para o seu Blog: Fantástico.
Gosto muito do seus textos, bem elucidativos e fáceis de serem compreendidos. Gosto muito também desse investimento em ETFs. Confesso também que entre PIBB11 e BOVA11, não saberia dizer ainda qual deles escolher para investir. Os dois apresentam vantagens e desvantagens, difícil decisão. Não teria muito a acrescentar ao seu texto, ainda mais depois dos bons comentários feitos pelos seus leitores. Criei e atualizo sempre que possível um tópico sobre ETFs no forum Infomoney, quem quiser acessar o link é:
http://forum.infomoney.com.br/viewtopic.php?t=10822
Grande abraço.
Willy Fog, obrigado pelos comentários!
E agradeço também pelo link para o Fórum Infomoney. 😉
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Guilherme,
Parabens pelo artigo.
Gostaria de colocar um erro que achei…
Voce fala que o lucro foi de 11% em 18 meses perdendo ate para a poupanca, CDI etc…
Na realidade não eh verdade… pois os aportes foram feitos mensalmente e não de uma unica vez. Faca as contas de aportes de 1mil reais por 18 meses a uma taxa de 0,5% mensal (caso da poupanca) e verás que dará menos de 11% em 18 meses.
Poupanca em 12 meses deu perto de 7,5% a.a.
CDB em grande maioria nao chegou nem a 10% a.a liquido
BOVA11 segundo seus dados, nos ultimos 12 meses apresentados na tabela deu 37% a.a bruto ((66,92 x 100) / 48,50)!
Caso nao entendas meu ponto de vista, posso tentar explicar com mais exemplos!
absss
Erico
@Erico
Desculpa,
a primeira parte estava errado…
a poupanca em 18 meses com aportes de 1mil e 0,55% ao mes daria 18866,7 reais em 18 meses!
absss
Erico, vc tem razão. Obrigado pelo esclarecimento.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Érico, resolvi modificar a parte do artigo que tratava desse aspecto da rentabilidade, uma vez que poderia continuar a confundir os leitores.
E dei mais ênfase ao significado dos 11%, que correspondem, na verdade, à taxa interna de retorno.
Aproveitei para fazer uma atualização geral do artigo, inserindo links para assuntos que foram publicados posteriormente, dadas as mudanças na dinâmica de negociação dos ETFs.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Notícia de 1º página do Valor de hoje (21/10/2011): “PESSOA FÍSICA TIRA R$ 5,4 BI DA BOLSA”.
Infelizmente, nós somos obrigados a ler esta notícia que nos dá a dimensão da necessidade de educação financeira dos investidores brasileiros.
Guilherme, pelo jeito você ainda vai ter muito trabalho pela frente…
Um grande abraço.
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/10/21/pessoa-fisica-tira-r-5-4-bi-da-bolsa
De fato é triste essa notícia. O trabalho ainda vai ser bem longo….
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Guilherme tenho dez 10 mil, não quero deixa esse dinheiro parado na conta.
Qual lugar eu posso investir esse dinheiro sem perdê-lo?
Queria um dia entra nesse ramo de investimento.
Olá, Guilherme!
Tudo bem?
Estou com uma dúvida se vale a pena investir em renda váriavel quando se tem pouco dinheiro.
Hj estou com 1000,00 reais para investir em renda váriavel.Esse valor é a parcela destinada a renda variável da minha carteira.
Estava pensando em investir em ETF, mais precisamente em BOVA11.NO entanto, fiquei um pouco receoso quando verifiquei que as corretoras cobram mensalmente, em média, 6,90 pela custódia.Não estou nem levando em conta a corretagem e os emolumentos, porque algumas corretoras não cobram corretagem nos primeiros 30 dias de conta.
Eu investindo 1000 reais todo mês terei que pagar 0,69% de custódia.Isso equivale mais ou menos o rendimento de investimento em renda fixa.Diante disso, pensei comigo que o rendimento da BOVA 11 teria que ser muito maior que a renda fixa para compensar essa custódia.
O que você acha?
Parabéns pelo site!!
Abs,
Murillo
Olá Murilo!
Inicialmente, parabéns pela decisão corajosa de se tornar investidor num país que não cultiva e não valoriza a formação de patrimônio a longo prazo! Você já se considere um vencedor!
Sobre sua dúvida, você tem toda a razão: a custódia acaba “comendo” uma parcela significativa de rentabilidade.
A solução, nesse caso, requer o seguinte: invista em corretoras que isentem da taxa de custódia caso haja ao menos uma operação mensal de compra e venda. Nesses casos, você se livra dessa taxa de R$ 6,90!
Exemplos de algumas corretoras que adotam essa prática: Socopa e Mycap (no plano Flex).
Abç!
Guilherme, tenho lido vários artigos do Valores Reais e gostado muito. Hoje me considero um investidor iniciante, em meio a tanto conteúdo que você disponibiliza. Hoje já possuo um investimento de 35k em LCA do BB. Mas quero colocar em algum fundo de ações. Mas qual? PIBB x BOVA?
Já teria essa resposta para me dar em plena crise de junho/2015?
Outro pergunta que gostaria de fazer, é que a empresa em que eu trabalho, está disponibilizando que nós funcionários possamos comprar ações desta empresa (gigante de Telecom no mundo), no valor de R$ 494 reais p/ mês (ao longo de 12 meses) e que esta empresa, iria colocar a mesma quantidade de ações (dobrar) para estes colaboradores. Vale a pena? Você já viu algo parecido para que colaboradores de uma multinacional recebam ações em dobro doadas?
Forte abraço e fica com Deus!
Olá Flavio, que bom que esteja gostando de “surfar” no blog! 😀
A relação completa de artigos você obtém aqui => http://valoresreais.com/arquivos/
Sobre sua dúvida, eu respondo: BOVA11.
Antigamente, eu mesmo defendia o PIBB11, mas tenho gradualmente mudado de ideia. Eu escolheria o BOVA11 porque, embora tenha taxa de administração mais alta, representa com fidelidade quase perfeita o IBovespa, é mais líquido e espelha com maior diversificação o conjunto das empresas mais negociadas em Bolsa.
E sobre sua segunda dúvida, eu compraria com certeza. Trata-se de uma oportunidade única de você diversificar seu capital com possibilidade de obter maiores ganhos, comprando as ações com um preço melhor do que o preço que está sendo oferecido no mercado.
Essa é uma política que algumas empresas adotam para retenção de talentos e dos melhores funcionários, e você certamente faz parte dessa seleta lista.
Pense nessas ações como um fundo paralelo de aposentadoria financeira a longo prazo.
Grande abraço!
Boa tarde amigo.. já pensou em atualizar esse cálculo até os dias de hoje??
Boa tarde, Reinaldo,
Sim, já pensei. Quando eu tiver um tempo, atualizarei os dados, em um novo post, claro!
Abç!