Meses atrás, eu decidi que era hora de “dar um basta” na minha confusa lista de feeds RSS (que é a minha principal fonte de informação online), que até então estava bastante bagunçada.
Eu gosto de organizar as minhas fontes de informação em pastas ou categorias, só que a coisa estava um pouco desajeitada, já que, na categoria “notícias”, por exemplo, feeds de notícias da Folha de S. Paulo se misturavam a feeds de tecnologia, como Gizmodo, e desenvolvimento pessoal, como Lifehack. O problema é que as tais notícias da Folha eu raramente lia, ao passo que as do Gizmodo eu lia constantemente, e isso criava uma dificuldade no acompanhamento das leituras.
Bom, o problema é que eu fui adiando essa tarefa de reorganizar os feeds… adiando… adiando… até que chegou o momento em que eu resolvi eliminar esse comportamento procrastinatório, e reservar um sábado para essa, convenhamos, nada agradável tarefa.
Tirei todas as distrações possíveis (emails, redes sociais, atividades off-line) e me concentrei nessa extenuante tarefa, que me consumiu em torno de 2 a 3 horas, só para reclassificar, apagar feeds de blogs e sites que já não me interessavam, criar novas pastas e reagrupá-las de modo que fizessem mais sentido e tivessem mais proveito para mim em termos de agilidade e otimização na leitura.
O trabalho foi recompensador, pois agora consigo ler os feeds de uma maneira muito mais proveitosa, pois posso prestar mais atenção ao que realmente é importante, otimizando o uso do tempo.
E tudo isso só foi possível graças a essa minha resolução de “treinar a mente” para focar e se concentrar nessa atividade.
Ter foco, ter atenção, é talvez a habilidade mental mais difícil de ser adquirida e controlada nos dias de hoje, porque vivemos inundados naquilo que eu já chamei, tempos atrás, de a “era da distração”, com múltiplas coisas a ocupar nossas mentes, tanto no mundo off-line, com uma infinidade de compromissos, demandas e projetos, quanto principalmente no mundo on-line, e a cascata interminável de mensagens de emails, tweets, atualizações e comentários no Facebook, Instagram e outras redes sociais etc. etc. etc.
Por isso, chamou bastante minha atenção um livro que se dedica exclusivamente sobre ela, foco, escrita pelo psicólogo Daniel Goleman, que se tornou famoso mundialmente ao escrever sobre a inteligência emocional. Vamos então discorrer sobre a obra? 🙂
Informações técnicas
Número de páginas: 296
Editora: Objetiva
Preço médio: R$ 40
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O problema: riqueza de informação gera pobreza de atenção
Como dito anteriormente, estamos vivendo numa era sem precedentes na história da humanidade, uma vez que o excesso de informação acaba levando muitas pessoas, senão a maioria, a perder a concentração e o foco nas atividades que realmente são importantes. Buscamos a gratificação imediata ao lermos os últimos tweets, as atualizações mais recentes de nosso círculo de amigos no Facebook, as últimas fotos postadas no Instagram, e conferimos a todo instante a caixa de emails para ver se existe alguma mensagem nova desde a última conferência, que foi realizada, bem… 5 minutos atrás (!).
Existe até um novo termo para esse grupo de pessoas: “phubber”. Quem explica é a Rosana, no excelente blog Simplicidade e Harmonia:
“Recentemente nasceu uma nova palavra na língua inglesa: phubbing. Ela é resultado da junção de phone (telefone) com snubbing (esnobar). Mas, afinal, a que se refere esse novo termo? Phubbing nasceu para descrever o ato de ficar conectado a um smartphone ou tablet, em ambientes sociais, e esnobar ou deixar de lado as pessoas que estão ao redor. Portanto, phubber é aquele que tem esse tipo de atitude em ambientes públicos”.
Estamos, em suma, perdendo a nossa capacidade de realizar reflexões mais profundas, mais substanciais, que poderiam produzir benefícios duradouros a longo prazo, em favor dessa nossa necessidade de buscarmos as novidades a todo instante, em busca de satisfação no curto (curtíssimo) prazo, o que interrompe também o fluxo de tarefas para os quais decidimos nos concentrar, mas que acabamos não executando direito, em virtude justamente desse mar de distrações que nos rodeiam. Como afirma Goleman (posição 147 no Kindle):
“As crianças de hoje estão crescendo numa nova realidade, na qual estão conectadas mais a máquinas e menos a pessoas de uma maneira que jamais aconteceu antes na história da humanidade […] Menos horas passadas com gente e mais horas olhando fixamente para uma tela digitalizada são o prenúncio de déficits […] Sabemos que não é legal ficar checando o celular quando estamos com alguém, mas é viciante”.
Em seguida, conclui o autor:
“O que a informação consome é a atenção de quem a recebe. Eis por que a riqueza de informações cria a pobreza de atenção”.
A solução: como melhorar a atenção
Em seguida, o autor discorre sobre os tipos de atenção que se formam em nossa mente: a atenção superior, e a atenção inferior.
A primeira é analítica, devagar (sistema “devagar” na concepção de Daniel Kahneman), examina as opções antes de dar uma resposta, opera de “cima para baixo” (sistema descendente), situando-se no córtex pré-frontal de nosso cérebro. É o que nos diferencia das demais espécies animais, é a possibilidade de pensar a longo prazo, de ponderar situações e de escolher a mais adequada às nossas circunstâncias, tendo se desenvolvido somente “de alguns milhares de anos para cá”, do ponto-de-vista evolutivo da espécie humana. Trabalhamos com a atenção superior (atenção ativa) ao planejarmos, por exemplo, nossos planos de aposentadoria financeira.
Já a segunda é intuitiva, rápida (sistema “rápido” na concepção de Daniel Kahneman), age em questão de segundos, operando “de baixo para cima” (sistema ascendente), e foi o produto de milhões de anos de evolução da espécie humana. Os movimentos são quase automáticos: agimos sem pensar muito. Pense, por exemplo, na reação de fuga que você tem ao sentir que um perigo está se aproximando. A atenção inferior (atenção passiva) é a responsável por executar esse tipo de comportamento.
Esses dois sistemas repartem entre si as tarefas mentais para que consigamos fazer o mínimo de esforço com o máximo de resultados ótimos.
Para melhorar a capacidade de atenção de nosso cérebro, precisamos desenvolvê-la como se fosse um músculo, diz Goleman. Assim como músculos exercitados expandem sua força e aumentam sua capacidade de resistência, o cérebro também aperfeiçoa sua capacidade de desempenho, foco e atenção à medida em que é treinado. Porém, o treinamento do foco deve ser acompanhado da respectiva pausa. É preciso alternar entre os momentos de atenção ativa e atenção passiva. Não somos máquinas. Momentos de descanso são necessários.
E aqui o autor destaca a importância de desenvolvermos um triplo foco: interno, no outro e externo:
“O foco interno nos põe em sintonia com nossas intuições, nossos valores principais e nossas melhores decisões. O foco no outro facilita nossas ligações com as pessoas das nossas vidas. E o foco externo nos ajuda a navegar pelo mundo que nos rodeia”.
Por padrão, o cérebro opera no modo “à deriva”, ou seja, não conseguimos manter a atenção ativa na maior parte de nossas vidas. Seria isso ruim? Não necessariamente. O autor explica (posição 698):
“Entre as outras funções positivas da divagação da mente estão a geração de cenários para o futuro, a autorreflexão, a capacidade de se relacionar em um mundo social complexo, a incubação de ideias criativas, a flexibilidade de foco, a ponderação do que se está aprendendo, a organização das lembranças ou a mera meditação sobre a vida – e também a possibilidade de dar aos nossos circuitos uma pausa revigorante. Uma reflexão momentânea me leva a acrescentar mais duas funções: a de me lembrar de coisas que preciso fazer para que elas não se percam na desordem da mente e a de me entreter”.
Normalmente, inclusive, são durante os períodos de descanso da mente, quando ela não está focada em alguma atividade, que acabam surgindo em nossa mente as ideias mais criativas, a solução para problemas que até então estavam nos atormentando, o aparecimento de momentos do tipo “eureka”, como, aliás, narrou o leitor Rafael Gil em comentários a um post recente, cujo comentário vale a pena ser transcrito:
“Comigo já aconteceu várias vezes de ficar empacado com um problema sem solução durante toda a manhã no trabalho e depois de sair pra almoçar, mudar os ares e esquecer do problema, conseguir solucioná-lo em 5 minutos após o almoço, por enxergar algo que não enxergava antes”.
As melhores ideias surgem nos momentos mais inesperados, quando não estamos realizando “esforço cognitivo algum”, e a ciência avaliza esse entendimento.
Dessa forma, e ratificando o que eu disse linhas acima, o antídoto para a fadiga da atenção é o mesmo utilizado para neutralizar a fadiga física: descansar. Mas como é que se consegue descansar o cérebro?
Goleman sugere uma troca de esforços: substituir o controle descendente (de cima para baixo, aquele responsável pela atenção ativa, e controle executivo das ações), por atividades mais passivas no modo ascendente (de baixo para cima, que não exigem esforço cognitivo), como uma pausa relaxante num ambiente tranquilo. Olhar paisagens naturais, caminhar em meio à natureza, assistir filmes, ou simplesmente respirar, constituem alguns bons exemplos.
O autor também destaca o relevante papel que a autoconsciência desempenha em nossa vida, que traz consigo a atenção executiva (posição 1267):
“Nossa mente utiliza a autoconsciência para manter tudo o que fazemos nos trilhos: a megacognição – pensar sobre pensar – permite que saibamos como estão indo nossas operações mentais e possamos ajustá-las conforme for necessário; a metaemoção faz a mesma coisa regulando o fluxo de sentimentos e impulsos […] A atenção executiva é a chave para a autogestão. Esse poder de direcionar nosso foco para alguma coisa e ignorar as outras permite que tragamos à mente o tamanho da nossa barriga quando vemos aquelas fatias de torta de sorvete no freezer. Esse pequeno ponto de escolha abriga o cerne da força de vontade, a essência da autorregulação”.
Em seguida, cita-se uma pesquisa feita com crianças numa cidade da Nova Zelândia chamada Dunedin, cujas conclusões foram relevadoras: os níveis de autocontrole de uma criança são um indicador de sucesso financeiro e de sua saúde na idade adulta tão forte quanto a classe social, a riqueza da família de origem ou o QI (posição 1345):
“Uma criança pode ter uma infância privilegiada financeiramente, porém, se não aprender como adiar uma gratificação para ir atrás de seus objetivos, essas vantagens iniciais podem perder a força ao longo da vida […] e qualquer coisa que possamos fazer para aumentar a capacidade de controle cognitivo da criança irá ajudá-la ao longo de toda a vida”.
Portanto, atenção pais que estejam lendo essa resenha, ensinem suas crianças a aprenderem a adiar a gratificação (“se você não comer esse biscoito agora, daqui a 15 minutos ganhará outro”, à semelhança do famoso teste do marshmallow), e elas terão muito maior probabilidade de terem êxito na vida adulta delas, mais até do que eventual QI superior à média, ou heranças generosas.
Crítica à tese das 10 mil horas de Malcom Gladwell
Uma coisa que achei muito curiosa no livro foi a crítica que o autor endereçou à tese contida no livro Fora de Série: Outliers, de Malcom Gladwell, acerca da regra das 10 mil horas.
Em resumo, Gladwell afirma, baseado em estudos realizados por Anders Ericsson, de que, para que alguém atinja um nível internacional de expert, são necessárias pelo menos 10 mil horas de prática, o que equivale a cerca de três horas por dia, ou 20 horas por semana, de treinamento, durante 10 anos. Goleman diz que isso é apenas uma meia-verdade, e, baseado nos estudos mais profundos das pesquisas do próprio Anders, concluiu que seria preciso mais do que isso: seria indispensável praticar de forma inteligente, e não puramente mecânica, adotando um “treino deliberado”, ou seja, realizado com o apoio de um treinador especialista, com um esquema de feedback que permita reconhecer erros e corrigi-los.
Dessa forma, só as horas não contam – importam também o feedback e a concentração total. Achei essa parte do livro particularmente interessante (posição 2611):
“Quem está no topo nunca para de aprender: se em algum momento começam a relaxar e abandonam esse treino inteligente, passam a jogar com o circuito ascendente [de baixo para cima, automatizando suas rotinas de trabalho, pense em alguém que fica satisfeito ao conseguir executar os movimentos básicos de um jogo de tênis] e suas habilidades se estabilizam. O especialista contraria ativamente as tendências ao automatismo, construindo e buscando deliberadamente treinamentos nos quais a meta estabelecida excede seus níveis atuais de desempenho. Quanto mais tempo o especialista consegue investir no treino deliberado com concentração total, mais desenvolvido e refinado será seu desempenho. A atenção focada, como um músculo trabalhado, se cansa. Ericsson descobriu que competidores de nível mundial tendem a limitar o treino pesado a cerca de quatro horas por dia”.
“Quem está no topo nunca para de aprender”… quando li essa frase, me veio à mente um comentário feito na ESPN Brasil sobre o que aconteceu com o jogador de tênis Novak Djokovic após ganhar o último Aberto da Austrália. Ele reuniu seu time (técnico, preparador físico, nutricionista, fisioterapeuta etc.), e “detonou os caras”. Simplesmente mandou bronca em todo mundo: disse que não estava satisfeito com isso, não estava satisfeito com aquilo, e com aquilo outro blá blá blá… blá blá blá… e que precisava melhorar isso, precisava melhorar aquilo etc. etc. etc.
Pô, o cara tinha acabado de ganhar um Grand Slam, o que seria, por si só, motivo de festa e comemoração por 5 dias sem parar, e Djokovic foi na contramão do senso comum e “arrebentou geral”. Por isso que, ao ler essa passagem do texto, “Quem está no topo nunca para de aprender”…, me veio à mente esse trecho do programa de TV, e que não poderia deixar de compartilhar com vocês.
Temos aqui uma importante lição que se aplica a todos os campos da vida: se você quiser alcançar o topo, se você quiser se manter no topo, você nunca pode parar de aprender (a respeito de Djokovic, escrevi mais nesse artigo: Novak Djokovic e os 4 p´s da vitória).
Lembro-me, a propósito dessa mensagem, do lendário Warren Buffett, que, do alto de seus mais de 70 anos de vida, resolveu que queria aprender a investir na Bolsa da Coréia do Sul. Dono de um modelo mental assombroso para o mundo dos negócios e das ações, não é de se surpreender que, apenas analisando e estudando balanços de empresas locais (da Coréia do Sul), durante um curto período de tempo, na sua cidade natal de Omaha, ele tenha tido, ao investir em ações na Bolsa asiática mencionada, um desempenho avassalador (fonte: A bola de neve: Warren Buffett e o negócio da vida [biografia], de Alice Schroeder).
Como é que ele conseguiu isso? Estudando. Aprendendo. Aprendendo. Aprendendo. De 1936 (quando, aos 6 anos de idade, pediu para seu pai, de presente de Natal, um livro sobre títulos públicos) até os anos 2000. Mais de 60 anos de estudos. Ininterruptos. E você, está querendo parar de estudar justo agora? Se você parou de aprender, você parou no tempo.
Bom, voltando ao livro do Goleman, eu achei curiosa essa crítica ao livro do Gladwell porque, de vez em quando, existem esses “embates” entre os melhores escritores e pensadores em nível mundial. Assim como Daniel Goleman contesta as ideias de Malcom Gladwell (e você, leitor do blog, tem esse privilégio de ter as resenhas de ambos os livros aqui no blog :-)), David Allen, criador do popular método de produtividade GTD, cujos livros resenhamos aqui no blog: Faça tudo acontecer, A arte de fazer acontecer – Getting Things Done e Gerencie sua mente, não seu tempo, também contesta as ideias de Stephen Convey, autor do popular “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”, dizendo, por exemplo, que esse último livro fica muito no plano das ideias abstratas, sem apresentar muitos direcionamentos práticos (com o qual eu concordo).
Conclusão
“Foco” é ótimo em vários pontos, tais como na parte em que explica os mecanismos do cérebro nos controles dos diversos tipos de atenção, os resultados práticos obtidos com os testes do Marshmallow e de Dunedin, e a importância de os líderes desenvolverem qualidades como empatia, conhecimento dos sistemas e uso adequado dos recursos ambientais.
Porém, eu senti falta da explicação de ideias mais práticas. Ou seja, faltou ao autor indicar os caminhos de ação de como o leitor pode melhorar o seu foco em sua vida, seja ela pessoal, seja ela profissional.
E é nessa parte que o livro me decepcionou um pouco. Em termos acadêmicos, o livro não fica nada a dever: traz os resultados de algumas das experiências científicas mais importantes no campo da psicologia cognitiva dos últimos anos, traduzidos numa linguagem acessível ao público leigo. Nisso não há o que questionar, e o autor age com desenvoltura nesse campo.
Porém, ficou aquele gostinho de “quero mais”, que o livro, infelizmente, não ofereceu: mais dicas práticas de como melhorar a atenção e o foco em nosso dia-a-dia.
Ironicamente, um livro que trata sobre o foco falhou, com o perdão do trocadilho, naquilo em que, talvez, deveria mais focar, já que se trata de uma obra dirigida para o público leigo.
Para aqueles que quiserem dicas práticas de como implementar mais foco em suas vidas, eu recomendo a leitura de outra resenha que fiz no blog, Focus, de Leo Babauta (eBook na versão grátis, em inglês).
De qualquer modo, a obra é ótima para quem quiser entender mais sobre o funcionamento cerebral na área da atenção, em suas múltiplas formas, bem como os resultados das mais recentes pesquisas científicas nesse domínio da psicologia.
Muito bom Gui… parabéns pela resenha. Este livro está na minha lista de leituras.
Abraço e boa semana!
Obrigado, Jô, boa semana pra você também!
Abç!
Excelente artigo e a dica de leitura, parece ser um livro muito bom.
Gostei muito da frase: “riqueza de informação gera pobreza de atenção”.
Infelizmente essa é a realidade, o que tem como consequência mais estresse pois as pessoas querem saber – e principalmente ter – mais, sempre mais e raramente estão safisfeitas. Claro que sempre devemos almejar crescimento e desenvolvimento, mas até essas coisas têm um limite. E com todo esse exagero, os problemas vão se acumulando pois a vida tem se tornado quase inadministrável devido a tantas demandas diárias que exigem nossa atenção, o que não acontece só na vida pessoal, pois o mundo corporativo parece ter entrado nesse excesso também.
Me senti muito lisonjeada por ter citado o post do meu blog! 🙂
Abraços!
Excelente comentário, Rosana!
De fato, o acúmulo de coisas e compromissos acaba gerando um inevitável acúmulo de problemas. Com tantas coisas a gerenciar, nossa mente e nossa capacidade de concentração acabam se fragmentando em mil pedaços pequenos.
E seu blog é excelente, vale sempre a pena ser citado! 🙂
Abç!
Além do acúmulo de coisas materiais e compromissos, depois eu pensei também no lixo mental que acumulamos ao longo da vida, seja em relação ao que assistimos, lemos ou ouvimos, e também em relação aos nossos próprios medos, ansiedades, cobranças internas e expectativas, que são coisas com as quais gastamos uma enorme energia cerebral e raramente percebemos esse desperdício.
Gosto de uma frase do Abraham Lincoln: “Certifique-se de que colocou os pés no lugar certo e depois mantenha-se firme.”
Acredito que esse seja um dos segredos do equilíbrio que leva ao sucesso na vida em geral.
Meu blog ainda está engatinhando, mesmo assim, agradeço pelos elogios. 🙂
Com o tempo, parece que as coisas vão ficando mais claras e já tenho várias ideias para novos posts.
Abraços!
Oi Rosana, é verdade, o lixo mental é outra dessas “pragas” invisíveis que só nos tira a energia mental e a nossa capacidade de pensar com clareza e com maior profundidade a respeito da nossa própria vida.
Gostei muito dessa frase do Lincoln, ela é carregada de sabedoria.
A propósito, gostei demais da matéria sobre a impermanência no seu blog. Para todos os que quiserem ler: http://simplicidadeeharmonia.blogspot.com.br/2014/01/impermanencia.html
Abç!
Gostei muito da resenha e me interessei muito em ler o livro, embora você tenha finalizado concluindo que ele poderia ser melhor nas dicas de práticas. Eu tenho muita dificuldade em me concentrar em uma tarefa só. Faço várias coisas ao mesmo tempo, mas tenho me policiado pra me controlar. Já tive crises de ansiedade sem motivo “aparente” e acho que a ansiedade é o grande mal do século. O medo de perder alguma coisa, de ficar por fora, faz com que façamos mil coisas ao mesmo tempo e não nos dediquemos inteiramente a uma coisa só.
Aos poucos tenho me desacelerado, mas confesso que é complicado…
Abraço e parabéns pela ótima resenha!
Obrigado, Bruna!
Concordo com você, a ansiedade é o grande mal do século. Com o hábito e aos poucos, de forma gradativa, você conseguirá manter o foco no modo “monotarefa”, basta ter persistência e uma motivação suficientemente forte.
Abç!
Bruna,
Vai uma dica: você toca algum instrumento musical ou faz alguma coisa que necessite de 100% da sua atenção? Pode ser a leitura de um livro daqueles que prendem nossa atenção, corrida, caminhada, meditação, natação, etc.
Esse tipo de coisa ajuda bastante e aos poucos você conseguirá aumentar aos poucos o seu tempo de concentração.
Outra dica: recomendo a leitura do livro O Poder do Agora, de Eckhart Tolle. Considero um dos melhores livros que li, daqueles que são um divisor de águas na vida, acredito que possa te ajudar bastante também.
Abraços!
Exato Bruna, a dica da Rosana é excelente.
Aliás, um dos maiores especialistas em desenvolvimento pessoal do mundo, Tony Schwartz, disse que uma das metas dele para esse ano seria ler todo dia ao menos 25 páginas de um livro. A leitura te ajuda a manter concentrada, e é, conforme a Rosana disse, um excelente modo de treinar a atenção.
Boa dica de livro, Rosana, já anotei aqui. 🙂
Abç
Esse livro para mim foi um daqueles que costumamos chamar de divisor de águas.
Abraços!
Mais um forte motivo para eu ler esse livro em breve! 🙂
Abç!
Bruna, segundo experiências que tive e lendo alguns livros para manter o foco você tem sair sair da “rotina chata de fazer nada”
Vai soar estranho e engraçado mais coisas simples como: começar a ler, lavar, parar de fumar, correr, malhar, tocar instrumento vai te manter com mais atenção (focar) no que você quer.
Sem brincadeira, mas um simples hábito que comecei a fazer como lavar minhas roupas básicas me fez ter atenção em várias outras coisas. (E é porque sou homem rs)
O segredo é focar em alguma tarefa que você não tem interesse.
Leia o livro o poder do hábito!
Resenha completa! Muito legal!
http://www.ricodinheiro.com.br
Obrigado, Kleber!
Olá a todos,
Bom… alguns dias atrás comprei este livro, justamente, por me chamar a atenção,por eu ser muito distraído e desfocado, se assim pode ser dito. Mas logo nas primeiras 30 páginas, me surgiu essa dúvida: ” Acho que este livro não vai me ensinar a ser mais focado…”
Então resolvi pesquisar resenhas e opiniões sobre ele.
Apesar de estar sendo difícil ler ele todos os dias, pois eu não tinha o habito frequente de leitura…tanto é que faz mais de um ano que não leio um livro até o fim(me sinto envergonhado),resolvi reiniciar este habito justamente com esse tema, para me auto melhorar.
Pescando algumas coisas em seu artigo, logo confirmei minha duvida. Realmente ele não ensina a melhorar,apenas informa.
Então dei um salto logo para os comentários que me motivaram a continuar a lendo,pelos elogios.
Então assim que eu terminar volto aqui para deixar minha opinião.
Parabéns pelo artigo.
Olá Guilherme!
Você não deve se sentir envergonhado não! Muito pelo contrário, deve se orgulhar de ter rompido as barreiras da inércia e dado seus primeiros passos rumo à reaquisição de um importante hábito, que é o hábito da leitura! Nesse sentido, você merece meus parabéns!
Envergonhados devem ficar as pessoas que passam a vida inteira sem terem lido um único livro… você deve se sentir orgulhoso, isso sim!
Quanto às dificuldades na leitura, isso é absolutamente normal no início. O segredo para adquirir consistência e progresso na leitura é continuar lendo, um pouco a cada dia, mas sempre a cada dia, que logo logo isso acabará se tornando um hábito. Você conseguirá ler cada vez mais páginas por dia, e em menor tempo. O segredo, portanto, é: pratique. Todo dia. Um pouco mais.
Sobre o livro do Dan Goleman, realmente ele informa mais do que ensina, embora contenha algumas informações úteis para o leitor.
Volte para contar para gente suas impressões, assim que terminar a leitura.
Abç!
Eu também me vejo como o Guilherme, já li alguns livros no ensino médio, mas agora após alguns anos não tenho este hábito, mas preciso adquirir urgentemente, pelo fato de estar na faculdade à distância. Eu cheguei a sua resenha pelo fato de ter assistido uma palestra que indicaram este livro O FOCO, eu achei muito interessante, mas não cheguei ler totalmente e ao pesquisar na internet encontrei sua resenha, que por sinal foi ótima, resumiu bastante, mas concordo com você que ficou faltando mais dicas práticas de como melhorar a atenção e o foco em nosso dia-a-dia.
Quero parabenizar à você pela resenha, foi um ótimo trabalho.
Oi Marlucia!
Os hábitos se adquirem com disciplina, foco e concentração, pode ter a certeza de que você chegará lá!
Obrigado pelas palavras!
Abç
Parabéns Guilherme!
Ótima resenha. Você teve FOCO ao cria-lá.
Obrigada pois contribuiu muito para o meu conhecimento sobre o livro.
Muito obrigado pelas palavras, Mariana!
Abç!
Bom sua concepção e essa mas a minha e diferente a internet e um mundo que foi adaptado ao cérebro inteligente em quanto algumas pessoas que nao tem acesso ao computador usa mas trabalho brasal do que a mente um computador na mao de uma pessoa criativa,visiona ria e com bagagem de informação digo informação nao estudo porque Ainsten nao teve nem PORISSO era burro o que apoio e sobre estudo e ter português exemplar e ser bom matemático apoio souber de politica nem apoio porque pode virar grande ladrão sem arma , informação com internet juntos , espada e o computador o mesmo seria um rei com seu castelo quer pessoalmente conhecer skype,video pelo whatsapp no 3g a tv sim e os alimentos fast food foi criado para nos dar T VIRUS virar verdadeiros zumbis.. Infelismente usam internet para diversão,jogos mercado maior do mundo porno ,nao aplica na segurança nem policia sabe o que software e windows. Bom eu entendi isso entre os assuntos que você citou no primeiro texto lá em cima perigo homem inteligente com PC com configuração boa…..
Sensacional!
Essa questão do foco é algo que me preocupa muito nas crianças, adolescentes e adultos em geral.
Procuro manter o meu, mas confesso que não é fácil, afinal o ambiente virtual é muito “sedutor”
Uma forma que encontrei de fugir dessa “sedução” foi ficar com meu aparelho celular desatualizado. Não tenho smart, ipad, ou outra tecnologia dessas (pelo menos por enquanto, estou evitando entrar nisso.
Trabalho com educação e esse assunto atinge diretamente a minha área, afinal lido com crianças e adolescentes o tempo todo.
Muito grata por sua contribuição e parabéns pela resenha! Muito bem feita!
Obrigado pelas palavras, Ivanilde, e parabéns pela disciplina em manter o “foco”, livrando-se de distrações desnecessárias!
Abç
Boa tarde, Guilherme.
Inicialmente gostaria de dizer que o livro Inteligência Emocional foi o divisor de águas da minha vida, desde que o li tenho uma visão diferente das relações entre as pessoas e delas para com o mundo, me tornei mais observadora e, embora muito ansiosa ainda, tenho a consciência de mim mesma a um nível que sei quando saio do nível aceitável, percebo as reações físicas e psíquicas e consigo me auto controlar e voltar ao “normal”.
Depois, gostaria de agradecer imensamente pelo seu texto, mais esclarecedor é impossível.
Por último, gostaria de saber se você teria como indicar um livro que complemente o do Daniel Goleman, que ensine formas práticas de desenvolver esta capacidade de manter o foco.
Obrigada!
Vanessa.
Obrigado pelas palavras e pelo seu depoimento pessoal inspirador, Vanessa!
É incrível o poder que os livros de qualidade têm sobre nossa vida. 🙂
Bom, um livro complementar ao do Daniel é o do Leo Babauta, chamado Focus, grátis e disponível online para download.
Fiz uma resenha dele aqui: http://valoresreais.com/2010/11/21/resenha-focus-de-leo-babauta-ebook-na-versao-gratis-em-ingles/
Abç
O livro fala que é importante ter foco, mas não ensina ninguém a desenvolver essa habilidade.
O autor diz que é amigo de muitos famosos,incluindo o criador do filme Jornada nas Estrelas, e de pessoas distintas. Isso deve ser para valorizar a sua imagem. Mas aposto que ele não cresceu com nenhuma dessas pessoas.
O livro tem muito blá, blá, blá só para encher de página.
Menciona estudos importantes, nada nada que vá modificar a vida do leitor.
Eu não recomendo!
Brás Cubas
Eu particularmente não gostei do livro, muitas divagações e, quando ha pontos interessantes o autor pouco explora estes pontos.
Muito bom sua resenha, qualidade total acabou de conquistar mais um fãn para o blog, vou indicar para meus amigos.
Obrigado
Valeu, Ângelo, por compartilhar o blog com seus amigos!
Abç!
Parabéns Guilherme, gostei de mais da sua resenha.
Sempre quando acabo de ler um livro, procuro entrar na internet e achar comentários. Porque ajuda a perceber a visão que cada um teve na sua leitura particular e a compartilhar uma conclusão geral dos leitores. Percebi que o livro ficou vago em não entrar em ensinamentos sobre o nosso cotidiano do cidadão comum, ele ficou focado em grandes tarefas que a humanidade e os governos terão, mas fugiu das coisas simples. Logo ele, que começa o livro com um exemplo de um segurança focando nos clientes. O livro é ótimo, valeu a pena ter lido e aprendi várias lições importantes.
Um forte abraço e continue assim fazendo resenhas e chamando mais leitores a compartilhar conhecimentos valiosos e não lixos das redes sociais que habituamos a conviver. Sucesso…
Uma outra ligação que se pode fazer com esse livro me veio durante a recente leitura da sua resenha de The Glass Cage, de Nicholas Carr.
Naquele texto você menciona a história de um grupo de índios canadenses que passou a usar GPS e em pouco tempo perdeu boa parte do senso de orientação espacial que tinha desenvolvido tão bem. E isso me lembrou de quando o Goleman fala, neste livro, sobre os moken.
Pra quem não leu Foco (ou pra quem leu e quer se lembrar dos detalhes da história): os moken são um grupo de ciganos do mar do Sudeste Asiático que escapou do tsunami de 2004 devido à sua aguda percepção das mudanças no comportamentos de certos animais.
Suponho que se eles tivessem o hábito de consultar a previsão do tempo (como eu) eles teriam tido o mesmo destino que muitos dos asiáticos de terra firme. E essa perda de inteligência ecológica acaba sendo mais uma consequência de se confiar demais em algoritmos eletrônicos (que é ênfase do livo de Carr).
Muito bem observado, Henrí!
Essa história dos moken é mais uma prova dos perigos de se confiar demais aos algoritmos eletrônicos.
Abraços!