Você já parou para pensar que, atualmente, as pessoas estão perdendo cada vez mais controle sobre a atenção delas?
Repare: quando você abre o seu Instagram para ver uma notificação ou ver se alguém publicou um post qualquer, você dificilmente para na primeira postagem. Você rola a sua timeline para a segunda postagem. Não satisfeito, rola mais um pouquinho para ver qual será o terceiro post. Se for um vídeo, você assiste até o final. E continua na quarta. Se essa quarta postagem tiver 21.538 comentários, você não resiste e abre o post, só para ler o comentário que teve mais curtidas – certamente é o mais engraçado. E volta para a tela principal do app para ver a quinta postagem.
Se bobear, uma tarefa que levaria menos de 15 segundos se arrastará por uma infinidade de 2 horas, 23 minutos e 42 segundos… e pá! Sua atenção, sua energia e seu foco foram completamente sequestrados por terceiros que não se importam com sua vida, não sabem o que você faz, não querem saber do que você precisa… mas que se garantiram com mais um like, mais um comentário, mais alguns preciosos minutos de sua atenção e concentração. E você esqueceu completamente o motivo de ter aberto o app…
Essa é uma situação mais comum do que se imagina. Observe: ande numa rua qualquer de uma cidade qualquer e você verá dezenas de pessoas zumbis, caminhando, andando e prestando atenção mais aos seus celulares do que ao próprio ato de caminhar. Mas não é só no andar a pé: muitos acidentes de trânsito são causados por completa desatenção dos motoristas, que dividem a sua atenção entre o celular e a direção.
Mas o foco do texto de hoje não é somente sobre celular: é sobre merecimento. É sobre prioridades. Para quem você está dando sua preciosa atenção? Essa pessoa – ou objeto ou evento – de fato é digna de receber toda a atenção que você devota a ela?
Digamos que você gaste 2 horas diárias em frente à televisão – e essa é realmente tem sido a média diária da população brasileira nos últimos tempos (link). Digamos mais: que essas duas horas diárias sejam com telejornais e seriados no Netflix. Será que eles merecem ocupar tanto tempo assim de seu tempo?
Como eu disse no título desse post, cada pessoa, objeto ou evento tem que batalhar arduamente para conquistar o direito de receber sua atenção. Sua atenção é mais valiosa do que você imagina, pois é através dela que você direciona suas ações e comportamentos – e muitas vezes o destino de seu dinheiro, o destino de suas emoções e o destino de sua saúde.
Mas você é mais importante do que tudo isso. Muitas pessoas perdem dinheiro, arruinam suas emoções e adquirem inúmeras doenças justamente por não se atentarem para esse fato. Preferem, ainda que inconscientemente, gastar duas horas deitado no sofá assistindo uma porcaria qualquer, do que gastar meia hora fazendo exercícios físicos aeróbicos ou de resistência que beneficiariam imensamente a sua saúde. Sair da zona de conforto é muito difícil, e mais vale rolar um Twitter (ops! X agora) durante 30 minutos do que gastar o mesmo tempo lendo um bom livro que ampliaria sua linguagem, refinaria seu raciocínio, expandiria seu vocabulário e melhoraria sua capacidade de pensar.
Se você se diz ou quer ser o dono de sua própria vida, você tem que executar comportamentos que sejam coerentes com seus valores. E um desses comportamentos decisivos para dar uma guinada definitiva, e para muito melhor, em sua vida é escolher, de forma consciente, deliberada e intencional, quais pessoas, quais objetos e quais eventos são merecedores de sua valiosa atenção.
E, se você chegou até esse parágrafo do texto (cujo item de “Conclusão” foi omitido de forma intencional), então é porque esse texto, esse singelo texto, venceu a batalha de conquistar o direito de receber a sua atenção. Faça o mesmo com as demais coisas que atraem – ou podem atrair – a sua atenção: aja e viva de maneira intencional, sendo seletivo em suas escolhas, exercendo controle sobre o quê ou quem merece receber sua atenção, e você sentirá um salto inacreditável de qualidade em seu próprio modo de viver a vida. 😉
Só li verdades.
Um direto no meio do rosto.
Obrigado, Leonardo!
Verdade nua e crua!
Valeu, Claudinei!
Um post sensacional!
Chegamos em uma época tão estranha na qual o óbvio precisa ser dito. Mas não apenas isso. Precisa ser lembrado, relembrado e relembrado.
Agradeço por me lembrar de tudo isso. 🙂
Muito obrigado, Rosana!
De fato, precisamos periodicamente revisar esses conceitos, colocando-os em prática e, assim, inserirmos tais ideias em nossa memória de longo prazo. 🙂