Sonho de 10 de cada 10 investidores, a conquista da tão almejada independência financeira é um trabalho árduo, que requer a conjugação de alguns ingredientes básicos: (a) estudo e conhecimento do mercado financeiro e dos diferentes produtos oferecidos ao investidor; (b) ganho de uma renda ativa (proveniente de seu trabalho) que seja realista com os seus objetivos de renda futura; (c) disciplina para fazer sobrar dinheiro no final do mês, coisa que é especialmente difícil entre servidores públicos, que acham que sua aposentadoria pública será suficiente; e, finalmente, mas não menos importante, (d) frugalidade.
Como o fluxo de novos leitores é bastante forte nesse blog, com a chegada semanal de milhares de novos leitores, esse é um oportuno artigo para apresentar-lhes 8 diferentes ativos que podem perfeitamente compor seu plano de aposentadoria financeira. Para os leitores mais antigos, essa também é uma oportunidade para recapitular conceitos importantes acerca da geração de fluxo de caixa na aposentadoria, bem como para se certificarem se o seu plano está caminhando a contento.
Como construir seu plano de aposentadoria financeira? Confiar apenas em um ativo, seja ele qual for (dividendos de ações, renda de fundos imobiliários, ou mesmo proventos de aposentadoria pública), é muito arriscado, por vários motivos, dentre os quais se destacam o risco de extinção da fonte geradora de renda (ou de sua abrupta desvalorização) ou mesmo o custo de oportunidade, de ter perdido a chance de, no passado, ter investido em outros ativos que pudessem minimizar o desconforto de se apostar em um só tipo de ativo.
Mesmo quem é servidor público deve se cuidar, pois tramitam no processo legislativo projetos de lei que, se aprovados, elevarão a idade mínima para se aposentar, e diminuirão ainda mais o valor dos proventos (agradeço ao leitor Antônio pela correção!).
Vamos, então, conhecer abaixo 8 tipos de diferentes ativos geradores de renda, que podem perfeitamente abastecer com segurança seu plano de aposentadoria financeira.
1. Renda de fundos de investimentos imobiliários (FIIs)
Os fundos imobiliários têm sido a vedete dos últimos anos, por conta de uma vasta combinação de fatores, que vão desde o boom vivido pelo mercado imobiliário nos anos recentes até o descrédito com o mercado de ações. Os fundos imobiliários têm se mostrado uma excelente fonte de geração de renda passiva para o investidor de longo prazo, conforme, aliás, já comentamos aqui no blog há quatro anos, no artigo 3 estratégias com investimentos em fundos imobiliários – FIIs, e continuam tendo o seu valor.
Contudo, o mercado de FIIs nos últimos tempos tem se saturado, o que tem provocado quedas nos preços de alguns ativos individuais, abrindo boas oportunidades de compras, o que ocorreu principalmente no primeiro trimestre desse ano.
Os fundos imobiliários garantem ao investidor o pagamento de uma renda mensal, isenta de imposto de renda, e que tende a crescer com o decorrer do tempo, haja vista que os contratos de locação dos imóveis subjacentes aos fundos normalmente têm a previsão de reajuste anual pela variação da inflação, o que garante um aumento real do poder de compra a cada ano. E tudo isso ainda sem contar a possível valorização dos imóveis, o que acaba refletindo no valor das cotas negociadas na Bolsa.
Como em qualquer outro tipo de mercado, o mercado de fundos imobiliários também exige bastante estudo e conhecimento por parte do investidor, e, acima de tudo, diversificação, que é um dos grande atrativos dos fundos imobiliários: com um capital menor do que o necessário para comprar um único imóvel “de tijolo”, poder ser “dono” de diferentes empreendimentos imobiliários, em diferentes regiões do Brasil, de distintos segmentos da economia, diluindo bastante o risco de ficar sem receber renda em determinado mês.
Um ótimo site para aprender mais sobre os fundos imobiliários é o Fórum do Tetzner. O colega Pensamentos Financeiros também conta com excelentes artigos sobre esse mercado ainda desconhecido do grande público.
2. Dividendos e juros sobre capital próprio de ações individuais
Quem pensa em aposentadoria financeira deve obrigatoriamente incluir o mercado de ações em seu portfólio de investimentos, afinal, no longo prazo, as ações constituem o tipo de ativo que mais se valoriza com o decorrer do tempo, pois está subjacente a eles o desenvolvimento econômico das empresas que os embasam, e, portanto, há associada a eles a ideia de um maior grau de risco, o qual, por sua vez, tende a produzir um retorno mais elevado que o investimento em imóveis ou o investimento em renda fixa (é o famoso “prêmio de risco”).
O investimento em ações pode ser feito por meio de compras de ações individuais ou ETFs, que são “pacotes de ações”, e sobre os quais já comentamos em artigos anteriores.
Com a compra de ações individuais, você estará habilitado a receber, em sua conta-corrente, dividendos e juros sobre o capital próprio das empresas que adquiriu, que nada mais são do que parcela dos lucros que a empresa obteve em determinado período. Geralmente, tais dividendos são pagos a cada trimestre, sendo que algumas empresas – bancos, por exemplo – fazem distribuição mensal dos lucros.
Quem investe em ETFs, como BOVA11 e PIBB11, não têm a possibilidade de receber os juros e dividendos periodicamente, uma vez que tais proventos são reinvestidos automaticamente no próprio fundo de índice pelo seu gestor. Nesses casos, para converter o capital em renda é preciso atuar em duas etapas complementares: primeiro, realizar o lucro, vendendo parte dos ETFs; e, num segundo momento, com o dinheiro da venda, reaplicá-lo em algum dos outros ativos geradores de renda, como cotas de fundos imobiliários, títulos do Tesouro Direto ou mesmo ações individuais de empresas com histórico consistente na distribuição de dividendos.
3. Cupons semestrais de juros das NTN-Bs do Tesouro Direto
Fundos imobiliários podem ter vacância nos empreendimentos, deixando de gerar renda; empresas podem falir e deixar de distribuir lucros; mas o erário federal dificilmente deixará de honrar seus compromissos, o que torna as NTN-Bs do Tesouro Direto especialmente atrativas, já que elas garantem o pagamento de juros semestrais.
Claro, essa possibilidade de o Tesouro dar calote existe, mas o seu grau de risco é bem menor, numa escala comparativa com as ações e os imóveis geradores de renda.
Além disso, existe outro atrativo que pesa a favor das Notas do Tesouro Nacional, que consiste no fato de elas geralmente terem rentabilidade superior aos fundos referenciados DI e demais investimentos que seguem o CDI ou a taxa SELIC.
Dessa forma, o investimento nas NTN-Bs do Tesouro Direto é uma forma útil de diversificar as fontes de renda passiva na aposentadoria, justamente pela possibilidade certa de você ter um fluxo de caixa semestral de cupons de juros caindo em sua conta-corrente, o que ocorre sempre nos meses de maio e novembro de cada ano, e o que é melhor: reajustado anualmente pela inflação medida pelo IPCA.
4. Aposentadoria do INSS / Setor Público (RPPS)
Embora a aposentadoria pública pelo INSS não seja realmente sinônimo de aposentadoria financeira tranquila, não podemos descartá-la como uma importante fonte de renda passiva, pois ela oferece um dos pacotes de cobertura mais completos do mercado, que abrangem diferentes tipos de benefícios, e não apenas a aposentadoria. São eles: pensão por morte, auxílio-doença, salário-maternidade, dentre outros.
Dessa forma, pagar as contribuições ao INSS pode ser considerado um meio de diversificar ainda mais seu plano de aposentadoria financeira, além de funcionar como uma espécie de “seguro” contra riscos decorrentes de doenças, morte, invalidez etc.
Mesmo que o valor da aposentadoria pelo INSS seja irrisório, comparado ao valor de renda passiva que você pode obter de outras fontes, sobretudo das fontes #1, #2 e #3 enumeradas acima, a minha recomendação é que você contribua de tal forma que o valor da aposentadoria do INSS pague, pelo menos, seu plano de saúde na velhice, o qual, com certeza, “comerá” grande parte de seu orçamento doméstico da terceira idade.
Quanto à aposentadoria do setor público, do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), disponível para os servidores públicos, ela também não pode ser negligenciada, pelos mesmos motivos que o INSS não pode ser relegado a segundo plano pelos trabalhadores da iniciativa privada.
Porém, ela também não pode ser vista como a única fonte de renda passiva pelos trabalhadores da ativa, uma vez que as regras da aposentadoria, tais como idade mínima, valor dos proventos etc., não estão no seu controle, mas sim no controle do governo, o que acaba criando insegurança, por exemplo quanto à idade mínima para se aposentar.
5. Previdência complementar aberta/fechada
A previdência complementar é outra fonte de renda passiva bastante ignorada pelos investidores, e com razão: afinal, a esmagadora maioria dos planos de previdência complementar oferecem planos com custos exorbitantes, com taxas de administração absurdas, taxas de carregamento mais absurdas ainda e portfólios de composições de carteira com rentabilidades pífias, que chegam a perder da poupança.
Além disso, uma parcela ponderável da população não tem como tirar proveito do incentivo fiscal dos 12% de abatimento no imposto de renda, que é uma das vantagens desse tipo de produto: pense no caso daqueles que fazem a declaração do IRPF pelo modelo simplificado, por exemplo.
Nesses casos, como em todos os outros, aliás, é preciso pesquisar bastante até encontrar produtos financeiros que cobrem baixas taxas de administração, tenham isenção no carregamento e, sobretudo, estejam em consonância com seu perfil financeiro, de modo que você possa tirar proveito do incentivo fiscal, e também possa tirar proveito do próprio plano em si, cuja carteira de investimentos possa ter uma rentabilidade adequada aos seus objetivos.
Há casos de profissionais liberais, autônomos e mesmo servidores públicos que, além de se situarem na faixa dos 27,5% de alíquota de IR, ainda pagam um imposto de renda em termos quantitativos bastante alto, e que acabam usando a previdência complementar para “zerar” o pagamento de imposto de renda na declaração de ajuste anual.
Isso pode ser uma tática especialmente útil, na medida em que o dinheiro “economizado” no pagamento de imposto na declaração do IRPF pode ser investido em ativos geradores de renda.
Mas isso só vale a pena se o PGBL em que o investidor tiver seu dinheiro aplicado for um tipo de investimento atraente, no mínimo comparável aos fundos de investimentos oferecidos no mercado financeiro, comparável em termos de taxas de administração (baixas) e desempenho (similar ou melhor).
No caso dos planos fechados de previdência complementar, eles valem a pena se forem daqueles em que a empresa também contribui, por exemplo, para cada real aportado pelo empregado, a empresa aportar outro real.
Vale lembrar que algumas empresas oferecem, ainda, como forma de reter os melhores funcionários, bônus em forma de ações diretamente para o funcionário, que também não deve ser desprezado, uma vez que tais ações podem vir a, no futuro, compor o seu plano de aposentadoria financeira.
6. Juros remuneratórios semestrais de debêntures (e outros títulos de crédito privados)
Você sabia que é possível também ter como fonte de renda passiva juros extraídos de títulos de crédito privados?
Pois é, é possível, e um dos tipos de investimentos que oferecem essa possibilidade são as debêntures.
Uma das debêntures que mais fizeram sucesso aqui no blog, pela quantidade de artigos que escrevemos, foram as debêntures da BNDESPAr, e, só a título de exemplo, as que foram lançadas em 2009, ou seja, há quase 5 anos, na séria lançada em IPCA, previam o pagamento de cupons de juros sempre no mês de janeiros, dos anos de 2012, 2013, 2014 e agora em 2015.
Por quanto ela saiu? Juros de 7,07% a.a. + a variação do IPCA. Nada mal, não é mesmo? Ainda mais comparando com os juros que as atuais NTN-Bs estão pagando, por volta dos 5% a.a. + IPCA…
Outro tipo de debênture que tende a chamar bastante a atenção do investidor agora são as debêntures incentivadas de infra-estrutura, pelo simples fato de elas terem isenção de imposto de renda sobre os ganhos de capital, conforme já destacamos em outro artigo: Debêntures incentivadas (com isenção de IR) chegam ao mercado – o caso das debêntures da Autoban.
O leitor Leonardo comentou outro dia sobre o lançamento de nova emissão de debêntures da AutoBan, cujos pedidos de reserva terminam hoje. Fui verificar o prospecto preliminar, e constatei que ela também paga juros periódicos, na verdade semestrais, sempre nos meses de abril e outubro:
Dessa forma, quem já investe em NTN-Bs e nas debêntures BNDESPar corrigidas pelo IPCA lançadas em 2009, e pretende investir nessas debêntures isentas de IR da Autoban (que tendem a render mais que qualquer título de renda fixa pós-fixado ao DI, por motivos óbvios: maior risco de crédito, e isenção de IR), garantirá o recebimento de um fluxo extra de juros nos meses de janeiro (BNDESPar), abril (Autoban), maio (NTN-B), outubro (Autoban) e novembro (NTN-B).
7. Imóveis comerciais e residenciais “de tijolo”
O investimento no mercado imobiliário “de tijolo”, ou seja, através da compra de salas comerciais ou imóveis residenciais, também pode ser considerado uma opção para viver de renda.
É claro que, com o advento dos fundos imobiliários, ficou evidente que esse tipo de investimento apresenta alguns sérios pontos negativos, como a necessidade de um maior capital para a aquisição, maiores gastos com despesas burocráticas, tais como escritura pública, comissão do corretor, IPTU etc., prováveis maiores dores de cabeça com a administração, recebimento dos aluguéis, eventual vacância etc.
Porém, mesmo com tantos pontos negativos, ainda assim ele apresenta alguns pontos favoráveis, como, por exemplo, maior controle sobre os preços de locação e sobre as características do imóvel (por exemplo, comprar uma kitnet numa região universitária e possibilidade de modificá-la para melhor atrair o público-alvo – estudantes -, que, é claro, resultará também na contrapartida de maiores gastos).
Na minha opinião, e visualizando a questão predominantemente da perspectiva da relação custo x benefício para a geração de renda passiva, é inegável que comprar fundos imobiliários é mais vantajoso que comprar imóveis de tijolo, opinião essa que, felizmente, é compartilhada por quem já vive essa realidade, ou seja, pessoas que “já chegaram lá” (pessoas aposentadas, entre 51 e 70 anos, e que decidiram investir em FIIs em vez de imóveis “de tijolo”).
Contudo, quem acompanha o mercado imobiliário de fundos provavelmente também acompanhará com interesse o mercado imobiliário “real”, e certamente terá as qualificações necessárias para fazer bons negócios também nesse último mercado, o qual, de qualquer forma, não deixa de ser mais uma fonte geradora de renda passiva.
8. Juros de renda fixa pós-fixadas ao DI: a sua utilidade como colchão de segurança
Por último, mas não menos importante, vem a renda passiva proveniente de seu capital alocado na renda fixa “pura”, ou seja, aquele atrelado ao CDI/SELIC: LFTs do Tesouro Direto, que não deixam de ser uma proteção contra a inflação no momento presente, conforme destacamos em outro tópico; CDBs e fundos referenciados DI, Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) etc.
A utilidade desse tipo de juros é menor do que nas outras 7 fontes de renda passiva, por um motivo muito simples: os frutos não se desprendem da árvore, os frutos são a própria árvore. Dizendo isso em outros termos: se você consome os juros de uma LCA, por exemplo, você estará retirando parte do capital que produz os juros, ao contrário da renda proveniente dos fundos imobiliários, por exemplo, já que a retirada da renda não implica diminuição do montante investido (cotas), que são parte separada dos rendimentos.
Mesmo assim, esse tipo de renda passiva tem importância na medida em que constitui uma proteção contra os imprevistos que não possam ser cobertos por outros tipos de renda passiva ou mesmo por seguros (de vida, automóvel, saúde etc.): é a famosa proteção do colchão de segurança, sobre o qual tantas vezes já falamos aqui no blog: 5 razões para ter uma boa reserva em renda fixa (colchão de segurança) e O tamanho da reserva de emergência varia de acordo com as circunstâncias de vida de cada pessoa.
O problema de muitos investidores é que, por questão de comodidade ou mesmo da aversão completa ao risco, alocam 100% do dinheiro investido nesse item 8 (ou, no máximo, compartilhado somente com o item 7), o que os faz perderem inúmeras oportunidades de verem seu capital crescido e multiplicado se tivessem investido em outros ativos geradores de renda.
Ter um capital alocado em renda fixa pós-fixada ao DI é, sim, medida importante e que demonstra cautela e valorização do quesito “segurança”, mas jamais deve constituir 100% do portfólio de aplicações financeiras de um investidor.
Conclusão
Qual é o ponto comum entre esses 8 tipos de ativos geradores de renda passiva?
A resposta é simples: em todos eles o dinheiro trabalha para você. O ativo que gera o dinheiro que entra na sua conta não é o seu trabalho. É de outro tipo. É o próprio dinheiro, seja ele constituído na forma de empresas (ações), seja ele constituído na forma de imóveis (fundos imobiliários), ou lastreado em papéis privados (debêntures) etc.
E se esse dinheiro que você recebe das fontes de renda passiva cobrirem 100% de suas despesas mensais, parabéns! Então você chegou no “santo graal” dos investidores, que é a independência financeira.
Porém, a boa notícia é que, ao contrário da fonte geradora de renda passiva #4 (aposentadoria pública/INSS), você não precisa esperar chegar na terceira idade para começar a construir seu plano de independência financeira. Você pode começar a desfrutar, ainda que parcialmente, dessa realidade a partir de hoje.
Investir é para todos, e, hoje, todos têm possibilidade de acessar a qualquer uma dessas 8 fontes de renda passiva. Você pode não ter, por exemplo, capital suficiente para comprar um ativo enumerado no item #7, mas pode perfeitamente começar a comprar hoje cotas de fundos imobiliários e ações individuais e, gradualmente, construir seu patrimônio de ativos geradores de renda passiva.
Não despreza as oportunidades de construir um futuro melhor desde já. Tenha fome de conhecimento. Aprenda, invista, seja frugal. Tenha disciplina.
Um dia, se você for disciplinado, frugal, persistente, determinado, inteligente e sagaz, você chegará ao ponto de ter 100% de suas despesas cobertas totalmente por fontes geradores de renda passiva. O caminho pode ser mais longo, menos longo, não importa, mas tem que ser dado, iniciado ou continuado, passo a passo. E aí, você está dando seus passos? 😀
Parabéns por mais esse post. Por isso que não largo esse blog.
Começamos bem a segunda-feira. Muito obrigado!!
Olá, rjander, eu é quem agradeço!!!
Mais um excelente post. Seu blog é muito bom. Percebe-se em cada post como a escrita é pensada e traz conteúdo de verdade ao contrário de 90% dos blogs por ai.
Olá, Douglas, valeu!
Realmente, eu procuro sempre trazer novidades aos leitores, acrescentar conhecimento, de modo que o tempo que vocês gastem aqui seja um tempo bem gasto e bem “investido”. Daí a minha preocupação em sempre trazer coisas novas.
Geralmente, penso bastante antes de escrever os posts, rascunho ideias para 3 ou 4 diferentes temas que podem ser “pauta” do blog, e, uma vez definido o tema, faço questão de “lapidá-lo”, para entregar sempre o melhor conteúdo ao leitor!
É muito bom ler esse tipo de reconhecimento do leitor, pois me incentiva a continuar nessa sistemática!
Abç!
Parabéns pelo texto Guilherme. Excelente, excelente, EXCELENTE! A cada novo post me apego mais e mais a este blog. Sou apenas um recém formado e estou tentando me planejar para começar a montar o meu fundo de emergência. Já quis investir sem te-lo criado e percebi que não seria uma boa ideia. Apesar de atualmente ter alguns papeis do Tesouro Direto, a meta agora será a criação do fundo.
Mesmo não fazendo ideia de quando terei capital para começar a diversificar mais meus investimentos pelas opções citadas por você aqui, procuro sempre me informar sobre esses assuntos. Afinal, não dá para esperar ter o dinheiro para se tornar um verdadeira investidor. Acho que isso se trata mais de um processo gradativo que passa pelo aprendizado e pela prática repetidas vezes.
De qualquer forma, sou muito grato por poder ter a oportunidade de ler os textos que você escreve com tanto afinco. Obrigado! Como sabe, sou relativamente novo no blog e mais novo ainda nos comentários. E, gostei de ter adentrado neste segundo ponto. Ainda assim, pode ter certeza que com ou sem comentário estarei por aqui. Porém, acredito que iremos debater um bom bocado ainda por essas páginas. Um grande abraço e boa semana.
Grande Rayan, muito obrigado!!!!
Devo dizer que você está de parabéns por ter essa *fome de conhecimento* que preconizei no artigo. E digo mais: você é um privilegiado por estar buscando conhecimento sobre finanças pessoais ainda recém-formado. A maioria esmagadora das pessoas acaba se interessando por finanças bem mais tarde.
É claro que nunca é tarde para começar, mas quanto mais cedo melhor, claro, e vejo que você tem essa sede de aprendizado que é tão essencial hoje em dia.
A meta de criação do fundo de emergências de fato deve ser sua prioridade, isso já demonstra na prática que você está absorvendo muito bem os conhecimentos adquiridos em finanças pessoais. Continue assim, estudando gradualmente, que assim você terá a mentalidade necessária para cuidar do seu patrimônio financeiro, o qual, com certeza, também aumentará com o decorrer do tempo.
E continue participando e trocando ideias conosco, é sempre um prazer!
Abç!
Grande Guilherme. Ótimo post. Eu sigo quase que totalmente as orientações. Surpreendi-me com a recomendação do pagamento ao regime geral de previdência. A surpresa foi positiva, pois mesmo estando vinculado ao regime próprio nunca deixei de pagar o regime geral. No meu entender, o rgps tem o melhor custo-benefício que existe, pois as coberturas são bastante interessantes. Com relação aos FIIs, sou um pouco cético, uma vez que acredito na bolha imobiliária. No tocante às debentures, há pouca disponibilidade no mercado, o que não tem me atraído muito.
Mais uma vez parabéns.
Eu também fiquei com o pé atrás por causa da tal bolha imobiliária.
Douglas, o risco de bolha existe, por isso que é bom sempre nunca confiar demais em uma só fonte de renda passiva.
Abç!
Olá Investidor!
Parabéns pelos seus investimentos, sobretudo pelo investimento no RGPS.
É verdade que ele não é o plano ideal de aposentadoria e tem muitos defeitos, mas não é menos verdade que ele traz um conjunto muito completo de benefícios, devendo ser parte integrante do “cardápio” de investimentos de um investidor de longo prazo.
Sobre os FIIs, realmente o mercado saturou bastante, e já não há tantas boas oportunidades no mercado.
As debêntures fazem parte de um mercado que ainda precisa se desenvolver, e vejo elas com potencial de crescimento na segunda metade dessa década.
Abç!
Guilherme, excelente post.
Falei com você por email, sobre eu estar querendo começar a investir (sou estudante ainda e etc), e esse post vai ajudar bastante.
Que dica vc dá pra um começo, onde consigo realizar um pequeno investimento inicial? (Lembrando que a renda ativa de um estudante não é lá essas coisas… haha)
Olá Henrique, lembro sim!
Para você, o ideal é começar a investir pela construção de seu colchão de segurança, a famosa reserva de emergências, que deve estar em um investimento conservador e de alta liquidez, onde você possa ter a segurança de estar precavido em momentos de necessidade financeira.
Recomendo, dessa forma, a boa e velha caderneta de poupança.
A renda ativa nesse caso não importa tanto…rsrs….o que importa de verdade é que você está começando bem cedo e tem fome de conhecimento. Quisera eu começar a ter educação financeira quando estudante…rsrs
Abç!
Oi Guilherme,
Vc está sabendo algo sobre as debêntures da Concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A. ?
Será algo bom para diversificação? Li rápido e não entendi se será indexada ao IPCA, pois vi q será comparada a NTN-B 2022… veja se consegue decifrar p/gente.
http://www.bb.com.br/portalbb/page251,102,8322,1,0,1,6.bb?codigoNoticia=19333
Grato,
Olá Junior,
Fique sabendo agora!
Bem, é isso mesmo, será indexado ao IPCA, com vencimento em 2026, e terá como base a NTNB 2022.
Há possibilidade de pagamento de uma rentabilidade extra de até 0,90% conforme está na página 4 desse arquivo: http://www.bb.com.br/docs/pub/siteEsp/dimec/opa/dwn/gru_termsheet.pdf
Enfim, parece ser uma boa oferta, ainda mais considerando a isenção de IR e o dito prêmio de risco.
O risco, aliás, é bem baixo, já que esse investimento está vinculado às obras do maior aeroporto do Brasil.
Abç!
Parabéns, artigo interessante e válido.
Obrigado, Leonardo!
Bom dia Guilherme,
Primeiramente meus parabéns pelo seu excelente blog. Faz cerca de 2 anos que comecei a me interessar mais profundamente sobre macro economia e o seu blog tem me ajuda demais, que Deus continue te dando mais e mais sabedoria para que você possa ajudar mais e mais famílias como a minha.
Tenho 28 anos e já tenho o equivalente a 6 meses de trabalho na poupança, você chama de colchão de segurança certo? e Invisto cerca de 8% do meu salário em tesouro direto. Tenho NTN-B, NTN-B Pricipal e LFT, todas com vencimento máximo em 2020.
O que gostaria de perguntar é o seguinte, li recente o livro Crash de Alexandre Versignassi e agora estou lendo Saga Brasileira da Miriam Leitão, quais os próximos livros que você me indicaria? Meu foco é diversificar um pouco mais meus investimentos mas não investirei em nada sem nates estudar pelo menos 1 ano o assunto bem a fundo, que foco o caso do Tesouro Direto.
Obrigado pela ajuda!
Bom dia, Danilo, obrigado pela mensagem!
Pela sua idade, você está de parabéns pela disciplina financeira e pela formação de sua reserva de emergências na poupança (é isso mesmo, 6 meses de salário num investimento com alta liquidez).
Seus investimentos no Tesouro Direto também estão bem diversificados e bem estruturados.
Há vários livros que você pode ler em seguida, inclusive, pode selecionar alguns dos que eu já resenhei aqui no blog: http://valoresreais.com/arquivos/resenhas/
Em breve, vou dar dicas de outros livros de autores nacionais para quem quiser lapidar seu conhecimento financeiro.
Para você, creio ser interessante ler livros sobre alocação de ativos e outros envolvendo planejamento financeiro pessoal.
Se seu inglês estiver bom, recomendo um livro de W. Bernstein que resenhei no blog: http://valoresreais.com/2010/12/26/resenha-the-four-pillars-of-investing-de-william-bernstein-livro-em-ingles/
Em termos de autores nacionais, temos os livros do Jônatas Silva, Método para Educação Financeira; Dinheiro é um Santo Remédio, do Conrado Navarro; Economizar sem perder o prazer de viver, de Cleiton Oliveira, e outros.
Abç e sucesso!
Muito obrigado pelas dicas, vou dar uma olhada neste livro do William Bernstein primeiro então.
Gostei dos comentários (sugestões). Passarei a analisar com carinho a possibilidade de aplicações com ganhos mensais.
Prezado, uma dúvida quanto ao Tesouro. Vejamos o seguinte exemplo hipotético:
Possuo 10.000 reais em Títulos NTNB 150820. Quando os adquiri, eles rendiam juros de 5.7% + IPCA. O tesouro me aponta que hoje esses papéis contam com valorização de rentabilidade bruta acumulada de 4%.
De outro lado, a aquisição desse mesmo papel hoje renderia juros de 6,18% + IPCA. Considerando todo esse contexto, não valeria a pena vender os papeis com as condições de juros antigas, e em seguida readquiri-los novamente com a remuneração de juros mais vantajosa?
Um forte abraço.
Olá, Roberto. De fato, há um ganho de rendimento se você fizer essa operação toda.
Contudo, lembre-se de que você irá pagar imposto de renda e taxas de custódia proporcionais em relação aos ganhos apurados na venda do título anterior.
Vale também mencionar evitar fazer esse tipo de operação de forma frequente, a fim de minimizar os impactos de impostos e taxas. P.ex., ano que vem o mesmo título pode estar pagando 7% a.a. + IPCA, e você poderá ficar tentado a girar novamente os papéis.
O ideal é tentar manter o máximo possível os títulos originais na carteira.
Abç!
PARABENS, REALMENTE PELO TEXTO, EXISTEM ALGUNS QUE SE DIZEM PROFISSIONAIS, MAS NA VERDADE ESCREVEM TEXTOS DEFENDENDO O MERCADO DE ACOES E PAPEIS EM GERAL, NO FIM OFERECEM OS SERVIÇOS DE CORRETOR DE AÇÕES, NO MEU CASO HOJE COM 4.4 DE IDADE SOU PEQUENO EMPRESARIO E ESTOU NO MOMENTO INVESTINDO 100% EM IMOVEIS PEQUENOS PARA ALUGUEL RESIDENCIAL, MAS COM UM DIFERENCIAL OS MESMOS SÃO CONSTRUIDOS , E NÃO COMPRADOS PRONTOS, ACREDITO EU QUE DESTA FORMA TORNA-SE UM OTIMO INVESTIMENTO E SEGURO PELA QUALIDADE GERAL DOS IMOVEIS, PARABENS
Guilherme, otimo texto! Uma duvida. Com o atual patamar dos juros na renda fixa (titulo pagando quase 1pct/mes liquido) qual seria o beneficio de correr maiores riscos e investir em acoes, FII etc? Obrigado!
Filippe, obrigado!
O maior benefício em se investir em ativos de maior risco está na possibilidade de se obter, a médio e longo prazos, retornos substancialmente maiores do que os oferecidos atualmente pela renda fixa pós-fixada.
É verdade que muitos ativos na classe das ações e na classe dos FIIs estão sub-precificados, gerando oportunidades para quem tiver paciência para enfrentar as turbulências decorrentes da crise.
Por isso é tão importante a visão de longo prazo para comprar esse tipo de estratégia.
Abraços!
Guilherme,
Só fazendo uma correção, a idade de 70 ou 75 anos para o servidor público se aposentar é máxima e não mínima. Chegando nesta idade a aposentadoria é compulsória! Porém para quem, como eu, entrou depois da perda do direito a aposentadoria pelo útimo salário pode ser interessante continuar trabalhando próximo desta idade pois aumentaria a média a ser considerada para a aposentadoria…
Oi Antônio, correção feita, com os devidos créditos! 🙂
Sobre a questão de continuar trabalhando, sem dúvida, é a ideia mais adequada a se fazer, se pensarmos sob a ótica do cálculo da renda a ser considerada para a aposentadoria.
Abraços!