Uma das coisas mais interessantes de escrever sobre finanças pessoais é que os temas nunca se esgotam.
Por mais que certos assuntos sejam de importância crucial, a ponto de serem abordados recorrentemente aqui no blog, como o assunto sobre o qual falamos na semana passada, é também de inegável relevância incluir novidades, pois dinheiro e educação financeira são assuntos que tocam múltiplas facetas de nossa vida cotidiana.
Pois hoje é um desses dias.
Abordaremos hoje um tema inédito no blog, e relativamente pouco comentado na blogosfera financeira: dicas financeiras para casais sem filhos.
Se falar de dinheiro já é tabu na vida real, imagina então falar que você quer dicas sobre como administrar as finanças agora que decidiu não ter filhos.
O mais comum é ouvir e se deparar com reações puramente emocionais, do tipo “onde já se viu esse tipo de coisa, você só pensa em dinheiro”, e outras equivalentes (deploráveis). A discussão nem pode ser iniciada que já vem um monte de gente dizendo um monte de asneira, te criticando por ter tomado essa atitude, e pior, te criticando apenas “por criticar”, sem expor fundamentos racionais ou inteligentes, mas revelando apenas ignorância e ‘pré-conceitos’. Só que não há nada de errado nisso.
Como bem escreveu Trent Hamm num texto publicado no The Simple Dollar há mais de seis anos (e que guardei para discutir no momento oportuno, que, por acaso, é agora 🙂 ), o mundo precisa de casais com filhos e também de casais sem filhos, os quais, nos Estados Unidos, receberam a denominação de DINKs – Dual Income, No Kids (renda dupla, sem crianças, numa tradução literal).
Isso porque, assim como as pessoas são diferentes umas das outras, em termos de valores, habilidades, objetivos de vida, os casais também são diferentes uns dos outros, igualmente em termos de valores, habilidades e objetivos de vida. Dentro dessa ótica, o planejamento familiar não envolve apenas a decisão de quantos filhos se deve ter, mas também a decisão pura e simples de não ter filhos.
Se no passado isso não era tão comum, hoje em dia já é possível encontrar vários casais na faixa dos 30-40 e até mesmo na faixa dos 20-30 decididos a não terem filhos, em razão de seus valores, de suas metas de vida e de seus objetivos.
Há pessoas que têm como uma das metas de vida serem pais, e devem se esforçar para agirem assim, do mesmo modo que há pessoas que têm outros objetivos na vida, como priorização da carreira profissional. O importante, no final das contas, é você agir de acordo com seus desejos interiores, e não de acordo com o que o resto das pessoas acha que você deve viver, até porque a vida é sua, e não dos outros.
Estabelecidas essas premissas, destaco abaixo 4 dicas financeiras práticas para casais DRSCs (Dupla Renda, Sem Crianças), que os ajudará no planejamento financeiro familiar.
1. Faça um planejamento tributário de modo a não pagar tanto imposto de renda (IR).
Normalmente, casais em que ambos os cônjuges trabalham, e não têm filhos, tendem a ter uma rápida ascensão em suas respectivas carreiras profissionais. Com ganhos escalonados e progressivamente aumentando com o decorrer do tempo, é bastante provável que, justamente por não terem dependentes (e até mesmo não serem dependentes um do outro na declaração do IRPF), o estoque de imposto de renda a pagar, na declaração anual de ajuste, seja bastante alto, batendo no teto dos 27,5% da renda bruta familiar.
Nesse caso, gastar tempo estudando estratégias para otimizar e diminuir o pagamento de imposto de renda deve ser uma das prioridades do casal, já que os dependentes do titular da declaração respondem por uma grande parcela das deduções de imposto de renda a pagar.
É preciso estudar e aproveitar as diversas alternativas de deduções disponíveis no mercado, tais como contratação de planos e tratamentos de saúde (médicos e odontológicos); e investimentos, se o objetivo for pagar menos imposto de renda, em fundos imobiliários no lugar de imóveis físicos, já que a renda de aluguel dos FIIs não entra na base de cálculo do IR a pagar, como apropriadamente destacamos num artigo publicado no passado.
Dentro dessa perspectiva, há de se pensar também na alternativa de contratação de planos de previdência patrocinados, ou seja, aqueles em que há uma contribuição do empregador também, e desde que tais planos cobrem baixas taxas de administração (de preferência, não superior a 1% a.a.), e isentem da taxa de carregamento, haja vista a possibilidade de dedução de até 12% da renda bruta no IR a pagar na declaração anual de ajuste.
2. A prioridade financeira principal deve ser a aposentadoria
Não se pode negar: do ponto de vista estritamente econômico, ter um filho custa caro (sei que essa afirmação tem potencial para gerar debates acalorados na caixa de comentários, como ocorreu recentemente).
É evidente que ter filhos custa mais caro do que não tê-los, e, partindo dessa premissa, casais DRSCs, justamente por terem decidido não ter filhos, tendem a acumular mais dinheiro, e a fazer sobrar mais dinheiro no final do mês.
Isso é uma solução, mas também pode ser um problema: se as duas cabeças do casal não tiverem educação financeira suficiente, a tendência, ao ver aquele monte de dinheiro parado na conta-corrente, é gastar (muito) mais do que se tivessem filhos.
E aqui é que vem a calhar a aplicação de uma teoria interessante formulada pelo amigo Dr. Money: a teoria do gás no orçamento doméstico. Ele diz:
“A Teoria do Gás estabelece que os gastos de um indivíduo ou de uma família tomarão conta de todo o seu orçamento, e começarão a pressioná-lo em algum momento, independentemente do tamanho do orçamento. Recebe este nome porque os gastos funcionam como um gás, e o orçamento como um recipiente. O gás vai sendo bombeado para dentro do recipiente, até que este não suporta mais, e explode. Mais ou menos como acontece com os orçamentos familiares.
[…]
E por que afinal as pessoas não conseguem controlar os seus gases, quer dizer, seu orçamento? O motivo é banal: as pessoas vão, aos poucos, sem notar, colocando os seus gastos um patamar acima. Aquele que se contentava com um restaurante por quilo, passa a ir em um a la carte. Outro, que almoçava fora uma vez por semestre, passa a almoçar uma vez por mês. Um que viajava uma vez por ano para algum lugar do Brasil, passa a fazer uma viagem para o exterior. E o outro, que viajava de econômica, passa a viajar de executiva. E o diabo é que o ser humano vai se acostumando com o bem bom. Baixar o nível de consumo é muito difícil. E aí é que mora o perigo.”
E não é exatamente isso que acontece?
O camarada, que ganha bem e não tem filhos, vê que está sobrando R$ 2 mil todo mês. O que ele começa a fazer? Começa a ocupar o espaço desses R$ 2 mil. Investindo? Não, gastando!
Aí, no ano seguinte, ele recebe um aumento de mais R$ 2 mil, adicionados ao salário mensal (que já era bom, mas também já era todo comprometido). Sobrando mais R$ 2 mil na conta? O que ele faz, poupa? Não, gasta! Pensa em maneiras e formas de ocupar esses novos R$ 2 mil com itens de consumo. “E cosí la nave va…”
Se a inflação no estilo de vida é um problemão para pais com filhos, é um problemão multiplicado ao quadrado para casais que não tem a pressão de gastos familiares oriundos de produtos ou serviços relacionados aos custos de criação dos filhos.
Portanto, poupar e guardar dinheiro, e investir a longo prazo, em vez de gastar todas as sobras de dinheiro, deve ser a prioridade principal de casais sem filhos.
E eu iria até além: casais sem filhos deveriam seriamente pensar em formar uma reserva de dinheiro visando à contratação de cuidadores de idosos, pois há uma possibilidade de eles chegarem à terceira idade sem saúde e autonomia suficientes para cuidarem de si mesmos, e talvez o dinheiro da aposentadoria sozinho não seja suficiente para pagar mais essa despesa, que pode virar uma forte necessidade, dependendo do grau de saúde dos casais de terceira idade – daí a importância de você cuidar bem de sua saúde ao longo de toda a sua vida, pois um dia a conta (da falta de cuidados com a saúde), chega, e a fatura vem alta!
O tema de contratar cuidadores de idosos, assim como agir pensando na própria morte, é chato, reconheço, mas deve ser computado nos cálculos financeiros da velhice. Casais com filhos já não precisam se preocupar tanto com esse item, desde que eles (os filhos) assumam pessoalmente essa tarefa, ou se responsabilizem financeiramente por esse tipo de situação. Porém, casais sem filhos devem pensar e agir com redobrados cuidados nesse tema.
3. Não encha a casa de tralhas
O principal problema enfrentado pelos casais sem filhos, principalmente aqueles que não têm educação financeira, é, como dito acima, a exibição de um estilo de vida inflacionado.
Em outras palavras: consumo excessivo, ou simplesmente consumismo.
Os gastos não se refletem apenas em consumo de mais viagens, mais carros, mais restaurantes, mais saídas, mais shows e mais serviços, mas principalmente em mais roupas, mais sapatos, mais eletrônicos, mais animais de estimação, e mais quinquilharias.
O problema ocorre principalmente com casais que, em razão da dinâmica de suas profissões, precisam se mudar constantemente de cidade, para ascensão profissional.
E isso por um motivo bastante simples: quanto mais coisas para carregar pra lá e pra cá, mais pesarosas se tornam as mudanças, e muito mais complicado se torna a manutenção dessas mesmas coisas.
A solução?
Aproxime-se do minimalismo.
Você não precisa exatamente se tornar um adepto integral da simplicidade voluntária, mas você pode muito bem aproveitar muitas ideias válidas do minimalismo para tornar sua vida mais enxuta e muito mais fácil de ser administrada. 😉
4. Não gaste tanto com casas e apartamentos grandes
Se sua família vai se resumir a você e seu cônjuge, não há motivos, sejam eles financeiros, sejam eles emocionais, sejam eles ainda arquitetônicos, para comprar uma casa ou apartamento enorme, com quatro suítes e 210 metros quadrados.
Mesmo que você pretenda esporadicamente receber visitas de amigos e parentes, normalmente um quarto a mais já é suficiente.
O problema é que o recente boom imobiliário no mercado brasileiro fez com que muita gente, inclusive casais DRSCs, comprassem imóveis residenciais muito além de suas reais necessidades de espaço físico.
Portanto, não há motivos racionais para comprar casas enormes para você morar, até porque, como o preço da casa é proporcional à sua metragem, você estará adotando, ao gastar menos com imóvel residencial, uma ótima medida de inteligência financeira ao reduzir o uso do espaço físico somente ao essencial e necessário para viver com conforto e dignidade.
Conclusão
Casais com dupla renda e sem crianças, ou seja, casais DRSC, precisam adquirir inteligência financeira para viver não só um presente adequado, compatível e proporcional às suas necessidades, mas também para viver um futuro em que não falte dinheiro para possíveis necessidades e intervenções de terceiros em sua saúde e cuidados.
Para esses casais, a tentação de gastar o dinheiro que sobra é ainda maisor do que para casais que têm filhos, em razão precisamente da ausência da pressão dos gastos familiares com crianças.
Isso tudo faz com que se torne ainda mais útil e mais necessário a adoção de estratégias para limitar os desejos e o consumo, bem como para empregar, em seu dia-a-dia, práticas extraídas da simplicidade voluntária.
E você, que faz parte de um casal DRSC, tem mais alguma dica a compartilhar conosco?
Interessante o post. Mas acho que todas as dicas se aplicam a casais com filhos também (incluindo a parte do cuidador de idoso)…
Verdade, MJC, embora elas tenham aplicabilidade ainda maior para os casais sem filhos, especialmente a primeira dica. 🙂
Olá Guilherme!
Como DINK posso dizer que tudo o que vc disse no texto faz muito sentido. Acabo escapando de vários problemas por ter um estilo de vida minimalista, então nada de consumismo besta. O grande problema dos DINKS é se perder no planejamento e tenho essa tendência também.
Um DINK consegue atingir a IF muito cedo, se tiver cabeça, coisa de menos de 10 anos bem trabalhados e investidos podem ser mais que o suficiente, sem contar que a grande flexibilidade de tempo pode ser um fator que ajude a turbinar a renda. Um DINK mora mais fácil, num lugar menor, mais barato, tem menos problemas para locação (devido ausência de preocupação com escolas e sua logística), pode se dar ao luxo de mudar repentinamente o rumo profissional, etc.
Abraço!
Corey
Olá Corey, excelente depoimento!
De fato, há todas essas inegáveis vantagens para atingir a IF no caso de um DINK/DRSC, desde que, como você acertadamente disse, haja um bom planejamento financeiro por trás, a fim de dar suporte a esses objetivos.
Abraços!
Muito interessante!
Valeu, Gregório!
Muito boa as dicas Guilherme!
Algo que eu e minha mulher discutimos bastante é com a compra de móveis, ela ainda quer mais um armário para guardar os produtos de limpeza e outro para guardar presentes que ganhamos do casamento. Por enquanto vou segurando essa vontade dela rsrs
Quando casamos escolhemos só o essencial (armário cozinha, guarda-roupa, rack um sofa uma cama etc) Eu gostei muito de como ficou o apartamento, ele não é grande e ficou bem espaçoso devido aos poucos móveis da casa.
Abraços!
Valeu, II!
Gostei da sua estratégia de escolher só o essencial.
Poupa dinheiro, poupa espaço, dá mais liberdade, e mais aproveitamento dos espaços. Ou seja, só vantagens! 😀
Abraços!
Æ!!
Legal o post, apesar de não ter nenhum dos problemas mencionados que um DINK pode ter. Eu e minha esposa conseguimos nos dar muito bem com o dia a dia.
O Corey falou uma coisa que faz bastante sentido para os DINKs, atingir a independência financeira cedo. Essa é a meta. 🙂
Há braços
Oi Pot, legal que vocês já sigam um bom planejamento financeiro. É essencial tê-lo para atingir a IF o quanto antes.
Abraços!
Ótimo post, Guilherme.
Bom seria se todos os casais fossem DINK, bem educados financeiramente, por considerável tempo, mesmo os que se tornarão pais. Isso os ajudaria a formar algum patrimônio financeiro, e, quando os filhos viessem ao mundo, não haveria certo sufoco.
Valeu, Anderson!
De fato, seria muito bom!
Muito bom. Sugiro q mais posts desse tipo sejam discutidos.
Obrigado, Tatiana! Vou incluir na pauta do blog mais assuntos desse tipo então!
Guilherme, qual seria a sigla para casais que tiveram filhos, chegaram na idade madura e agora decidiram adotar uma criança de 0 a 3 anos? 🙂 Foi um “amigo” que mandou perguntar! 😉 Esse casal “amigo” tem 63 anos, ele, e 54 anos, ela. 😀
Carlos, essa é boa! Não sei, mas vou bolar uma sigla! 😀
Que bela iniciativa essa!
Abraços!
Será que há uma sigla para casais DINK mas que tem que cuidar de pais idosos que não se organizaram financeiramente? Talvez DINKBOP = “Dual Income, No Kids, But Old Parents”.
Brincadeiras à parte, cuidar de idosos pode ser em aspectos parecido com cuidar de criança. O problema é que nem tudo você pode abater do IR colocando como dependente. Tremenda injustiça não?
Oi Fernando, sim, talvez essa seja uma boa sigla. 🙂
Quanto aos abatimentos de IR, concordo com você, tremenda injustiça.
Abç!
Bingo, Fernando!
Meu marido e eu trabalhamos e não temos e não teremos filhos. Guardamos cerca de 70% do salário e vivemos na total frugalidade, pois sabemos que: (i) vamos precisar pagar alguém pra limpar nossa bunda quando ficarmos velhos e (ii) vamos ter que bancar nossos pais na velhice*.
* Nada mais justo no nosso caso, pois eles fizeram um esforço enorme para que tivéssemos mais oportunidades na vida e tivéssemos condições atualmente de guardar 70% do salário.
Rendimentos a todos!
É bom investir em saúde para não precisar ter alguém para limpar o bumbum… rs
Penso que, apesar dos problemas, nunca houve na história da humanidade época melhor que a atual. É um tempo onde temos o direito de escolha. Podemos casar ou não casar, podemos escolher casar com alguem do mesmo sexo ou não, podemos escolher ter filhos ou não. É de fato um grande privilégio poder escolher, e não fazer apenas o que todo mundo faz.
A dica sobre recursos para a aposentadoria vale para todos. É um risco mto grande achar que, tendo filhos, eles irão cuidar de nós qdo formos idosos. Os tempos atuais já não comportam isso. É preciso sim, ter uma reserva para bancar os cuidadores. Quem tem filhos espera simplesmente que eles de vez em qdo dêem uma supervisionada na qualidade dos serviços prestados pelos cuidadores, ou pela casa de velhinhos…rsrsrs.
Qto à capacidade de poupança: conheço de perto alguns casais DINK e tenho percebido que na verdade eles acabam substituindo os gastos que teriam com os filhos com algum outro tipo de gasto. O mais comum é assumir a responsabilidade sobre a velhice dos pais. Mesmo que existam outros irmaos, a responsabilidade e os gastos recaem sobre aquele que tem menos “compromissos” (leia-se, não tem filhos). Ou assumem os gastos com a criação e os estudos de um sobrinho, um afilhado. E até conheço um casal DINK, ambos empregados no Judiciário, com renda conjunta por volta de $30.000, que sustentam cavalos. Fazem equitação, cada um tem um cavalo para seu uso…e os cavalos anteriores tbem, que eles pegam afeição e não tem coragem de se desfazer, apesar do custo altissimo que representam.
E não estou falando de pessoas desorganizadas financeiramente. Esses casais que conheço são organizados e ponderados, apenas acabam assumindo para si algum encargo que talvez não assumissem se já tivessem outros encargos familiares.
Achei uma bela sacada a idéia do Anderson ali em cima. Querendo ou não ter filhos, o ideal é que o casal tenha uns largos anos de DINK, e nesse periodo dê uma alavancada nos investimentos.
São dois momentos em que é possivel poupar muito: o primeiro é qdo a pessoa já se formou, trabalha, e ainda mora na casa dos pais, e o segundo é depois de casado, qdo há duas rendas e nenhum filho.
Excelente depoimento, Vânia.
Sobre especificamente a questão da substituição de gastos dos DINKs, que teriam com filhos, por outros gastos, é verdadeira, e eu também conheço casais assim.
O importante, como sempre, é o hábito de poupar, principalmente quando se tem mais folgas financeiras.
Abraços!
Verdade, Guilherme! Abs! 🙂
Bom dia, Vânia!
Pois é. É que se um casal, mesmo que venha a ter filho(s), deve atentar-se à construção de patrimônio e segurança financeira. Para tanto, uma boa é ser um DINK por alguns anos, até as coisas se estabilizarem – o casal atingir o auge da carreira, ter uma residência própria e bolada de dinheiro para auxiliar na criação do(s) filho(s).
Uma quantia em dinheiro ajudaria em coisas básicas mas essenciais, como acompanhamento médico de qualidade, nutrição de qualidade, escola básica de qualidade; enfim, um bom aparato financeiro.
Uma coisa que acho interessante, e que infelizmente não é seguida pelos pais brasileiros, é a preparação que os pais americanos fazem para os filhos, a “poupança universitária”. Eles costumam poupar, até mesmo antes do filho existir, para que, quando o filho se torne adulto, haja dinheiro suficiente para pagar a graduação (que é caríssima, por sinal) e despesas comuns à situação de estudante – alimentação, acomodação e etc.
Vários pais brasileiros poderiam fazer o mesmo com os filhos, a questão, eu acho, é que o fato de haver universidades públicas mais bem estruturadas que particulares desestimula esse acúmulo financeiro. Mas, mesmo assim, creio que isso poderia ser seguido para enviar o filho ao exterior, fazer uma graduação numa faculdade internacional, isso elevaria bastante a vida profissional dele.
São muitas as coisas. Acho que as pessoas deveriam pensar mais, e se cuidarem mais, para não ter filhos sem aptidão financeira. Não que o dinheiro compre tudo e eduque os filhos, mas ajuda.
Abraço!
Mto bem colocado, Anderson! Um bom periodo de DINK faria bem a todos os casais, mesmo aqueles que optem por ter filhos depois. Que o casal se prepare e saiba poupar nessa fase da vida em que as despesas sao menores.
Belo artigo Guilherme.
O difícil mesmo é achar uma mulher que não seja consumista, adore gastar um horror de dinheiro em salão, maquiagem e roupas.
Adiar o máximo ter filhos também ajuda muito (inclusive o futuro filho).
No Brasil não dá pra contar com educação em escola pública, e mais ultimamente em universidade pública. Temos que nos preparar para pagar 25 anos de mensalidades escolares e faculdades para os nossos filhos.
abraço
Oi Frugal, valeu!
De fato, no Brasil, em face da precariedade de nosso sistema de ensino, é bom se precaver para o pior cenário, ou seja, pagar 25 anos de mensalidades escolares.
Abraços!