Em 2005, um britânico chamado Roger Griffiths ganhou na loteria o equivalente, à época, a R$ 5 milhões. Com tanto dinheiro na conta, ele e sua esposa resolveram viver uma vida absolutamente descontrolada: se demitiram do emprego, compraram uma mansão, matricularam os filhos nas escolas particulares mais caras, e esbanjaram em viagens luxuosas.
Para piorar, ele resolveu realizar um sonho de adolescente: fundou uma banda de música, e gastou mais de R$ 100 mil para lançar um disco (que vendeu apenas 600 cópias).
Como costuma ocorrer nesses casos de ganhadores de muito dinheiro da noite para o dia, a falta de controle financeiro não deu em outra: ele se afundou em dívidas, perdeu tudo o que tinha, e chegou a ter apenas R$ 20 na conta bancária.
A história é antiga, remonta a 2005, que foi reavivada em 2013, mas o exemplo é atualíssimo: geralmente, aquilo que é conquistado sem esforço é gasto sem controle.
Mas não é preciso ir muito longe para perceber quão verdadeira é essa frase. Podemos observar, no nosso cotidiano, exemplos de pessoas que simplesmente não valorizam o dinheiro que é ganho, muitas vezes porque ele é obtido sem suor, sem dedicação, sem esforço, sem empenho.
Imagine o exemplo de um casal em que só um dos cônjuges trabalha, e aquele que não trabalha é justamente aquele mais analfabeto financeiramente, do tipo que não consegue sequer organizar os gastos numa folha de papel. Como ele vai conseguir controlar os gastos do dinheiro, oriundo exclusivamente do trabalho do outro cônjuge, se ele próprio dispensa o uso de mecanismos de controle?
Em muitas famílias brasileiras, vejo a enorme dificuldade de pais em lidar com as rebeldias de filhos adolescentes, ou mesmo de filhos já adultos, mas que continuam dependendo dos pais (!?), reclamando que “os pais deles não dão dinheiro pra isso”, “não dão dinheiro para aquilo” etc. etc. etc. Muitas vezes, a falta de noção sobre o uso responsável do dinheiro é transmitido de geração para geração, e muitos adolescentes não conseguem controlar os gastos da mesada exatamente porque veem os pais não conseguindo controlar os gastos com o salário deles. O exemplo sempre fala mais alto que as palavras, e isso é tão mais verdadeiro quanto mais novo for o filho.
A grande questão que se coloca aqui é essa: lute para se valorizar. Se você ganha seu dinheiro com esforço e dedicação, gastando as horas de sua preciosa vida em um trabalho ou em uma atividade qualquer, faça com que haja um gasto de dinheiro que esteja dentro do espectro de valores que você considere importante. Gaste com sabedoria, a fim de que seus gastos reflitam seus valores mais profundos.
Valorize a sua hora de trabalho
Muitos conhecem a história da correlação entre uma roupa (ou um objeto qualquer) e uma hora de trabalho. Se não conhecem, vou contá-la aqui.
Suponha que você trabalhe 40 horas por semana, o que dá 160 horas por mês, e que ganhe um salário médio de R$ 6 mil líquidos. Ao receber o crédito do salário em sua conta, imediatamente se dirige ao shopping center mais próximo, e vê uma peça de roupa “linda”, “maravilhosa”, “exuberante” que custa R$ 600.
Ora, como acabou de pingar o valor de R$ 6 mil na sua conta, você olha o saldo pelo celular, vê a peça de roupa na vitrine, e mentalmente solta esse pensamento: “que maravilha, cabe no meu bolso”, ainda mais considerando que você pretende pagar no cartão de crédito. Ou seja, a fatura virá somente após mais um mês de trabalho.
Bom, caber, certamente o valor cabe, mas quanto essa peça custará em termos de horas de trabalho?
É só fazermos os cálculos. R$ 6 mil por 160 horas significa que você ganha R$ 37,50 por hora de trabalho.
Como a peça em questão custa R$ 600, isso significa que você terá que trabalhar 16 horas só para pagar por essa incrível peça de roupa. Isso equivale a dois dias inteirinhos de trabalho.
Será que isso realmente vale a pena? Será que vale a pena gastar 16 horas de seu precioso tempo de trabalho em troca de um pedaço de pano que você irá usar sabe-se lá quantas vezes?
O pior é que trocas desproporcionais de trabalho por bens materiais ocorrem a todo instante, com milhares de pessoas todos os dias, fazendo péssimas escolhas de consumo.
Amplie suas capacidades cognitivas, não apenas no trabalho, mas também na gestão dos frutos de seu trabalho
Invertendo o título desse artigo, podemos também considerar que tudo aquilo que é gasto sem controle dá a impressão de ser conquistado sem esforço.
Mas as coisas não ocorrem dessa maneira aparentemente simplória, pois os gastos de dinheiro pressupõe, no mínimo, a necessidade de você retirar parcela de seu salário, ou de seus rendimento, ou ainda, de seu patrimônio, para o pagamento de bens materiais. O que fazer então?
É necessário promover um adequado realinhamento. Um realinhamento entre aquilo que você produz, aquilo que você obtém, e aquilo que você consome.
E esse realinhamento passa necessariamente pelo caminho da educação. Do aprendizado. De você alimentar seu cérebro com o conhecimento pertinente.
E a educação financeira ocorrem em dois níveis. Primeiro, você precisa se educar, seja o dinheiro que você obteve oriundo de muito esforço, como produto de suas horas de trabalho, seja – principalmente – o dinheiro que você obteve oriundo do trabalho dos outros (como, por exemplo, herança).
Quando as pessoas se esforçam pelo dinheiro, quando elas gastam energia para obtenção de valores monetários, existe uma tendência, absolutamente natural, de elas valorizarem esse dinheiro, evitando gastos desnecessários, bem como estabelecendo mecanismos de controle.
E digo mais: quanto mais difícil é o processo de obtenção do dinheiro, mais valor elas dão ao dinheiro que recebem em troca do seu trabalho, pois sabem que aquilo não veio de graça.
Por outro lado, quanto mais fácil vem a obtenção do dinheiro, maior é a probabilidade desse mesmo dinheiro sair também de maneira “fácil”, sem controle.
Por isso, além da necessidade de você se educar financeiramente, é preciso também que o processo de aprendizagem financeira se estabeleça num segundo nível: o de você atuando como instrutor financeiro, seja no mundo offline, como instrutor financeiro de seu cônjuge, de seus filhos, de seus pais e até de seus amigos, seja no mundo online, criando blogs ou participando positivamente de fóruns, blogs e sites, compartilhando ideias que contribuam para melhorar a educação financeira de outras pessoas.
Por mais que seja difícil falar de dinheiro fora da Internet, ou seja, na vida real, é necessário “bater na tecla”, se não for com palavras, ao menos com exemplos. Como? Indo para o mercado com uma lista de compras pré-determinada, fazendo provisões mensais para despesas anuais de grande impacto no orçamento doméstico, evitando o excesso de refeições fora de casa, comprando o carro à vista, garantindo as compras de Natal até setembro, e assim por diante.
Conclusão
Nós estamos inseridos em um sistema onde o esforço é premiado. Onde, via de regra, quem trabalha mais ganha mais. Quem se esforça mais, recebe mais. Nada mais justo.
Uma de suas mais importantes funções nessa vida é lutar para respeitar e preservar esse sistema onde o esforço é premiado. Como? Através dos exemplos. Se você conquista as coisas pelo mérito, pela dedicação, pelo gasto de energia, dificilmente você vai cometer a burrada de gastar seu dinheiro de forma desordenada. Se você tiver uma boa educação financeira, essa possibilidade, então, simplesmente não existe. Você é a fonte de inspiração. Mesmo você não sabendo, as pessoas passam a te admirar. Passam a te admirar pelo que você é, e não pelo que você tem, ou ainda, ostenta.
Alcançar esse status de reconhecimento, numa sociedade tão podre quanto a atual, é um feito para pouquíssimas pessoas, exatamente porque são pouquíssimas as pessoas dispostas a viver uma vida fundada em valores como a ética, a integridade e o empenho em prol da construção de uma convivência mais sadia.
Pois transmita esses valores ao seus círculos de influência. Transmita para as pessoas de sua convivência a importância de gastar menos do que se ganha (ou de ganhar mais do que se gasta), de pensar a longo prazo, de não ser um maria-vai-com-as-outras, de decidir por conta própria e assumir o ônus (e o respectivo bônus) dessa responsabilidade.
E, se você tiver ganhado algo sem esforço, faça o esforço de pelo menos não dissipar de forma negligente o que ganhou. O provérbio “avô rico, pai nobre, neto pobre” é mais comum do que se imagina.
Pessoas que vivem na zona de conforto material já pré-recebida têm muita dificuldade de lidar com as finanças. A tendência é se desfazerem do patrimônio que receberam. Pessoas que “ganharam” uma zona de conforto material, como os sorteados das loterias, têm altíssima probabilidade de arruinarem tudo o que receberam. Já pessoas que construíram uma zona de conforto material valorizam cada centavo daquilo que construíram. Perceberam a diferença? 🙂
Seja você também um construtor de riqueza, e não apenas um recebedor, ou mero administrador dela. 😉
Créditos da imagem: Free Digital Photos
Guilherme,
O que é ganho sem esforço parece não ter muito valor mesmo. O pior é que mesmo quando é ganho com esforço muitas vezes não tem valor também! A correlação roupa x hora trabalhada diz muito sobre isso, pois muitas pessoas simplesmente compram justificando-se com a frase “eu mereço”. O problema é que esses pequenos e constantes “eu mereço” deixam a pessoa mais longe dos seus reais objetivos de vida. Então, o tempo passa e o que era possível torna-se praticamente impossível.
Gostei do que você disse sobre atuar como instrutor financeiro. Além de ajudarmos outras pessoas nesse sentido, acabamos aprendendo e reforçando ainda mais o nosso próprio conhecimento nesse sentido.
Eu já falei sobre o assunto para várias pessoas, mas a maioria geralmente não se interessa de verdade. Por isso, a internet é muito importante, pois em blogs como o Valores Reais encontramos pessoas com objetivos semelhantes em relação às finanças pessoais.
Ontem, bem por acaso, comecei a falar sobre o assunto com uma amiga, ela se interessou, no final, dei praticamente uma aula sobre o assunto. E então percebi o quanto aprendi durante esses anos.
Se esse conhecimento tivesse vindo sem esforço será que eu daria tanto valor? Provavelmente não.
“Nós estamos inseridos em um sistema onde o esforço é premiado. Onde, via de regra, quem trabalha mais ganha mais. Quem se esforça mais, recebe mais. Nada mais justo.”
Esse seria o cenário ideal, justo e motivador, que poderia fazer muito em prol do desenvolvimento do país, mas infelizmente não vejo muito isso acontecer no Brasil.
Aqui, o QI (quem indica) é mais importante do que o currículo, o “jeitinho brasileiro” e a ânsia de levar vantagem em tudo ainda imperam.
Vemos pessoas com menor escolaridade, com menos comprometimento e dedicação sendo promovidas enquanto quem se esforçou é deixado de lado. Isso aconteceu recentemente comigo. E acredito que vários leitores também passaram por situação semelhante.
Boa semana,
Oi Rosana, excelentes comentários!
Sobre a questão do QI, infelizmente no Brasil é uma prática rotineira, o que desanima bastante.
Gostei muito também da sua reflexão acerca do esforço para o conhecimento:
“Se esse conhecimento tivesse vindo sem esforço será que eu daria tanto valor? Provavelmente não.”
Abraços, e boa semana também!
Gostei!!
A correlação horas trabalhadas x consumo é muito interesse.
Valeu, Marcos!
Pois é, essa correlação de horas x consumo nos dá um novo “insight” sobre a importância de gastarmos com sabedoria.
Abç!
Olá Guilherme. Bom post, concordo com tudo. Mas acredito que o analfabetismo financeiro é a principal causa da perda de riqueza. Bem mais do que algo recebido sem esforço.
Se eu ganhar 5milhões na loteria, apesar de ser um fato ocorrido “sem esforço”, não vou deixar esse dinheiro sumir hehe
Abraço!
André,
Não somente a falta de educação financeira é responsável pelo “fracasso” financeiro das pessoas. Muitas vezes o problema é mais profundo, está na programação mental das pessoas, a mentalidade. O modo de pensar de muitas pessoas as condiciona a viver desordenadamente. A educação financeira muda isso, porém, ela vem depois, na verdade, é preciso resolver primeiramente essa forma de pensar. O porém da questão, e aí o negócio se torna mais profundo ainda, é que as pessoas têm essa cultura de irresponsabilidade por causa de eventos passados (educação e cultura vividas) ou crenças ruins. E isso deve ser resolvido urgentemente! Sem buscar uma cura ou tratamento para esses fatores-intangíveis-limitantes, o sujeito nunca poderá ver-se livre para aceitar uma boa educação financeira.
Perfeito.
Na verdade, quando digo “analfabetismo” imagino algo maior do que “educação”. É um modelo mental, como vc disse, desordenado, que confunde causas e consequências, que vê o mundo sob uma ótica demasiadamente emocional, que sofre com a vergonha que a sociedade impõe sobre questionamentos lógicos e outras formas de pensar o mundo.
A responsabilidade que citou é um dos pontos fundamentais, pois as pessoas de forma geral a evitam, querem sempre ter a garantia de alguém (o Estado, de preferência) para apoiá-las (mesmo que por trás cobre tudo dobrado) caso necessário (e quase sempre acaba sendo, como numa profecia autorealizável).
Enfim, é um longo debate 🙂
Sobre sociedade e Estado, eu já escrevi vários textos em meu blog. Agora estou lembrando desse em particular, mas se quiser fuçar por lá tem mais coisas.
http://www.viagemlenta.com/2014/04/politica-e-corrupcao-tem-solucao.html
Abraço!
Ótimos comentários, André e A!
E muito legal seu texto, André! Realmente, enquanto o modelo mental coletivo atual continuar “imperando”, ficará difícil vermos mudanças quanto à corrupção.
Abç!
Infelizmente a questão cultural é muito forte nesse sentido também, de forma negativa.
Como o André disse:
“A responsabilidade que citou é um dos pontos fundamentais, pois as pessoas de forma geral a evitam, querem sempre ter a garantia de alguém (o Estado, de preferência) para apoiá-las (mesmo que por trás cobre tudo dobrado) caso necessário (e quase sempre acaba sendo, como numa profecia autorealizável).”
A opção de culpar alguém em caso de erro muitas vezes se sobrepõe à responsabilidade pelos próprios atos e pela própria vida. Parece que as pessoas querem um plano B criado por outras pessoas, mas não por elas mesmas, com garantias e direitos inexistentes de forma tão abrangente em países desenvolvidos.
Abraços.
Perfeito, Rosana!
No Brasil, infelizmente, existe um “excesso de proteção” que acaba criando essa mentalidade de comodismo, que impera em largas parcelas da população brasileira.
“Ética, integridade, empenho para uma convivência mais sadia”. Creio que estes são exatamente os diferenciais do blog Valores Reais. Tenho observado que nos blogs sobre finanças encontra-se mta gente com ótimo conhecimento financeiro, mas sem os principios, os valores éticos que creio fundamentais em uma pessoa.
Bom, agora falando do post, realmente precisamos exercer o papel de instrutores da área financeira, principalmente para nossos filhos, nossa familia mais próxima. Mesmo fora do círculo familiar, sempre é possível servir de farol, dizendo a um como enxugamos as despesas desnecessárias, dizendo a outro que é melhor ficar com o carro uns anos a mais, e juntar o dinheiro para a troca. Na hora em que reclamam do IPTU, podemos dizer de nosso método de ir reservando mensalmente o valor necessário, no ano anterior.
Enfim, sempre há o que possamos fazer para minorar um pouco a falta de conhecimento financeiro das pessoas.
Oi Vânia, obrigado pelas palavras!
Sobre o papel de instrutores financeiros “informais”, creio que 100% dos leitores mais assíduos e antigos do blog já estão plenamente capacitados a atuarem dessa forma, já que o conhecimento que se requer em finanças não é muito complicado: aprender os conceitos básicos, como os bem citados por você, já ajudam a resolver mais de 80% das situações problemáticas em termos financeiros.
Abraços!
Alem de avaliar o cuatro do vem em horas trabalhadas, ha que we considerar o custo de oportunidade! Compre um carro de 100 mil ou compre um de 35 mil e invista 65 mil a 12%. O carro simples nao ten da status, mas te da mais de 6 mil na conta por ano.
Avaliar o quanto do bem…. Há que se considerar….
Ótimo post e excelentes comentários acima! Parabéns a todos os instrutores financeiros informais deste blog que nos enriquece toda semana de conhecimentos em geral e, mais especificamente, financeiros e de vida.
Alguém falou aí que primeiro a pessoa tem que mudar a mentalidade! E concordo plenamente!!!!!! Tenho um exemplo dentro de casa: meu marido.
Não adianta eu tentar educa-lo financeiramente porque para ele o dinheiro deve ser gasto todo, pois a vida é curta e, segundo ele, temos que aproveitar porque amanhã podemos estar mortos e o dinheiro no banco.
Bem, enquanto eu faço minha reserva financeira, meu patrimônio, ele vive no cheque especial e no consignado. Já cansei sabe. Decidi deixar para lá. Ele não muda a mentalidade. Minha luta agora será poder educar meus dois filhos, para que não sejam gastadores feito o pai e sim educados financeiramente feito a mãe 🙂
Outra coisa que acontece muito no meu dia a dia é a questão do carro no valor de 100 mil. Como acredito que a educação é o maior bem que posso dar aos meus filhos, me esforço pagando mensalidades caras numa escola bilingue. A maioria dos outros pais desfilam com carros de 80 mil para cima e eu, com meu sandero 2012. Kkkkkk. As vezes me incomoda, porque vejo os olhares dos pais sobre o meu carro velho. Mas a minha mentalidade financeira está muito bem formada. Mesmo que tenha dinheiro para comprar um carrão, como os deles, não o farei. Prefiro meu dinheiro no banco, rendendo juros…
Minha filha já me perguntou porque não troco de carro. Eu respondi: filha, estou juntando dinheiro para comprar o valor à vista e não será um carrão como os dos seus colegas. Prefiro deixar meu dinheiro no banco porque ganho mais dinheiro. Ela entendeu perfeitamente. Fiquei bem feliz, pois acho que estou no caminho certo.
Excelente depoimento, Isabela! Você está de parabéns pelas atitudes inteligentes que tem tomado em relação ao dinheiro, procurando dar bons exemplos para seus filhos, não só com palavras, mas com atitudes. Quem sabem assim seu marido não siga um exemplo que já tem dentro da própria casa!? 🙂
Hoje em dia, vivemos numa sociedade que vive das aparências, e, céus! Como tem gente boba nessa mundo, que gasta R$ 300 mil num carro, morando num apartamento que não vale nem R$ 200 mil! Tudo em nome do status, da aparência, e de outras bobagens semelhantes.
O caminho é árduo, mas só quem seguir bons princípios financeiros, como você, poderá colher os bons frutos dessa disciplina.
Abraços!
Isabela, vi seu comentário agora e reforço o que o Guilherme respondeu. Vc possui o pensamento correto e está no caminho correto. Não se deixe influenciar por quem diz o contrário. O equilíbrio na vida é isso. A tranquilidade e frugalidade sempre sobrepõe-se à tensão e ostentação.
Abraço e boas colheitas!
Principalmente enquanto os filhos são pequenos, ou adolescentes, ajuda mto qdo a gente consegue estar entre familias com modo de viver parecido com o nosso. Isso não é nada fácil, pque somos minoria. Mas há possibilidades. As escolas na linha Waldorf, embora bastante caras, atraem pais que querem tirar seus filhos da roda-viva do consumo. Essas escolas não aceitam que a criança use produtos com marcas de super-herois, ou que assista televisão, por exemplo Estimulam (e até exigem) que se façam coisas com as próprias mãos, em vez de comprá-las.
As escolas com mais ênfase na preservação do meio ambiente tbem atraem esse tipo de familia: pais que se preocupam em poupar os recursos naturais, tão dilapidados pelo consumo excessivo.
Sempre que possível, é legal achar a “nossa turma”. Talvez isso não sirva exatamente para a Isabela, que já tem filhos maiores. Mas é algo que os pais podem levar em consideração, qdo estão procurando escola para suas crianças.
assistaM
Ótimas dicas, Vania!
Gostei bastante dessa dica: “ajuda mto qdo a gente consegue estar entre familias com modo de viver parecido com o nosso. Isso não é nada fácil, pque somos minoria.”
De fato, achar a “nossa turma” já é meio caminho andado para ter resultados melhores no âmbito da educação financeira familiar.
Maravilha Guilherme, na parte onde vc cita o exemplo e como um i nstrutor financeiro, estou tentando quebrar este mito, venho fazendo mini palestra em minha residência, e tmb comecei o meu blog sobre finanças, pra motivar as pessoas ao meu redor, com a velha máxima, vc é média das 5 pessoas com quem anda, eu quero ser uma pessoa influenciadora, de bons exemplos…
Obg…
Excelente iniciativa, Tiago!
E parabéns pelo blog! Criar conteúdo e escrever sobre o assunto é uma forma de ajudar outras pessoas, além de desenvolver as próprias ideias de forma que o aprendizado se fixe melhor também!
Abç!