Editado em 24.5.2010: esse artigo não conclui que estou investindo 100% em Bolsa para o longo prazo. Incluo a Bolsa dentro de uma estratégia de alocação de ativos, que contempla também investimentos em outras classes, como renda fixa e fundos imobiliários. O artigo pretende demonstrar apenas a supressão das NTN-Bs da carteira. A parcela “renda fixa” continua a existir dentro do meu portfólio de longo prazo, mas concentrada dentro de outras espécies de ativos, tais como poupanças, fundos referenciados DI, debêntures etc.
A leitura do livro “Investindo em ações no longo prazo”, do Jeremy Siegel, provocou uma série de reflexões em minha visão acerca dos investimentos para conquistar a independência financeira, ou seja, dos investimentos focados no longo prazo. O fato de a Bolsa ter superado a renda fixa em praticamente 100% dos casos num período superior a 30 anos, conclusão essa extraída do estudo sobre mais de 200 anos de história da Bolsa norte-americana, e o fato de a Bolsa americana ter conseguido uma rentabilidade média anual de 7,6% a.a. acima da inflação – praticamente o mesmo rendimento do Índice Bovespa desde 1968 – me fez pensar: não seria a Bolsa uma alternativa mais rentável em relação aos títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação, as populares NTN-Bs?
Pense comigo: no momento em que esse artigo está sendo escrito, a NTNB com vencimento em 2045 está pagando a inflação (medida pelo IPCA) + juros em torno de 6% a.a. Sem dúvida uma bela quantia. Observe, no entanto, que, segundo cálculos elaborados por especialistas, abarcando os 40 anos de história da Bovespa, a Bolsa – tomando como parâmetro o Índice Bovespa – teve uma rentabilidade média histórica de 8% a.a. acima da inflação. Ou seja, a Bolsa teria rendido, no longo prazo, inflação + 8% a.a.
Assim, você tem dois fatos: (a) considerando que a tendência a longo prazo é a diminuição da taxa de juros básica da economia (atualmente taxa SELIC), impactando (para menos) o percentual fixo de juros que é pago nas NTN-Bs; e (b) considerando que também a tendência a longo prazo é a manutenção da rentabilidade superior da Bolsa sobre as taxas de inflação; a conclusão lógica a que se chega é a tendência, portanto, de as aplicações em Bolsa terem uma rentabilidade superior aos títulos públicos de longo prazo do Tesouro Direto atrelados à inflação.
Como investir na Bolsa para vencer a inflação: os fundos de índice passivo e uma carteira de dividendos
Estabelecida a conclusão acima, resta responder a seguinte pergunta: e como aplicar na Bolsa para conseguir vencer a inflação? Vejo duas alternativas principais.
Como escolher ações individuais sempre é um risco que pode implicar perdas enormes, caso a escolha não seja bem feita, o segredo é diversificar procurando um baixo custo. A primeira e mais simples forma de fazer isso é investindo num fundo de índice passivo, ou seja, num fundo que acompanhe a variação de uma carteira teórica do Ibovespa ou do IBR-X 50, por exemplo. Aqui temos o PIBB11 – que replica a carteira teórica do IBRX-50 – e o BOVA11 – que espelha o Índice Bovespa. Esses produtos não são ações, mas fundos cujas cotas são vendidas em Bolsa. Como esses fundos acompanham a variação do Ibovespa e do IBR-X 50, e como o Ibovespa e o IBR-X 50 vencem a inflação no longo prazo (pelo menos até aqui), essas são duas boas alternativas de investimento aos títulos públicos de longo prazo do Tesouro Direto atrelados à inflação.
A segunda hipótese é formar uma carteira de ações que são boas pagadoras de dividendos. Isso aqui dá mais trabalho, pois, como não temos no Brasil um ETF focado em dividendos, teríamos de montar uma carteira própria., mas corremos o risco de errar na estratégia, ou melhor, focar apenas em um lado da equação, que é o foco nos dividendos, como bem alertou o Investimentos e Finanças num post bem prático sobre a questão. Eu pensei nas ações de dividendos fazendo a seguinte comparação com as NTN-Bs: a inflação corresponderia ao crescimento do preço da ação, e o percentual fixo de juros dos títulos corresponderia à taxa de dividendos distribuído pela empresa (dividend yield).
Exemplificando: suponha que a empresa XPTO esteja sendo cotada em Bolsa a R$ 10 e pague R$ 0,50 de dividendos anualmente – dividend yield de 5%, portanto. Nessas condições, para compensar a inflação, a valorização da ação teria que superar a variação acumulada do IPCA no período; e os dividendos – que no exemplo corresponderiam a 5% do preço da ação, seria a taxa de juros fixa que o investidor estaria disposto a pagar para fazer valer a pena o investimento. Para funcionar no longo prazo, evidentemente que não só a valorização da ação teria que superar a inflação do período, como também a taxa de distribuição de dividendos teria que se manter consistente, ou seja, contínua e crescente. No exemplo citado, você estaria comprando uma NTN-B na Bolsa que pagaria valorização da ação + 5% a.a. Os riscos são explicados abaixo.
Riscos
A idéia é interessante, por isso estou expondo publicamente a questão, até porque não vi ninguém até hoje abordando essa possibilidade. Como estamos falando de longo prazo – preste bem atenção, longo prazo – as chances de obtenção de êxito numa estratégia focada em “NTN-B Bolsa” são maiores do que uma estratégia concentrada em NTNB-B Tesouro Direto, desde que respeitadas algumas premissas.
A primeira é justamente o tipo de investimento que se fará em Bolsa. Não adianta muito escolher uma empresa individual se, no longo prazo, a taxa de dividendos dela não se mantiver constante: ela pode decrescer e até desaparecer, e a empresa falir – lembre-se de que nem blue chips escapam dessa possibilidade. Ademais, existe o risco de você precisar sacar o dinheiro no curto ou no médio prazo num momento de “bear market” (leia-se = momento de crise), e aí, você corre o sério risco, inclusive, de sacar da Bolsa menos dinheiro do que aportou nela. Só um detalhe: esse risco também pode ocorrer se você fizer a mesma coisa no Tesouro Direto, principalmente porque as oscilações e crises do mercado afetam sobretudo os títulos de longo prazo – falo por experiência própria: em outubro de 2008, eu tinha menos dinheiro em NTN-B Principal 2024 do que o dinheiro aplicado. Fica aqui o alerta.
Validando a idéia
Eis que dias atrás eu estava almoçando e lendo a revista Kiplinger, quando foquei minha atenção na página direita da revista, falando sobre um programa de TV sobre investimentos. Achei interessante e fiquei olhando tal inserção publicitária, e aí resolvi deslocar minha atenção sobre a página do lado esquerdo – a revista estava totalmente aberta sobre a minha mesa. Eis que levou um (bom) susto: me deparo com nada mais nada menos do que o honorável Jeremy Siegel, o próprio, e uma matéria – adivinha sobre o quê? Isso mesmo que você pensou. Uma matéria sobre dividendos.
E não é que ele dá especial ênfase a uma comparação entre investimento em ações de dividendos e títulos do Governo Federal, que é exatamente o tema desse artigo? Aí eu, que já estava pensando havia alguns dias em abordar esse tema, resolvi definitivamente passar as idéias para o computador, principalmente porque ele fala de algumas vantagens de se investir em ações de dividendos sobre títulos do Governo Federal dos Estados Unidos.
Em primeiro lugar, exceto nas recessões, os dividendos tendem a aumentar ao longo do tempo, enquanto os cupons de juros dos títulos estatais tendem a permanecer constante. Isso é correto também para o caso brasileiro, e eu sou testemunha disso, enquanto investidor da NTN-B Principal 2024 (embora nesse caso eu não me refira aos cupons, mas ao percentual fixo): dos 31 aportes que realizei nesse título, nada mais nada menos que 30 tiveram o percentual fixo de juros entre as casas de 6 e 7% a.a. O único que ficou fora desse grupo foi justamente o primeiro, mas não muito longe, na verdade, bem perto: 5,91% a.a. Jeremy Siegel prova: antes de a recessão começar, 60% das empresas listadas no SP 500 aumentaram seus dividendos e – prestem atenção nesse dado – 148 empresas do SP 500 aumentaram seus pay-outs.
Em segundo lugar, os dividendos se mantiveram acima da inflação, ao passo que os títulos do Tesouro Americano não sofrem ajustes por conta da inflação e – mais importante – mesmo aqueles que os fizeram, como as TIPS (Treasury inflation-protected securities, o equivalente às nossas NTN-Bs), ofereceram taxas reais de retorno pouco superiores a 1%, cerca de metade dos dividend yields das ações do S&P 500 (2%, tomando como base os dados de dezembro de 2009).
Esse segundo ponto é importante: as NTN-Bs brasileiras pagam cerca de 6% brutos a.a. acima da inflação, e existem poucas empresas brasileiras com ações cotadas em Bolsa que pagam dividend yields nessa faixa percentual, e, além disso, normalmente as que pagam taxas de dividendos altas não são ações de crescimento – vide empresas de energia elétrica, são boas pagadoras de dividendos, constantes até, mas não se valorizam tanto quanto uma PETR4 ou VALE5 da vida. Isso só vem a reforçar a tese do investimento passivo em índice, que, no longo prazo, tem garantido rentabilidade real acima da inflação de 6 a 8% a.a.
Mas existe ainda um terceiro fator a favor da “Bolsa-dividendos” sobre as NTN-Bs, a longo prazo, fator que se aplica ao mercado americano, mas também ao brasileiro, embora por razões distintas: o fator tributário. As NTN-Bs não escapam do pagamento do imposto de renda de 15%, descontado na fonte, sobre o ganho de capital – e isso considerando a menor alíquota do imposto, aplicável quando se deixa o dinheiro aplicado por mais de 720 dias, e tampouco escapam do pagamento da taxa de administração de 0,3% a.a. – e isso considerando a menor taxa de administração possível, que é a cobrança da CBLC, e desconsiderando, portanto, eventuais taxas de administração de outras corretoras, os quais tendem a impactar consideravelmente a rentabilidade conforme o aumento de seu percentual. Recomendo, nesse ponto, o artigo do Viver de Renda sobre o real ganho dos títulos de longo prazo do Tesouro Direto.
Já os dividendos em sentido amplo têm tratamento tributário bem mais benéfico: os juros sobre o capital próprio são tributados a uma alíquota padrão de 15% retidos na fonte – mesmo que você tenha comprado a ação no último dia para ela ser considerada como válida para o recebimento de dividendos. E os dividendos em sentido estrito são melhores ainda, já que sobre eles simplesmente não incide imposto de renda.
Quer mais? Pois tem.
Nas vendas no mês inferiores a R$ 20 mil, você simplesmente não paga imposto de renda algum sobre o ganho de capital na Bolsa, no tocante à venda de ações. Já a venda de cotas de fundos de índice passivo, como o PIBB11 e o BOVA11, estão sujeitos ao pagamento de 15% de IR sobre o ganho de capital, independentemente do valor da venda, conforme recente artigo publicado aqui.
Mais ainda: o tradicional IR de 15% na venda de ações superiores a R$ 20 mil por mês ainda pode ter seus impactos fiscais amenizados, por meio de uma estratégia de diminuição de estoque de imposto a pagar, conforme já destacamos também em outro tópico.
Mas vá com calma.
Tem um detalhe que você deve prestar atenção: custos de corretagem de compra. Se você compra um título inteiro de NTNB 2045, cotado a cerca de R$ 1.900, por intermédio de uma corretora que não cobre taxa de administração do Tesouro Direto (cobre apenas a taxa CBLC), você pagará, a título de custos de transação, míseros R$ 1,90 (justamente a taxa CBLC). Agora, se você comprar uma porção de cotas do PIBB11 equivalente a R$ 1.900, poderá pagar, a título de custos de transação, desde R$ 4,40 (tarifa de corretagem que a LinkTrade cobra no fracionário) + emolumentos, até R$ 28 (tarifa de corretagem pela tabela Bovespa: 1,00% + R$ 10,06) + emolumentos. E isso sem falar da tarifa de custódia, cujos valores variam muito de uma corretora para outra, conforme já abordado em outro tópico.
Prestar atenção nos custos de seus investimentos é um item fundamental para impactar positivamente a rentabilidade, e negligenciar pequenos valores é um dos fatores críticos para o alcance da independência financeira.
Uma decisão importante
Devido a todos esses fatores de análise, e depois de reflexões sobre a importância de simplificar investimentos, buscar maior retorno e acreditar no futuro da economia, tomei uma decisão muito importante no plano pessoal: vendi todos os meus títulos de longo prazo do Tesouro Direto – mas apenas os investimentos de longo prazo. Vou reaplicar o dinheiro na Bolsa, por todos os motivos acima expostos. Os títulos de curto prazo – LFTs, por exemplo – continuam firmes em minha carteira.
Aqui cabe uma explicação: cada um tem que escolher o que é mais adequado ao seu perfil de investimento, tendo em vista suas necessidades, seus valores, seus projetos. Não tenho a menor dúvida de que o Tesouro Direto continua sendo um porto seguro para investidores que procuram retornos acima da média da renda fixa tanto no curto quanto no médio e também no longo prazos. Devido à ainda alta taxa básica de juros de nossa economia, poucos lugares do mundo têm investimentos que paguem 6% a.a. + inflação. Isso significa, pela regra do 72, dobrar, em termos reais, o capital investido a cada 10 a 12 anos (descontados os impostos e taxas), o que não é pouca coisa, ainda mais em se tratando de investimento em renda fixa – embora saibamos que, por menor que seja o risco, o fato é que sempre há o risco de o Governo não honrar a dívida (pequeno, mas existe).
Os produtos de renda fixa do varejo em geral são muito caros. Não compensam. O Tesouro Direto é praticamente imbatível nesse campo. Com cerca de R$ 800, você consegue aplicar numa LFT, que compete com os fundos referenciados DI dos bancos, mas sem pagar exorbitantes taxas de administração por um produto passivo que acompanha o índice de referência (SELIC).
É uma decisão arriscada? Não. Como o investimento em Bolsa é mais seguro e mais rentável que o investimento em títulos públicos no longo prazo (vou sempre enfatizar esse termos para evitar equívocos de interpretação), a minha decisão, que é, para todos os efeitos, estritamente pessoal, me permitirá alinhar melhor minhas metas financeiras aos objetivos não-financeiros, e também propiciará uma simplificação de investimentos para objetivos de longo prazo.
Mas é preciso coragem
Não é fácil tomar uma decisão de investimentos assim tão profunda. Afinal, como falei acima, foram mais de 30 aportes mensais consecutivos na NTN-B Principal 2024, desde 2007, além de aportes periódicos também na NTN-B 2045. Isso dá quase 3 anos completos de investimentos. É quase um ciclo econômico (5 anos). Gostei muito de um trecho do livro do Conrado Navarro, que fala justamente dessa questão: não há problema em se mudar de investimento se for para reaplicar a quantia num investimento melhor e mais adequado aos seus objetivos.
Esse é precisamente o caso. Mudo não porque a NTN-B deixou de ser um investimento atraente. Mudo não em função de uma mudança no produto de investimento (objeto), mas sim mudo em função de uma mudança em minha própria mentalidade acerca do que é melhor para mim num determinado horizonte de aplicação, e tendo em vista um fim específico, apropriado e útil para mim.
Essas são as reflexões que você também deve fazer se pretende vender um imóvel para comprar outro imóvel, se quer vender ações para investir em terrenos, se pretende sacar da renda fixa para iniciar um empreendimento: é preciso chegar à conclusão de que o futuro investimento será melhor que o atual, para você, tendo em vista seus planos, suas aspirações e sobretudo de seu conhecimento técnico especializado acerca daquilo em que você está investindo. É preciso pensar por conta própria, ter capacidade de extrair dos fatos as interpretações que sejam mais condizentes com suas aspirações, e preencham de modo mais significativo seus valores e propósitos.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Parabéns!Excelente artigo, principalmente para iniciantes como eu, que estão ainda em busca de informações e tentando “descobrir” qual o melhor caminho seguir.
Um abraço.
Obrigado pelos comentários, Isabel!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
E ai Hotmar, o que vai fazer?? Comprar ETF ou montar uma carteira de ações??
Abs
Investimentos, estou na dúvida ainda. Por enquanto, o dinheiro resultante das vendas dos títulos está na conta-poupança do banco. A ideia inicial seria investir nos ETFs, mas a tributação sobre a venda (com ganha de capital) de qualquer valor de qualquer ETF fez-me revisar esse pensamento.
Então, provavelmente será destinado à compra de ações individuais.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Hotmar,
Qual a sua alocação entre renda fixa e ações??
Resolveu aumentar o percentual de ações em uma época de bolsa meio cara…
Olá, Investimentos,
Meu percentual está assim: renda fixa: 53%, renda variável: 47%. Na verdade, o meu percentual de ações tem diminuído gradativamente nos últimos meses. No começo de janeiro, por exemplo, estava 51% em renda fixa e 49% em ações. E, antes, mais da metade estava em ações. O dinheiro resultante da venda dos TDs, como lhe falei, ainda está na poupança, de modo que ainda não foi alocado em Bolsa.
Realmente a Bolsa parece estar meio cara – nunca se sabe, vai que estejamos no começou de um período de bull market – mas, por via das dúvidas, e tendo em vista compromissos pessoais que precisam ser saldados no curto prazo, estou preferindo ser mais conservador no momento, alocando uma grande parcela na renda fixa.
Estou procurando adotar uma estratégia de alocação de ativos mais coerente e mais condizente com a minha realidade de momento, onde existem compromissos pessoais a serem saldados, fato que exige mais conservadorismo de minha parte. No entanto, como também penso na construção de patrimônio a longo prazo, como parte de um plano de independência financeira, a parcela reservada para as ações continua sendo objeto de especial atenção de minha parte, e essa estratégia focada mais em Bolsa é um dos pilares desse plano de investimentos. 😉
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Hotmar tudo jóia!!! estou acompanhando os comentários e sempre aprendendo a cada dia com os Valores Reais..eu imagino as dúvidas que vcs estão tendo na locação de ativos agora com as tributações dos ETFs.. apesar que depois da crise de 2008, que foi a maior lição de maturidade e aprendizado para todos os investidores em ações, estou tendo muita cautela na renda variavel e na duvida locando na RF e fazendo colchão de segurança na poupança.
Tenho cotas de ações individuais num clube de investimentos e as taxas de ADM simplesmente TRITURAM e ESMAGAM a nossa rentabilidade, fora todo o sobe desde da bolsa.. (faz parte) por isso a cada dia tenho pensamentos forte em diversificação..
Bom feriado amigo..
abração
Luciano
Luciano, vc acertou. Diversificação é o caminho. Alocação de ativos (= asset allocation) é a maneira mais equilibrada de ter um portfólio saudável e que causa melhores resultados. Por fala nisso, (novamente) escreverei um artigo abordando mais especificamente essa questão, e a importância da diversificação dos investimentos em diferentes classes de ativos, para o investidor inteligente. Já tenho em mãos o material, e estava pensando escrever sobre o assunto. Seu comentário só reforçou essa minha convicção, e creio ser de grande valia para outros leitores também.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Hotmar, mais um excelente comentário. Você falou a frase certa “mas é preciso ter coragem”. Incluo-me na legião dos fãs do TD, principalmente as principais. Pois bem, exatos 4 anos e 8 meses das primeiras NTN-B principais vendidas (de 11/08/2005 a 12/04/2010), as NTN-B Principais com vencimento em 2015 e 2024 renderam 106,03% e 166,62% respectivamente. O índice BOVESPA rendeu no mesmo período 165,14%. Não estou querendo dizer que a renda fixa de LP é melhor – eu concordo plenamente no desempenho maior da Bolsa. O fato é que o período analisado foi excelente para as NTN-B. A taxa real de juros da NTN-B 2024 caiu de 8,82% para 6,02% no período. A volatilidade desses títulos é tão intensa quanto da Bolsa, e isto afasta a maioria esmagadora dos investidores que não resistem e sofrem de aversão a perda. Concordo com sua opinião, tudo depende do horizonte de investimento de cada um. Observar o retorno mensal e até diário dos ativos não tem fundamento se você está investindo no LP. A maioria das avaliações de investimentos – que utilizam a equação retorno/risco – não recomendaria estes títulos e a Bolsa, recomendaria aplicações atreladas a taxa de juros de 1 dia que nunca apresentam retorno negativo mas no final decepcionam no retorno. A alta taxa de juros oferecida pelo nosso Governo representa um alto custo de oportunidade, quando ela cair, tanto os títulos do Governo quanto as ações subirão de preço. Nossa missão é descobrir as ações que nos darão retorno reais maiores do que o Governo oferece.
Abraços.
Flávio, ótimos os seus comentários!
De fato, os títulos NTNB P apresentaram excelente rentabilidade nesse curto período de tempo. Mesmo sendo um fato circunstancial, prova a capacidade dos títulos públicos remunerarem de forma bastante positiva o investidor.
O desafio, como vc bem citou, é encontrar as pepitas de ouro na Bolsa.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Muito show esse artigo. Muito boa sua análise sobre o assunto Guilherme.
Preciso ler esse livro do Siegel urgente.
Sempre gostei da idéia que o Gustavo Cerbasi propõe no livro Investimentos inteligentes, que é de montar uma carteira com no máximo 5 ações boas pagadoras de dividendos.
Por outro lado, sempre gostei da idéia de se investir num fundo de índice ETF (PIBB11 x BOVA11).
Muitas dúvidas, difícil decisão, não decidi nada ainda, vamos ver.
Cautela, muita cautela, hehehe.
Abcs
Olá Willy, valeu!
Essas dúvidas são comuns a todos os investidores, ou pelo menos à maioria deles. Com conhecimento e disposição conseguimos reduzir nossas escolhas apenas àquelas que estejam mais afinadas com nosso propósito e perfil de investimentos. 😉
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Olá Guilherme,
Estou pensando em diversificar mais meus investimentos.
Dei uma “googlezada” sobre empresas boas pagadoras de dividendos x tesouro direto, acabei caindo em mais um artigo seu! rs
Hoje tenho na parte da 50% renda fixa: Previdencia privada e Tesouro direto
Na 50% renda variavel: pibb e small caps…
Apesar de empresas que pagam bons dividendos serem renda variável, estou querendo considerar estas ações na “parte” de renda fixa… Ou seja, irei diminuir a alocação de tesouro direto e investir nelas também. Ainda não tenho a certeza… Estou refletindo sobre isto…
ID, pelo visto o VR está bem no Google….rsrsr
Sua estratégia me parece bastante adequada ao seu perfil de investimento.
Qto às empresas de dividendos, recomendo mantê-las na porção de renda variável, uma vez que os dividendos não são receita certa, e depende muito do contexto e das circunstâncias econômicas dentro das quais se situa a empresa. Talvez para um portfólio de retirada possa haver uma mudança de paradigma nesse sentido…
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Com o objetivo de manter boa parte da minha carteira em investimentos de menor risco, tendo a substituir os títulos públicos por fundos imobiliários… acho que vale uma comparação neste sentido também…
Obrigado IR, vou estudar esse assunto também, tendo em vista que a rentabilidade na renda fixa está diminuindo consideravelmente nos últimos tempos…
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!