Semana passada, o amigo Valdemar publicou uma notícia no Bolso da Bombacha, repercutindo a matéria veiculada no Estado de S. Paulo, sobre um terrível caso de má gestão de recursos de aposentadoria, envolvendo os fundos de pensão da Caixa e dos Correios.
Pra resumir a história em uma única frase: os aposentados estão tendo que arcar com os erros dos outros.
Isso mesmo.
Em razão dos desvios na administração dos recursos oriundos das contribuições previdenciárias dos trabalhadores da ativa, desvios esses que estão sendo investigados nas três esferas de Poder – inclusive na Lava Jato -, os aposentados estão pagando uma contribuição mensal adicional para continuarem recebendo regularmente suas aposentadorias.
À primeira vista, soaria inimaginável uma situação dessas. Pense você contribuindo por 35 anos (ou mais) para ter o direito de se aposentar com proventos de, digamos, R$ 5 mil, e, lá na frente, em 2052, quando finalmente estiver aposentado, descobrir que terá que pagar uma espécie de “taxa de erros de gestão financeira dos investimentos”, a fim de poder continuar recebendo esses mesmos proventos.
Leiam a história da aposentada Maria Augusta dos Santos, aposentada da CEF:
Era 1953, quando, aos 23 anos, Maria Augusta dos Santos começou a trabalhar na área administrativa da Caixa Econômica. Trinta anos depois, ela deixou o banco com uma aposentadoria de R$ 3.564, em valores atualizados. Agora, aos 86 anos, teve uma redução no seu salário: o contracheque vem com um desconto de R$ 99,90 – valor que, a partir deste mês, aumentará para R$ 379,20. Maria Augusta é uma das centenas de milhares de aposentados que estão pagando a conta por casos de má gestão e desvios em fundos de previdência complementar.
Assim como ela, cerca de 142 mil funcionários e aposentados da Caixa e dos Correios sofrem descontos mensais para cobrir rombos dos fundos Funcef e Postalis, respectivamente. O número dos que terão de arcar com o prejuízo de fundos de pensão ficará ainda maior, já que cerca de 77 mil trabalhadores da Petrobras foram notificados de que, até o fim do ano, também passarão a contribuir para a redução do déficit de R$ 26,8 bilhões de um dos planos da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros).
“Não tenho culpa que houve roubo (no fundo)”, diz Maria Augusta. “Agora, estão descontando de mim. Tenho 86 anos, estou bastante doente e há mês em que gasto mais de R$ 1 mil com remédios”, afirma a aposentada, que também recebe benefício do INSS.
Sobrinha de Maria Augusta, Selma de Medeiros, 64 anos, também é aposentada da Caixa. É ela quem leva as informações sobre os cortes nos salários para a tia. “Pode ser que parte desse déficit seja conjuntural, sabemos que o mercado passou por uma situação atípica. Mas, quando se vê que fundos privados não tiveram prejuízos como o nosso, percebe-se que há algo errado”, diz.
O pior não é nem saber que você terá que pagar para cobrir os erros de terceiros, mas sim pagar cada vez mais:
“O receio dos trabalhadores é que os descontos têm crescido. Até junho, a Funcef descontava 2,78% dos participantes do plano com prejuízo. A parcela cobria o déficit de 2014. Agora, para equacionar o déficit de 2015, esse número subirá para 10,64%. Até dezembro, o fundo deverá apresentar uma proposta para o prejuízo de R$ 6 bilhões de 2016. “Imagina aonde devem chegar esses descontos, que estão programados para serem feitos por 17 anos”, indaga Selma”.
O que fazer para minimizar os riscos?
Todos sabemos que, em se tratando de aposentadoria, é arriscado demais confiar em apenas uma fonte de renda – a aposentadoria pelo RGPS/RPPS – ainda mais sabendo que virá por aí a Reforma da Previdência que tende a piorar ainda mais o já tormentoso quadro das aposentadorias pagas com recursos públicos.
Para minimizar os riscos, então, você deve criar uma vida diligente. E criar uma vida diligente passa necessariamente pela atuação em 3 planos distintos: o ofensivo, o defensivo e o ativo/coordenativo. Vamos abordar abaixo cada um desses planos.
O plano ofensivo trata dos investimentos. Você deve saber alguma coisa sobre investimentos, mais precisamente, sobre como criar fontes de renda passivas.
Em um artigo publicado em setembro de 2014, intitulado Construa (e turbine) sua aposentadoria financeira com esses 8 diferentes ativos geradores de renda, nós destacamos algumas possibilidades nesse sentido, mas muitas outras podem ser acrescentadas, tais como rendimentos derivados de aplicações financeiras no exterior, e rendimentos derivados de negócio próprio.
Estudar sobre investimentos é, portanto, indispensável se você quiser não depender tanto dos rendimentos oriundos do Regime Geral de Previdência Social ou dos fundos de pensão.
É evidente que estudar sobre investimentos não significa ficar olhando todo o dia se a Bolsa subiu ou desceu, mas sim estruturar e manter em funcionamento um plano financeiro mais adequado às suas específicas necessidades.
Investidores mais velhos gostam de complementar o valor das aposentadorias com rendimentos oriundos de aluguéis de imóveis residenciais e comerciais. Os que investiram no mercado de ações conseguem complementar os rendimentos com dividendos recebidos de ações adquiridas (e mantidas até hoje) na Bolsa de Valores.
Já muitos investidores mais novos têm optado por construir uma carteira de ativos, geradores de renda, oriundos de fundos imobiliários, juros do Tesouro Direto e de papéis privados de renda fixa, como juros de debêntures incentivadas de infraestrutura.
Não importa a fonte, importa mesmo que você a tenha, como bem disse o amigo Valdemar:
Quando se investe para ter uma aposentadoria digna além do INSS, é preciso diversificar em produtos financeiros, além do Fundo de Pensão (se o vivente trabalhar numa empresa que tem o seu próprio fundo).
O plano defensivo trata do estilo de vida.
Se você está acostumado a ganhar R$ 7 mil enquanto trabalha, obviamente não pode se dar ao luxo de gastar uma média de R$ 8 mil todo mês, ainda mais sabendo que a aposentadoria virá no valor mensal de R$ 5 mil.
Se gastar menos do que se ganha é fundamental enquanto se está com saúde e trabalhando, é ainda mais indispensável quando você se aposentar, uma vez que você não poderá mais contar com o trabalho para aumentar sua renda.
A partir de sua aposentadoria, sua renda será limitada pelo valor líquido de seus proventos, e mais as fontes de renda passiva que criou ao longo de sua jornada como investidor. Logo, se você não adotou um estilo de vida mais frugal e mais controlado no decorrer de sua vida de trabalhador ativo, terá muitas dificuldades de criar esse mesmo estilo de vida ao se aposentar.
Em outras palavras: quanto mais cedo você mentalizar a importância de uma vida mais simples e menos apegada às coisas materiais, em melhores condições você estará de viver uma aposentadoria com menos sustos e sobressaltos.
Inflacionar o padrão de vida à medida que o salário aumenta (a famosa teoria do gás do Prof. Money) pode até não resultar em prejuízos no curto prazo, mas inflacionar o padrão de vida a partir do momento em que você se aposenta é assumir um forte risco de depender para o resto da vida de filhos, da assistência estatal e de terceiros.
Há várias maneiras e estratégias que você já pode ir pensando desde já sobre como viver a vida de aposentado.
Você pode, por exemplo, estipular como uma meta para a aposentadoria não depender tanto de carro. Imagine o caminhão de dinheiro que você irá economizar ao não gastar tanto dinheiro com esse sofá motorizado.
Muitas pessoas preferem se mudar para cidades menores justamente tendo em mente, dentre seus objetivos principais, encurtar distâncias, diminuir o custos mensais, e aumentar a qualidade de vida. Para muitas dessas pessoas, aumentar a qualidade de vida significa, sim, gastar menos tempo no trânsito, enfurnado dentro de um carro.
Estilo de vida tem a ver também, é claro, com a saúde. Fumar 2 maços de cigarro por dia vai deixar seus pulmões parecidos com os de Usain Bolt? Tomar 1 litro de Coca-Cola por dia vai deixar seu intestino delgado tinindo quando você chegar aos 70?
Adote um estilo de vida não apenas desapegado, mas acima de tudo inteligente, e que leve em conta também o seu capital não apenas financeiro, mas também a conservação e a proteção de seus recursos físicos, emocionais e espirituais.
Finalmente, como último item para criar uma vida diligente, e não ter sobressaltos quando chegar a aposentadoria, temos a criação de um plano ativo/coordenativo. Que significa isso?
Simples: valorize seu trabalho. Não desperdice as oportunidades. Trabalhe forte e trabalhe com foco, dedicação e empenho, para ganhar bem e diminuir as chances de depender de uma única fonte de renda no futuro.
Como a leitora Vânia disse certa vez, estamos vivendo a “economia do prazer”, onde muitas pessoas querem largar o trabalho pra viver a vida viajando.
O trabalho precisa ser revalorizado e ressignificado em nossa sociedade. Aliás, foi através do trabalho de alguém, que inventou o computador, a Internet, o celular e o tablet, que você chegou a esse artigo. Além disso, provavelmente você está lendo esse artigo sentado numa cadeira, que foi também produto do trabalho de alguma pessoa.
É o trabalho que coordena todas as peças dessa vida diligente: você trabalha, ganha dinheiro, e, com esse dinheiro: (a) investe para a sua aposentadoria, criando novas rendas passivas (atuação no plano ofensivo), e (b) gasta para cobrir suas necessidades presentes (plano defensivo). Como acertadamente disse o Frugal Simples:
“E vamos trabalhar que ainda temos seis meses em 2017 pra ganhar dinheiro, investir e começar um 2018 de forma fenomenal. Dinheiro se ganha TRABALHANDO”.
Sem trabalho não há dinheiro, e sem dinheiro não há aposentadoria. Portanto, enquanto você tiver com saúde, trabalhe, crie valor para a sociedade, para os outros, e inspire os que estão à sua volta que é possível ganhar a vida de forma honesta, com dedicação e empenho. Pare de ficar olhando o WhatsApp a cada 3 minutos de trabalho. Não fique alternando, no seu computador do trabalho, a janela do trabalho com a janela do UOL. Tudo isso faz você perder a concentração, fazendo com que você demore mais tempo para executar a mesma tarefa.
Conclusão
Você leu esse artigo até aqui, cobrindo mais de 1.400 palavras, não à toa.
Você o leu porque quer aprender alguma coisa, e é de minha total responsabilidade fazer com que esse tempo gasto até aqui seja bem empregado, afinal, você fez uma doação de seu tempo e de seus recursos de atenção cognitiva.
O artigo de hoje, através do exemplo concreto da Sra. Maria Augusta, retrata uma realidade que pode ser a sua no futuro: gastar seu dinheiro pagando pelos erros dos outros. Para evitar que esse futuro não se torne uma realidade, ou melhor, para minimizar os efeitos de uma situação dessas, a dica é: seja diligente.
Seja diligente no estilo de vida: não acredite que você terá aumento todo ano, não acredite que o governo irá garantir o cálculo da aposentadoria, da sua aposentadoria no futuro, com as mesmas regras atualmente vigentes. Adote um estilo de vida que você dependa menos de dinheiro, e cujos recursos físicos, emocionais e espirituais também estejam devidamente “abastecidos”.
Seja diligente nos investimentos: não desperdice a oportunidade de aprender mais sobre finanças. Estude e gaste seu precioso tempo procurando meios e formas de melhor rentabilizar seus investimentos. Conquistar 1% a mais de rentabilidade todo ano em seus investimentos irá fazer uma diferença brutal em seu patrimônio financeiro ao final de 10, 20 ou 30 anos.
Finalmente, seja diligente enquanto você está vivo, com saúde e em plena idade produtiva: trabalhe forte. Crie valor com suas habilidades. Seja cada vez melhor naquilo que você faz, pois, quanto melhor você for capaz de fazer, mais difícil será para seu concorrente replicar aquilo que você faz, tornando seu trabalho mais valorizado e mais valioso e, consequentemente, mais bem pago. 😉
Concordo quando você diz que devemos trabalhar muito sempre, principalmente enquanto temos saúde. Mas acho importante também, ver por outro lado. Por exemplo, sou professora, não trabalho em escolas por opção, já que é quase impraticável dar aula em escolas hoje em dia. São mais de 50 pessoas na sala e isso se torna muito estressante. Como prezo primeiro pela minha saúde, dou aula apenas em cursos de inglês. Mas é de conhecimento geral que professores não ganham bem no nosso país. Ganham menos em cursos, já que estes empregam assinando instrutor na carteira pra não ter que pagar o teto de um professor normal. Tendo em mente isso, tenho medo pelo meu futuro. Há alguns anos fui mandada embora quando eu mais precisava do meu emprego. Recebi uma restituição que até hoje não usei, por medo de que algum dia me falte dinheiro novamente. Sei que é um bom hábito o.fato de eu não ter gasto esse dinheiro, mas a minha pergunta é “e quanto ao dinheiro que tenho que gastar todos os meses?” Gostaria que você falasse mais sobre renda passiva. Algo que seja extra para pessoas que como eu já tem o tempo de todos os dias tomado pela profissão que infelizmente não dá um retorno tão grande quanto deveria. Há opções no Brasil de renda passiva além do mercado de ações? Seu post ficou muito bom! Até a próxima!
Olá Alice.
Para os investidores (grandes e pequenos), no Brasil, os juros são historicamente elevados o que traz grandes ganhos mesmo na renda fixa, o que não ocorre em outros países. É plenamente possível alcançar valores interessantes ou mesmo a tão sonhada independência com investimentos no Brasil. Para tanto, faz-se necessário planejamento e disciplina, planejamento e disciplina, planejamento e disciplina (repeti pois são fundamentais).
O melhor investimento que você pode optar no momento é a sua educação financeira. Não existe uma resposta padrão; você deve adequar os seus investimentos aos seus objetivos e isso é alcançado com a sua educação. Aqui no blog existem muitos materiais que “valem mais que ouro”, pois são valores que se carregam para toda vida.
Muito sucesso na sua jornada e felicidades.
Concordo com as palavras do Dinêi.
No Brasil, o histórico consistente de altas taxas de juros propicia ganhos bem elevados com renda passiva através da renda fixa.
Mas destaco mesmo a afirmação dele:
“Não existe uma resposta padrão; você deve adequar os seus investimentos aos seus objetivos e isso é alcançado com a sua educação”.
Abraços
Infelizmente esses “grandes” ganhos não são ganhos reais ao se considerar a inflação. A ilusão de grandes ganhos vem porque não temos noção da inflação que vem bem aos poucos, mas quando a pessoa compra um terreno e resolver vender 5 anos depois acha que está milionária.
Não discordo que basta planejar, ter disciplina e obviamente investir em educação financeira, mas eu prefiro os 4% ao anos dos EUA e Europa dos que os 10% ao ano do Brasil.
Alice, o primeiro passo é sair da posição de “reclamar da pouca valorização do professor”, do “baixo salário”, da “instabilidade e da rotina difícil”.
Isso tudo é verdade e é preciso lutarmos para valorizar mais a nossa educação, mas do ponto de vista financeiro não há tempo para esperarmos essas mudanças. Saia do lado passivo e vá para o ativo. Encare bem a realidade que você tem hoje, quais as habilidades que você já tem que podem elevar o seus ganhos?
Gostei muito da resposta da Vivian, que termina com uma pergunta que provoca muitas reflexões:
“Encare bem a realidade que você tem hoje, quais as habilidades que você já tem que podem elevar o seus ganhos?”
Alice, a sua representação mental da realidade, expressada concretamente através de suas palavras, demonstra que você dá foco às externalidades, ou seja, às coisas que você não consegue mudar: “baixo salário”, “rotina difícil” etc.
As mudanças, para serem implementadas, devem partir não “de fora para dentro”, mas sim “de dentro para fora”.
É preciso olhar sua vida em termos de um gráfico de linha evolutiva, e verificar se houve evolução nos últimos 5 anos, em decorrência de seus esforços. Você melhorou suas habilidades tanto quanto gostaria? Você se imaginava, 5 anos atrás, estar na posição em que se encontra atualmente?
Feito isso, é preciso se projetar para daqui a 5 anos, e fazer as mesmas perguntas: é possível melhorar? Onde? Fazendo o quê? E assim por diante.
Sacrifícios e esforços serão indispensáveis nessa caminhada, mas pense sempre em termos de produção de resultados a longo prazo: se você puder melhorar de modo permanente alguma coisa que irá exigir algum esforço extra temporário, não hesite, faça!
Abraços!
Grande Guilherme,
Pois é, mas, honestamente, não tenho dó dessas pessoas não.
Qualquer indivíduo com o mínimo de informação sabe das roubalheiras que existem em absolutamente TODAS as esferas do governo federal, e pode incluir o estadual e o municipal nisso!
Portanto, a regra tem que ser a seguinte.
O governo (seja lá qual for) SEMPRE será o seu maior inimigo.
Diante desse cenário, as pessoas ainda vão deixar o dinheiro delas nas mãos da máfia estatal? É a mesma coisa que deixar a raposa tomando conta do galinheiro! Que isso sirva de lição para todo mundo saber que não existe almoço grátis…
Abraços amigo!
Quer dizer que em 1953, quando, aos 23 anos, quando Maria Augusta dos Santos começou a trabalhar na área administrativa da Caixa Econômica, ela iria prever a situação atual ? Você quer dizer que há 53 anos as pessoas deveriam ter a percepção e informação que hoje é disponível ?
Olá IL!
De fato, devemos sempre nos precaver diante de possíveis situações que possam nos prejudicar lá no futuro.
Mas é como o EuMesmo disse, no contexto fático da aposentada descrita no texto, a disponibilidade de informação era bastante escassa, o que dificultava um planejamento financeiro mais diversificado.
Contudo, hoje em dia, com a abundância de informação financeira, realmente não há desculpa para as pessoas se planejarem melhor.
Abraços!
Guilherme, novamente, grandes conselhos!
Meu comentário, entretanto, está relacionado ao exemplo inicial.
Eu ainda tento entender o porquê do brasileiro ainda achar que o Estado é a solução para quase todas as coisas. A má gestão está clara, estão pagando do próprio bolso como vemos, mas pergunta se a maioria dos funcionários dessas empresas querem a privatização!
E com esse pensamento, o Brasil continua sem chance alguma de dar certo…
Abraço!
Pois é, André!
Difícil sair da zona de conforto para muitas dessas pessoas.
Abraços!
Assustada estou eu com esses comentários acima! Como se as empresas privadas fossem um ninho de boa gestão…. Meu maior pavor é a privatização da previdência, confiar em empresas privadas pra gerir nosso suado e honrado dinheiro! Olhem a Samarco! A Vale! A Vale desde que foi privatizada é um antro de incompetência. Temos que cobrar boa gestão seja de quem for. Claro, gerir bem nosso próprio dinheiro, poupar, ok. Ma jamais deixar nossa Previdência ser privatizada! Gente, que cabeças neoliberais a desses autores de comentários! Estão gostando da gestão do Dória em SP? De Crivella no Rio? De Temer? Este golpista que doou 25 bilhões para o Itaú! Todos privatistas! Horror!
O que vale paga de impostos hoje é muito maior do que o que ela dava de lucro na época do cabidão de emprego da estatal. Está mais do que provado que o governo mete a mão grande em tudo que está sob seu domínio
Praticamente todos os fundos de pensão controlados pelo governo estão quebrados ou com déficit bilionario
o que uma comuna faz num site de investimentos?
Menos, Viking, menos. Tente entender o que ela está falando.
Excelente artigo
Hoje em dia vejo algumas coisas nas redes sociais que me assustam. Vende-se aquela ideia do “venda tudo, largue seu emprego, vá viajar, vá ser feliz”. Cada um faz o que bem quer da sua vida, mas como sabemos, a hora de trabalhar pesado e construir a base do nosso futuro é quando ainda estamos novos e ainda aguentamos trabalhar e produzir muito.
Acredito que essa galera do “largue tudo e vá ser feliz” pagará um preço muito alto no futuro, por resolverem aproveitar a fase mais produtiva da vida viajando e curtindo, em vez de construir seu patrimônio para o futuro
Além disso, ainda tem o fato que as coisas têm se tornado cada vez mais difícil nesse país. As profissões estão saturando em uma velocidade impressionante. O governo criou máquinas de imprimir diploma e está lançando muito mais profissionais no mercado do que o mesmo pode absorver. Num futuro não muito distante, será difícil acumular riqueza nesse país, visto que as remunerações estão cada dia mais magras
Portanto, minha conclusão é de que a hora é agora. Devemos aproveitar o momento pra fazer o pé de meia enquanto ainda é possível nesse país
Douglas, gostei muito das suas palavras. Refletem e realçam a importância de sempre procurar se fazer o melhor, enquanto ainda há tempo.
Destaque particular para a sua conclusão:
“Minha conclusão é de que a hora é agora. Devemos aproveitar o momento pra fazer o pé de meia enquanto ainda é possível nesse país”.
Abraços!
Muito obrigado Guilherme. Eu e O Bolso da Bombacha agradecemos…….. Mas leia isto: Intervenção no Fundo de Pensão da CEEE (RS) neste dia 15 de agosto de 2017.
Abra as porteiras clicando em http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/Geral/2017/08/625816/Eletroceee-sofre-intervencao-de-Superintendencia-Nacional
Grande Valdemar!
Grato por compartilhar mais essa notícia. Esses fundos de pensão parecem ser “caixas pretas”… difícil saber como investem e administram recursos dos outros. A fiscalização deve sim ser bastante rigorosa sobre eles.
Abraços!
Eu acreditei que não resgatar meu saldo do fundo quando me aposentei seria seguro pra meu futuro me contentar com renda mensal. Creio que se prolongar minha vida irei constatar que errei.
Caro Osvaldo,
Não gostaria de entrar em polêmicas, mas sim de entender a finança da operação. Você coloca até 10% do seu salário, digamos, r$500,00. A Caixa de boa vontade coloca mais r$500,00. Se esse dinheiro não for investido em nada, colocado em baixo do colchao, teríamos um rendimento de 100%, bastaria acompanhar a inflação para ser extraordinário para você, correto? Agora digamos que exista um prejuízo no fundo de 40%. (500+500)*(1,0-0,4)= 600 , porém você aplicou 500 e tem 600…. 600/500 = 1,20 , ou seja 20% de lucro…
meu ponto é: ninguém quer prejuízo em seu fundo, mas para o contribuinte individual, ainda é um grande negócio aplicar, pois nem pai faz coisa parecida… e a contribuição da instituição faz você ser muito resistente a prejuízos do fundo.
Veja o exemplo da senhora no texto. Ela trabalhou por 30 anos, provavelmente contribuiu com 10% de sua renda (entendi o maximo da cef), e recebe integralmente a aposentadoria (100%) há quase 35 anos… para aguentar isso esse fundo já rendeu muito tenho certeza.
Para concluir, não tenho vínculos com nenhuma das instituições citadas… hehehe
Leandro
Leandro, por questões pessoais, eu acompanho isso tudo bem de perto. Sim, é um ótimo negocio participar de um fundo de pensão em que o patrocinador (a empresa), tambem faz aportes equivalentes aos feitos pelo empregado. De cara, o capital é duplicado. Mas veja, isso não é exclusividade da Caixa, nem de estatais. Há muitas empresas privadas que tem seus fundos de pensão, sempre nesses mesmos moldes. O Itaú tem, a Volkswagen tem. É um beneficio trabalhista, como outro qualquer. E é tambem um contrato, com responsabilidades para os dois lados. O empregado arca com um determinado percentual (fora o percentual do INSS), ano após ano, década após década. E o empregador se encarrega de também aportar, e de gerir os investimentos com lisura e responsabilidade. Poderia haver rombo por questões normais de mercado, queda em cotações, momento econômico desfavorável,etc. Isso seria aceitável. Mas não é aceitável que haja rombo porque foram feitos negócios nebulosos com essas empresas que vivem frequentando o noticiário, como JBS, OAS, Sete Brasil, Engevix, etc. Isso é caso de polícia.
Um outro ponto: ao se aposentar, a pessoa nao fica recebendo integralmente, não fica recebendo 100%.do quwe recebia na ativa. A conta não é assim. Ao se aposentar, o empregado tem uma reserva, que foi sendo acumulada ao longo dos anos. Aí é feito o cálculo atuarial, que dá o valor que a pessoa vai ficar recebendo. Vamos dizer que depois de 35 anos de trabalho a reserva seja de um milhão. Calcula-se qto será o beneficio mensal decorrente desse valor, a uma rentabilidade esperada de x%, e com uma expectativa de vida de tantos anos. O cálculo é feito considerando que esse capital de 1 milhão seja inteiramente consumido até o fim da vida da pessoa.
Uma vez calculado e estabelecido o beneficio mensal, a reserva dessa pessoa vai para um bolo comum, deixa de ser individual. Assim, mesmo que a pessoa viva 100 anos, continuará recebendo, porque existem outros participantes do fundo que morrem cedo, e recebem menos do que era previsto.
Desde que o dinheiro seja bem gerido, é um ótimo sistema.
Essa é mais uma grande ilusão. Não existe investimentos que rendem 100% na primeira aplicação. Previdências dentro de empresas que pagam o mesmo tanto que o trabalhador deposita embute (e de forma extremamente escondida – simplesmente pergunte e peça todos os papéis e contratos e se você descobrir taxa de admnistração, taxa de resgate e taxa de carregamento, por favor me avise) … embute taxas altíssimas. Lembrando que a taxa é sobre o montante total e não sobre a renda como em outros investimentos. Além disso, previdência privada é seguro e não investimento, isso significa que tem um corretor por trás. O mesmo corretor que fez grande esforço para conseguir a conta daquela empresa. A empresa também ganha parte da comissão, e obviamente existe a comissão do corretor e o rendimento da seguradora, tudo isso saindo dos seus 100 ou 500 reais todo mês. Não existe almoço grátis.
Além de outras cláusulas que ninguém lê como não ter direito a esse “depósito” da empresa se não ficar na empresa por no mínimo 15 anos, ser demitido por justa causa, etc etc. Novamente: não existe investimento que rende 100% em 1 mês.
Taxa de carregamento 0,5 por cento, taxa de administração 0,65 por cento. Se quiser sacar antes da aposentadoria o desconto é altíssimo, não compensa. Quanfo alguém sai para outra atividade, a melhor solução é optar por manter no fundo de pensão o montante que tinha acumulado até ali. Fica lá, ate a época da aposentadoria.
Cara Vânia,
Seu comentário certamente me enriqueceu e concordo com seu ponto de vista acerca da gestão dos fundos. Mas apesar dos esclarecimentos, creio que o Osvaldo não errou em manter sua aposentadoria e não sacar assim que se aposentou. Se eu estivesse “in your shoes” iria aguentar firme, ainda que também emputecido, pois somente o fato de negócios nebulosos virem à tona desencadeia um efeito hawthorne.
Cordialmente
Leandro
Concordo com vc!
Guilherme,
excelente a postagem assim como todos os seus outros comentários.
Sou funcionário da CEF e no nosso plano de previdência privada o atrativo é que a empresa participa com o mesmo percentual que o empregado, até o limite de 10% do salário, dobrando assim a sua contribuição mensal.
Você entrando na empresa desse porte, acredita que existam pessoas competentes o bastante para administrar o fundo de pensão.
A partir do momento em que foram descobertos os rombos, muitos diminuíram o valor de contribuição, para diversificar em outros tipos de investimentos.
Só que, a porta já estava arrombada.
Olá César, grato pelas suas contribuições!
Interessante esses fundos de pensão fechados. Não sabia muito sobre os mecanismos internos de funcionamento. Estou aprendendo bastante com as novidades de quem está “por dentro”.
Abraços!
GUILHERME .BOM DIA
Me chamo Edson trabalhei nos correios durante 42 anos tinha uma vida tranquila não faltava nada hoje aposentado tenho de sobreviver com aposentadoria do INSS e ter de pagar pelo roubo do POSTALIS para receber o uma coisa que já pagamos os filhos da PQP roubaram .Até momento não tenho resposta por escrito quando ligo demoram atender e quando atende recebo patada pelos funcionários do POSTALIS teriam de ter um pouco de respeito para conosco foi a gente levantou esta empresa
para privatizar terão de acerta com a gente ou na de boa ou então temos de quebrar o pau com eles.
abraço Edson 8401092-4
Carmópolis de Minas 25092019
Fico muito honrada em ser citada num artigo com esse excelente nível de qualidade!
Vendo casos como esse da aposentada da Caixa, lembrei do ditado: não se deve colocar todos os ovos numa unica cesta. Por mais que algo nos pareça seguro, é sempre prudente diversificar. Pra ela, tantos anos atrás, o fundo de pensão parecia perfeitamente seguro. Pra nós, hoje, talvez o Tesouro passe essa mesma sensação de segurança. Mas a regra geral não muda: diversificar, e pensar dez vezes antes de entrar em qquer investimento que tenhamos dificuldade em sair.
O artigo está muito bom mesmo, e o conceito de vida diligente resume perfeitamente as ações que podemos adotar, que estão em nossas mãos, para ter uma vida feliz e tranquila.
Oi Vânia, eu é quem fico honrado de ter leitores que escrevem comentários tão pertinentes no blog! 😀
Você tem razão: no fundo no fundo, trata-se de não colocar todos os ovos na mesma cesta. A prudência nos leva a ter diversas fontes de renda que nos deem sustentação lá no futuro.
Abraços!
Complicado esta situação, refletindo sobre isto imagino que apenas poupar e investir não é o suficiente para aposentar-se de forma segura. Naquele momento onde o trabalho formal se encerra, talvez seja também o momento de aprender novas habilidades, não para levar a vida no mesmo ritmo do trabalho formal, mas para ter opções de renda ativa sem precisar levar uma vida de trabalho tradicional.
Muito bem lembrado, Guilherme!
Desenvolver múltiplas habilidades é como ter um plano B em se tratando de ganhar novas fontes de renda ativa.
Abraços!
Excelente artigo!! Muito boa discussão!! Preciso lembrar que o foco não é somente o lado financeiro…. O que sobra de nós ou melhor que bagagem espirutual, física e emocional acumulamos? Nos preparamos? Prestamos atenção? A financeira é sempre lembrada. Todo dia o noticiário financeiro de alguma forma chega a nós. O plano defensivo é esquecido em prol do financeiro e é ai que quero ressaltar, como médico, que a cultura de cuidar do nosso interior para que nos custe menos nosso futuro é uma proposta que cada vez mais aparece como uma alternativa para se viver em paz. Vejo as pessoas se destruindo ao longo de suas vidas. Consumindo sem reflexão, viviendo um inferno financeiro. “Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido.” Dalai Lama.
Obrigado, Sherpa, e excelentes comentários também!
Cuidar dos aspectos emocionais e espirituais é tão ou mais importante do que focar somente no lado financeiro da equação.
Abraços!
Do jeito que o mundo anda, com ameaças de guerra por todos lado, até duvido que vou chegar até a minha aposentadoria hehehe
Bj e fk c Deus.
Nana
http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com
Guilherme,
Apesar de parecer segura, a previdência privada não é tão segura assim, ainda mais se considerarmos que vivemos em um país com sérios problemas políticos, econômicos, etc. Eu as encaro como investimentos de médio a alto grau de risco.
Nesses 2 casos específicos, provavelmente houve a participação da patrocinadora, então, acabam se tornando mais atrativos aos funcionários.
Além disso, quem iria imaginar que décadas depois o aclamado “país do futuro” estaria quase submergindo em queda livre?
Gostei das suas ideias, pois precisamos ter disciplina e interesse para gerir nossos próprios investimentos. Assim é muito mais seguro e com várias opções seguras de diversificação.
Abraços,
Oi Rosana,
Como diz um velho ditado popular, “o seguro morreu de velho”.
É preciso sempre agir para o futuro com um pé atrás, sempre avaliando bem as possibilidades de risco, inerentes ao mundo dos investimentos, e ao próprio contexto histórico-social em que vivemos.
Abraços!
trabalhei nos Correios 42 anos tive uma vida tranquila hoje sou aposentado e ainda tenho de pagar para receber do POSTALIS uma coisa que já pagamos e que ladrões
do mesmos roubaram e ainda quando ligamos para o mesmo somos mal tratado pelos FDPS DE LÁ
como ser moderado nesta situação se põe no meu lugar