Atendendo a um pedido do leitor Davi, publico mais um resumão da semana, comentando os assuntos que foram destaque nos últimos dias!
Debêntures incentivadas da Autoban: previsão de pagar 4,88% + inflação, sem sobretaxa
De acordo com notícias veiculadas no mercado, as debêntures isentas de imposto de renda da Autoban, que foram objeto de análise mês passado, no artigo Os prós e os contras do investimento nas debêntures isentas de imposto de renda da CCR Autoban, irão pagar 4,88% + inflação, mas sem sobretaxa.
A captação, de R$ 450 milhões, teria superado as expectativas, o que teria permitido à empresa emissora reduzir a zero o pagamento do prêmio (sobretaxa).
Embora não haja o pagamento do prêmio, trata-se de um investimento positivo, pois o aplicador conseguirá uma rentabilidade líquida real de quase 5% a.a., ao longo de 5 anos, em um investimento inserido na classe de renda fixa. Só para se ter uma ideia, a poupança tem um rendimento real praticamente igual a zero, se formos considerar uma inflação ao redor de 6% a.a.
Os investimentos atrelados ao DI, por sua vez, terão rendimento real na casa de 1% a 2%, se descontados, além da inflação, a alíquota do imposto de renda. E mesmo os títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação, como as NTN-Bs, terão rendimentos na casa dos 3% a 4%, pois será preciso descontar o imposto de renda.
Daí se percebe a importância de utilizar uma diversificação inteligente, mesmo intra-classe, ou seja, dentro da classe da renda fixa, a fim de conseguir fazer com que o dinheiro renda mais, mesmo que haja uma assunção maior de riscos, como é o caso dessas debêntures.
Espera-se que mais emissões de debêntures incentivas ocorram no mercado, pois isso amplia o leque de opções de investimento para o investidor pessoa física.
Calote do Eike Batista
Alguém aí se lembra do Eike dizendo que iria se tornar a pessoa mais rica do mundo até 2015?
Pois agora, ou melhor, desde o ano passado, finalmente a verdade está sendo revelada, e o mercado, como diz Warren Buffett, não perdoa as empresas que não entregam resultados. As ações do grupo EBX, em especial aquelas que estão patinando na casa dos centavos, agora não servem “nem para troco de padaria”, de tão desvalorizadas que estão.
As piadas correm soltas tanto na mídia tradicional – a revista Bloomberg Businessweek afirmou, em matéria de capa, que o Papa Francisco irá visitá-lo, porque se preocupa com os pobres – quanto nas redes sociais, como podemos ver nas mensagens que circulam no Twitter:
Que lições podemos tirar desse verdadeiro case de desastre empresarial? Certamente muitas lições, que não caberiam num post só. Mas deixo registradas aqui algumas lições importantes:
– Não aposte todas as suas fichas numa empresa só. Você corre o risco de perder um apartamento. A Exame publicou uma matéria, em junho, contando o caso de um investidor (ou seria especulador?), que “aplicou” o dinheiro da venda de um apartamento em ações da OGX, e viu o patrimônio literalmente virar pó. Dois erros grandes foram cometidos aí: apostar todas as fichas numa só ação, e apostar valores altos.
– Listas são apenas pedaços de papel. Elas não fazem sua vida mudar nem para pior, nem para melhor. Eike tem que aprender várias coisas com o Jorge Paulo Lemann, o qual já foi objeto de post aqui no blog, no artigo [Caso verídico] Warren Buffett mostra sua verdadeira riqueza a Jorge Paulo Lemann (imperdível!). E uma delas é parar de se preocupar com listas de mais ricos do mundo (se bem que, a essa altura do campeonato, certamente ele já tirou esse delírio de sua cabeça).
No livro Sonho Grande, cuja resenha será publicada em breve no blog (talvez ainda esse mês – aliás, tenho uma série de livros de autores brasileiros que merecem ser divulgados, aguardem!), ao saber que tinha galgado várias posições no ranking de bilionários da Forbes, Jorge Paulo disse que listas são apenas “pedaços de papel” que não iriam mudar nada na vida dele. Capisce, Eike?
– Menos marketing, e mais trabalho, please. Empresa boa é empresa que dá lucro. Dar entrevistas na TV, ficar tuitando de meia em meia hora etc. não gera resultado pra ninguém. Menos “falação” e mais trabalho duro (hard work).
– Quer ficar ostentando sua riqueza por aí? Cuidado, você pode “tomar na cabeça”. Em poucos anos, Eike tratou não só de investir em negócios dos mais diferentes ramos (que fracassaram, em sua maioria), mas também de ostentar a sua riqueza. Um dos símbolos mais emblemáticos da riqueza acumulada por ele foi, sem dúvida, o mega iate Pink Fleet, que custou U$ 19 milhões.
Pois bem. O iate irá virar sucata. Literalmente.
E isso sem contar que ele já tinha colocado à venda, em maio, num site de classificados nos EUA, um jatinho particular.
Como diz Milton Leite, narrador do Sportv, “que faaaaaseee….”.
Clube Smiles
O leitor Rockyard pediu para que eu fizesse uma análise de um novo serviço que o Smiles, programa de milhagem da Gol, lançou recentemente, o Clube Smiles.
Mediante o pagamento de uma tarifa mensal de R$ 30, o cliente receberá mil milhas a cada mês (que terão um prazo de validade maior), acesso antecipado às promoções, e um bônus progressivo nas transferências de pontos de cartões de crédito, limitado a 5 mil milhas por ano.
Na minha opinião, não vale a pena pagar por esse serviço. Primeiro, porque você se compromete com mais uma despesa mensal fixa, que não se reverte em um benefício concreto e tangível de modo imediato. Segundo, porque o custo das milhas, 10 mil por R$ 300 (ou R$ 30 para cada bloco de R$ 1 mil), é caro, sendo que você pode obter as mesmas mil milhas mensais se tiver um gasto mensal, com compras no cartão de crédito, ao redor de R$ 1.200, com cartão que pontue 2 pontos por dólar, ou de R$ 1,5 mil, com um cartão que pontue 1,5 ponto a cada dólar.
Terceiro, porque dificilmente as promoções de passagens aéreas esgotariam todos os bilhetes com as pessoas inscritas no referido clube. E quarto, porque a bonificação extra está limitada a 5 mil milhas por ano, o que não dá nem para emitir um bilhete-prêmio na pontuação normal.
O Smiles está “inaugurando” esse serviço porque precisa “fazer caixa” e gerar lucro para seus acionistas (e por conseguinte ajudar a Gol a sair do prejuízo) – lembre-se de que ele virou uma empresa de capital aberto, assim como a Multiplus (TAM), que são, aliás, dois dos 3 únicos programas de fidelidade aéreo no mundo que têm ações cotadas na Bolsa de Valores – e olha que há, no mundo, dezenas de programas de fidelidade aéreo.
Apesar dos pesares, considero o Smiles um programa de fidelidade que apresenta (com todas as cautelas que essa afirmação requer) mais atrativos do que o (in)Fidelidade TAM (ainda mais agora que a TAM irá sair da Star Alliance em março de 2014), e, como consumidor, eu sinceramente torço para que tais empresas saiam do vermelho e melhorem a prestação de seus serviços.
IOF no Pague Contas do Santander
Como você já deve ter percebido, só tem notícia ruim quando se trata de programas de fidelidade e cartões de crédito. Pois o Santander, que já tinha reduzido a pontuação do Pague Contas pela metade recentemente, ainda resolveu cobrar o IOF de 0,38% nessas operações, a partir do mês passado, o que praticamente dobra o custo desse tipo de serviço.
Foi o leitor Leonardo, através do Twitter, que me deu o alerta, sendo que tal informação já consta nas regras de utilização do serviço.
O pagamento de contas no cartão de crédito virou um verdadeiro filão… não para o consumidor, óbvio, mas sim filão para alimentar ainda mais as já bem abastecidas máquinas de lucros dos bancos que comercializam esse tipo de serviço – Banco do Brasil, Itaú e Santander.
Dois fatores se juntam nesse tipo de “mercado”: a falta de educação financeira do brasileiro, que adora fazer doações de dinheiro para os bancos, na forma de juros, tarifas e taxas de administração de fundos de investimentos; aliado à natureza humana de procurar por “recompensas imediatas”, ao saber que pode “ganhar”, digamos, 10 mil pontos se gastar R$ 370 em pagamentos de contas – sendo que 10 mil pontos, obviamente, não valem R$ 10 mil: valem, no máximo, uns R$ 300 (considerando o valor médio de 1 milha a 1,5 centavo de dólar).
Gente, milha boa é milha obtida de graça, usando o cartão de crédito em compras a crédito, utilizando com inteligência os estabelecimentos parceiros, voando com passagens compradas em dinheiro (que, além do mais, são milhas qualificadas para obtenção de status elite) etc. etc. Pagar para adquirir milhas só é uma estratégia válida em situações específicas e pontuais, que exigem tempo e conhecimento, e aplicáveis somente a poucos clientes/consumidores, e não à generalidade das pessoas.
Vamos aos fatos:
– Banco do Brasil: aumentou a taxa de juros no pague contas de 1,99% a.m. para 2,10% a.m., e faz, de propósito, o ciclo da fatura fechar cerca de 16 dias antes da data de vencimento (com o objetivo óbvio de que o consumidor pague a maior quantia possível em juros no pague contas);
– Itaú: tirou a pontuação do pague contas, utiliza a cotação do dólar turismo na conversão dos pontos para compras a crédito, aumentou o limite mínimo de transferência para todas as cias. aéreas para 20 mil pontos, tirou a imprescritibilidade dos pontos para cartões Black, Infinite e Platinum, tem o pior call center do país, não negocia isenção de anuidade de seus cartões, e ainda cobra a maior taxa de pague contas dentre os bancos: 2,99% a.m. (será que alguém ainda usa cartões desse banco?);
– Santander: como afirmado acima, cortou pela metade a pontuação no pague contas, e praticamente dobrou o custo do serviço, com a inclusão do IOF nessas operações. Além disso, está demorando uma eternidade para fazer o crédito dos pontos no Super Bônus, o que me leva a crer que todos os lançamentos de pontos via pague contas estejam sendo revisados por humanos, isto é, por funcionários, e não pelos sistemas automatizados do banco.
Quem ganha com tantas mudanças negativas nos programas de fidelidade e cartões de crédito bancários: o consumidor ou o acionista?
É como um amigo me disse: ele odeia bancos, mas não perde a oportunidade de ter ações dos grandes bancos brasileiros, afinal, se o banco tem lucro…
Frase para reflexão
Termino esse resumão com uma frase que disse tempos atrás, que foi bem lembrada, semana passada, pela amiga Rosana, e que está fazendo bastante sucesso no Twitter:
“O dinheiro que você gasta hoje com coisas desnecessárias irá fazer falta amanhã para gastar com coisas necessárias.”
Boa semana a todos!
A frase para reflexão se parece muito com a de Warren Buffet: “Se você compra coisas que não precisa, logo você terá que vender coisas que você precisa.”
Realmente, bastante parecida! Abç!
Kleber,
Boa frase. Essa eu ainda não conhecia. 🙂
Guilherme,
Sobre as empresas do Eike Batista, no final das contas todos nós pagaremos por isso, já que tem muito dinheiro do Bndes investido lá, com juros e prazos de pagamento “de pai para filho”….
Essa frase que citou tem me ajudado bastante!
Abraços,
Rosana
Exato, Rosana, foi injetada uma quantidade absurda de dinheiro estatal nas empresas do grupo X.
Impressionante como é mal conduzida a política econômica no Brasil de uns tempos para cá.
Obrigado pela lembrança da frase!
Abç
Ótimo post Guiherme, esclareceu minhas dúvidas sobre o novo programa da Gol. Parabéns.
Obrigado, Rock!
Abç
Por isso que gosto desse Resumão, me ajuda muito a refletir…
Valeu!
Abs
Valeu pelas palavras, Davi!
Abç!
Queria ter comprado essas debêntures IIE, mas só para diversificar, mesmo. Porque, fiz uns calculos projetando uma inflação de 5% a.a. e não gostei muito do resultado – comparando pré-fixados X pós-fixados, ambos atrelados ao IPCA.
Assim, a rentabilidade (líquida de IR) delas está perdendo para os pré-fixados: até mesmo considerando a cotação da NTNF 2023 de hoje (título pré-fixado em 11,54% a.a. no Tesouro direto). Lembremos que já esteve melhor (a mais de 12% a.a., há alguns dias)…
Mas diversificar é bom… e o legal é que ela está ganhando até mesmo da NTNB 2050 (que, recentemente, chegou a 5,99% a.a. + IPCA).
Há de se avaliar, por fim, liquidez, risco e lembrar da diversificação… mas é uma boa pedida para o leque dos investimentos em renda fixa.
Exato, Davi.
Como existe ainda uma tendência de alta da SELIC, que pode se aproximar dos 10% até o final do ano (9,75%, segundo previsões do mercado), isso faria com que os prefixados também apresentassem uma elevação na taxa.
Acredito que, se houver novas emissões de debêntures incentivadas até o final do ano, elas tenham ganhos maiores do que as da Autoban, que, de qualquer forma, não deixam de ser uma ótima alternativa de investimento, considerando todos os fatores envolvidos.
Hoje em dia, uma boa diversificação na renda fixa é fundamental para ter ganhos superiores ao CDI e à própria inflação, como você bem mencionou.
Abç!
Sobre o Clube Smiles, acho que valeria um post completo que analisasse várias situações. Talvez o que você consegue, não seja o que a maioria dos seus leitores conseguem e muitas vezes as suas necessidades de viajar, são diversas também. Assim, faria uma avaliação usando pelo menos uns três perfis ( por exemplo: solteiro com poucos gastos, casado com muitos gastos, concurseiro que precisa viajar muito).
Seguem algumas “omissões” do seu texto.
Primeiro: CARTÃO DE CRÉDITO. Até onde eu saiba precisa ter renda mínima de R$ 15 mil e anuidade de R$ 500 ( eu sei que dá pra negociar, mas vc tem ideia até onde eles abaixam isso), para ter um cartão com 1 dólar valendo 2 pontos; e precisa ser Platinum pra ter 1,5 ponto/dólar. Existe outra forma mais barata?
Assim, para a MAIORIA das pessoas, vc precisa gastar uns R$ 2.200 por mês para ter (de graça) 1.000 milhas. E a anuidade dá pra negociar pagando menos de R$ 100. Há alguns anos era mais fácil conseguir anuidade grátis, hoje, como o Governo alterou algumas regras para as empresas de Cartão, elas estão mais “duras” na negociação. Eu sempre peço desconto.
Meu irmão tá namorando e (talvez) se case daqui a uns dois anos, sugeri a ele que adquirisse as milhas pois seria um forma de conseguir viajar sem ter de pagar mais caro, se vc achou R$ 300 caro para 10.000 milhas, dá uma olhadinha quanto é uma viagem. A maioria é mais de R$ 300. Além disso, aquele lugar que hoje vc encontrar mais barato pode estar mais caro dependendo da época do ano. Com as milhas ele se protegeria.
Eu casei e moro em Rondônia com a esposa que “de vez em quando” quer ir pra Recife, em fevereiro, no aniversário dela, resultado já tive de pagar O DOBRO do preço! Prevendo essas “situações” femininas, resolvi entrar no clube, em 10 meses tenho uma IDA e com as milhas “grátis” do cartão tenho a VOLTA.
No Clube Smiles vc pode sair QUANDO quiser. Ou seja, às vezes vc tem 18.000 milhas e precisa de mais 2.000 pra viajar. É só ficar uns 2 meses e pronto. O cartão de Crédito exige que vc tenha determinada quantidade para poder transferir as milhas.
Passei as milhas que tenho pro Smiles, e ganho um bônus de 10%. Resultado, estou recebendo 1.100 milhas por mês ( 10 % de bônus).
Existem as milhas reduzidas, por 2000 milhas vc voa pra um lugar, por R$ 60 o trecho! Não é ótimo quando vc vai só fazer um concurso?
É claro que a GOL quer ganhar dinheiro, mas pq ela limita a apenas R$ 30 (1000 milhas por mês)? Porque o limite de compras é 40.000 milhas no site dela? E isso porque no site 10.000 milhas são R$ 700!
Outra coisa, tem MUITA gente que não gasta R$ 2.200 por mês até pq NÃO GANHA isso… Pra quem não tem tantos gastos é uma excelente opção… na-minha-opinião. Existem outras empresas que vendem milhas fui olhar a TAP e lá 10.000 milhas são 300 euros, ou seja, 900 reais… então, as milhas da Gol por 300 estão bem baratas.
Quando eu entro em uma promoção, eu fico mais preocupado com o que EU vou ganhar do que o que a empresa está ganhando, afinal de contas, ela não é uma associação de caridade… Mas, é claro que se vc entra no Clube, dá uma “segurança” a ela (R$ 30 por mês), assim a empresa pode te beneficiar e ambos acabam se dando bem. Enfim, acho que no caso de uma pessoa jovem que não tem tantos gastos e que pretende viajar daqui a um ano e meio ou dois anos, seria uma excelente opção. Vc sabe quanto será uma passagem daqui a dois anos? (será que vai ter “inflação” nas milhas?) É claro que com milhas fica mais barato. Concordo com você que milha boa é milha de graça. Mas, essas milhas não são tão “de graça” assim, tem leitores solteiros que só gastam uns R$200 de combustível, aí desse jeito tem que apelar pro Clube Smiles.
É por isso que primeiro tem que informar para qual o “perfil” o Clube Smiles seria bom negócio, entendeu, Davi?
Olá Samuel, seus questionamentos são muito pertinentes, e concordo quando você diz da necessidade de avaliar os perfis das pessoas, em função de suas necessidades.
Quanto aos seus argumentos, vamos lá:
– CARTÃO DE CRÉDITO: na verdade, há cartões que dão 2 pontos por dólar em que a renda mínima exigida é de R$ 7 mil. Exemplo: Credicard Exclusive Platinum: http://www.credicard.com.br/site/cartoes/credicard_exclusive.htm com anuidade de R$ 390.
Sobre o caso específico do seu irmão, concordo quando você diz que as milhas formariam uma espécie de “hedge” contra a variação dos preços das passagens, mas em muitas outras ocasiões o preço da passagem pode, sim, ser inferior a R$ 300.
Com compra programada, é possível tirar um bilhete na ponte aérea por algo entre R$ 100 a R$ 150, tornando, sob essa perspectiva, desvantajoso emitir o mesmo trecho com 10 mil pontos adquiridos a R$ 300 – sem contar que a compra da passagem gera milhas em duas dimensões distintas: programa de milhagem (dependendo do tipo de tarifa) e programa do cartão de crédito.
Uma coisa é certa: quanto mais cara for a passagem, mais utilidade e valor terão as milhas. É preciso saber gastá-las com sabedoria.
O Clube é interessante no seu caso específico porque se encaixa exatamente nessa situação de passagens muito caras (trecho Rondônia-Pernambuco). Mas talvez não seja tão interessante assim para quem vive no eixo RJ-SP.
Quanto à utilização das milhas reduzidas, sim, é um ótimo negócio, agora, temos que a analisar a situação sob o prisma da “normalidade”, em circunstâncias normais, onde o custo do bilhete normal vale 10 mil milhas. Ademais, o valor das milhas decai com o decorrer do tempo, pois as tabelas de emissão com pontos, sem exceção, mudam para pior em 100% dos programas de fidelidade, com o passar do tempo.
Não se pode encarar as milhas como uma poupança de longo prazo, pois elas sempre se desvalorizam quando se aumenta a quantidade de pontos para emissão dos prêmios, o que ocorre, infelizmente, em 100% dos programas de milhagem.
A Gol faz as limitações porque quer incentivar as pessoas a aderir ao serviço, pagando um valor que não seja tão barato que não estimule novos usuários, nem tão caro a ponto de inibirem esses mesmos novos potenciais usuários a entrarem no clube.
Sobre os custos das milhas, de fato elas são caras em qualquer lugar do mundo. Por isso que não vale a pena pagar para adquiri-las. Se é verdade que tem gente que não gasta R$ 2.200 em compras no cartão de crédito, não é menos verdade que essas mesmas pessoas (que não gastam tanto), se serviriam muito melhor comprando passagens de R$ 100, R$ 200, parcelando, muitas vezes, para viajar, ao invés de gastar antecipadamente por milhas que poderá correr o risco de não utilizar no futuro.
Agora, voltando à questão do perfil: para você, pode fazer sentido aderir ao clube. Mas isso contempla sua situação específica, que não pode ser a de outras pessoas.
Pela minha experiência com programas de milhagens, cartões de crédito etc., o ideal é sempre pagar a menor quantidade possível de dinheiro para viajar, e isso se faz, via de regra, comprando em dinheiro passagens promocionais, ou comprando com milhas passagens que em dinheiro custariam muito caro, desde que a aquisição dessas milhas tenha ocorrido como prêmio pelo uso do cartão de crédito em compras a prazo, promoções de estabelecimentos parceiros etc., e não através de mais gasto de mais dinheiro por uma coisa que poderia ser obtida sem gastar dinheiro com elas próprias (milhas).
Abç
Olá pessoal, vamos viajar pagando apenas a taxa de embarque ok. Até porque segundo um estudo de uma ONG internacional (não lembro o nome da ONG) as milhas já foram pagas por aqueles que compraram em dinheiro as passagens, logo as companhias aéreas não estão “dando” nada de graça não. As milhas já estavam no planejamento financeiro da empresa.
Esse IOF do Santader acabou com o pague-contas de vez. Já tinha tirado o Free para pagar as contas. Agora uso o Free apenas pagar pagar alguma conta que não pude pagar no Ibi.
Olá Guilherme, você já começou a pagar as contas no Ibi? Se não. Eu recomendaria, pois é o melhor pague-contas que já inventaram, é grátis! rsrs.
Inclusive, fui a Brasília renovar o visto e paguei uns boletos no Ibi de lá rsrs.
Abs.
Oi Gouvea, é isso mesmo, quem viaja com milhas não está, de maneira alguma, viajando “grátis”, como algumas pessoas ainda insistem em afirmar. Isso porque as milhas são adquiridas ou através de voos, ou através de compras com cartão de crédito, ou através de pagamentos de contas. Ou seja, de uma forma ou de outra, é preciso desembolsar dinheiro para adquirir milhas, sejam essas milhas EQM ou RDM.
Sobre o pagamento de contas no Ibi, eu não fiz, inclusive, se eu for a Brasília, vou verificar a possibilidade. Depois você me passa o endereço do banco IBI lá de BSB…rs…
Abç!
Moro em Brasília e pago minhas contas no Ibi, com o cartão de débito, inclusive a fatura do cartão de crédito.
Uma maneira simples de ganhar umas milhas grátis!
Oi Flavio, depois vc me passa o endereço desse banco, que não consegui localizar na Internet….rs
Abç!
Posso te passar o de Brasília, que é o que conheço… fica no Ed. Conic.
Obrigado, Flavio! Abç