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Valores Reais

Fazendo Famílias Felizes!

Abrace seus limites

30 de maio de 2022 by Guilherme 5 Comments

Sejamos francos: como conseguir fazer todas as coisas que nos vêm à mente se nossos recursos de atenção, de energia e principalmente de tempo são limitados?

Esse é um dos grandes paradoxos da vida moderna: temos acesso fácil a praticamente qualquer coisa, e isso nos move na direção de sempre querermos mais, de fazermos mais, de sermos mais… porém, nós somos seres humanos extremamente limitados, no espaço e no tempo.

O resultado de uma busca desenfreada pelo grau máximo de produtividade e de realização – como se isso fosse o grande elixir para a vida – pode muitas vezes resultar no oposto dos sentimentos de felicidade e prazer: pode resultar em mais estresse, mais desgaste, mais fadiga e mais tristeza.

Veja, por exemplo, aquelas pessoas que querem viajar e conhecer todos os “sei lá” quantos países do mundo. Nada contra tais metas, mas… será que cumprir esse desiderato vai torná-las mais felizes e mais realizadas?

No campo dos exercícios físicos e da aparência, vemos pessoas cada vez mais perdidas em busca do famigerado “corpo perfeito”: gastam-se toneladas de dinheiro e incontáveis horas em academias, tratamentos estéticos etc…. mas a troco de quê? 

No trabalho, o lema é “como produzir mais e melhor”. Em muitas profissões, o que governam os resultados são apenas números: metas, projeções, lucros etc. O aspecto qualitativo ficou, muitas vezes, em segundo plano.

Em resumo, o problema parece ser esse: como lidar com demandas e possibilidades infinitas num mundo onde você é, por definição, finito?

Abrace seus limites.

Uma das soluções possíveis para poder viver uma vida mais serena e menos pressionada pela necessidade de ser mais produtivo está aí, no título desse tópico: abrace seus limites.

Li essa ideia ao buscar informações sobre o livro Quatro mil semanas: Gestão de tempo para mortais, de Oliver Burkeman (link).

Ainda não li o livro, mas assisti algumas resenhas no YouTube sobre ele, e uma das ideias defendidas no livro é justamente essa: reconheça suas limitações.

Reconhecer que você não será capaz de conseguir tudo o que lhe vier à mente não deve ser motivo de tristeza, mas sim de alívio e de contentamento.

Mas, mais do que isso, Burkeman utiliza esse princípio – de abraçar suas limitações – como uma espécie de vetor, de diretriz, para que, a partir dela, você experimente o poder libertador que é não precisar agir para ser o máximo em produtividade a todo instante.

Quando você toma a decisão por fazer alguma coisa, pode ter a certeza de que estará abrindo mão de todas as outras coisas.

E isso não é ruim. Pelo contrário: saber que você elegeu certas prioridades lhe dará mais condições de aproveitar o momento, saborear a experiência, curtir a sua prioridade.

Eis um trecho da resenha oficial:

“Quatro mil semanas é uma reflexão inspiradora e realista sobre o caminho alternativo de abraçar seus limites: voltar à realidade, desafiando as pressões culturais para tentar o impossível e, em vez disso, começar com o que é possível. É sobre fazer o que é realmente significativo em nosso trabalho e em nossas vidas, no entendimento claro de que não haverá tempo para tudo, e que nunca eliminaremos as incertezas.

Burkeman discute por que o desafio central da gestão do tempo não é se tornar mais eficiente, mas decidir o que negligenciar; por que, em um mundo acelerado, a paciência ― deixar as coisas levarem o tempo que levam ― é um superpoder; e por que, em condições de escolhas ilimitadas, preferimos fechar as portas a manter as opções em aberto. Ele reflete também sobre como resistir à sedutora atração das indústrias que prometem facilitar nossa vida, quando, na verdade, a pioram; como redescobrir os benefícios de rituais comunitários; por que é tão difícil “estar aqui e agora”, entre outros”.

Conclusão

Quando você reconhece que não pode fazer tudo o que pensa, ou tudo o que lhe pedem, você passa a agir deliberadamente fazendo escolhas mais conscientes, eliminando opções que não fariam sentido em sua vida.

Muito mais do que isso, Burkeman defende – e nesse ponto ele “rema contra a maré” dos gurus de autoajuda – que não há problema algum em realizar algumas tarefas sem dar 100% de seu potencial.

Isto é, algumas atividades podem ser realizadas perfeitamente no modo “standard”, digamos, com 80% do nível ótimo de capacidade, que já estarão cumprindo seu papel. Por exemplo: tarefas domésticas, controle de contas, o modo como você seleciona seus investimentos etc.

Não é preciso ser especialista em cada coisa que você fizer: às vezes, fazer o básico já será suficiente.

Abrace seus limites. Reconheça suas imperfeições. Faça apenas o que é humanamente possível.

Não tem problema você não conseguir dar 100% de si 100% do tempo. O problema é você viver numa espiral de angústia e estresse por não conseguir dar conta de todas as demandas ilimitadas da vida. 😉

 

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Filed Under: Ferramentas Tagged With: Gestão de tempo

Reader Interactions

Comments

  1. Simplicidade e Harmonia says

    31 de maio de 2022 at 10:06

    Guilherme,

    Precisamos aprender a nos cobrar menos e a priorizar o que é mais importante. Ainda mais em um mundo no qual as distrações e ilusões estão cada vez mais presentes em nossas vidas.

    Seu post me fez repensar em alguns aspectos da minha vida. Agradeço por compartilhar!

    Responder
    • Guilherme says

      5 de junho de 2022 at 21:47

      Excelente, Rosana.

      Uma auto cobrança interna menos rígida é bem vinda também, nesse mundo que já nos cobra tanto.

      Obrigado!

      Responder
  2. Gracia Nakakura says

    10 de junho de 2022 at 17:39

    gostei da feflexão

    Responder
    • Guilherme says

      11 de junho de 2022 at 15:57

      Grato, Gracia!

      Responder
  3. Aposente Cedo says

    15 de julho de 2022 at 14:06

    Gostei bastante da reflexão e concordo com boa parte dela. Acho que temos, em alguns momentos da vida, que darmos 100% em tudo para que possamos aprender quais são nossos limites e quais processos nossos esforços máximos desencadeiam. Só após esse autoconhecimento, que pode levar, anos, que julgo mais adequado atividades propositais no modo standart.
    Curioso é que estava pesquisando sobre o livro e encontrei esse seu post!
    Abraço

    Responder

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