Qual está sendo a rentabilidade dos principais investimentos nesse ano de 2014, até 31.08.2014?
Vamos dar uma conferida?
– Dólar (referência para os fundos cambiais): -4,40%
– IFix (referência para os fundos imobiliários): +2,84%
– Caderneta de Poupança: +4,02%
– CDI (referência para fundos DI, LCAs e LCIs): +6,87%
– IBovespa: +18,99%
– Inflação medida pelo IPCA: +3,76%
É evidente que o resultado da Bolsa foi inflado pelo espetacular desempenho no mês de agosto, cuja alta foi de 9,78%, sendo o melhor mês para a Bolsa desde janeiro de 2013.
É claro também que contribuiu para esse excelente desempenho da Bolsa em agosto a drástica mudança no cenário eleitoral, com chances reais de a candidata Marina Silva, que substituiu Eduardo Campos na corrida eleitoral, ganhar a eleição presidencial.
Pode ser, inclusive, que esse rali não se mantenha ao longo desse segundo semestre, e os ganhos da Bolsa terminem sendo modestos ao final desse ano.
Porém, tudo isso não ofusca um fato inconteste: essa alta de quase 20% no ano é apenas uma pequena amostra do poder multiplicador do investimento em ações.
Demonstra, também, e de forma clara, a importância de você fazer uma adequada diversificação em sua carteira de investimentos, não ficando somente em investimentos pós-fixados ao CDI, como os fundos DI e letras de crédito.
Ficar só na caderneta de poupança também não dá, pois ela mal ganhou da inflação nesse ano.
Isso porque, mesmo com uma economia que roda a uma taxa básica de juros em patamares elevados (11% a.a.), diversificar acaba sendo fundamental tanto para conseguir retornos reais superiores aos índices inflacionários quanto para construção de um patrimônio superior a longo prazo.
Vejamos, pois, como tem se comportado as principais classes de ativos do mercado brasileiro.
Fundos imobiliários
Grande destaque dos últimos anos, devido a uma combinação de taxa de juros em queda (SELIC chegou nos 7%) e Bolsa patinando e “andando de lado”, os fundos imobiliários têm apresentado desempenho modesto nesse ano de 2014, com valorização média das cotas inferior até mesmo ao IPCA.
Quem investe a maior parte de sua carteira de investimentos em FIIs tem sentido na pele o denominado “custo da oportunidade”, representado pela expressiva valorização da Bolsa brasileira, e perdendo uma ótima oportunidade de fazer crescer seu patrimônio financeiro.
É certo que os fundos imobiliários são excelente opção para provisão de uma renda mensal isenta de imposto de renda, porém, não é menos certo que o investidor que ainda tem um longo horizonte de investimento em vista – 10 anos ou mais – deve focar também (ou talvez principalmente) no crescimento da “massa de investimentos”, ou, dito de forma mais simples, na construção e maximização de seu patrimônio financeiro.
Isso porque “dinheiro gera dinheiro”, e se você quiser fazer multiplicar as sobras resultantes de seu salário ou de sua renda proveniente do trabalho, é essencial reservar uma parcela significativa de seus investimentos para aplicações que possam ter desempenho superior no longo prazo, que são as ações, a fim de que, no futuro, você venda com lucro o que tiver na renda variável e possa aplicar o dinheiro que ganhou com o crescimento da “massa de investimentos” em, aí sim, cotas de fundos imobiliários.
Ou seja, se o seu foco é aumento de patrimônio, melhor do que transformar o dinheiro do salário diretamente em compras de cotas de fundos imobiliários é transformar o dinheiro do salário em compras de ações, que se valorizem ao longo do tempo, que cresçam, e que, depois de algum tempo, você possa ter “mais dinheiro”, mais “massa crítica de investimentos”, para, aí sim, comprar cotas de fundos imobiliários.
Sobre esse assunto, aliás, deixo aqui um excelente artigo do Pensamentos Financeiros, FII – Algumas reflexões sobre aspectos fundamentais: patrimônio x renda, ao qual peço licença para transcrever um trecho, dado o seu didatismo:
“Os FII possuem algum risco se o seu foco é o aumento patrimonial e se o seu horizonte de prazo é relativamente curto como menos de cinco anos. É natural que pessoas jovens com patrimônios menores foquem no aumento patrimonial e pessoas com mais idade ou com um patrimônio maior foquem na geração de fluxo de caixa. Portanto, precisamos sempre ter em mente quando formos investir num ativo as suas qualidades mais evidentes, e ter em mente o que o ativo poderá produzir, e o que dificilmente ele poderá produzir”.
Isso significa que pessoas jovens não devem ter fundos imobiliários em sua carteira? De maneira alguma!
Significa apenas que devemos ter uma carteira equilibrada com diferentes classes de ativos, cujo percentual dependerá de uma série de fatores, dentre as quais se incluem o grau de tolerância a risco, conhecimento dos produtos disponíveis, e, sobretudo, horizonte de investimento (prazo), e objetivos de vida.
É errado apostar muito alto numa classe de ativos que subiu muito recentemente, assim como é errado deixar de comprar outra classe de ativos que ficou muito barata até pouco tempo. É preciso estudar e fazer as compras e vendas de acordo com as oportunidades que forem surgindo no mercado financeiro.
Bolsa de Valores
Eu cansei de dizer aqui no blog o quanto a Bolsa estava barata nesses últimos anos. Evitei até ser repetitivo e procurei limitar a quantidade de posts versando um assunto tão óbvio.
No começo do ano, eu avisei que a Bolsa estava aos 49 mil pontos, e que esse poderia ser outro ótimo ano para os acumuladores de ações.
Em março, o IBovespa desceu ladeira abaixo, dos 45 mil pontos, e as ações ficavam cada vez mais baratas. E isso sem contar os textos do ano passado, alertando sobre as oportunidades quando a Bolsa estava a 47 mil pontos.
Bom, deixo aqui registrado meus parabéns a toda a galera da blogosfera financeira que foi audaciosa e, em vez de comprar passivos e bobagens, resolveu comprar ativos durante o primeiro semestre desse ano – e não estou falando apenas da compra de ações, mas também de fundos imobiliários e de títulos do Tesouro Direto: havia muitas pechinchas no mercado, e não foi por falta de aviso.
Hoje, o Índice está “bem esticado”, acima dos 61 mil pontos.
Vale dizer, contudo, que o IBovespa representa apenas a média de desempenho das principais ações listadas na Bolsa. Portanto, há ações que tiveram tanto desempenho superior quanto desempenho inferior ao Índice.
Por exemplo, quem começou o ano com ações do Banco do Brasil (BBAS3) na carteira – e sei que muitos leitores do blog investem em ações individuais, sobretudo dos setores bancário e de consumo – está tendo um desempenho espetacular: valorização de expressivos +47,56%, com a ação atualmente cotada a R$ 34,99.
E isso sem contar aqueles que compraram BBAS3 quando ela estava patinando abaixo dos R$ 20… e fora, evidentemente, os ganhos com dividendos e juros sobre capital próprio.
Nesse momento, alguém poderia questionar: “ah, tá, a Bolsa tá valorizando, mas e se no final do ano ela cair pros 50k pontos? Não vai ter adiantado nada ela ter subido tanto nesses últimos dias”.
Ledo engano: o investidor inteligente sabe tanto o momento de comprar quanto o momento de vender, e uma estratégia bem consistente de alocação de ativos tem como um de seus principais ingredientes a sinalização adequada dos momentos em que se deve comprar ou vender um ativo: para fazer o rebalanceamento da carteira.
Deixo para registro prático disso que estou dizendo o exemplo do colega blogueiro Economicamente Incorreto, que aproveitou esse momento de alta para rebalancear sua carteira e vender com lucro 40% da posição que tinha na Petrobras (outra empresa que subiu como um foguete nessas últimas semanas).
Dentre os motivos citados por ele para justificar a venda, ele destaca:
2) Balanceamento: Se eu não fizesse a venda, iria demorar cerca de 2 anos para que a carteira ficasse com o balanceamento que considero ideal, considerando empresas, setores e tipos de empresas (Blue chips, Dividendos e Crescimento). Com a venda eu praticamente conclui o processo de balanceamento hoje.
Aposto que a partir de agora vai ter muita gente querendo “investir em ações”. Ora, e por quê não investiram antes? Estavam com medo de que ia cair mais? Ah, esses eternos investidores torcedores…
Tesouro Direto
Se teve um investimento que brilhou mais que as ações até agora nesse ano de 2014, esse investimento tem por nome “Tesouro Direto”.
Quem não ficou só no feijão com arroz da renda fixa “pura”, ou seja, aquela que segue basicamente o CDI, também deve estar festejando. Afinal, todos os títulos prefixados e todos os títulos atrelados à inflação disponíveis para venda no começo desse ano tiveram retornos, até o presente momento, superiores ao CDI. Eu disse todos.
Como podemos ver na tabela acima, algumas Notas do Tesouro Nacional tiveram desempenho superior a 20%, e isso considerando que durante o transcorrer do primeiro semestre desse ano elas estiveram mais baratas ainda.
Vou dar um exemplo pessoal: a minha carteira de Tesouro Direto, que contempla um misto de LTNs e NTN-Bs de prazo longo, acumula rentabilidade positiva no ano de impressionantes +25%. Melhor que o IBovespa! 😀
Inclusive, se mantida essa toada, serei obrigado a vender parcela de meus títulos, para rebalancear a carteira de investimentos, haja vista que o percentual de Tesouro Direto está ultrapassando o limite que eu havia estabelecido para essa classe de ativos.
Conclusão
Não coloque todos os seus ovos financeiros na mesma cesta de investimentos.
Um investidor que tivesse começado o ano com R$ 100 mil na caderneta de poupança estaria, a essa altura do ano, com algo em torno de R$ 104 mil. Ou seja, um ganho de R$ 4 mil.
No extremo oposto da situação, um investidor que tivesse começado o ano com R$ 100 mil em ações – ETFs BOVA11 – hoje estaria com algo em torno de R$ 119 mil. Mesmo com o desconto de 15% do IR, ele ainda ficaria com um ganho de cerca de R$ 16 mil, somando um capital acumulado de R$ 116 mil.
Como sabemos que investir nos extremos é sempre mais arriscado – tanto no extremo do conservadorismo (100% poupança) quanto no extremo do risco (100% Bolsa) – podemos considerar que um investidor que tivesse aplicado parcela em cada uma das três classes de ativos – renda fixa, renda variável e fundos imobiliários – estaria hoje com um ganho na faixa dos R$ 11 a R$ 14 mil, ou seja, com um capital acumulado entre R$ 111 mil a R$ 114 mil.
O aumento expressivo de capital é puxado, claro, pela alta das ações, mas estamos também considerando o ótimo desempenho dos títulos do Tesouro Direto. E isso sem contar os rendimentos mensais oriundos dos fundos imobiliários, já que investidores inteligentes conseguiram comprar cotas de fundos que estão atualmente entregando acima de 0,8% a.m. de rendimentos isentos de IR (considerando o valor da cota comprada, e não o valor da cota atual).
Esses exemplos hipotéticos – e tantos outros exemplos reais que afloram na blogosfera financeira – demonstram que é perfeitamente possível acreditar nas ações como ferramenta poderosa para fazer crescer o patrimônio num ritmo que, se fosse tudo alocado 100% na renda fixa – demoraria muito mais.
Parabéns a todos os que investiram em ações de meados do ano passado até o primeiro semestre desse ano. Não sabemos até quando esse rali da Bolsa vai se sustentar, se é que vai se manter, mas uma coisa é certa: isso foi apenas uma pequena amostra de que correr mais riscos, investindo em ativos de renda variável, mais cedo ou mais tarde, irá trazer o devido prêmio (de risco) para o bolso daqueles que assim investiram. Afinal, é aquela velha história: quanto maior o risco assumido, maior tende a ser a rentabilidade ganha. 😀
Para aplicar nessa nova modalidade adotada pela Presidente Dilma(R$150.000,oo) e Presidente do BB Guloso,Bendine(400.000,00),sabe me dizer qual a marca de colchão mais recomendada(toraflex,ortobom, ortocrim)
Opa, me dá uma mão para eu avaliar minha carteira?
Tenho LCI cerca de 50%, papéis do Tesouro uns 40% e uns 10% em ações (PETR4 especialmente)
Olá Ranerio!
Se o seu perfil é de conservador, que não gosta de assumir grandes riscos, a carteira está adequada às suas características.
Só esteja atento às ações, pois, se elas estiverem muito concentradas em PETR4, talvez seja o momento de liquidá-las, e substituí-las por fundos de índice.
Eu recomendo, para minimização de riscos em ações, a compra de fundos de índice, ou ETFs, como BOVA11, PIBB11 ou mesmo SMAL11.
Abç e bons investimentos!
Opa, faltou meu blog na lista…
http://www.blogdouo.blogspot.com.br/
Abraço
Uó
Adicionado!
Abç e parabéns pelo blog!
Mais um excelente post Guilherme. Venho investindo na bolsa desde os 45 mil pontos. Tive uma valorização expressiva na minha carteira, uma vez que aloquei 70% do meu portfólio de ações em estatais. De todo modo, ao ver BBAS3 disparar em apenas 30 dias, acendeu-se o alerta. Ora, a cotação está beirando os R$ 36,00. Esta semana o ibge anunciou retração no segundo trimestre, na ordem de 0,6%. Os jornais só falam na “grande valorização da bolsa”. Bem, a disparada não possui nenhum fundamento econômico. Como você mesmo disse, se deve as circunstâncias eleitorais. Sem dúvida que é um excelente momento para realizar a alocação de ativos. Uma oportunidade de vender aqueles papeis que queríamos nos livrar. Por outro lado, para quem quer permanecer sócio das empresas, é momento, salvo engano meu, de parar de comprar mais papeis e investir mais um pouco em renda fixa. Não adianta também rodar muito o patrimônio, pois só quem ganha com isso são as corretoras (corretagens) e o governo (tributos). Minha estratégia é a de alocar dinheiro novo em outras modalidades de ativos. Abraços!
Excelentes reflexões, Investidor!
E você acertou na estratégia, pois as estatais foram o grupo que mais se beneficiou com esse rali da Bolsa. Esse grupo subiu em média 70%.
O momento é de cautela e de avaliação dos melhores movimentos de venda, como você bem alertou, com o objetivo de rebalanceamento da carteira, até porque a alta dos papéis não tem a ver com fundamentos econômicos das empresas.
Abç
excelente artigo!!
Não seria a hora de começar a vender parte das ações e embolsar o lucro?
Ricardo, se o percentual alocado em ações já está ultrapassando aquele que você considera o limite para essa classe de ativos, sim.
DIgamos que você tenha colocado em mente ter 40% de sua carteira global de investimentos em ações, e agora esse percentual esteja em 50%. Venda os 10% excedentes para voltar ao limite de 40%.
Transforme esse lucro dos 10% pra renda fixa, e, quando a Bolsa cair novamente, digamos, a 30%, compre mais 10% em ações, a fim de voltar aos 40%.
E assim a coisa vai andando, sempre vendendo na alta e comprando na baixa, sem sustos e sem “palpitômetros”, tudo com base em critérios objetivos e matematicamente estipulados.
Abç
Obrigado pela resposta!
De nada!
otimo!!
Guilherme ou outro leitor
Sabem dizer se tem como pagar com cartão de débito, uma compra no Paypal?
Arthur, eu só conheço o pagamento por meio de cartão de crédito.
Se eu souber de algum meio de pagar com cartão de débito, te aviso.
Abç!
De repente é mais fácil ver na loja.
Sim, é uma alternativa, caso a compra seja por meio de loja física.
Outra opção é perguntar à loja se há a opção de pagar por meio de cartão de débito.
Abç
Valeu pela ajuda, Guilherme e Ricardo!
Perfeito!!
Obrigado,
Abraço.
Guilherme,
Eu não sabia que TD está entre os melhores investimentos desse ano. Sem dúvida uma ótima opção.
Falando nisso, em outro post você disse que transferiu seus títulos para outra corretora. Você lembra quantos dias demorou desde o seu pedido até a real transferência?
Eu mantive os que tinha na Geração Futuro até agora meio por preguiça e desinteresse de ir atrás da transferência, mas às vezes algo ruim acaba nos fazendo mudar de ideia.
Nesse caso foi uma coisa bem simples: o recadastramento anual, que a GF insiste que tem que ser enviado por correio. Dessa vez eles não facilitaram nada, enviaram todos os arquivos em branco para serem preenchidos novamente um por um, como no cadastro. Em outras corretoras, além de ser online, já vem pre-preenchido, bastando alterar os dados necessários. E o envio é online também.
Então fui no site do TD ver qual a taxa de administração da GF e continua em 0,30aa, sendo que na minha corretora atual (Rico) é de 0,10%. Não pensei duas vezes e já enviei um e-mail para a GF para solicitar essa transferência.
Na Rico não há um corretor específico para cada cliente como na GF, mas a resposta é muito mais rápida. Fiz a mesma pergunta para as 2 corretoras ontem e a da Rico chegou no mesmo dia. Já a da GF, na qual cada cliente tem o seu corretor, ainda estou aguardando…
No final das contas, eu só fui atrás da transferência por causa desse recadastramento tão burocrático da GF. E sairei ganhando, pois a taxa de administração é bem menor.
Abraços,
Prezado, sei que a pergunta foi dirigida a Guilherme. De todo modo, como ja passei por mudança de corretora, posso contar minha experiência com a Spinelli. A taxa está hoje em 0,08 a.a. Quanto às corretagens, custa 11,90 no lote padrão e 4,90 no fracionário. Taxa de custodia é 6,90. Até agora nada a reclamar. Sim, passei toda documentação por meio digital no sistema da própria corretora. Não sei te dar informações sobre atendimento personalizado, mas já tirei dúvidas pelo chat. Existe o 0800 também. Com relação a transferências de ações e títulos, depende muito mais do agente de custodia de origem. No meu caso, a transferência de ações do BB para itau demorou 24h. Do itau para spinelli demorou 3 dias. Tudo depende do agente de origem e do preenchimento correto da solicitação de transferência.
Olá Rosana e Investidor,
O prazo efetivo de transferência depende da corretora de origem, no caso, a GF, como bem disse o Investidor.
Ele costuma ser rápido, e provavelmente não irá demorar mais do que 5 dias úteis, ou seja, uma semana.
Por fim, concordo que o procedimento de recadastramento da GF é muito burocrático. Em plena era digital, não faz sentido algum ter que recorrer a papéis e incorrer em custos de envio pelos Correios para o envio da documentação, uma vez que a maioria das corretoras trabalha com sistemas online de recadastramento.
Mas há “males que vem para o bem”, e, nesse caso, no final das contas, você é quem acabará ganhando com essa mudança.
Abç e boa sorte!
Guilherme,
Agradeço pelas respostas.
Veja como são as coisas: a Octo me falou que a GF é que deve enviar os documentos à eles, enquanto à GF diz que a Octo precisa fazer o documento de transferência e enviar para a corretora….
Qual das duas está certa?
Obrigada mais uma vez. 🙂
Quando realizei a transferência de custódia de ações, passei por duas situações distintas. Geralmente a corretora de destino disponibiliza um modelo de “Solicitação de Transferência” para que o investidor preencha os dados e apresente à corretora de origem. Pode ocorrer também da corretora de origem disponibilizar o mesmo documento a fim de que o investidor transfira seus investimentos para outra corretora. Quando sai do BB para o ITAU, apresentei o requerimento que preenchi no ITAU. O BB recebeu e promoveu a transferência. Por sua vez, quando transferi do ITAU para Spinelli, fiz o preenchimento da solicitação por formulário eletrônico no próprio sistema do ITAU, pois este banco não aceitava o formulario da Spinelli. Bem, quem determina a forma é a corretora de origem. A de destino é passiva nesta história, pois todo o procedimento é do agente de custódia onde ainda estão custodiados seus investimentos. De todo modo, acredito que a CVM tenha alguma resolusão que disciplina o procedimento de transferência de custódia. Séria bom dar uma verificada.
Corrigindo: resolução e seria.
Olá Rosana!
Faço minhas as palavras do Investidor, que elucidou de maneira bem didática a situação toda: quem tem toda a responsabilidade é a corretora de origem, sendo a de destino a parte passiva da história toda.
Em resumo, a responsabilidade é da Geração Futuro.
Abç!
Investidor e Guilherme,
Agradeço pelas respostas de vocês. Me ajudaram muito a entender mais sobre o assunto.
Investidor, sua explicação ficou muito boa. 🙂
No meu caso, está um jogo de empurra-empurra… Guilherme, bem que você disse em outro post, que muitas vezes as corretoras têm uma certa má vontade em atender esse tipo de solicitação. Parece ser esse o caso. 🙁
A Octo até me enviou o formulário, mas eles mesmos afirmam que a responsabilidade nesse caso é da Geração Futuro, que é a corretora de origem, o que faz muito mais sentido.
No chat, um atendente da corretora de origem disse:
“Basta mandar um e-mail pedindo para ela (no caso, a minha assessora) fazer a ordem de transferência”.
Mas a minha assessora diz: “A Octo precisa fazer o documento de transferência e enviar para a corretora.”
Algo que me chamou a atenção, é que as informações são divergentes dentro da própria GF…
No site da CVM não encontrei nada referente a esse assunto específico, então enviei uma pergunta à eles e estou aguardando a resposta, pois terei mais argumentos nos próximos contatos com a GF.
No site da CLBC está bem claro: a de origem é que faz a solicitação, mas está escrito assim:
“Os procedimentos para um investidor efetuar a transferência de seus ativos custodiados na Bolsa por um agente de custódia (corretora de origem) para outro agente de custódia (corretora de destino), sob a mesma titularidade e CPF, são os seguintes: ”
Então, eu não sei se essa regra também vale para os títulos do Tesouro Direto.
Agradeço mais uma vez pela atenção de vocês. 🙂
Olá Rosana,
Realmente, a GF está com má vontade nesse caso.
Se eles não resolverem de forma amigável essa situação, abra uma denúncia à CVM, por meio do seguinte link:
http://cvmweb.cvm.gov.br/swb/default.asp?sg_sistema=sac&dest=1
Concordo integralmente que essa corretora não está prestando o devido atendimento a você.
Espere mais uns 2 dias, e, se nada resolver, bote a CVM na jogada. 😉
Abç
Agradeço pela dica e pelo link, Guilherme. 🙂
Aguardarei até quarta-feira, se nada for resolvido, é o que farei.
Depois posto aqui o resultado.
Uma boa semana à todos,
Rosana,
Peça para eles (a corretora de origem) enviarem o formulário de transferência para você. Então, possivelmente você enviará esse formulário por Correios para a corretora de origem (use aquela carta registrada com opção de confirmação de recebimento dos correios).
Depois de recebido pela corretora de origem, ela realizará a transferência de custódia para a corretora de destino dentro de poucos dias.
Fiz isso esses dias transferindo custódia de TD da MyCap para a Easynvest, embora o processo na MyCap tenha sido mais solícito. Mas o desencontro inicial de informações e empurra-empurra tenha sido um pouco semelhante no início.
Olá Rosana, de nada!
E a dica do Leonardo é preciosa: tudo o que você precisa é que a corretora de origem, a GF, te envie um formulário de transferência.
Depois, é só seguir o que o Leonardo disse.
Abç!
Democratiza aí. Nova emissão de debentures da autoban.
Valeu pela notícia, Eduardo!
Tem o link da informação?
Abç
Leonardo,
Agradeço pelas dicas.
A GF me enviou o documento, só falta reconhecer firma e reenviar à eles.
Parece que esse empurra-empurra não é tão raro assim. Infelizmente, pois no momento em que decidimos abrir conta, as coisas funcionam de forma bem mais rápida, parece até que os funcionários são muito bem treinados para cadastro e vendas, mas não para resolução de problemas ou solicitações não interessantes à corretora.
Ainda bem que temos órgãos que nos auxiliam, como a CVM, Anatel, Procon, Bacen, pois se não fosse isso, acredito que as empresas dificultariam ainda mais a portabilidade ou solução de problemas.
Guilherme,
Agradeço mais uma vez por poder tirar minhas dúvidas no excelente blog Valores Reais! 🙂
Abraços,
Olá Rosana, que bom que esteja resolvendo, espero que no final tudo dê certo!
Abç! 😀
Guilherme,
Deu tudo certo!
Entreguei ontem pessoalmente a documentação necessária na Geração Futuro, a qual foi conferida na hora e a transferência já foi efetuada.
Agradeço à você e ao Investidor pela ajuda. 🙂
Abraços,
Rosana
Que bom que tenha dado tudo certo, Rosana! 😀
Abç!
Bom dia Guilherme!
Estou querendo começar a “engatinhar” nesse negócio de investimentos! Rs! Praticamente todo o meu dinheiro está aplicado em CDB DI. Andei lendo um pouco e me interessei por LCA. Queria investir uns 100mil por uns 6 meses… Será que é uma boa? Na verdade estou muito perdida…vc dá algum tipo de consultoria financeira, ou teria alguém pra me indicar?
Boa noite, Mônica!
Que bom que está querendo começar a investir! 😀
O investimento em LCA geralmente é melhor do que o investimento em CDB DI, em razão das taxas praticadas nas LCAs e da isenção de imposto de renda nas LCAs.
Mas isso depende das taxas que você está conseguindo obter no CDB DI.
Na verdade, eu não presto consultoria financeira, mas posso lhe dar algumas sugestões de como começar a investir. Procure na página de contato do blog meu email.
Abç!
Boa tarde, Guilherme!
Queria te agradecer pela atenção, e avisar que em breve entrarei em contato com vc!
Muito obrigada!! ?
De nada, Mônica!
Boa noite.
Tenho uma dúvida a respeito do assunto: considerando que eu utilize os serviços de uma corretora não relacionada ao banco onde tenho conta e pretenda investir em ações, valeria a pena aplicar R$500,00 por mês considerando DOC + corretagem + custódia?
O BB tem o fundo Ações Dividendos que, embora cobre taxa de custódia de 2,00%, possui uma carteira bem diversificada pelo que vi no site da CVM e tem a conveniência do débito em C/C. Sei que os dividendos são reinvestidos pelo fundo.
Obrigado!
Boa tarde, Neal,
Considerando todos esses custos, e o valor que se pretende investir, é melhor realmente fazer a aplicação via fundos de investimentos.
No caso do BB, a melhor opção é o Fundo PIBB, que cobra a menor taxa de administração, 1,5% a.a., e contém um pacote de ações bem diversificado. Mas o BB Dividendos também seria uma alternativa, se o foco é o investimento em empresas geradoras de fluxo de caixa.
Abç e bons investimentos!
Boa tarde Guilherme,
Infelizmente o BB Ações PIBB não está mais disponível para captação.
Obrigado pela ajuda!
Que pena, Neal, que o BB PIBB não esteja mais disponível.
Abç e bons investimentos!