• Skip to main content
  • Skip to primary sidebar

Valores Reais

Fazendo Famílias Felizes!

[Estou lendo] A morte é um dia que vale a pena viver, de Ana Cláudia Quintana Arantes

24 de abril de 2023 by Guilherme 2 Comments

Sejamos francos: a morte é um assunto tabu. Mais difícil até do que falar sobre finanças, ninguém gosta de conversar sobre a morte.

Mas é um assunto que precisa ser enfrentado, até por conta dos reflexos financeiros que isso causa, como abordamos num post publicado em fevereiro de 2012: [Guest post] Morri! E agora? Os reflexos financeiros que vão restar quando você se for!.

Estou no momento lendo o livro de Ana Cláudia Quintana Arantes, intitulado: A morte é um dia que vale a pena viver.

Eis a sua sinopse:

“Sobre a arte de ganhar existem muitas lições, mas e sobre a arte de perder? Ninguém quer falar a respeito disso, mas a verdade é que passamos muito tempo da vida em grande sofrimento quando perdemos bens, pessoas, realidades, sonhos.

Saber perder é a arte de quem conseguiu viver plenamente o que ganhou um dia.

Em 2012, Ana Claudia Quintana Arantes deu uma palestra ao TED que rapidamente viralizou, ultrapassando a marca de 1,7 milhão de visualizações. A última fala do vídeo, “A morte é um dia que vale a pena viver”, se tornou o título do livro que, desde seu lançamento em 2016, vem conquistando um público cada vez maior.

Uma das maiores referências sobre Cuidados Paliativos no Brasil, a autora aborda o tema da finitude sob um ângulo surpreendente. Segundo ela, o que deveria nos assustar não é a morte em si, mas a possibilidade de chegarmos ao fim da vida sem aproveitá-la, de não usarmos nosso tempo da maneira que gostaríamos.

Invertendo a perspectiva do senso comum, somos levados a repensar nossa própria existência e a oferecer às pessoas ao re dor a oportunidade de viverem bem até o dia de sua partida. Em vez de medo e angústia, devemos aceitar nossa essência para que o fim seja apenas o término natural de uma caminhada.

Completamente revista e ampliada, esta edição é uma bela ode à vida e à humanidade”.

Destaco abaixo um trecho do livro onde ela narra um episódio (peça de teatro), ocorrido em março de 2006, que “girou a chavinha” da mente dela para sempre, nessa área de cuidados paliativos, mas cuja essência pode se aplicar a qualquer pessoa.

Confiram (p. 48, sem destaque no original)!

……………………….

“‘Uma mãe levou o filho até Mahatma Gandhi e implorou-lhe:

– Por favor, Mahatma, diga a meu filho para não comer mais açúcar….

Depois de uma pausa, Gandhi pediu à mãe:

– Traga seu filho de volta daqui a duas semanas.

Duas semanas depois, ela voltou com o filho.

Gandhi olhou bem no fundo dos olhos do garoto e lhe disse:

– Não coma açúcar…

Agradecida, porém perplexa, a mulher pergntou:

– Por que me pediu duas semanas? Podia ter dito a mesma coisa a ele antes!

E Gandhi respondeu-lhe:

– Há duas semanas, eu estava comendo açúcar’.

……

A peça termina, e eu não consigo aplaudir. Fico em pé, olhando Gandhi com minha alma nua. Uma epifania, definitivamente, uma epifania. Em poucos instantes, eu compreendi o que estava para ser o grande passo da minha carreira, da minha vida.

Naquele dia, eu me dei conta de que a maior resposta que eu procurava havia chegado: todo o trabalho de cuidar das pessoas na sua integralidade humana só poderia fazer sentido se, em primeiro lugar, eu me dedicasse a cuidar de mim mesma e da minha vida.

Me lembrei dos meus tempos de carola.

Me lembrei de um ensinamento importante de Jesus: ‘amai o próximo como a ti mesmo’.”

Conclusão

Para cuidar dos outros, é preciso que você se cuide antes. E a pergunta que te faço é: você está cuidando de você mesmo tão bem quanto poderia? Ou você está se maltratando?

Você obrigaria alguém a dormir apenas 4 horas por noite? Então por quê você está se privando do sono?

Você cuida de sua alimentação? Você faz atividades físicas regularmente? Você deixa espaços em sua agenda para a família, para o lazer, para o ócio?

Se você não se cuidar, ninguém o fará por você. É uma responsabilidade integralmente sua.

Se você não se cuidar, você não terá condições emocionais de oferecer a outras pessoas o melhor que há dentro de você como ser humano.

Como disse a Ana Arantes em outra passagem do livro dela: “preciso oferecer o melhor do meu conhecimento técnico junto com o melhor que tenho dentro de mim como ser humano” (p. 56).

Print Friendly, PDF & Email

Filed Under: Valores Reais Tagged With: Morte, Significado, Vida

Reader Interactions

Comments

  1. Djalma Ribeiro Rodrigues says

    24 de abril de 2023 at 5:15

    Estou aposentado há 10 anos, o ócio ainda tenho dificuldade de pratica-lo em sua plenitude, sentar em um banco de uma praça e ficar sem fazer absolutamente nada, tenho sentimento de culpa.

    Responder
    • Guilherme says

      19 de maio de 2023 at 21:06

      Força, Djalma!

      Responder

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Primary Sidebar

Comentários recentes

  • Rafa em Para saber se alguma coisa é essencial para sua vida, use os testes da adição e da subtração
  • Paulo em Para saber se alguma coisa é essencial para sua vida, use os testes da adição e da subtração
  • FRANCISCO CARLOS SANTOS em [Guest post] Enfrente as dores para poder evoluir
  • Claudinei Fernandes em Parabéns, blog Valores Reais!!! Feliz aniversário de 14 anos de vida!
  • Rafa em Satisfação em relação ao passado: exercite mais a gratidão e o perdão
  • Anônimo em Parabéns, blog Valores Reais!!! Feliz aniversário de 14 anos de vida!
  • Bilionário do zero em Parabéns, blog Valores Reais!!! Feliz aniversário de 14 anos de vida!

Páginas

  • Arquivos
    • Resenhas
    • Top 50
  • Sobre
    • Assine
    • Condições de uso
  • Contato
  • Links

Curta nossa página no Facebook!

Licença de uso

Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

Estatísticas

Copyright © 2023 · Magazine Pro on Genesis Framework · WordPress · Log in

 

Carregando comentários...