Eu estava lendo, ou melhor, ouvindo, o excelente audiolivro Be obsessed or be average, de Grant Cardone (narrado pelo próprio autor), quando me deparei com a frase que inspira o título do texto de hoje.
Essa frase foi escrita no contexto em que Cardone destacava a importância de você aprender durante a vida inteira se quiser ter uma vida de realizações, tanto no âmbito pessoal, quanto no âmbito profissional.
Quem já é leitor assíduo do blog sabe da importância que eu dou para você gastar seu tempo aprendendo coisas novas, se educando continuamente, tendo sede de nutrir conhecimento em sua cabeça.
Porém, essa frase foi tão brilhantemente colocada no livro em questão, que parei o que estava fazendo para escrever esse texto. E ela não é inteiramente verdadeira? Leia de novo:
“Educação é uma experiência completamente diferente quando é *VOCÊ* quem escolhe o que quer aprender”.
Cardone estava falando de quão chatos, entendiantes e frustrantes foram os 17 anos de educação “formal” que ele teve, do ensino fundamental, até a universidade, passando, é claro, pelo ensino médio.
O nosso sistema educacional, e não só o americano, é bastante arcaico, porque, dentre outros motivos, foi desenhado e concebido para formar operários, para trabalharem em tarefas mecânicas e repetitivas na Era da Revolução Industrial.
Hoje, nós estamos em uma era completamente diferente, a Era do Conhecimento, onde quem vence não é quem sabe operar melhor as máquinas, mas sim quem sabe operar melhor o conhecimento, e, com esse conhecimento, produzir e gerar valor na vida de outras pessoas.
Quer um exemplo? Pense em algumas das pessoas mais ricas do mundo – Bill Gates, Mark Zuckerberg, Steve Jobs. Tais pessoas produziram fortunas gerando e vendendo propriedade intelectual. Tais pessoas ficaram tão frustradas com a faculdade que resolveram sair delas, e se educarem em suas áreas de aptidão por conta própria, escolhendo o que queriam aprender para vencer na vida.
Não estou querendo dizer com isso, por óbvio, que se deve sair da faculdade, mas sim que ela não é a única via para a sua educação, não é o único instrumento para você evoluir como pessoa.
Aliás, por falar em educação, li uma vez num livro que a grande mola propulsora econômica dos EUA, isto é, o produto que eles mais exportam, não são bens materiais (por exemplo, aço, alimentos, roupas etc.), mas sim propriedade intelectual.
Num guest post sensacional escrito em maio de 2015, intitulado O futuro da educação no Brasil, o amigo Pedro Calixto enumerou, como um dos problemas da educação no Brasil, o fato de as pessoas acharem que a educação se resume às disciplinas tradicionais:
Educação não é só português, matemática, ciências e as demais disciplinas tradicionais. As nossas aulas de educação física são meras recreações, e nunca valorizamos as artes, o empreendedorismo, a educação financeira, e outros temas que são relevantes na nossa formação como ser humano. Depois de muito tempo, eu pude enxergar como isso faz a diferença na nossa vida de adulto, muito mais do que saber quantas ligações tem um átomo de carbono; o quanto essa formação complementar pode te tornar um adulto saudável, criativo, inovador, competitivo, educado financeiramente e que saiba trabalhar em equipe.
Pelo que eu percebo, a educação no Brasil pouco mudou nesse aspecto nos últimos anos. Esse é um país com uma imensa riqueza artística e cultural, mas da qual boa parte da população simplesmente ignora, porque faltou esse tipo de incentivo na educação de base.
Tudo se resume a ter conhecimento suficiente para passar em uma prova, e daí “zerar” todos seus conhecimentos e começar de novo, enquanto outros países valorizam essa multiplicidade de disciplinas até mesmo na universidade. Enquanto isso, eu vejo gente discutindo reforma curricular defendendo a volta da disciplina “moral e cívica” nas escolas – ora, isso é pra matar qualquer esperança de mudança!
Quando eu tinha 14 anos, durante o intervalo, ao sair de uma aula de Química, um amigo me indagou, quase filosofando:
“Qual é a utilidade de aprendermos isso [… agora não me lembro o que era, lógico, mas era alguma matéria complexa de Química] para o nosso futuro? Não deveríamos aprender coisas mais práticas aqui no colégio?”
Esse é um daqueles momentos em que você nunca mais se esquece. Um momento digno de eureka.
Você, eu, todos nós, nos recordamos de alguns momentos em nossa vida escolar que foram marcantes, que nos fizeram refletir e repensar diversos conceitos que até então tínhamos como dogmas irrefutáveis. Esse foi um desses momentos literalmente inesquecíveis, pois pela primeira vez algum de nós questionou o que estávamos aprendendo. Estávamos tentando extrair conhecimento sobre o próprio conhecimento, numa busca pelo meta conhecimento.
Às vezes, nós estamos tão acostumados com determinadas rotinas, com certos padrões de conhecimento e de conduta, que não chegamos a questionar a real utilidade disso tudo. Simplesmente fazemos porque… bem, porque todo mundo faz desse jeito também.
O fato é que, infelizmente, não dá pra extrair muito valor do sistema educacional. A vida, em termos de aprendizagem, só realmente começa a partir do momento em que nós decidimos o que aprender, como aprender, e o quanto aprender.
Isso, lamentavelmente, também pode não ocorrer na escolha da faculdade, pois, como todos sabemos, muitas faculdades e universidades também apresentam sérios problemas na estrutura de ensino. Além disso, muitos jovens só vão mesmo saber o que querem aprender depois dos 20, 23, 25 anos… 30 anos….40 anos…. 50 anos…. E tantos outros abandonam a faculdade porque ela não ajudava na construção de seus sonhos e metas. Qual é a solução?
Resposta: o autodidatismo. A educação só realmente irá te ajudar a pavimentar uma estrada de sucesso na vida quando é você – e não os outros – quem escolhe o que quer aprender.
Quando você escolhe o que quer aprender, você se esforça para usar da melhor forma possível o tempo posto à sua disposição. Você tem o poder de controle: o controle sobre os cursos que quer fazer, o controle sobre os livros que quer ler, o controle sobre os textos que quer produzir, o controle sobre com quem quer interagir, enfim, o controle sobre as matérias que você quer dominar.
O problema da IMENSA maioria dos brasileiros é que eles confundem educação com escolaridade. Se estão fazendo um curso, a maioria só quer saber se aquilo que o professor está passando vai cair na prova. Confira novamente o texto do Pedro:
Educação e escolaridade são coisas completamente distintas. Existem PhD’s muito mal educados e iletrados que não são exemplos de uma boa educação (obrigado ao leitor Bruno pela correção!). Ter um diploma é apenas um símbolo de que você concluiu todas as etapas formais para obtenção de um título, e, convenhamos, nem sempre é uma tarifa árdua. Mas como eu fui professor em faculdades privadas e públicas, muitas vezes eu percebi que era isso o que o aluno buscava. “Vale nota?”, “Cai na prova”, “É pra anotar?”, são frases que traduzem esse modelo centrado na avaliação, o que para muitas pessoas é até compreensível, visto que a conquista de um título é sinônimo de orgulho para toda família, mas nem sempre é traduzido em um aluno preparado para encarar o mercado de trabalho.
Então, é necessário que o aluno compreenda também o quanto aquela educação que ele está recebendo pode transformar a vida dele e que o diploma é só um papel sem significado se não for traduzido em ações práticas na vida dele .
E o pior é que a maioria absoluta dos brasileiros para de estudar quando termina a faculdade, quando passa num concurso público, ou quando entra num emprego que não depende de educação contínua para se manter no trabalho.
Estudar e aprender coisas novas, seja para trabalhar melhor, seja simplesmente para progredir como pessoa, é sair da zona de conforto, e a maioria das pessoas não quer abrir mão de seus “sagrados” finais de semana assistindo Netflix e a rodada do Brasileirão, em troca de algo que irá lhes proporcionar modificações profundas na estrutura de suas vidas, fazendo você ter hábitos melhores e reflexões mais maduras sobre como viver mais e melhor.
Educação financeira: é você quem escolheu aprender sobre isso
Vejam o caso da educação financeira. Apesar de ser uma das matérias mais importantes para ser colocada nas grades escolares, porque lidar com o dinheiro é uma coisa que todo mundo vai ter que enfrentar, só de uns anos pra cá algumas (raras) escolas começaram a incorporá-la em seus currículos.
E tenho certeza que muitos leitores do blog começaram a estudar mais sobre educação financeira e investimentos, e não pararam mais. O grau de absorção do conhecimento é de tal magnitude que, quando eles olham para trás, até comportamentos passados acabam adquirindo novos significados. Vejam o comentário da leitora Camila no post publicado semana passada:
“Excelente texto! Saí do perfil “gastadora” para o perfil “investidora” faz mais ou menos um ano, e nesse pequeno tempo fiquei admirada do tanto de dinheiro que consegui investir, do patrimônio que estou conseguindo construir. Semana passada, comecei a digitalizar minhas contas de 2015 para poder me livrar da papelada, e não tenho como descrever o mal estar que senti quando via os valores que eu pagava por produtos e serviços, as faturas exorbitantes dos 3 cartões de crédito que eu tinha na época. Um horror!! Graças a Deus que acordei a tempo, e agradeço pelos seus textos que me ajudaram a sair daquela linha de pensamento e conduta destrutivos!”
Atire o primeiro cartão de crédito quem nunca passou por isso. 🙂 Compras por impulso, gastos exorbitantes, eletrônicos que duraram poucos meses e depois foram esquecidos, roupas que proporcionaram grande alegria na hora da compra, mas que ficaram comendo poeira nos armários e prateleiras da vida… quando é você quem escolhe aprender a cuidar melhor do seu dinheiro, não há segredo: você passa a ver a vida sob novas e mais precisas lentes. E, é claro, a ter comportamentos mais equilibrados.
O interessante é que esse processo de educação continuada por meio do autodidatismo funciona como um círculo virtuoso (e não um círculo vicioso): você se empolga com as novas aprendizagens, as novas aprendizagens geram resultados práticos e concretos, o ambiente fica mais positivo, e você se sente compelido(a) a estudar e a aprender ainda mais. Seu nível de vida alcança um patamar mais elevado, isso é inegável, e tudo por conta de atos e comportamentos de iniciativa própria, sua. Você não precisou esperar sentado alguém dizer: “vai lá e estuda isso”. Não! A iniciativa da educação partiu de você. Foi você quem quis correr atrás de aprender algo novo.
A virada na vida das pessoas é algo sensacional, e o exemplo do leitor Vandir, numa história publicada em 2014, vai ao encontro dessa ideia, do poder causado pelo conhecimento aplicado.
Uma das coisas sobre as quais eu tenho me concentrado em aprender ultimamente é em estratégias para utilizar melhor o tempo ocioso. Sabe aquele tempo que você gasta preparando o café da manhã, lavando a louça, faxinando, indo pra academia, esperando no aeroporto pra embarcar, parado numa fila de supermercado?
Utilizando uma das técnicas aprendidas no livro A more beautiful question, eu me questionei: será que não haveria uma maneira de utilizar melhor essas “restos de tempo”? Esses restos preciosos de tempo, em que fazemos atividades mecânicas, que não requerem atenção focal?
Então eu resolvi ouvir audiobooks, restaurando um antigo hábito, e comentado aqui nos primórdios do blog, em 2010. Fiquei empolgado com as possibilidades, e percebi o enorme potencial de aprendizado que havia nesses restos de tempo, ao conferir a quantidade de livros que li, ou melhor, que ouvi, em 3 semanas:
Eu mesmo fiquei impressionado com os resultados provocados a partir de uma simples mudança de comportamento: passar a ocupar o tempo “ocioso” aprendendo algo. Muita gente não consegue ler um livro inteiro, em um mês, em seu tempo livre; eu consegui ler cinco livros em três semanas sem utilizar o meu tempo livre, utilizando apenas o meu tempo “preso”.
Isso é apenas para ilustrar um efeito impressionante do que ocorre quando é você quem escolhe o que quer aprender: você ganha um controle melhor sobre a sua própria vida. Eu mesmo fiquei surpreso com as infinitas possibilidades que se abrem quando você resolve se desafiar e, aprender algo novo – no caso, uma estratégia original para aproveitar melhor o tempo.
Você percebe que os resultados que obtém, pelo efeito de aprender algo novo por conta própria, vão além de suas melhores expectativas. Leia de novo o comentário da Camila:
“Excelente texto! Saí do perfil “gastadora” para o perfil “investidora” faz mais ou menos um ano, e nesse pequeno tempo fiquei admirada do tanto de dinheiro que consegui investir, do patrimônio que estou conseguindo construir. Semana passada, comecei a digitalizar minhas contas de 2015 para poder me livrar da papelada, e não tenho como descrever o mal estar que senti quando via os valores que eu pagava por produtos e serviços, as faturas exorbitantes dos 3 cartões de crédito que eu tinha na época. Um horror!! Graças a Deus que acordei a tempo, e agradeço pelos seus textos que me ajudaram a sair daquela linha de pensamento e conduta destrutivos!”
Notaram a revolução operada na vida dela pela simples implementação do aprendizado financeiro em sua vida? Ela mesma admite que ficou surpresa do tanto de dinheiro que conseguiu investir, e isso em apenas um ano!
O exemplo da Camila comprova: a educação é, definitivamente, uma experiência completamente diferente quando é você quem escolhe o que quer aprender. 😉
Conclusão
A liberdade de aprender enfrenta um paradoxo nos dias atuais: apesar de ser uma liberdade tão útil, tão básica, e tão relevante, é muito pouco utilizada. Observe você mesmo: a maioria das pessoas têm preguiça de aprender, ainda mais se for por iniciativa própria. Acham que o estudo termina assim que conseguem um diploma (confundindo educação com escolaridade, como disse o Pedro, linhas acima). Acham que não precisam estudar mais depois que conseguem um emprego. Em vez de ocupar parte de seu tempo livre estudando (há liberdade no uso do tempo livre, inclusive para aprender), preferem assistir televisão.
Eu confesso: já tentei “gostar” das séries e seriados que povoam os canais fechados de TV paga, e, mais recentemente, os serviços Netflix, Amazon etc. Juro que tentei. Mas não consegui. O único seriado que eu realmente gostei e assistia com afinco foi Anos Incríveis (que passava na TV Cultura, e depois na Band, mais alguém?). Mas só. Aliás, nem de filmes em geral eu gosto, por mais que eu tenha tentado. O hábito da leitura foi enraizado desde cedo, e, nessa disputa leitura x TV para ocupar meu tempo livre, a leitura sempre venceu. Em todos os rounds, em todos os anos, em todas as épocas.
Mas fico impressionado com o comportamento da maioria das pessoas, que, tendo um final de semana inteiro pela frente, prefere se esbaldar diante da TV com esportes e programas assistencialistas que fazem drama com o sofrimento alheio, às vezes durante mais de 10 horas. Por dia. E fora as outras 4 horas diárias no resto da semana, com o noticiário explorando o que o ser humano produz de pior (violência, desgraça, tragédias). Às vezes, eu acho que o sistema educacional concebido pela Revolução Industrial, e arcaico e ultrapassado, venceu, no sentido de ter conseguido produzir pessoas muito bem preparadas para fazer tarefas repetitivas, e absolutamente incapazes de aprender coisas novas por conta própria em suas horas livres.
A maioria das pessoas não percebe que aprender coisas novas por conta própria aumenta a capacidade delas de se tornarem independentes em todos os planos da vida. Quem estuda mais trabalha melhor e ganha mais. Quem aprende mais tem um senso mais apurado de responsabilidades na vida. Quem aprende mais tende a se tornar uma pessoa com mais autonomia e independência em relação aos outros, à medida que o tempo passa. Quem aprende mais tende a usar de modo mais equilibrado e racional o tempo e os seus recursos de energia física e mental.
Encerro esse artigo com as mesmas palavras que concluíram o artigo Se você parou de aprender, você parou no tempo:
Somos criaturas moldadas pelos nossos hábitos. Ocorre que, justamente pela ausência de interesse em modificar nossos comportamentos, esses hábitos, muitas vezes, não passam de hábitos ruins, verdadeiros vícios, que podem gradativamente diminuir nossa qualidade de vida, se não buscarmos uma maneira de aprender coisas novas, destinadas a transformar esses vícios em hábitos, como, aliás, já escrevi em outro artigo, As pequenas coisas, feitas de modo constante, criam maior impacto.
Você precisa ser um curioso da vida, uma pessoa receptiva a testar novas ideias e experiências. Isso porque o futuro não é um quadro estático: pelo contrário, é um quadro dinâmico, que está sendo continuamente remodelado pelas ações de pessoas ávidas por transformações oriundas de novos conhecimentos, pessoas que agem a partir de habilidades adquiridas através de treinamento, preparação e ação. Continue aprendendo, a fim de estar preparado para as oportunidades que surgirão em cada etapa nova de sua vida!
O que falar de um texto desse? Brilhante e de grande impacto na nossa maneira de aprender . Parabéns.
Muito obrigado, Leandro!
É muito gratificante ler este texto numa segunda, depois de ter passado boa parte do final de semana estudando numa plataforma via celular nas horas livres, ao invés de ter ficado asistindo futebol ou séries, hehehe… Texto extremamente inspirador Guilherme, muito obrigado!!!
Grato pelas palavras, Rodrigo!
Muito bom o texto! O texto levantou uma pergunta: há muitos títulos de livros com narração em português ou em sua vasta maioria é em inglês?
Não tenho o inglês muito fluente e pra escutar sem legenda pode ficar complicado pra mim.
Olá Erick!
A maioria dos audiobooks, infelizmente, é em inglês.
Existe um projeto do Audible de fazer audiolivros em português, mas eles concluíram que a demanda seria fraca. Por ora, esse projeto está parado. Se eu souber de alguma novidade, eu atualizo aqui.
Sensacional. Mais um texto excelente e inspirador. Já vou colocar em prática. Escutar alguns canais de finanças do youtube no carro ao invés de escutar as noticias que sempre acompanho.
Obrigado e ótima semana.
Valeu, wallace!
Guilherme,
venho concordar com seu texto. O desenvolvimento da leitura e a aplicação dela na minha vida sempre foi muito mais forte nos estudos solitários do que nos bancos escolares, ainda que eu esteja nele até hoje, no doutorado.
Obrigado por compartilhar sua opinião, Márcia!
Guilherme, seu texto reflete de forma muito clara o quanto é importante sermos protagonistas em nossas vidas. E o que colhermos no futuro será totalmente em consequências de nossas escolhas. Ou seja, nós somos os responsáveis. Podemos ter alguns estímulos que nos ajudam, mas o que faremos com esses impulsos é algo que cai totalmente em nossa conta.
O artigo é fantástico, a maioria das afirmações encontram eco em meus pontos de vista sobre o assunto. Principalmente quando o conceito central do tema está mais ligado ao nosso tempo livre. Como você disse, o que escolhemos fazer nesse tempo, vai definir o nosso futuro.
Mas não sei ainda como isso poderia ser refletido no sistema escolar (seja o que temos hoje, seja homeschooling, não importa): acredito que ainda existe a necessidade de um orientador. Deixar na mão do aluno o que deve aprender, é algo complicado.
É claro que o orientador deve ser alguém capacitado. Até para explicar para o aluno, porque ele aprende certos conceitos de química por exemplo rsrs. Muito dos benefícios do ensino, principalmente de matemática, não fica evidente no momento de aprendizado. Mas ajuda muito desenvolver certas conexões cerebrais que envolvem a lógica, a razão, a ponderação, o raciocínio. Apesar de no momento, não parecer ser muito útil.
Quanto à acomodação das pessoas, do prazer e conforto em fazer as tarefas repetitivas, não tenho também certeza se foi a Revolução Industrial a responsável por essa condição. Eu acredito que isso é uma característica humana. Sempre tivemos na história essa massa de pessoas que Ortega y Gasset definiu tão bem como o homem-massa. A Revolução Industrial deu apenas a elas uma nova forma de acomodação rsrs.
Obrigado por nos proporcionar mais uma excelente leitura.
Abraço!
Oi André, excelentes comentários!
Você tem razão, “ainda existe a necessidade de um orientador. Deixar na mão do aluno o que deve aprender, é algo complicado.” Em casos de Química, por exemplo….rsrsrsrsr
O texto acabou tendo um forte viés pro lado do aprendizado autodidata, no entanto, suas considerações são muito pertinentes, e complementam bem o pensamento sobre os caminhos da aprendizagem. 🙂
Abraços!
Concordo,
Mas tem uma coisa que a maioria não consegue desenvolver sozinha, que é a disciplina, acredito que isso só se aprende na escola com horários e regras
Acredito que deveria ser incluída na grade a matéria matemática financeira, mas ao mesmo tempo isto é tão pessoal, envolve tanto coisa, que nós temos que buscar mesmo e passar para os nossos filhos.
Ainda mais importante, a escola é uma extensão do que se aprende em casa, nossos pais deveriam direcionar os nossos estudos, assim como devemos fazer com os filhos e não apenas a escola deve fazer tudo, esse é o mais importante, criticar os sistema ou falar como deveria ser feito, é uma transferência de responsabilidade.
Como foi colocado, nossa educação só depende de nós. A básica até os 17/18anos acho que deve continuar regrada (não o conteúdo).
Bem lembrado, Thiago, a escola é importante no sentido da aquisição da disciplina.
Guilherme, poderia falar sobre os audiobooks? Quem sabe um post?
Nunca ouvi, então não sei quais são os após e plataformas, bem como onde se consegue os livros.
Oi Gustavo, ótima sugestão.
De fato, os audiobooks hoje ocupam um interessante nicho de mercado.
O podcast RPF resumiu bem os principais apps do mercado: https://radicalpersonalfinance.com/219-hacking-audiobooks-and-the-audiobook-marketplace-pro-tips-for-advanced-learners/ (conteúdo em inglês).
Vale a pena ouvi-lo!
Abraços!
mais um excelente post, cheio de conteúdo para boas reflexões.
Grato pelas palavras, Tatiana!
Excelente post! Muito inspirador! Parabéns, mais uma vez se superando! 🙂
Sou leitor do blog há muitos anos, de verdade, é o meu favorito! Acredito que assim como a grande maioria, nunca comentei nos posts, mas queria te agradecer! Gosto muito de ler e aprender sobre educação financeira, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal, e esse blog tem sempre me inspirado e impactado positivamente!!!
Keep walking!
Muitíssimo obrigado pelas palavras, Leandro! 😀
São mensagens como a sua que me incentivam e me fornecem energia para produzir cada vez mais!
Abraços!
Excelente post. Na verdade, esse é um importante diferencial do seu blog: a valorização do aprendizado constante , da educação formal e informal.
Faço apenas um reparo em relação aos filmes. Gosto muito de ler. Fora textos diversos e coisas mais ligeiras, leio não menos que 3 livros por mes. Mas tbem gosto muito de filmes. Entendo que são, assim como os livros, uma fonte de prazer e de aprendizado. E há os que valem o nosso tempo, e os que não valem – isso tanto livros qto filmes.
Oi Vânia, obrigado pelas palavras!!!!
Você tem razão em relação à questão dos filmes. Talvez eu tenha puxado mais pro lado dos livros em função de um viés pessoal.
Mas concordo que eles ensinam tanto quanto os livros, além de serem ótimos passatempos!
Abraços!
Muito bom, Guilherme! Estou vivenciando isto na prática. Durante toda minha vida estudantil foi um aluno digamos… Na média… Sabe aquela música do Ultraje a Rigor, Terceiro? Como aluno foi mais ou menos isso…
Atualmente me vejo estudando como um nerd, mas sem grandes esforços. É uma experiência incrível estudar o que realmente interessa a pessoa. Aprender é tão prazeroso quanto escutar música, por exemplo… Mas da mesma forma, uma música ruim ou no estilo musical que vc não gosta não será prazerosa. Estudar coisas que não são do seu interesse também não…
É uma pena que a estrutura do ensino para crianças e adolescentes seja tão engessado e que ignore completamente os interesses dos estudantes. Poucos terão a oportunidade de no futuro estudar sobre o que realmente tem interesse e a maioria vai sempre enxergar os estudos como algo trabalhoso e chato. É uma barreira e tanto para melhorar o nível de qualificação profissional da população.
Abraços.
Olá, IR, obrigado!
Você disse bem: quando aprendemos algo que gostamos, a própria atividade de aprender deixa de ser maçante, e passa ser prazerosa por si própria. E isso é muito, mas muito, gratificante, além de acelerar muito o aprendizado.
Outro ponto bem abordado por você é o fato de as crianças, por não enxergarem no futuro que terão liberdade de aprender o que quiserem, geralmente vão enxergar tudo relacionado ao estudo como algo chato. E isso, deveras, é uma barreira muito difícil de ser vencida.
Abraços!
Excelente!
“programas assistencialistas que fazem drama com o sofrimento alheio, às vezes durante mais de 10 horas. Por dia.”
Realmente é impressionante como as pessoas perdem tempo com este tipo de programa, onde batem na mesma tecla o tempo todo e ficam repetindo a mesma cena em câmera lenta por horas.
Quando me deparo com esses programas me da uma angustia.
Graças a Deus já consegui me livrar do Facebook e da TV. Falta agora whatsapp. rs
Boa semana Guilherme
Abraços!
Oi Guilherme, excelente post. Tenho já há alguns anos o hábito de ouvir podcasts durante esses momentos entediantes(ao lavar a louça, no trânsito, enqto cuido da casa). Quando estudava inglês formalmente, ouvia podcasts mais direcionados ao aprendizado do idioma (como o ESLpod). Me ajudou inclusive a economizar em transporte quando fiz um intercâmbio, pois aprendi por meio do podcast a solicitar uma “limo” quando chegasse ao aeroporto ao invés de pagar o absurdo do serviço de espera oferecido por aqui.
Atualmente gosto muito de ouvir podcasts sobre produtividade e finanças em inglês. Treino o inglês, aprendo mais sobre o que tenho interesse e ainda aproveito melhor o meu tempo. Win-win 🙂
Tempo e dinheiro são dois recursos finitos, então precisamos ser intencionais em relação à forma como os utilizamos.
Abraço
Oi, Bruna, obrigado!
De fato, é incrível como podemos explorar tempos ociosos ouvindo e aprendendo coisas novas, aumentando, assim, nosso rendimento. 😀
Abraços!