O modo como enxergamos os fatos influencia nossas decisões. E essa afirmação também vale para investidores. Quem enxerga a “crise como oportunidade” – como apregoavam (e acho que ainda apregoam) comerciais publicitários de corretoras de valores – aproveita momentos de oscilação na Bolsa para comprar mais ações. Assim, o “pior da crise” acaba sendo o “melhor da crise”, pois, quando a Bolsa se recupera, eles têm a oportunidade de venderem as ações e embolsarem o lucro – isso se quiserem, claro.
Se você fizer o que todo mundo faz, obterá os mesmos resultados que todo mundo obtém.
Dito de outra maneira, para o mercado de ações:
Se você comprar quando todo mundo compra, venderá quando todo mundo vende, e o resultado é certo: prejuízo.
Logo, para se destacar da multidão e se destacar, é preciso agir de modo diferente, ou seja:
Comprar quando todo mundo quer vender, e vender quando todo mundo quer comprar. Esse é um dos segredos do bom investimento em Bolsa
Mas a venda momentânea é opcional. Também é possível ficar com as ações durante um tempo maior, tirar proveito dos dividendos para comprar mais ações, e só vendê-las depois de 10, 20 ou 30 anos, quando elas tiverem se valorizado extraordinariamente.
Temos ouvido e lido muito ultimamente notícias alardeando que parece que o “pior da crise já passou”. Essa afirmação é feita a partir de um determinado ângulo, daqueles que estavam com investimentos em Bolsa e precisavam resgatar seus recursos justamente na época de maior turbulência, daqueles que viram os lucros das empresas caírem, os pedidos para a indústria recuarem, o nível de inadimplência aumentar etc. O pico da crise, que aparentemente ocorreu entre o terceiro trimestre do ano passado e o primeiro trimestre desse ano, apresentou números bastante desanimadores em praticamente todas as economias do mundo, incluindo quedas sucessivas de PIB e dos níveis de atividade industrial em diversos países, incluindo o Brasil.
Quem investe em Bolsa, e particularmente na Bovespa, sabe que oportunidades não faltaram entre outubro de 2008 e janeiro de 2009. Quando a Bolsa estava oscilando na faixa dos 30 a 40 mil pontos, e apresentava sucessivos circuit breakers, poucos eram os que se mantiveram firmes na estratégia de acumular ações – a maioria preferiu vender. Esse período foi um verdadeiro campo de testes para os investidores, e aqueles que foram pacientes, persistentes e disciplinados conseguiram suas recompensas, pois nos últimos meses o IBovespa conseguiu sucessivas escaladas, chegando até a superar a marca dos 50 mil pontos.
Nos últimos dias, no entanto, vimos uma queda no preço das ações. A Bolsa tá “teimando” em voltar para a faixa dos 40 a 50 mil pontos, o que sinaliza uma esperança, sobretudo para os investidores de longo prazo (5 anos ou mais) para conseguirem baixar ainda mais o preço médio de suas ações. Quanto mais os preços das ações recuarem, maior será o lucro futuro desses investidores, pois, quando a recuperação vier (e ela costuma vir a galope, quando menos se espera), aqueles que se mantiveram firmes em suas estratégias de construção de patrimônio de forma lenta e gradual serão recompensados por uma ótima valorização de suas ações quando a economia retomar seu crescimento.
Ou seja, apesar de o melhor da crise ter passado, ainda há esperança!
É isto aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
hotmar, bela matéria!
É igual aquele ditado: Japonês quando tem chuva ao invés de reclamar, ele vende guarda-chuva. Ele aproveita a oportunidade enquanto todos reclamam.
Grandes abraços.
Luis Otávio.
@Luis Otávio
Luis Otávio, valeu pelo suporte! De fato, o provérbio citado por vc se encaixa bem dentro daquilo que quero transmitir: às vezes é preciso fazer uma leitura diferente dos fatos para termos uma atitude positiva!
É isto aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
Estamos novamente vivendo o melhor da crise… é aproveitar as oportunidades!!! Nova fase de liquidação na bolsa de valores… para quem investe visando o longo prazo, não há época melhor…
Concordo, IR!