Minha mãe disse certa vez uma frase simples, mas carregada de sabedoria:
Tudo o que é excessivo faz mal.
Essa frase é cheia de verdades no campo das finanças pessoais.
Por exemplo: gastadores versus “pão-duros”. Os gastadores tendem a consumir mais do que seus rendimentos permitem. Por isso, quase sempre utilizam o serviço de cheque especial, vivem endividados, muitas vezes têm problemas no SPC/Serasa etc. Já os rotulados de “pão-duros”, ou excessivamente poupadores, apresentam características diametralmente opostas: tendem a não consumir quase nada, se privando de coisas que, muitas vezes, podem fazer falta no futuro, e sobre as quais eles podem se arrepender no futuro.
No ramo dos investimentos, a situação se repete. Há aqueles que preferem aplicar todas as suas economias em cadernetas de poupança, ou até mesmo guardar o dinheiro em casa, “debaixo do colchão”, como se diz; e já há outros que fazem exatamente o contrário: são extremamente agressivos, aplicando todas as suas economias em investimentos de risco, como o mercado de Bolsa, câmbio e derivativos, ou então, concentram a maior parte de seus investimentos em um único segmento, como imóveis, ou títulos públicos etc.
A solução para evitar o excesso se resume, basicamente, a uma palavra: EQUILÍBRIO. Ora, de que adianta gastar todo o salário se, no final de uma vida inteira de trabalho, não sobrar nem o básico para se sustentar? Ou, vale a pena poupar a vida inteira para chegar lá na frente e concluir que, se tivesse gastado com equilíbrio, poderia ter usufruído de pequenos prazeres sem se privar dos investimentos necessários para uma aposentadoria?
Em investimentos, a coisa se repete: não é recomendável guardar todas as sobras do salário em cadernetas de poupança, nem muito menos em dinheiro “vivo” em casa, para o dinheiro não ser corroído pela inflação e também para não perder a rentabilidade superior oferecida por fundos de investimentos, ainda que conservadores. Tampouco é saudável concentrar todos os seus investimentos em Bolsa: pode vir uma crise a abocanhar todo o seu patrimônio. Uma carteira de investimentos balanceada e diversificada é um importante instrumento para ter uma vida financeira igualmente equilibrada e segura.
Dessa maneira, poupar e investir para o futuro é importante, mas não se esqueça que o futuro nada mais é do que a soma de pequenos presentes, e, como você vive no presente, e não no futuro, consumir faz parte da vida, desde que, como afirmamos no começo desse artigo, ele não seja feito de modo excessivo, a prejudicar suas finanças pessoais.
É isto aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
Muito bacana este post, parabéns Guilherme
Obrigado, Guiga!