Os cuidados preventivos para a manutenção da saúde deveriam fazer parte dos currículos das escolas.
Mas não são.
As aulas de educação física deveriam funcionar como um mecanismo para introduzir conceitos relacionados à importância do movimento para a saúde, mas não são.
Dessa forma, muitas pessoas só acabam dando conta da relevância do exercício físico – como ingrediente vital para a boa qualidade de vida – depois que ocorre, se desenvolve e se consolida uma doença.
Porém, no mundo contemporâneo onde as pessoas conseguem arranjar tempo para passar duas horas por dia em frente da televisão e outras quatro horas diárias na tela do smartphone, é muito difícil convencê-las a gastar meia hora, três vezes por semana, para a prática de atividades físicas.
A falta de disciplina no movimentar-se acaba cobrando sua conta na forma de osteoporoses, diabetes, doenças cardiovasculares e tantas outras, mais cedo ou mais tarde.
Qual é a boa notícia, aqui?
É que a prática de exercícios físicos não precisa ser feitas ocupando demasiadamente suas já repletas agendas cheias de compromisso.
Na verdade, poucos minutos por dia, a cada dois dias, já podem operar efeitos substanciais na sua saúde, seja na prevenção de problemas de saúde, seja na mais rápida recuperação de doenças.
Em outros termos: consistência e frequência são muito mais importantes que intensidade.
Essa frase foi escrita pelo Andrew Huberman, especialista em neurociências, cujo trabalho já foi mencionado aqui no blog anteriormente (link), no contexto de uma newsletter sobre os exercícios de alongamento.
Disse ele:
“Wyon et al. showed that “microstretching” (defined for the study as 30-40%, where 100% would be slightly painful) is more effective than increasing the intensity of a stretch. So, whatever stretching routine you adopt, know that you do not need to push your limbs/joints to a point where you feel pain. Consistency and frequencywill pay dividends for long-term flexibility — not intensity! Most people will also be pleased to learn that an effective stretching protocol can take as little as 5 minutes per day.”
Numa tradução livre:
“Wyon et ai . mostraram que o “microalongamento” (definido para o estudo como 30-40%, onde 100% seria levemente doloroso) é mais eficaz do que aumentar a intensidade de um alongamento. Portanto, seja qual for a rotina de alongamento que você adotar, saiba que não precisa forçar seus membros/articulações a ponto de sentir dor. A consistência e a frequência pagarão dividendos pela flexibilidade de longo prazo – não pela intensidade! A maioria das pessoas também ficará satisfeita em saber que um protocolo de alongamento eficaz pode levar apenas 5 minutos por dia.”
Conclusão
A construção de uma saúde de ferro passa muito mais pela sua capacidade de estabelecer rotinas sustentáveis a longo prazo, do que propriamente por momentos de alta intensidade que ocorrem durante curtos períodos de tempo, seguidos de muitos períodos sem se exercitar.
Lembre-se: o que definirá a manutenção de sua boa saúde são as práticas que você consegue estabelecer de uma forma duradoura. Mais vale ser constante e progressivo, do que inconstante, mas intensivo.
Guilherme,
Em uma rotina cada vez mais atarefada, nada melhor do que pararmos alguns minutos por dia para fazer atividade física. Isso faz uma grande diferença com o tempo.
Bem lembrado: frequência é mais importante do que a intensidade. A questão é arrumar ânimo para fazer exercício todo dia… rsrsrs
Abraços,
rsrsrsrs
Verdade, Rosana.
Nesse ponto, ter e cultivar a disciplina é essencial para conseguirmos cumprir com o nosso calendário.
Abraços!