Esse guest post é uma colaboração de Hugo Metzger, do GuiaBolso, em que ele aborda um tema que, admito, não tem sido muito discorrido no blog: dívidas. No artigo são fornecidas 4 dicas práticas para sair das dívidas e começar a ter uma vida financeira mais equilibrada. Boa leitura!
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Dívidas fazem parte do nosso cotidiano e, muitas vezes, elas encurtam o caminho para conquistarmos algum objetivo.
Esta frase está soando estranha para você?
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Imagine que você queira compra sua casa própria: quantos anos demoraria para fazer isso se você tivesse que ir poupando seu dinheiro e só pagá-la à vista? Muitos não? Para encurtar esse caminho é que fazemos dívidas, como um financiamento imobiliário, que lhe proporcionará a entrega do apartamento muito antes do tempo para acumular todo dinheiro suficiente.
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O exemplo da casa própria pode ser pensado para diversas outras compras, como um carro novo, uma viagem ou mesmo gastos no cartão de crédito para adquirir algum produto.
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Nota pessoal: embora as dívidas citadas “acelerem” a conquista de certos objetivos, é preciso ter muito cuidado para evitar que isso se torne uma dor de cabeça e se transforme num processo de “desacumulação” de patrimônio. Isso porque, no caso da compra de uma casa financiada, por exemplo, quanto maior o prazo de pagamento, maiores serão os juros pagos e, por consequência, o custo efetivo total, podendo haver casos de você pagar R$ 1,5 milhão por uma casa que vale R$ 500 mil. No caso do automóvel, a mesma coisa: você pode comprar, dependendo da quantidade de parcelas e do valor da taxa de juros, um carro que vale R$ 30 mil por R$ 60 mil. Portanto, como essas dívidas representam a compra de um bem sem ter dinheiro (à vista) para comprá-la, pese bem na balança os prós e os contras desse tipo de financiamento (imobiliário, de veículos etc.), dando sempre preferência para a compra à vista e com desconto.
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No entanto, o grande problema começa quando fazemos tantos empréstimos, que eles tomam uma parte relevante do nosso orçamento. Então, basta um susto, um descontrole, um imprevisto, para que esses empréstimos atrasem e se tornem, no pior cenário, impagáveis.
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Muitas pessoas que se encontram nessa situação não enxergam um caminho para sair dela. Mas o fato é que, independente do quão endividado você está, alguns passos são essenciais para reduzi-las, ou até mesmo quitá-las de vez.
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Veja a seguir quais são esses passos.
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1) Liste suas contas
Pegue um papel e uma caneta e comece a escrever, na forma de uma lista, todos os empréstimos e contas em atraso.
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Não esqueça de incluir cartão de crédito, cheque especial, empréstimo pessoal, financiamentos, e todos os outros pagamentos em atraso: contas de água, luz, condomínio, aluguel etc.
2) Defina o que pagar primeiro
Agora que possui essa lista em mãos, é hora de organizá-la, para saber quais contas devem ser pagas primeiro. Para isso é importante priorizar as contas que tiverem maiores taxas de juros e/ou urgência no pagamento.
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Basicamente, a ideia é a seguinte:
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Se a conta de luz atrasar, por exemplo, a taxa de juros que incidirá será relativamente baixa, em torno de 1% a.m., dependendo do valor que sua concessionária cobre. No entanto, ela deve ser colocada entre as primeiras contas a pagar, afinal, se não for paga, poderá haver corte no fornecimento do produto.
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Essa mesma ideia deve ser usada para outras contas essenciais, como aluguel, água e gás. O que vale aqui é o caráter urgente do pagamento da dívida.
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Organizados esses gastos, agora é partir para as outras contas em atraso. Para elas, a regra é simples: priorize as que possuírem maiores taxas de juros e possíveis multas.
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Imagine essa situação: seu cartão de crédito fugiu do controle e a fatura de R$ 1.000,00 não foi paga. Supondo uma taxa de 9% a.m. de juros, após um ano, o valor da dívida chegará a absurdos: R$ 2.813,00.
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Perceberam o problema de ter uma dívida que saiu fora do controle?
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3) Renegocie suas dívidas
Dependendo do valor que as dívidas alcançaram, levaríamos muitos anos para pagá-las. Em alguns casos, precisamos de um prazo maior para isso, ou mesmo de taxas de juros mais baixas.
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Para resolver isso, a melhor solução é procurar por uma renegociação da dívida.
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Entre em contato com as instituições com as quais você está devendo, e fale abertamente com a pessoa que avaliará seu caso. Lembre-se de que eles também têm interesse em renegociar, afinal, isso será bom para ambos os lados.
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Além disso, é importante que você tenha as seguintes ideias bem fixadas em sua mente:
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– quanto maior o valor à vista que você puder oferecer, maiores serão as chances de renegociação e desconto;– trocar dívidas caras por dívidas baratas será muito importante para diminuir as taxas de juros. Nesse caso, pergunte para seu credor se é possível trocar as dívidas com altas taxas de juros, como as do cartão de crédito e cheque especial, por uma que cobre menores taxas. Pergunte sobre o crédito consignado ou as que utilizam bens como garantia, e veja se é possível fazê-los no seu caso.– se não for possível aplicar as duas dicas anteriores, peça um prazo maior. Assim, ainda que sua dívida aumente, as parcelas terão valores menores, o que aliviará um pouco seu bolso para pagá-las.
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Nota pessoal: escrevemos há algum tempo que também é possível realizar uma portabilidade de dívidas, no artigo: Aproveite os benefícios da portabilidade (em cinco áreas).
4) Procure uma renda extra
Se mesmo com essas dicas estiver difícil de quitar as dívidas, procure vender algo que não precisa mais, como uma TV ou um aparelho doméstico. Muitas pessoas fazem um verdadeiro bazar das coisas que não usam mais, vendendo bolsas, calçados e até joias para os amigos e familiares. O sacrifício pode ser grande, mas o alívio em sair das dívidas não tem preço.
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Sobre o autor: Hugo Metzger é estudante de Administração, faz parte da equipe do GuiaBolso, uma empresa que ajuda você a substituir a planilha de gastos e a identificar oportunidades para melhorar sua vida financeira e conquistar seus objetivos. Confira o site do GuiaBolso e não perca os artigos do blog.
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Ter dívidas implicar estar numa situação financeira desconfortável. Só quem passou pelo calvário do endividamento e saiu dessa situação sabe quão importante é viver uma vida financeira de liberdade, em contraposição à escravidão que as dívidas representam.
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Sei que muitos, certamente a maioria, dos leitores do blog estejam sem dívidas acumuladas; porém, o artigo é importante sobretudo para aquelas pessoas que estão iniciando seu processo de educação financeira e precisam, antes de mais nada, eliminar as dívidas que possuem.
Fala Guilherme, obrigado pelo espaço para escrever no seu blog.
Espero que os leitores aproveitem as dicas!
Abraços,
Hugo
Muito bom! Só trocaria, no vídeo, a ordem entre “renegociar” e “utilizar os investimentos”.
Parabéns!
Valeu Kleber!
Olá Hugo, obrigado mais uma vez pela participação!
Abç
realmente muito bom o post. Ajuda somente quem não está com dividas, mas quem não tem e saber das consequências de ter dividas fora do controle.
Uma ferramenta que encontrei essa semana e achei bacana para quem quer controlar os gastos e definir metas: http://www.organizze.com.br
abracos,
Ótima dica de site, Camilo!
Abç!
Olá Guilherme tudo bem?
O tópico é antigo, mas hoje mais do que nunca é muito procurado pelas pessoas, quase 40% estão nesta situação. Por isso, resolvi criar uma área para os interessados em livrar-se das dívidas – http://www.resenhavirtual.com.br/blog/eliminar-dividas/
Abraços
Olá Cletion, excelente iniciativa, parabéns!
Abraços!
Eu acrescentaria uma detalhe essencial, o Mindset. Sem a mentalidade correta tudo o que fizer tende ao fracasso . Eu ate fiz um post sobre o assunto.
Isso mesmo, Cesar, o mindset!
Abraços!