O resumão dessa semana tem conteúdo praticamente inverso ao que saiu na última edição, pois dessa vez comentamos a escalada do dólar e o derretimento do IBovespa. Além disso, trazemos também notícias sobre a alta da taxa de juros, comentários sobre os fundos imobiliários, discorremos sobre a LCA do BB, e uma novidade que contou com a nossa participação no site de viagens Expedia. Não percam!
Taxa de juros vai a 14,25% a.a., maior valor em 9 anos
A taxa SELIC não para de subir. Pelo “andar da carruagem”, a inflação pode fechar o ano na casa dos 9,23%, o que seria o maior valor em 12 anos. E, para conter a inflação, o governo lança mão do aumento da taxa de juros, numa tentativa de controlar a corrosão do poder de compra de nossa já enfraquecida moeda.
Com a economia em crise, o melhor que você tem a fazer, além de ser bem rigoroso nos gastos, é ter um boa reserva em renda fixa pós-fixada ao CDI/SELIC, justamente para tentar tirar algum proveito dessa onda de juros altos na qual o Brasil tem surfado com tanta intensidade.
Entram nesse cenário as aplicações financeiras que já comentamos antes aqui no blog: o Tesouro SELIC do Tesouro Direto, fundos referenciados DI, CDBs pós fixados ao DI, Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), principalmente essas duas últimas, em face da isenção do imposto de renda.
Uma coisa curiosa é que, hoje, é possível garantir rendimentos nominais líquidos (sem descontar a inflação) de 1% ao mês, assumindo riscos moderados. Um exemplo é investir numa LCA ou LCI que esteja pagando 90% do CDI, o que já garante rendimento anual superior a 12,82% a.a., ou rendimento mensal de 1% a.m. já computados os juros compostos.
O problema desse número, contudo, é que ele não considera a inflação. Com a inflação rondando na casa dos 9% a.a., o rendimento real cai para 3% a 5% a.a..
Uma alternativa para tentar travar uma taxa real de juros mais alta é investindo por meio do Tesouro IPCA+, mas se lembre da advertência que escrevemos há alguns anos: quanto maior a inflação, menor será o ganho real líquido com o Tesouro IPCA+. A rigor, menor será o ganho líquido de qualquer investimento financeiro.
A inflação, ao contrário dos tributos e dos custos operacionais (taxas de administração, taxas de custódia etc.), é o único “inimigo” dos investimentos sobre o qual não temos controle. O que é possível fazer, nesse contexto, é diminuir o seu custo de vida pessoal, a fim de que a inflação tenha o menor impacto possível em suas contas domésticas.
Bolsa em baixa (mas fundos imobiliários em alta)
Com a perspectiva de o Brasil vir a perder o grau de investimento num prazo de 12 a 18 meses, a Bolsa já começou a precificar esse risco em seus ativos, e a consequência está sendo uma derrocada do IBovespa, que perdeu mais de 4% somente no mês de julho, e isso porque o mercado se recuperou nos últimos dias – a Bolsa chegou a cair abaixo de 50 mil pontos nesse mês.
Se isso é ruim para quem está comprado em Bolsa, pode abrir oportunidades de compra para quem tiver muito sangue frio e sobretudo paciência para investir no mercado de ações.
Apesar de o IBovespa estar com uma rentabilidade até positiva no acumulado do ano de 2015 (+1,71%), vale dizer que muitas empresas foram castigadas nesses últimos meses, principalmente as siderúrgicas e as de commodities (para variar).
Para quem já investe com regularidade em ações, através de carteiras de empresas bem diversificadas, como o BOVA11, PIBB11 ou SMAL11, essa é uma ótima oportunidade para comprar mais ações com menos dinheiro.
Curiosamente, quem tem fundos imobiliários na sua carteira de investimentos não pode reclamar, mesmo com a crise no setor imobiliário. O IFIX, índice que mede o desempenho dessa classe de ativos, acumula alta de 10% em 2015, batendo todos as demais classes de ativos (renda fixa e ações), e só perdendo para os ativos que compõem o grupo “hedge” (dólar e ouro).
Eu não consigo entender o motivo de o IFIX estar em alta, numa época de aperto para o setor imobiliário, com constantes feirões de queima de estoque sendo realizados nas principais capitais do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Curitiba, Belo Horizonte etc.). Algum leitor tem explicação para essa alta dos fundos imobiliários?
Dólar em alta
Vários fatores têm explicado a recente disparada do dólar, tais como a crise econômica, a crise política e a crise de valores no Brasil, somado ao crash na Bolsa da China.
O dólar subiu 10% em julho, e já acumula rentabilidade de quase 30% no ano de 2015.
O dólar alto é ruim por vários motivos, pois ele ajuda a puxar a inflação para cima, uma vez que muitos itens que compõem o cálculo da taxa de inflação estão atrelados à variação da moeda norte-americana, e também é ruim para quem tem ou terá despesas diretamente em dólar, como quem costuma viajar para o exterior ou faz muitas compras em lojas estrangeiras via Internet.
Nesse cenário, muitos investidores recorrem então ao investimento em dólar, não como passivo, mas sim como ativo, através, por exemplo, de fundos cambiais. Nesse caso, é preciso prestar bastante atenção às taxas de administração cobradas por esses fundos, que costumam ser bem careiras, acima de 2% a.a., apesar de serem fundos basicamente de gestão passiva.
LCA do BB agora paga 83% do CDI
O Banco do Brasil resolveu mudar para pior o investimento em Letra do Crédito do Agronegócio (LCA).
Conforme já amplamente observado por diversos leitores do blog, a LCA do BB teve sua rentabilidade diminuída. Antes, pagava 84% do CDI, agora, está pagando 83%.
Como todos sabemos, o Governo tem feito esforços para tentar diminuir os saques da caderneta da poupança, que estão batendo recorde atrás de recorde. Isso, além de ser um sinal evidente de crise, uma vez que as pessoas estão precisando sacar recursos para pagar contas e dívidas, dificulta o já combalido financiamento imobiliário, que tem como principal fonte de recursos os valores depositados em caderneta de poupança.
E, como o BB é um “braço” do Governo, eles resolveram incentivar o uso da poupança por diversos instrumentos, seja através do sorteio de prêmios pela Loteria Federal para quem mantiver recursos na caderneta (típica política do pão e circo, que, aliás, também está ocorrendo na Caixa Econômica Federal), seja através da diminuição da rentabilidade de outras aplicações financeiras, como é o caso da LCA do BB.
É lamentável essa atitude do Governo, o que só vem a reforçar a minha ideia de, se você quiser explorar ao máximo a rentabilidade que o mercado oferece através desses produtos, é melhor fazer investimentos em LCAs e LCIs através de corretoras independentes, que oferecem produtos bem mais competitivos, embora também com uma parcela maior de risco, e, em geral, uma menor liquidez.
As corretoras que trabalham com home broker têm cada vez mais oferecido esse tipo de produto aos seus clientes, como forma de retenção de recursos na corretora. Envie um email à sua corretora perguntando se ela trabalha com esse tipo de produto, quais são os bancos e as taxas oferecidas, e se há cobrança de comissão da corretora sobre o investimento – algumas cobram um percentual sobre o valor aplicado, de, por exemplo, 0,1% a.a.
Artigo no Guia Prático de Economia para Viajar Mais, do Expedia
O renomado site internacional de viagens Expedia, que tem sede nos Estados Unidos, mas filiais no mundo inteiro, inclusive no Brasil, me convidou para escrever um pequeno artigo, dando dicas para construir uma reserva financeira, para as pessoas viajarem mais. O projeto se chama “Guia Prático de Economia para Viajar Mais”, e pode ser acessado nesse link.
Dirigido predominantemente ao público leigo em finanças, esse projeto contém dicas para economizar em diversas categorias de consumo, como restaurantes, água, celular, academia, combustível, roupas etc. Cada categoria contém “a dica do especialista“, ou seja, um artigo escrito por um profissional especializado no respectivo segmento.
Eu participei escrevendo dicas práticas no segmento de “poupança semanal”, que é a área onde tenho mais afinidade. Já que o objetivo do guia é economizar para viajar mais, centralizei as dicas financeiras na ideia de que é preciso fazer um planejamento prévio, evitando o famigerado “endividamento”, que infelizmente ainda é prática corriqueira mesmo quando o assunto é viagens.
O Guia ficou bem legal, e tenho certeza de que ajudará as pessoas a se conscientizarem financeiramente não só para viajar com mais dinheiro, mas também para organizarem melhor sua vida financeira, o que é crucial nos tempos de crise econômica em que vivemos.
Agradeço à turma do Expedia pelo convite!
…………………….
Tenham todos uma ótima semana e um excelente mês de agosto! 😀
Alguns pontos a comentar sobre este artigo:
1) Taxas de administração de fundos cambiais não são “careiras”. Votorantim Cambial cobra 0,8%aa (disponivel diretamente e atraves de varias corretoras, para um valor a partir de mil reais) e o proprio correntista Bradesco investe a partir de mil reais com taxa de 1% aa. Mas entrar agora é entrar no final da festa, aumentou muito o risco em relação ao retorno.
2) Exemplo mais clássico de cobrança de taxa na renda fixa é da Corretora Rico que cobra 0,4% ao ano.
3) Não se pode confundir os feirões (residencial) com os fundos imobiliários (comercial, galpões, shoppings, hospital e outros), com contratos de reajuste atrelados à inflação. Além disso o mercado é bem pequeno, e dominado por pessoas físícas, que tradicionalmente estão do lado contrário ao movimento de mercado. A conferir.
Grato pelas informações, Ricardo.
Não sabia desses fundos cambiais, cujas taxas de administração são mais razoáveis.
Abraços
Sim, Guilherme, o próprio Sammy Dana fica falando na Globo News que não gosta muito de fundos cambiais porque tem taxas de administração altas, o que não é uma realidade no mercado. Há que se tomar cuidado porque a maior parte das pessoas simplesmente repete o que escuta e não vai verificar as fontes. Abs.
Concordo, Ricardo, buscar a informação é a chave para conseguir melhores produtos.
Abç!
Os FIIs são bem resilientes nas crises, principalmente com yields interessantes. O investidor foca muito nos alugueis a receber. Em 2008 o fundo FLMA11, por exemplo, não sofreu nenhuma queda drástica. Vejam o gráfico dos últimos 10 anos no portal exame.
http://exame.abril.com.br/mercados/cotacoes-bovespa/fundos/FLMA11/grafico
Realmente, Paulo.
Vamos ver como os FIIs se comportarão ao longo desse ano de 2016.
Abraços
Muito bom post. Todas essas mudanças me chamaram muita atenção e é muito bacana ler seus comentários.
Tenho os meus investimentos no Tesouro. Estava pensando em começa a investir em ações, estava pensando em comprar AMAR3 Marisa SA. Você acha uma boa neste período de queda ou melhor eu aplicar em LCA? Recebi a “propaganda” da minha corretora que está a seguir.
“Destacamos a oportunidade deste final de semana da LCA do Banco Pine para 360 dias com taxa de 99% CDI, o que representa aproximadamente 13,98% líquido ao ano, caso a taxa de juros do Brasil permaneça no patamar atual.”
Obrigado pela ajuda de sempre!
Por que quer entrar em ações e comprar justamente AMAR3? Acha que ela tem algum diferencial? Ou somente olhou para o histórico de queda do valor da ação?
Boa tarde Leonardo,
Eu não tenho conhecimento de ações, apenas olhei o histórico e algumas notícias e achei interessante o quanto ela baixou de uns tempos para cá. Chegou a quase R$ 16 e agora está R$ 8. Só estava olhando as opções, mas pelo que tenho lido, me parece que a melhor opção é a renda fixa mesmo.
Achei interessante o LCA que citei, provavelmente vou nele.
Pois é, a ação estar em baixa não significa muita coisa. A Oi despencou também e não tem sinais de retomada. Eu não sei nada sobre as Lojas Marisa. Talvez uma boa opção você começar com ETFs (claro, estude antes para se sentir seguro). É mais fácil de acompanhar o desempenho e dá uma diversificação maior também.
A LCA tem bom rendimento, mas há uma possibilidade ( http://www.clubedospoupadores.com/investimentos/imposto-renda-lci-lca.html ) de que o governo possa retirar a isenção de IR da aplicação pro próximo ano. Não dá pra saber se realmente essa é uma intenção do governo. Nesse caso, se você achar uma LC ou CDB com uns 123% do CDI e mesmo prazo, talvez seja melhor.
Pra saber se é bom ou não, depende do objetivo do seu investimento.
Não estou dizendo pra você fazer isso ou aquilo, são apenas considerações a serem levadas em conta. =)
Ótimas explanações, Leonardo!
Realmente, a análise das ações é bastante complexa, e deve ser feita através do estudo de múltiplos critérios, não apenas com o valor da cotação.
Mais seguro, para diminuir os riscos, é investir por meio de ETFs, como bem disse o Leonardo.
Abraços!
Leio sobre investimentos desde janeiro, mas me chamou a atenção no seu post que 2 vezes você citou o risco no investimento em renda fixa através de corretoras:
…rendimentos nominais líquidos (sem descontar a inflação) de 1% ao mês, assumindo riscos moderados.
…investimentos em LCAs e LCIs através de corretoras independentes, que oferecem produtos bem mais competitivos, embora também com uma parcela maior de risco,…
Poderia especificar melhor a que risco você se refere, já que são investimentos cobertos pelo FGC?
Acredito que o risco é da instituição não honrar mesmo, uma vez que esses produtos são oferecidos por instituições pequenas e médias. Por isso a importância de investir dentro do limite do FGC. Esse limite é contando principal + juros até o momento da quebra. Ou seja, nada de investir R$ 250mil iniciais e pensar que os juros resultantes também serão cobertos pelo FGC. O valor é até R$ 250 mil contando já o rendimento.
Exatamente, O Leonardo disse tudo.
O risco, basicamente, é a dor de cabeça de o banco em que você investiu quebrar e você demorar além da conta para receber seu dinheiro.
Abraços
Vejo duas explicacoes pro aumento nos FII
1) o aumento dos juros, apesar de pior no curto prazo, indica uma perspectiva de queda na inflação e, portanto, juros de longo prazo mais baixos
2) com a redução na oferta de LCI/LCA, uma parte dos investidores, mais propensos a tomar risco, migrou pros FII
https://tufiquerico.wordpress.com/
Abs
Também concordo, TuFique.
Abç
Fiquei confusa com o texto sobre o IPCA, como o artigo é antigo, achei melhor comentar aqui. Com a inflação alta, os títulos indexados à inflação se mostram mais rentáveis do que os que não são, correto? O Tesouro Selic remunera a uma taxa de 14,25. O Tesouro IPCA+ 2019 (considerando as taxa de hoje) remunera 15,62 (inflação de 9% e taxa fixa de 6,62%). Ou seja, é mais vantajoso o Tesouro IPCA, porque o Selic não está com a correção da inflação. Sei que o calculo é bastante simplório e existem variáveis mais complexas a serem consideradas, mas a linha de raciocínio está correta? Considerando que tanto a taxa Selic, quanto a inflação são variáveis, o investimento pode render mais ou menos.
Caroline, seu raciocínio está correto. O Tesouro IPCA está pagando mais porque ele precisa ter um “prêmio de risco”, já que a volatilidade dele é maior do que a do Tesouro SELIC.
Mantidas as atuais premissas das taxas de inflação e juros, o Tesouro IPCA+ renderá mais que o Tesouro SELIC. Contudo, esse cenário pode mudar caso essas premissas sejam alteradas: se a inflação e/ou os juros subirem, os títulos comprados pelas taxas atuais sofrerão oscilações negativas, tendo sua cotação de mercado desvalorizada momentaneamente.
Abç
Obrigada pela resposta!
De nada e bons investimentos!
Guilherme,
Parabéns pelo artigo no site Expedia! 🙂 Eu li e achei que ficou bem apropriado para esse público específico.
Boa pergunta em relação aos Fii’s… Ainda sobre esse assunto, eu li sobre um outro fundo, de alto risco:
” Este fundo utiliza diretamente e/ou por meio dos fundos investidos estratégias que podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus cotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo.”
No regulamento do Pqdp11 não encontrei nada parecido, exceto:
Art. 39 – Constituem encargos do FUNDO as seguintes despesas que lhe serão debitadas pela
ADMINISTRADORA:
XI. As despesas de qualquer natureza inerentes à fusão, incorporação, cisão ou liquidação do
FUNDO e à realização de Assembleia Geral de cotistas;
X. Valor das parcelas dos prejuízos eventualmente sofridos pelo FUNDO, que não sejam
cobertos por apólice de seguro e não decorram de dolo, culpa ou negligência da
ADMINISTRADORA no exercício de suas atribuições;
VIII. Honorários de advogados, custas e despesas correlatas incorridas na defesa dos interesses do
FUNDO, em juízo ou fora dele, inclusive o valor de condenação eventualmente imposta ao FUNDO.
Será que, se Fii’s (em geral) apresentarem grandes prejuízos, os cotistas tem que aportar recursos para cobrir esses gastos?
Obrigada!
Obrigado, Rosana!
Sobre sua dúvida em relação aos FIIs, os cotistas não precisam aportar recursos adicionais para cobrir os gastos. A responsabilidade pelos gastos é integralmente da gestora/administradora do fundo. O risco do cotista já está todo embutido no preço pago pela cota.
Abraços!
Agradeço por sua resposta, Guilherme!
não é bem assim, como nunca aconteceu ainda há um “vazio” jurídico para definir a responsabilidade do cotista. Vejam essa longa discussão…. https://tetzner.wordpress.com/comment-page-55/
Abs.
Bom link, Ricardo!
Muito interessante o formato do post, como resumo da semana.
Os juros estão muito altos mesmo, infelizmente tentando segurar uma inflação cada vez mais bruta. O agora a pouco o Vice-presidente do (des)governo foi fazer um apelo na TV, a coisa está feia. Uma zona.
Nada que o governo põe a mão é bem gerido, então LCA e LCI só por corretoras independentes.
Estou estudando FIIs, e vou entrar nesse mercado no futuro. Por enquanto não sei o que comentar 🙂
Interessante o artigo no Expedia. Parabéns pelo convite.
Abraço.
Grato pelas palavras, ID!
Realmente, a renda fixa oferece grandes atrativos nos patamares atuais, mas a grande oportunidade reside nas corretoras independentes.
Abç!
Boa tarde Guilherme!
Fica a pergunta agora, e o que fazer com a priorização de resgate automático do BB? Dentre os produtos que permitem essa opção a LCA, continua tendo rentabilidade superior aos Fundos DI Estilo e Private(LCA ~= 0,86%, Fundos DI ~= 0,73~0,75%, ambos ao mês, comparação entre períodos menores do que seis meses.)
Meu colchão de segurança era justamente essa LCA, mas confesso que vai dar um bocado de trabalho, receber o salário, jogar para a LCA, tendo que “prever” quais serão as despesas aproximadas para daqui a 3 meses e colocar o restante em uma aplicação melhor.
Como leitor que tomou conhecimento desse procedimento através do Valores Reais sai da poupança e fui logo para um fundo DI com rentabilidade diária! Deixando zero reais na conta! Foi muita emoção! E devo isso ao Blog!
Fiquei curioso para saber o que você irá fazer a respeito, quando os recursos da sua LCA de antes da mudança acabarem. Continuar com LCA ou migrar para os Fundos DI? Ou ainda mandar aquele abraço pro BB? Podia até render um post sobre o tema!
Forte abraço e obrigado por compartilhar conhecimento de educação financeira e principálmente sabedoria de vida, que no final é o que realmente importa! Todo sucesso do mundo!
Bom dia, Jorge!
Obrigado pelas suas palavras! E fico feliz também que tenha tomado decisões bastante inteligentes sobre seus investimentos, a partir das leituras do blog!
De fato, a LCA deixou de ser opção para o resgate automático, com essa carência de 90 dias.
Provisoriamente, estou alocando os recursos entre os Fundos DI Estilo, mas estou vendo que eles estão com péssima rentabilidade; e o Tesouro SELIC, que tem me dado uma rentabilidade bem mais atrativa, com a ótima vantagem de permitir a liquidez diária.
Diante desse cenário, a tendência é que eu mande aquele abraço pro BB, e concentre o colchão no Tesouro SELIC.
Abç!
Olá, Guilherme.
Não sei se ainda dá tempo de aproveitar a notícia ou de fazer um post sobre isso, mas está disponível até amanhã (27/8) reservas para debentures incentivadas da Vale, atreladas ao IPCA e com vencimentos em 2020 e 2022.
Só fiquei sabendo disso hoje, infelizmente, mas não perdi tempo e já fiz minha reserva (com recursos que eu ia destinar a títulos do TD)… oportunidades de investimento com taxas de juros como as atuais não devem ser desperdiçadas 😉
Grande abraço,
Henrique
Olá Henrique e demais, referente às debêntures incentivadas da VALE, quanto a vossa corretora cobra de taxa de custódia por essas debêntures? Abs.
Olá, Ricardo.
Pelo que me consta, a única taxa cobrada é a custódia da própria CETIP/Bovespa, que seria de 0,03% pelo que andei pesquisando, e igual pra todo mundo.
Acabei de verificar com a corretora e eles não cobram nada, nem corretagem e nem custódia.
Grande abraço,
Henrique
Henrique, poderia me passar qual é atua corretora? Estou procurando uma corretora que não cobre custódia em debnetures…. abraço
Obrigado pelo aviso, Henrique, só fiquei sabendo dessa notícia através de seu comentário, e infelizmente não deu tempo de publicar um post a respeito.
Li rapidamente o prospecto e finalmente as debêntures incentivadas conseguirão uma taxa excelente, ainda mais considerando a isenção total de IR.
Se a inflação continuar nesse nível, prevejo que você conseguirá algo em torno de 15% a 17% a.a. líquidos. Rendimento avassalador em se tratando de renda fixa.
Abraços e bons investimentos!
Ricardo,
Atualmente estou operando pela Socopa.
Corrigindo a informação anterior, na Socopa a taxa de custódia, tanto para posição em ações quanto em debêntures, existe sim e é de R$ 10,00, porém eu tenho isenção se fizer pelo menos uma operação no mês que gere corretagem (como a compra/venda de ações), que é exatamente o meu caso.
A única corretora que conheço que não cobra nenhuma taxa de custódia é a Easynvest, porém ela cobra corretagem de R$ 10,00 para debêntures, e nunca operei com eles, então não conheço a qualidade do serviço prestado.
Grande abraço,
Henrique
Henrique, obrigado pela resposta. Para quem tem um “pingado” de debentures, essa taxa de custódia começa a pesar ao longo do tempo, veja quem por exemplo entrar com mil reais nessas debentures da VALE já teria uma taxa de custodia de 120 reais (12 x R$ 10,00) a cada ano, praticamente 12% do principal investido a cada ano….. dependendo do ano, se o ipca cair, corre-se o risco de ter rentabilidade liquida negativa….
Melhor ficar na ntn-b mesmo.
Ricardo,
Realmente fica difícil encarar o custo de manutenção dos investimentos quando não se movimenta a conta na corretora. As taxas vão comendo nosso possível lucro.
Olha só o que tenho feito: faz alguns meses que só tenho feito aportes no Tesouro Direto, ou seja, teria que pagar custódia por não ter gerado corretagem. Pra não dar esse dinheiro de graça assim para a corretora, todo último dia do mês eu vendo alguma das minhas ações no final do pregão. No dia seguinte, logo no começo do pregão, faço a compra novamente da mesma quantidade de ações.
Fazendo assim eu tenho conseguido:
– ficar livre da custódia por 2 meses (já que a venda é em um mês e a compra em outro)
– continuar com minha carteira inalterada, já que vendo e compro a mesma quantidade
– não pagar imposto de renda, porque vendo sempre menos de R$ 20K
– minimizar a chance de grandes prejuízos ao operar perto de fechamento de um dia e da abertura do outro (aliás tenho conseguido até algum lucro nessas operações a ponto de compensar as duas corretagens pagas, ou seja, sai de graça)
– e, principalmente, ajustar meu preço médio, a fim de ter algum benefício no pagamento do IR em alguma eventual venda acima de R$ 20K
Fazendo assim, tenho conseguido dedicar meus aportes somente para a renda fixa sem precisar pagar taxas por estar com a renda variável parada. E agora vai servir para as debêntures também.
É isso. Grande abraço,
Henrique
Henrique, que bom que isso tem funcionado na tua corretora. Eu até que faço uma quantidade razoável de operações em bolsa por mês, mas infelizmente a minha corretora não aceita custódia de debêntures……
Abraço
E para completar… alguém pode questionar “Mas todo esse trabalho por casa de apenas R$ 10,00?”
Primeiro: como você disse, R$ 10,00 ao longo de 12 meses já são R$ 120,00
Segundo: cada real que deixo de gastar é um real a mais para investir e trabalhar para meu enriquecimento
Terceiro: ainda não sou rico a ponto de não ligar para R$ 10,00, tipo pegar uma nota de 10 da carteira, amassar e jogar no lixo (e provavelmente nunca farei isso).
Grande abraço,
Henrique
Henrique, eu sou uma pessoa que chega a não investir por causa de taxas. Como escrevi, taxa de 10 reais por mês em custodia de debentures representa 12% ao ano do principal investido… completamente inviável.Recentemente fechei minha conta em um banco porque não justificava os custos que estava tendo. Abraço.
Henrique, vc se livra da custódia com essa operação citada mas e a corretagem, não paga?
Oi, Cesar.
Sim, pago a corretagem. Se bem que muitas vezes a diferença entre o preço de venda e de compra tem cobrido esse custo.
Mas mesmo que não cobrisse o custo, meu raciocínio é o seguinte: pagar R$ 20,00 de custódia (dos dois meses) sem colher nenhum benefício com isso… ou pagar R$ 14,00 nas duas corretagens e ter a possibilidade de um imposto de renda menor no futuro?
Prefiro a segunda opção.
Grande abraço,
Henrique