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Valores Reais

Fazendo Famílias Felizes!

Boa notícia: começa hoje a portabilidade de crédito imobiliário com recursos do FGTS

5 de maio de 2014 by Guilherme 12 Comments

Quando escrevemos o artigo Aproveite os benefícios da portabilidade (em cinco áreas), destacamos que uma das estratégias mais eficientes para economizar dinheiro e, assim, tornar o orçamento doméstico mais enxuto, consiste em trocar o prestador de serviços, isto é, aproveitar a possibilidade de não ficar preso a um certo fornecedor de bens ou serviços, transferindo o seu bem de consumo ou investimento para outra prestadora de serviços, muitas vezes sem custo algum, ou custo mínimo.

Isso já é possível, conforme ressaltamos naquele post, em relação ao número da linha telefônica, planos de previdência privada, dívidas, planos de saúde e até ações e títulos do Tesouro Direto.

A partir de hoje, começam a valer as regras da portabilidade daquela que é, sem dúvida, uma das maiores fontes de despesa de boa parte das famílias brasileiras: o financiamento imobiliário com recursos do FGTS.

Portabilidade crédito imobiliário

Ou seja, a partir de agora será possível trocar de banco em relação ao crédito imobiliário, indo para uma instituição que ofereça taxas de juros – ou melhor, um custo efetivo total – mais barato.

Animado?

Se você pensa em diminuir o valor da dívida imobiliária, é preciso antes prestar atenção em algumas regras:

– O valor e o prazo do novo contrato não podem ser superiores ao saldo devedor e ao período remanescente da operação de crédito;

– O sistema de amortização – tabelas Sacre e Price – da operação de crédito não pode ser alterado;

– Contratos de financiamento de imóveis em fase de construção não são enquadrados nas regras de portabilidade.

Cuidados

Quem pretende fazer a portabilidade do crédito imobiliário deve observar não apenas a taxa de juros – normalmente o primeiro item objeto de avaliação – mas também ao Custo Efetivo Total (CET).

Dessa maneira, você deve solicitar aos bancos  – tanto ao atual quanto a aquele que você pretende migrar – a planilha de cálculo do Custo Efetivo Total (CET), que mostrará todas as despesas e encargos do empréstimo. Se o valor da prestação e o saldo devedor final da proposta do banco concorrente forem menores, vale a pena migrar a dívida.

Além disso, é preciso ficar de olho na venda casada. Essa é, infelizmente, uma prática muito comum: os bancos podem oferecer taxas de juros menores desde que o cliente contrate produtos que não precisa, como seguros e os famigerados títulos de capitalização.

A portabilidade do crédito imobiliário serve para incentivar uma maior concorrência no segmento habitacional, proporcionando ao consumidor ampliar o universo de escolhas em relação ao banco que ofereça as melhores taxas. Isso porque, depois que o cliente solicitar a transferência (que deve ser concluída em até 5 dias), o banco do contrato original pode fazer (e quase sempre faz) uma contraproposta (afinal, ele não quer perder dinheiro).

Mesmo que você não consiga taxas mais atraentes em bancos concorrentes, vale a pena tentar renegociar a dívida com seu atual banco. Isso impede o natural desgaste com os custos do processo de portabilidade, pois cada banco tem critérios específicos para a concessão do crédito. O banco concorrente pode até mesmo negar a portabilidade, se o histórico do cliente mostrar risco de inadimplência.

Conclusão

Saia de sua zona de conforto. Se um banco concorrente oferecer um custo efetivo total menor sobre o imóvel que você está pagando no seu atual banco, faça já a portabilidade, e comece a ter mais dinheiro no bolso. A diferença e a economia podem ser significativas, chegando à casa dos seis dígitos.

Faça valer esse direito tão precioso e, às vezes, tão desconhecido. Tomara que a portabilidade continue se expandido, e tenhamos outros serviços em que possamos fazer a transferência de prestador de serviços. Todos só tem a ganhar: as boas empresas, que ganham maior participação no mercado por méritos próprios, e os consumidores, que se livram do joio, e vão para onde está acontecendo a colheita do trigo. 🙂

Mais informações podem ser obtidas:

– No Banco Central: 0800-979-2345,

– No site da Associação dos Mutuários de São Paulo e adjacências: www.amspa.org.br

Créditos da imagem: Free Digital Photos

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Filed Under: Dívidas Tagged With: Crédito Imobiliário, Imóveis

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Comments

  1. Willian says

    5 de maio de 2014 at 21:30

    Agora, convenhamos.
    Algum banco vai bater as taxas da caixa economica? Não vejo isso acontecendo em curto prazo, ainda mais depois das ofertas do “minha casa, minha divida”.

    Responder
    • Guilherme says

      6 de maio de 2014 at 19:12

      Willian, o BB, pelo fato de também ser um banco público, tem potencial para competir de frente com a Caixa.

      Quanto aos bancos privados, dependerá muito da avaliação do banco quanto ao relacionamento com o cliente. Quem tiver um relacionamento mais forte, como, por exemplo, ter conta-salário no banco, ter investimentos etc., tende a conseguir, se não taxas de juros melhores, algum benefício “extra imobiliário” para compensar, tais como melhores taxas no CDB, cartões de crédito melhores etc.

      Enfim, a sugestão é o cliente avaliar o potencial de desconto em relação a cada instituição financeira, seja ela pública, seja ela privada.

      Abç

      Responder
  2. traderlusitano says

    6 de maio de 2014 at 14:16

    Prezado

    essa portabilidade está em que norma regulamentada? Refiro-me à portabilidade imobiliária. Grato.

    Responder
    • Guilherme says

      6 de maio de 2014 at 19:14

      Olá Trader!

      Está aqui: a Circular 650, da Caixa, operadora do FGTS, publicada no dia 22 de abril.

      Abç e parabéns pelo blog, estou acompanhando com bastante interesse!

      Responder
  3. Hugo Loureiro says

    6 de maio de 2014 at 15:59

    O problema é que o brasileiro é acomodado e se criou um mito sobre financiamento em que a CAIXA é a única que se faz financiamento. A questão é que ela é a que mais marketeia essa modalidade de crédito. Hoje as mais vantajosa é o BB. Mas dependendo do relacionamento que você tem com o seu banco ele pode ser o melhor. No meu caso, nenhum conseguiu bater o Itaú, além de todo processo ser feito sem eu ter que ir nenhuma vez ao banco e entre a solicitação de crédito, que é feita antes de se escolher o imóvel, e o crédito estar na conta do vendedor, se passaram apenas 46 dias.

    Responder
    • Guilherme says

      6 de maio de 2014 at 19:17

      Olá Hugo, é verdade.

      A questão é fazer uma pesquisa detalhada sobre qual banco oferece o melhor “pacote”, considerando inclusive custos burocráticos, como os citados por você.

      Lembrando também que, para imóveis que não estão na alçada do Sistema Financeiro de Habitação, ou seja, acima de R$ 500k, os bancos privados, e até o BB, podem oferecer condições mais atrativas.

      É preciso ir na agência e conversar pessoalmente com o gerente. As taxas de juros tabeladas e mostradas na Internet servem apenas como referência. No “corpo a corpo” é possível, em caráter de exceção, conseguir benefícios extras não anunciados abertamente.

      Responder
  4. Leonardo says

    9 de maio de 2014 at 15:49

    Lembrando que o governo aumentou o teto do Sistema Financeiro de Habitação para R$ 750k.

    http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2013/09/governo-eleva-para-r-750-mil-teto-para-comprar-imovel-com-fgts.html

    Responder
  5. Guilherme says

    9 de maio de 2014 at 16:53

    Boa lembrança, Leonardo!

    Destaco um trecho da reportagem:

    “O valor do imóvel subirá de R$ 500 mil para até R$ 750 mil para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal a partir desta terça-feira (1). Nas cidades desses estados, segundo o BC, os preços dos imóveis, assim como os custos, são maiores. Para os demais estados, o limite será elevado para até R$ 650 mil.”

    Abç!

    Responder
  6. Zé da Silva says

    10 de maio de 2014 at 12:14

    Tudo o que vem para aumentar a concorrência (e possivelmente trazendo vantagens para o consumidor) é válido ! 😉

    Fui obrigado a entrar em contato com o meu banco (o Santander) para ver se dava para migrar. Teve um momento, durante a “guerra” das taxas baixas de juros, que eles disseram que estavam preparados para brigar de “igual para igual” com a Caixa e o BB. E olha … quase conseguiram.

    Só não levei o meu da Caixa (que juro … é o que mais quero =/ …) pro Santander porque o valor mensal pago ainda é um pouco mais alto no Santander. Mas o custo total (CET) já ficava mais baixo no Santander do que na Caixa.

    Sério ! Portanto … volta e meia farei um levantamento junto ao Santander pra ver a hora e que os dois valores ficam iguais, nessa hora … mudo no mesmo instante. 😉

    Abraços !

    Responder
    • Guilherme says

      10 de maio de 2014 at 18:44

      Graaaaaaande Zé, bom te ver por aqui, rapaz! 🙂

      E bem lembrado no seu caso! O Santander é um banco que, dependendo do tipo de relacionamento que você tem, você pode conseguir excelentes taxas. Mas para isso é preciso uma conversa franca “olho no olho”, com o gerente, pois eles estão decididos a ser o principal banco dos correntistas brasileiros.

      A Caixa tradicionalmente é bem forte nesse ramo, mas isso não impede de fazer pesquisas em bancos privados, como, aliás, é o seu caso.

      Saber levar a termo uma boa negociação é fundamental hoje em dia, e nenhum banco gosta de perder dinheiro.

      Portanto, meu amigo, vá em frente e lute para conseguir a melhor taxa possível! 😉

      Abç!

      Responder
  7. Arthur - RJ / Santa Cruz says

    10 de maio de 2014 at 23:57

    Guilherme, qual dos 2 livros vc recomenda para ter uma boa introdução no mundo da educação financeira? “As 05 Etapas do Planejamento Financeiro” ou “Como investir dinheiro” ?

    abs

    Responder
    • Guilherme says

      11 de maio de 2014 at 8:57

      “As 05 Etapas do Planejamento Financeiro”, sem dúvida! Várias degraus acima!

      Abç!

      Responder

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